Artigo de Maio 2021
Artigo de Março 2021
Artigo de Fevereiro 2021
“Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15)
“A VIDA SE MANIFESTOU. NÓS A VIMOS E DELA DAMOS TESTEMUNHO!” (1 JOÃO 1,2)
Neste primeiro Artigo Bíblico-Catequético de 2021 do Ano-B do Evangelista Marcos (no contexto do Ano de São José), refletiremos o 3º Domingo do Tempo Comum, (São João 1,35-42). O centro do nosso texto é pura Cristologia! O discípulo é aquele que acolhe o testemunho, segue, vem, vê, permanece e por sua vez também se torna testemunha. Pode-se dizer que, João, aproveita as suas recordações a respeito da vocação dos primeiros discípulos para evidenciar quem é Jesus. De fato, como se podemos ver numa primeira leitura, esta perícope referente aos discípulos, é permeada de títulos Cristológicos, como: Cordeiro de Deus (Jo 1,36); Rabi (Jo 1,38); Messias ou Cristo (Jo 1,41); Aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas (Jo 1,45); Filho de Deus (Jo 1,49); Rei de Israel (Jo 1,49); Filho do Homem (Jo, 1,51). Como vemos, a Cristologia dos primeiros cristãos, não começa com reflexões teóricas, mas com nomes e títulos que exprimem o carinho, o comprometimento e o amor, com que a comunidade de João, vai revelando quem é Jesus. A narração contém dois quadros. No primeiro, (vv. 35-42), o evangelista apresenta dois discípulos que passam do Batista para Jesus. No segundo, (vv. 43-45), vemos dois discípulos sendo chamado pelo próprio Jesus. Nos dois casos percebe-se que o encontro com Jesus tem algo de contagiante. Portanto, não conseguimos conhecer, encontrarmo-se com Jesus, simplesmente de uma forma teórica, com repetições de fórmulas, ou balbuciando a palavra ao vento. Para conhecê-lo, precisamos procurá-lo, como aqui demonstrado, nesta primeira fala de Jesus na perícope: – “Jesus voltou-se e, vendo que eles o seguiam, disse-lhes: ‘Que estais procurando’”? (Jo 1,38). A busca do discípulo, por Jesus, mostra que ao buscá-lo, o discípulo discípulo encontra-se consigo mesmo. É um mergulho mistagógico, nas múltiplas realidades da vida. E para isso, tem que seguí-lo, isto é, fazer o Caminho do discipulado, para ver a dor, e o sofrimento, como agora, neste tempo de pandemia, onde percebemos a “necropolítica”, isto é, a valorização da política da morte em detrimento da vida. Permanecer com Ele, é permanecer, na busca da justiça, do amor-ágape, e da misericórdia, na luta pela vida plena. Não basta sentir, olhar, mas têm que sentir e ver, como o Bom Samaritano – “Certo samaritano em viagem, porém, chegou junto dele, viu” e moveu-se de compaixão, cuidou de suas chagas...” (Lc 10, 29ss). O discípulo olha, vê e permanece com ele a noite toda, isto é, por toda vida. Permanecer, é perseverar na busca incansável pelo Reino da Vida.
Para refletirmos: Quando André descobriu que Jesus é o Messias, ele gostou tanto do encontro, que partilhou sua experiência com o irmão Simão (Pedro) e deu testemunho: "Encontramos o Messias!" Em seguida, conduziu o irmão até Jesus. Encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus! É assim que a Boa Nova se espalha pelo mundo, até hoje! A Comunidade que vive o Processo de Iniciação à Vida Cristã, realiza este encontro com Jesus, que produz mudanças profundas na vida de todos. Sua Comunidade está vivenciando este Processo de Iniciação à Vida Cristã?
Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
Artigo de Dezembro Biblíco-Catequético - Padre Aparecido Neres Santana, CSS
"JOÃO NÃO ERA A LUZ! VEIO APENAS PARA DAR TESTEMUNHO DA LUZ!" Iniciamos o Novo Ano Litúrgico, com o Evangelista São Marcos, Ano B. Em nosso Artigo Bíblico-Catequético, refletiremos a passagem do Evangelho de São João (1,6-8.19-28). O terceiro Domingo do Advento é o Domingo da Alegria “Domingo Gaudete”, um tempo de espera operante, em que todos são chamados a viver a alegria da proximidade do nascimento do Verbo, que assumiu a nossa humanidade. Mas teríamos motivos para nos alegrar? Com a pandemia? Com politicagem? Com desdenho sobre a vida? Neste tempo tão marcado por provações, somos convocados a testemunhar a alegria da fé em Jesus Cristo. Sim, talvez sua família tenha passado pela tumultuada estrada da pandemia, marcada pela dor e morte! Mas não obstante a essa realidade, não podemos perder a espiritualidade da alegria, que transforma a dor, o sofrimento e a tristeza, em alegria e esperança na vida que vence a morte aqui e agora. A centralidade do texto, é justamente a figura de João Batista, portanto o seu Testemunho. Dê inicio o Evangelista já diz: “Ele (João) não era a luz, mas veio dar testemunho da luz” (Jo, 1,8). A figura de João é tão importante que o Evangelista João, o coloca no Prólogo de seu Evangelho, e o apresenta como a testemunha central de Jesus de Nazaré. Na concepção da comunidade joanina da fé, o testemunho é essencial. Chama a atenção a firmação enérgica de João Batista dizendo que ele próprio, não é o Messias, nem Elias, nem o profeta. A citação de Elias aponta que em Jesus se cumpriram todas as esperanças do Primeiro Testamento. O testemunho dele é tão importanto, que muita gente chegou a pensar que ele, João, fosse o Cristo (Messias). Por isso, o Prólogo esclarece dizendo: “João não era a luz, veio apenas para dar testemunho da luz” (Jo 1,8). Neste início do Evangelho de João, percebe-se que o interesse é cristológico. O Batista é aquele que vê e entende quem é Jesus, o anuncia a quem não viu e compreende, e suscita discípulos para o Cristo. Aqui supõe um ver, mas não um ver físico (como o dos judeus que viram, mas não enxergaram), mas o ver que sabe perceber a presença de Deus em Jesus e no irmão, como no Evangelho de São Mateus capítulo 25, 31ss.
Para refletirmos: Ele não é o Cristo nem o profeta, mas apenas uma voz conclamando as pessoas a se prepararem para a vinda de Cristo. É aqui que a missão de João tem a ver conosco, hoje, ao nos prepararmos para o Natal, como Discípulos/as Missionários/as, Evangelizadores/as e Catequistas: estamos preparando o caminho, para remover todos os obstáculos que impedem, a chegada da ação de Cristo em nossas vidas, para vivermos um Santo Natal? Estamos preparando o caminho para a Iniciação à Vida Cristã de Inspiração Catecumenal, como pede a Igreja?
Em nome de toda a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos, desejo a todos vocês Discípulos Missionários: Evangelizadores e Catequistas, um Santo Natal marcado pelo reencontro com Jesus que se fez um de nós para trazer dignidade e dar sentido à vida de todos.
Este ano 2020 não foi fácil, passamos por tantas tribulações e perdas
por conta do COVID19.
Força e coragem com fé em Deus, o novo ano que se inicia
seja abençoado e iluminado pelo Deus da Vida.
UM FELIZ E SANTO NATAL!
Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
"JOÃO NÃO ERA A LUZ! VEIO APENAS PARA DAR TESTEMUNHO DA LUZ!"
Para refletirmos: Ele não é o Cristo nem o profeta, mas apenas uma voz conclamando as pessoas a se prepararem para a vinda de Cristo. É aqui que a missão de João tem a ver conosco, hoje, ao nos prepararmos para o Natal, como Discípulos/as Missionários/as, Evangelizadores/as e Catequistas: estamos preparando o caminho, para remover todos os obstáculos que impedem, a chegada da ação de Cristo em nossas vidas, para vivermos um Santo Natal? Estamos preparando o caminho para a Iniciação à Vida Cristã de Inspiração Catecumenal, como pede a Igreja?
Em nome de toda a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos, desejo a todos vocês Discípulos Missionários: Evangelizadores e Catequistas, um Santo Natal marcado pelo reencontro com Jesus que se fez um de nós para trazer dignidade e dar sentido à vida de todos.
Este ano 2020 não foi fácil, passamos por tantas tribulações e perdas
por conta do COVID19.
Força e coragem com fé em Deus, o novo ano que se inicia
seja abençoado e iluminado pelo Deus da Vida.
UM FELIZ E SANTO NATAL!
Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
Artigo de novembro 2020
O REINO DOS CÉUS É DE VIGILANCIA CONSTANTE!
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Neste Artigo Bíblico-Catequético Missionário, referênte ao 32ª Domingo do Tempo Comum, um dos últimos do Ano A, refletiremos o Evangelho de São Mateus (25,1-13). A parábola trata da vinda do Filho do Homem. Ninguém sabe quando será esse dia, “nem os anjos, nem mesmo o Filho, mas sim somente o Pai” (Mt 24,36). O Filho do Homem virá de surpresa, quando a gente menos espera (Mt 24,44). Pode ser hoje, pode ser amanhã. Por isto, o recado final da parábola das dez virgens é “Vigiai!”.
Primeiramente, não podemos perder nos detalhes do texto e deixando de lado o principal, que está logo no início da parábola, que é o Reino de Céus – “O Reino dos Céus é semelhante...” (Mt 25,1). Por outro lado, o relato não se detem em descrever o cerimonial das núpcias. A atenção concentra-se no comportamento das dez virgens. As chamadas insensatas, e as prudentes. O único elemento que distingue as insensatas das prudentes é a reserva de óleo, pois todas tinham lâmpadas, e todas dormiram na espera do noivo. As dez virgens, podem nos ajudar a entender a atitude e a realidade da comunidade. Há dificuldades, não apenas em crer e ter esperança, mas também em vigiar e estar preparada/o, com o óleo necessário, isto é, tendo atitudes de justiça. Aqui o importante é estarmos prontos e equipados, para poder seguir no caminho do discipulado. A comunidade cristã deve, pois, preparar-se para o futuro salvífico, com o cumprimento fiel das exigências de Deus reveladas por Cristo. Estar preparados(s), formados para o enfrentamento de tudo o que é contrário ao Reino. A comunidade de Mateus, faz um alerta contrário à passividade inoperante dos seus membros. A vigilância não consiste em uma espera inerte e meramente contemplativa, mas se encarna no fazer e na realização de obras concretas, que traduzem o querer de Deus, isto é, a sua suprema exigência de amor. Por isso, a verificação da autentica esperança cristã a partir da práxis, pois o “óleo” é da Justiça em primeiro lugar, do Amor[WU1] -ágape, a partir de uma entrega total nossa, e da Misericórdia de Deus-Pai em Jesus Cristo, que deve prolongar-se e enraizar-se na comunidade cristã, por meio dos seus membros. Desta forma, evita-se a fuga deste mundo, permanecendo num quietismo acomodado e alienante, afastando-nos das responsabilidades atuais, na história salvífica.
Para refletirmos:
“Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da lei e a dos fariseus, vocês não entrarão no reino dos céus” (Mt 5.20). Nossa vida é um convite constante à Festa da Vida, que não termina, caracterizada na festa do casamento (Vida, Morte e Ressurreição de Jesus), promessa de vida para todos e todas que praticam a justiça, ensinada e vivenciada por Jesus. A porta estará aberta ou fechada de acordo com nossa preparação, pois a morte e a ressurreição de Jesus nos convidam para uma vigilância ativa. Será que estou vigiando? Será que estou cuidando com carinho da iniciação à Vida Cristã, mesmo na pandemia do Covid 19? Estou participando da formação referente ao DIRETÓRIO PARA A CATEQUESE?
Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
Artigo de outubro 2020
outro...
O
REINO DEUS É UMA FESTA.
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outro... O
REINO DEUS É UMA FESTA.
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Neste
Artigo Bíblico-Catequético Missionário, referente ao 28ª Domingo do Tempo
Comum, refletiremos o Evangelho de São
Mateus (22,1-10). O Evangelista nos conta a terceira parábola do Reino em duas partes. Na
verdade, são duas parábolas que são complementares: a parábola do banquete
aberto a todos (Mt 22, 1-10) e a parábola da veste nupcial exigida de todos (Mt
22, 11-14). Como devemos entendê-las? Temos que compreender em primeiro, a
premissa maior, que é o centro da parábola, o REINO dos Céus, que é simbolizado
numa festa. O Reino é uma festa? Numa festa as pessoas vão alegre, tem comida,
bebida, como proclama o profeta Isaías – “Iahweh
dos Exércitos prepara para todos os povos, sobre esta montanha, em banquete de carnes gordas,
um banquete de vinhos finos, de carnes suculentas, de vinhos depurados” (Is
25,6). A salvação prefigurada pelos profetas numa festa, em Mateus está
indussoluvelmente ligada com a missão do Filho de Deus, com o acolhimento de
sua pessoa e da sua mensagem. Não é a Lei, mas a fé em Cristo que salva. A
primeira parábola, temos a rejeição dos
convidados em participar da festa, que são os fariseus, os doutores da lei,
isto é, os chefes espirituais do povo, não acreditaram no anúncio do Reino e
repeliram o apelo para mudar de vida e mataram a Jesus (o noivo). Mas a festa é
de Deus, tem que acontecer. Com isso, Mateus lembra que o cristianismo não está reservado somente para um povo ou
somente para uma elite. Ele mostra que todos são convidados, especialmente os
pobres e os pagãos, convidados de última hora – “!de, pois, as encruzilhadas
dos caminhos e convocai para o banquete todos aqueles que encontrardes” (Mt
229). Na segunda parábola – “Quando o rei
entrou para examinar os convivas, viu ali um homem sem a veste nupcial” (Mt
22,11), o texto mostra, que não basta participar da comunidade, dizer que é
cristão, ser batizado, mas que ao fiel
discípulo, se pede fidelidade de vida, uma práxis nova de obediência à vontade divina revelada pelo Senhor.
Portanto, as vestes para participar do Banquete do Reino, devem ser as da
Justiça, do Amor e da Misericórdia.
Para
refletirmos:
Em nossas Comunidades, em nossa Comissão
de Iniciação à Vida Cristã, quais as pessoas que normalmente são convidadas
para as nossas festas? Será que convidamos a todos sem excluir ninguém? Quais
os motivos que hoje (além da pandemia) limitam a participação de muitas pessoas
na sociedade e na Igreja?
Padre Aparecido Neres Santana,
CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
Artigo de Agosto 2020
Artigo de julho 2020
Artigo de junho - 2020
ARTIGO DE MAIO 2020
Comissão
para a
Animação
Bíblico-Catequética
– Diocese
de Santos –
“EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A
VIDA”.
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ARTIGO DE ABRIL 2020 - PADRE APARECIDO NERES SANTANA, CSS - DIOCESE DE SANTOS/SP
PÁSCOA: O DISCÍPULO ANUNCIA À VIDA QUE VENCE A MORTE!
Neste Artigo Bíblico-Catequético, refletiremos sobre o Mistério Pascal do Senhor Jesus no Evangelho de São João 20, 1-9, Páscoa da Ressurreição. O centro da fé, é a Ressurreição, a páscoa de Jesus, que é a nossa páscoa, a nossa ressurreição no aqui, agora. É o grito maior - Á VIDA VENCEU A MORTE! O início do Evangelho diz: “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus” (Jo 20,11). Primeiro dia da semana, este dia tornou-se o “Dia do Senhor”, o domingo Cristão (cf. Ap 1,10). Nos remete ao relato da Criação em Gênesis, no “primeiro dia”, em que Deus criou o mundo (cf. Gn 1, 1-8). Em Jesus tudo é recriado, Ele é o novo e definitivo Adão. Temos duas cenas, a primeira: toda à ação é de Maria Madalena, que se torna, a primeira missionária a anunciar o Cristo ressuscitado (obviamente, com exceção de Maria, a Mãe de Jesus, que não precisava ir ao túmulo, porque somente ela, mais do que ninguém, tinha a certeza da ressurreição). A segunda cena, envolve Pedro e o discípulo amado, numa corrida desenfreada, devido à notícia em busca de respostas. Essas duas cenas mostram que no início do cristianismo, os discípulos, e as primeiras comunidades, não tinham clareza do que era de fato a ressurreição[WU1] , isto é, o itinerário da fé ainda incipiente, não é completo, eclesialmente – “Não haviam entendido as Escrituras” (Jo 20,9). Mas paulatinamente, os olhos vão se abrindo, especialmente, no confronto entre o poder da morte (o Império romano) e o poder da vida (os Discípulos e as primeiras Comunidades). O cenário do nosso texto é o túmulo vazio, ou os arredores do túmulo. Aqui temos mais perguntas do que respostas: – como sair hoje, dos túmulos que o mundo nos impõe? Como remover as pedras da injustiça, do desemprego, da fome, da falta de amor, de fé, de misericórdia, e das doenças? Como ressuscitar hoje? Como remover as pedras, como sair dos túmulos, neste tempo do covid 19? Temos que pensar – O QUE ESTAMOS FAZENDO COM O MUNDO, COM A CRIAÇÃO DE DEUS? Como cuidar da nossa casa comum? Talvez estejamos sentindo assim, “dentro do túmulo”, tendo que ficar mais fechados em nossas casas. Mas hoje, celebramos, mesmo que seja no silêncio do coração a Ressurreição do Senhor Jesus. Páscoa e Tempo Pascal, são tempos do discipulado, de uma Igreja missionária, de uma Igreja em saída. Façamos ressuscitar a pessoa nova que há em cada um de nós, no Cristo Senhor. Grite no seu e no meu coração - vamos vencer, vamos remover todas as pedras. Acredite! Você consegue!
Para refletirmos: Este tempo pascal, seria o tempo de celebrar a primeira eucaristia, de todos que foram preparados. Mas, na compreensão da Catequese Permanente, continuem catequisando, pelas mídias sociais, nas casas, como apontam as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja, com novos métodos.
Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.
PÁSCOA: O DISCÍPULO ANUNCIA À VIDA QUE VENCE A MORTE!
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ARTIGO DE MARÇO 2020
“LEVANTAI-VOS. NÃO TENHAIS MEDO”.
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ARTIGO DE FEVEREIRO 2020
Comissão para a
Animação
Bíblico-Catequética
– Diocese de Santos –
SER IGREJA, A COMUNIDADE É SAL
DA TERRA E LUZ DO MUNDO
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ARTIGO DE JANEIRO 2020
AGENDA
DO MÊS
Ø
Vem aí a Semana Catequética
2019.
Ø
Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!
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ARTIGO DE NOVEMBRO 2019 - PADRE APARECIDO NERES SANTANA, CSS
ARTIGO DE SETEMBRO 2019 – PE. APARECIDO NERES SANTANA, CSS
ARTIGO
DE AGOSTO DE 2019
O
VALOR DA VIDA
Neste Mês Vocacional,
no artigo Bíblico Catequético-Missionário do 18º Domingo do Tempo Comum, refletiremos
a passagem do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 12,13-21. O texto
inicia-se com o grito de um jovem do meio da multidão, preocupado com seus bens
terrenos. Ele ordena a Jesus: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a
herança” (Lc 13,1). A resposta de Jesus é o centro do texto: “Mesmo na
abundância, a vida do homem não é assegurada por seus bens” (Lc 13,15). Para a
compreensão dos discípulos e do povo, Jesus conta a parábola de um jovem rico.
Se olharmos o que vem antes e depois do nosso texto, constataremos que a
parábola é dirigida mais aos discípulos do que ao povo: “Começou a dizer, em
primeiro lugar, aos discípulos” (Lc 12,1), e ainda: “Não vos preocupeis com a
vida, com o que haveis de comer e beber...”, “...Pelo contrário, buscai o seu
Reino, e essas coisas vos serão acrescentadas” (Lc 12, 22-32). A parábola
começa com o monólogo do homem rico. Após uma grande colheita, entra num dilema
sobre o que fazer, já que não tinha lugar pra acumular tanta quantidade de
bens. Neste monólogo o homem rico só pensa em si e na sua riqueza, nos seus
bens. O monólogo decorre sempre na primeira pessoa do singular: “O que hei de
fazer? Onde guardar a minha colheita... meus celeiros... meu trigo... meus
bens... minha alma...” (13. 16-20). Não entram pessoas na sua vida. Aonde estão
a mulher, filhos, pais, parentes, amigos? A vida vale mais do que as coisas que
a sustentam! E mais: o Reino é um dom do Pai entregue à comunidade dos
discípulos, mesmo se pequena, ameaçada e indefesa como um pequeno rebanho (Lc
12,32). Segundo, o Reino começa a se implantar lá onde os bens dos discípulos
são postos à disposição dos pobres” (Lc 12, 33-34). Após resolver o seu dilema,
o homem rico, na conclusão da parábola, depara-se com Deus, que diz:
“Insensato, nessa mesma noite ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que
acumulaste, de quem serão? Assim acontece àquele que ajunta tesouros para si
mesmo, e não é rico para Deus” (Lc 13, 20-21). Ademais, a libertação do
discípulo da angústia cotidiana é uma abertura confiante e total ao Reino, que
na prática é um discernimento de si mesmo para caminhar com todas as forças na
construção do mundo da justiça, da caridade, da vida e da paz.
Para refletirmos: Se
houver preocupação pelo Reino todos terão o necessário, pois a Comunidade
estará organizada a partir da solidariedade e da partilha. Será que, para nós,
o Reino de Deus está sendo o centro de toda a nossa preocupação? De que valerá
a vida senão a orientarmos para Aquele que nos criou e deu a vida para a
salvação de todos?
AGENDA - Retiro
Diocesano para Discípulos Missionários: Catequistas e Evangelizadores. Este
retiro acontecerá em todas as cidades de nossa Diocese. - 27/8 - 15h30 - Tarde
Mariana - Na Catedral Diocesana. - Estudo Bíblico 2019. Mais informações com a
equipe da Iniciação à Vida Cristã Paroquial de sua Paróquia, ou com a
Coordenação de sua região.
Pe. Aparecido Neres
Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
ARTIGO DE JULHO DE
2019
A MISSÃO NÃO É
INDIVIDUAL.
Neste Artigo
Bíblico-Catequético Missionário, do 14ª Domingo do Tempo Comum, refletiremos o
Evangelho de Jesus Cristo, segundo, São Lucas 10,1- 12.17-20. O centro do texto
é o envio dos 72 discípulos missionários. Chama a atenção o número 72:
primeiro, provavelmente, se quer indicar um grupo amplo, bem superior aos doze
Apóstolos. Segundo, de fato, na tradição judaica, as nações da terra que tinham
ouvido a promulgação da Lei no Sinai eram 70 (cf. Gn 10). A ampliação do número
de discípulos e, especialmente os números 70 ou 72, indicam totalidade, a
universalidade, isto é, os discípulos assumem a responsabilidade de irem a
todas as nações da face da terra. A compreensão de totalidade implica, no
anúncio do Evangelho do Reino, as nações pagãs. Na seguência do texto tem-se o
“manual missionário”, que são as orientações práticas de toda ação missionária
dos discípulos. Neste “manual missionário”, a primeira orientação é sair dois a
dois: isso remete para a Comunidade. O envio de duas pessoas juntas já é a
célula de uma Comunidade. A missão não é individual, mas comunitária, até
porque a missão não é fácil, pelo contrário, é difícil e perigosa. “Ide! Eis
que eu vos envio como cordeiros entre lobos” (Lc 10,3): aqui estão as
perseguições e a crucificação dos discípulos como, de fato, aconteceu. Na sequência
do “manual missionário” está a simplicidade: “Não leveis bolsa, nem alforje,
nem sandálias, (Lc 10,4); a hospitalidade a comunhão e a partilha de vida,
“Permanecei nessa casa, comei e bebei, do que tiverem...” (Lc 10,7). O
discípulo deve confiar plenamente em Deus. Finalmente, o conteúdo da missão é
levar a paz e curar os enfermos, os que sofrem, isto é, levar vida para todas
as pessoas. Este é o sinal do Reino de Deus. Por isso, a Sagrada Escritura -
assim como todos os Documentos da Igreja, especialmente o Documento da V
Conferência de Aparecida, a Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho) e as
Diretrizes Gerais da Evangelização da Igreja no Brasil - mostra que a vocação
da Igreja é missionária, ela nasce missionária. E como disse o Papa Francisco:
“Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário, a alegria da
evangelização!”.
Para refletirmos:
Vemos nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil
2019 – 2023: “Para a formação de discípulos missionários, a Iniciação à Vida
Cristã deve ser ‘assumida com decisão, coragem e criatividade. Ela renova a
vida comunitária e desperta seu caráter missionário” (DGAE, 89). Será que
estamos catequizando em “chave missionária”, assumindo o processo catequético,
dinâmico, criativo, favorecendo uma Igreja em “Saída”, como pede o Papa
Francisco, formando verdadeiros discípulos missionários?
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Pe. Aparecido Neres
Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
ARTIGO DE JUNHO DE
2019
ANUNCIAR O EVANGELHO
A PARTIR DA VIDA.
Neste artigo
Bíblico-Catequético Missionário refletiremos o Evangelho de Jesus Cristo
segundo São Lucas (Lc 24, 46-53). O Evangelista Lucas é o único que tem o
relato da Ascensão. Na verdade tem dois relatos: (Lc 24,50-53) e (At 1,1-11).
No Evangelho, a Ascensão é o clímax da obra de Jesus. Nos Atos dos Apóstolos é
o prelúdio da missão da Igreja. O sentido do nosso texto tem relação com o
anterior, onde sê lê: “Era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito
sobre mim na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes a mente
para que entendessem as Escrituras” (Lc 24, 44-450). Aí fica evidente a
importância da Sagrada Escritura, ela faz a comunidade dos discípulos abrir os
olhos e perceber que Jesus havia ressuscitado. Assim se confirma a “promessa”
do Pai: “Mas recebereis uma força, a do Espírito Santo que descerá sobre vós, e
sereis minhas testemunhas (At 1,8). A centralidade do texto está na compreensão
da fé pascal dos apóstolos, dos discípulos e da comunidade primitiva de que há
uma perfeita identidade entre o Crucificado e o Ressuscitado. Com a
ressurreição, abrem-se as portas para o futuro e estabelecem-se as estruturas
que sustentam a missão cristã, tendo como ponto de referência Jesus. No
entanto, a missão cristã, que nasce da fé pascal, não é somente um olhar para a
História Salvífica de um acontecimento do passado, mas abre-se para o futuro,
com a certeza da libertação que aponta para uma nova realidade: a de sair do
próprio passado de fatalismo e medo, que gera violência escravidão e injustiça.
É isto que significa dizer “conversão e o perdão dos pecados”. Por isso, o
núcleo do querigma é: “Jesus Cristo morto e ressuscitado”, que nos apresenta a
releitura das Escrituras em chave Cristológica e o convite à conversão, e os
tornam discípulos, testemunhas vivas e corajosas, pela ação do Espírito Santo.
A última cena do Evangelho, a Ascensão, a glorificação de Jesus, não é um
afastamento do Senhor com os discípulos. A bênção de Jesus indica que Ele lhes
transmite a missão e promete a sua assistência permanente, gerando grande
alegria. A alegria de que a missão continua. Enfim, a Ascensão, mais do que
olhar para o céu, estaticamente, é olhar para a terra, com olhar de discípulo
que busca o sentido último, ver e ouvir as necessidades dos irmãos e irmãs,
buscando fazer com que a vida vença a morte.
Para refletirmos:
Portanto, quem age para ajudar a compreender todo o Mistério da Ressurreição de
Jesus em nossas vidas, após a Ascensão do Senhor, é o Espírito Santo. É ele que
nos torna testemunhas do Evangelho da Ressurreição de Jesus pelo testemunho de
vida. E nós? Discípulos missionários que já recebemos o Espírito Santo no Batismo
e na Confirmação, estamos em condições de testemunhar o Evangelho com nosso
modo de viver, na catequese em nossa Comunidade?
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Pe. Aparecido Neres
Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
ARTIGO DE MAIO DE 2019 - PADRE APARECIDO NERES SANTANA, CSS
A confiança e a fé na Palavra de Jesus.
Neste Artigo Bíblico-Catequético-Missionário, do 3° Domingo da Pascoa do Ano C, refletiremos o Evangelho de Jesus Cristo, segundo São João (Jo 21,1-19): o encontro de Jesus Ressuscitado com alguns dos seus apóstolos junto ao lago da Galileia. Este encontro está descrito com clara intenção catequética. É o último diálogo de Jesus com os discípulos, num encontro celebrativo, marcado pela ternura e pelo carinho: “Simão, fi lho de João, tu me amas mais do que estes”? (Jo 21,15). A chave de leitura está no simbolismo da pesca no meio do mar. Nota-se aqui que apenas a presença de Jesus Ressuscitado pode dar eficácia ao trabalho evangelizador dos discípulos. Podemos perceber que o teor do texto não está ancorado na Cristologia, mas na Eclesiologia. Na primeira parte (Jo 1-14) temos duas cenas: a pesca milagrosa e a refeição (simbolismo do banquete). É uma cena convivial, isto é, comunitária. Entre os vários discípulos presente na cena, destacam-se Pedro e João. Pedro, toma a iniciativa – “vou pescar” (Jo 21,3), e João reconhece Jesus - “é o Senhor” (Jo 21,70. Destaca-se primeiro a fi gura de Pedro – Ele toma a iniciativa de ir pescar (v.3), é o primeiro a correr ao encontro do Senhor (v.7) e traz para a praia a rede cheia de peixes (v.11). Como salientado acima, o tema central da perícope é o sentido eclesiológico da pesca. Aqui temos 3 elementos que chamam atenção: o contraste entre o esforço estéril dos discípulos (nada conseguiram pescar), entregues a si mesmo (v.3), e a abundância da pesca realizada a convite do Senhor (v.7); o simbolismo dos 153 peixes grandes (v.11) e a observação de que, apesar do grande número de peixes, a rede não rasgou (v.11). Portanto, o significado eclesiológico é claro: o milagre da pesca alude à Missão. A semelhança entre a “pesca milagrosa” e a “missão da Igreja” deve ser vista em nível profundo. É a confiança e a fé na Palavra do Senhor que fez a rede se encher, isto é, a comunidade crescer. É a semente da Palavra do Senhor que dá eficácia ao trabalho apostólico dos discípulos. “Lançai a rede mais uma vez’ (Lc 21,6), e mesmo cansado, o discípulo deve acreditar e fazer mais um esforço. É no limite das forças humanas que entra a Palavra do Senhor, é neste momento que vem os resultados.
Para refletirmos: No fi m, Jesus chamou Pedro e perguntou três vezes: "Você me ama?" Só depois de ter recebido, por três vezes, a mesma resposta afirmativa é que Jesus deu a Pedro a missão de tomar conta das ovelhas. Para poder trabalhar na comunidade, Jesus não pergunta se sabemos muito. O que ele pede é que tenhamos muito amor! Será que o amor que Jesus nos ensina, está sendo vivido em nossa comunidade, na catequese?
Padre Aparecido Neres Santana, CSS
Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C Diocese de Santos.
AGENDA DO MÊS -
Vem aí a Semana Catequética 2019. - Formações para Discípulos Missionários: Catequistas e Evangelizadores.
Mais informações com o Coordenador da Catequese de sua Paróquia.
Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato:
Blog: www.abcdiocesedesantos.blogspot.com.br
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ARTIGO DE ABRIL DE 2019 - PADRE APARECIDO NERES SANTANA, CSS
O CORAÇÃO MISERICORDIOSO DO DISCÍPULO GERA A
VIDA.
“QUEM DE VOCÊS NÃO TIVER PECADO, ATIRE NELA A PRIMEIRA PEDRA” (JO 8,7).
Neste Artigo Bíblico-Catequético-Missionário, do 5° Domingo da Quaresma do Ano C, refletiremos o Evangelho de Jesus Cristo, segundo São João (Jo.8,1-11). Estamos terminando a Quaresma, entrando na Semana Santa, tempo de conversão, de reconciliação e do amor misericordioso de Deus em Jesus. Esse trecho do Evangelho, tem sua centralidade no perdão e na misericórdia do Deus da vida. Na tradição judaica, a Lei de Moisés pune de morte a mulher e o homem que cometem adultério - “Se um homem for pego em flagrante, deitado com uma mulher casada, ambos serão mortos, o homem que se deitou com a mulher e a mulher” (Dt 22,22). Neste trecho, ela paga por seu pecado de maneira definitiva e seletiva, pois nada atinge o homem com quem ela cometeu adultério e que deveria ser tão responsável quanto ela segundo a Lei. Chama a atenção aqui os dois grupos religiosos, os escribas e fariseus, que dirigem a Jesus, não com sinceridade de coração, e sim para pô-lo a prova. Eles não estavam preocupados como “santos”, que se achavam, com o pecado da mulher e do homem, que não estava presente, mas sim em encontrar um pretexto para condenar Jesus, isto é, não estão procurando e muito menos preocupados com a verdade, mas apenas com um motivo jurídico para acusa-lo e condená-lo a morte. A resposta de Jesus à pergunta dos dois grupos, surpreende: envolve-os no assunto. Jesus não nega o juízo de Deus, mas quer que cada um o aplique em primeiro lugar a si mesmo – “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra!” (Jo 8,7).Adúlteros ou não, todos somos pecadores, necessitados de conversão e de perdão. Jesus deixa claro que o juízo divino seja de Deus, não do homem. Só Deus tem o poder de julgar. O juízo de Jesus referente a mulher, é um juízo feito de perdão e de convite à conversão.
Os discípulos entenderam que Deus não quer a morte física do pecador, mas a morte do pecado, e que este se converta e viva. Os fariseus e os escribas, sentem-se puros, porque seguem a Lei, mas eram também adúlteros, porque usavam da lei, para explorar os pobres – “Não imiteis suas ações, pois dizem, mas não fazem” ... (Mt 23, 3ss). Somos adúlteros, quando traímos o Projeto de Deus em Jesus, na busca do mundo justo e fraterno. Sem misericórdia não há justiça, mas tirania. Quem não consegue perdoar o irmão é o que mais necessita do perdão.
Para refletirmos: – Só quem se reconhece nessa mulher pode sentir como dirigidas a si mesmo as palavras do Senhor: "Eu, o único que tem o direito de te condenar, não te condeno”. Fortalecidos com esse perdão, retomamos o caminho rumo ao Senhor e à Sua Páscoa, com o coração misericordioso. Como discípulo missionário, sabemos perdoar o nosso próximo? Tenho confessado ao menos uma vez por ano? Já reconcilie-me com o meu irmão?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C.
O CORAÇÃO MISERICORDIOSO DO DISCÍPULO GERA A
VIDA.
“QUEM DE VOCÊS NÃO TIVER PECADO, ATIRE NELA A PRIMEIRA PEDRA” (JO 8,7).
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ARTIGO DE MARÇO DE 2019 - PADRE APARECIDO NERES SANTANA, CSS
Neste Artigo Bíblico-Catequético-Missionário, do 8° Domingo do Tempo Comum do Ano C, refletiremos o Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 6, 39-45. Jesus orienta seus discípulos e discípulos a iluminar o olhar de suas vidas com a luz do Evangelho, para produzir os bons frutos do Reino de Deus no meio da sociedade. Apesar de Lucas iniciar esta seção, afirmando que se trata de uma parábola- “Disse-lhes ainda uma parábola: ...” (Lc 6,39ª), mas, na realidade pelo estilo literário, percebe-se que aproxima-se mais da literatura sapiencial bíblica, isto é, são provérbios, que retratam a vida cotidiana do povo, como conclusão do “Sermão das Bem-aventuranças”. O texto é composto por quatro provérbios (parábolas) a saber: “a guia de um cego” - “a trave-cisco no olho” – “a arvore e os frutos” – “o tesouro (a palavra) do coração”. O centro do texto, está em escolher ou não o caminho certo, a palavra, o messias, no seguimento do único mestre, Jesus Cristo. As duas primeiras comparações são aproximadas por um tema chave: a guia de um cego e a correção por parte de quem tem uma trave no olho (Lc 6, 40-42). A primeira comparação era dirigida originalmente contra os fariseus, os guias espirituais que desencaminhavam o povo, como - “Que estás convencido de ser o guia dos cegos, a luz dos que andam nas trevas...” (Rm 2, 19-24). A segunda comparação, a imagem da trave no olho, chama a atenção daquele que pretende ser juiz do seu irmão. Muitas vezes os membros da comunidade eclesial em seus julgamentos, se colocam acima do Mestre. “Não existe discípulo superior ao mestre; todo o discípulo perfeito deverá ser como o mestre” (Lc 6,40). A dificuldade aqui não é tanto o cisco ou a trave no olho, mas na realidade, é não enxergar a trave no próprio olho. A crítica é direcionada as pessoas que estão na comunidade sempre com o dedo em riste para o outro, faz com isso o papel de juiz condenador do irmão. Por isso, que esta parábola apela para a necessidade de autocritica do discípulo e da vivência da misericordioso. Ademais, os Evangelhos contêm em cada página, um aceno a misericórdia. Os Evangelhos são demonstração do coração misericordioso de Deus. Lucas quer que a comunidade, mais que julgar, exerça a misericórdia. A correção de um irmão começa no altar do coração misericordioso. O discípulo enxerga a vida com a luz do Evangelho e isto lhe possibilita uma visão diferente da realidade. Ele não é conduzido por outro cego — pelo olhar do mundo — mas pelo olhar do seu Mestre, por sua palavra de vida e esperança.
Para refletirmos: – Nós como discípulos missionários: catequistas e evangelizadores somos responsáveis na condução de muitos catequizandos! – Como pessoas comprometidas temos conseguido ser um exemplo a ser seguido, com o nosso testemunho de vida? Como temos vivenciado o Sacramento da Penitência? Que tipo de “clima” criamos ao nosso redor, com nossas palavras? Acolhida, amizade ou rejeição, hostilidade e julgamentos?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C.
ARTIGO DE FEVEREIRO 2019 - PADRE APARECIDO NERES SANTANA, CSS
HOJE SE CUMPRIU ESSA PASSAGEM DA ESCRITURA.
Neste Artigo Bíblico-Catequético-Missionário, do 4° Domingo do Tempo Comum do Ano C, refletiremos o Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 4, 21-30. A narrativa deste Evangelho é de uma dramaticidade sem limites. Não poderemos entender esse texto, sem mencionar o texto anterior, Lucas 4, 16-20, que é um texto do profeta Isaías 61,1-2. Lucas 4, 21-30, e que só existe por conta do anterior que é: “O Espírito do Senhor me ungiu para anunciar a boa notícia aos pobres...” (Lc 4,16-20). Este texto é o Programa de Jesus. Aqui está a razão da missão de Jesus. É o anuncio definitivo aos deportados, marginalizados, oprimidos, doentes, assim como os escravos endividados e libertados no ano da graça do Senhor. O texto inicia-se com a atualização do texto citado de Isaías – “Hoje, esta passagem da Escritura encontra o seu cumprimento diante de vós que a estais ouvindo” (Lc 4,21). Hoje, tão certo quanto vocês escutam ou leem este anúncio de libertação para todos os oprimidos, esta boa nova para os pobres, é uma realidade. A partir dessa proclamação de Jesus, inicia-se a desconfiança - “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22) e a perseguição a Jesus – “...arrastaram-no para fora da cidade e levaram até um despenhadeiro ...para jogá-lo abaixo” (Lc 4,29). Essa perseguição encerra-se com a morte na cruz de Jesus. Aqui está a centralidade do texto, que é a perseguição a Jesus, como foi com todos os profetas: “Amós é expulso de Betel... Amasias disse a Amós; ‘Vidente, vai foge para a terra de Judá’...” (Am, (7,10-13); “Os sacerdotes e os profetas dissera... Este homem merece a morte...” (Jr, 26,11). Por isso, que a comunidade de Lucas, compreende que, se os judeus, o povo de Israel, obviamente a sua elite, não aceitam o programa de Jesus, a palavra deve ser anunciada para outros povos, chamados pagãos. O profetismo escolhe os de fora, vai levar a salvação aos longínquos, aos estrangeiros, como demonstra o caso dos dois profetas do Antigo Testamento – Elias e Elizeu (Lc, 4,25-27). Por isso, não basta admirarmos Jesus e até afirmar que O amamos, se rejeitarmos o seu Projeto, que é de vida para todos.
Para refletirmos: Sigamos o caminho que Jesus nos mostra. Ele não fica preso ao sofrimento da rejeição, à dureza de seus conterrâneos, Ele continua... Ainda tem muito para fazer, os pobres esperam a libertação. Como enfrentamos as dificuldades na missão? Especialmente, para a implantação do novo modelo catequético de inspiração catecumanal? E nós, estamos parados ou a caminho? Somos verdadeiros discípulos missionários?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C.
Artigo de Janeiro de 2019 - Padre Aparecido Neres Santana,CSS
Neste primeiro Artigo Bíblico-Catequético-Missionário de 2019 (no contexto do Ano Vocacional), refletiremos no Evangelho de Jesus segundo Mateus 2,1-12, que é uma das grandes festas do Ciclo de Natal - A Manifestação do Senhor (“Epifania” em grego), onde comemoramos o fato de Jesus manifestar-se, não somente ao seu próprio povo, mas a todos os povos, representados pelos Magos do Oriente. O texto é altamente teológico e simbólico, usa uma técnica da literatura judaica chamada “Midrash”, ou seja, uma releitura de passagens bíblicas, com o intuito de atualizá-las o cotidiano da vida do povo. No texto refletido, a intenção da comunidade de Mateus é enfatizar, a universalidade da salvação, a partir da releitura do profetismo, como em Isaías - “Uma horda de camelos te invadirá, os camelinhos de Madiã e Efa; todos virão de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando os louvores de Iahweh” (Is 60,6). Em Jesus realiza-se toda profecia. Por isso o centro do texto, está na MISSIANIDADE de Jesus. A cidade de Belém tem um significado importante, está ligada também à profecia, como em Miquéias – “Mas tu, (Belém), Éfrate, embora o menor dos clãs de Judá, de ti sairá par mim aquele que será dominador em Israel (Mq 5,1). A estrela é sinal da vinda do messias, prevista na profecia de Balaão – “Eu o vejo – mas nãoagora[VC1] , eu o contemplo – mas não de perto: Um astro procedente de Jácó se torna chefe, um cetro se levanta, procedente de Israel” (Nm 24,17).
Entende-se que o Messias, repelido pelo seu povo, é reconhecido por quem está distante. São os pagãos que o acolheram a alegre mensagem cristã, entrando na Igreja (comunidade de Mateus). Jesus é o Messias de Israel sim, mas também salvador dos que estão distantes, especialmente os excluídos, os incircuncisos, isto é, os gentios. O ato de prostração dos astrólogos (reis magos), é na verdade, o reconhecimento de fé dos crentes, vindos do paganismo, que confessam, na comunidade cristã, a divindade de Cristo. A festa de hoje é altamente missionária, pois é a manifestação de Jesus as nações. Os magos saem, caminham, assim deve ser a Igreja do Papa Francisco, uma Igreja em “saída”, que coloque todas as atividades em “chave missionária”.
Para refletirmos: Deus em sua infinita misericórdia nos ama e vem ao nosso encontro na pessoa de Jesus, o verbo encarnado, e infunde seu Espírito em nós para que, iluminados pela sua presença, possamos livremente, sair de nosso comodismo e ir ao encontro dos nossos irmãos, anunciando em Jesus o Reino da vida! Estamos sendo discípulos missionários anunciadores de Jesus, além dos muros da Igreja? A Iniciação à Vida Crista, está em chave missionária?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo de Dezembro 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
Neste Artigo Bíblico-Catequético, do Ano Litúrgico C, do Evangelista de Lucas, refletiremos o quarto e último Domingo do Advento, Lucas 1,39-45.Desde o início do Advento nos preparamos para celebrar condignamente o Natal, este acontecimento único na história da humanidade, e especialmente para todos os cristãos. O texto está dividido em duas partes bem distintas: A visitação de Maria a Isabel e o cântico do Magnificat. Teologicamente não importa muito para a Comunidade de Lucas, a distância percorrida pôr Maria e o serviço prestado à sua parenta Isabel. Mas, importa bastante o Caminho feito, e o sentido do encontro dessas duas mães e as duas crianças. Isabel e João Batista representam o Primeiro Testamento, a Primeira Aliança, Maria e Jesus o Segundo Testamento, a Segunda Testamento, a Segunda Aliança. A bem da verdade Jesus representa não somente a Nova Aliança, mas toda a Sagrada Escritura, isto é, a única e definitiva Aliança. Ademais, Maria representa, as comunidades, a jovem Igreja, Isabel representa a Sinagoga e as antigas práticas do judaísmo, com os seus 613 normas ou mandamentos. A acolhida que Isabel faz a Maria, é a acolhida, de todos os povos, de todos os tempos, em especial os mais pobres. Isabel acolhe Maria “em alta voz”, como o povo de Deus acolheu a Arca da Aliança, a presença de Deus, com fortes aclamações, “Davi exclamou: “Como poderá vir a mim a arca do Senhor?” (2Sm 6,9).
A segunda parte, O Magnificat, é um cântico de alegria e agradecimento. Esse cântico de Maria inspira-se no cântico de Ana, “O meu coração exulta em Iahweh, a minha força se exalta em meu Deus...” (2Sm 1ss). Lucas mostra o agir de Deus na história do povo. Mostra que o que conta para Deus, são os que levam a frente o projeto de justiça, e não os orgulhosos, os poderosos e ricos, mas os humildes, os famintos, que coincidem com os que confiam plenamente em Deus. Por isso, o Magnificat pode expressar bem a oração dos pobres, que se associam em alegre esperança a Maria de Nazaré, a humilde serva do Senhor. Na Exortação Apostólica - A Alegria do Evangelho, do Papa Francisco, lemos: “Deriva da nossa fé em Cristo, que Se fez pobre e sempre Se aproximou dos pobres e marginalizados, a preocupação pelo desenvolvimento integral dos mais abandonados da sociedade. Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo. (...) Ficar surdo a este clamor, quando somos os instrumentos de Deus para ouvir o pobre, coloca-nos fora da vontade do Pai e do seu projeto.” (EG 186-187).
Para refletirmos: Portanto, todos nós, e toda a Igreja nos encontramos grávidos da presença de Cristo, para dá-lo ao mundo. Esta é a nossa missão de discípulos missionários: de anunciar aos não católicos a presença de Cristo Ressuscitado. Eis aqui o sentido da festa de Natal, que nós celebramos nesta semana. Estamos grávidos de Cristo? Estamos dispostos como discípulos missionários seguidores de Cristo, a mostrar a sua presença ao mundo de hoje?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo de novembro 2018 - Padre Aparecido Neres Santana, CSS
Artigo de outubro 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
AGENDA
DO MÊS
Ø Retiro de Catequistas e Evangelizadores Discípulos
Missionários – Confira
a Agenda de sua Região. Mais informações em sua Paróquia ou com o Coordenador
da AB-C de sua Região.
Ø Região Guarujá –
Ø Cidade de Bertioga – 18 de
outubro às 19h30.
Ø Cidade do Guarujá – 25 de
outubro às 19h30.
Ø Região Litoral Centro -
Ø Cidades de Praia Grande e Mongaguá – 27 de outubro
às 8h30.
Ø Mídias de
nossa Comissão: visite e entre em
contato!
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Artigo de setembro 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
AGENDA
DO MÊS
Ø Retiro de Catequistas e Evangelizadores – Confira a
Agenda de sua Região. Mais informações em sua Paróquia ou com o Coordenador
da AB-C de sua Região.
Ø Região Centro I-II e Orla – 22 de
setembro 8h.
Ø Formação para Evangelizadores na Mídia: Educar para o
Digital – dias 14,15 e 16 de setembro, mais informações Centro de Pastoral.
Ø Mídias de
nossa Comissão: visite e entre em
contato!
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Artigo de agosto 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo de Julho 2018- Padre Aparecido Neres Santana
Artigo de Junho 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
Artigo de Maio 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
Artigo de Abril 2018 - Padre Aparecido Neres Santana

Artigo de março de 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
Neste domingo de Ramos, também chamado Domingo da Paixão do Senhor, temos dois textos tirados do Evangelho, escrito por Marcos, que nos preparam a vivenciarmos a Semana Santa, a qual nos faz recordar, o evento central e fundante da nossa vida cristã: a Morte-Ressurreição de Cristo; é neste contexto, nos dois textos, de Marcos, 11, 1-10 e 15, 1-39, que vamos refletir o caminho de cruz, de ontem e de hoje. O paradoxo dessa solenidade se expressa através da contradição da multidão que, por momentos, aclama (Mc 11,9-10) o Cristo como rei, com ramos nas mãos, e por outro, grita pedindo que o (Mc 15,13-14) crucifiquem como a um bandido. Mais uma vez, isso faz parte da nossa realidade humana.
A Solenidade de Ramos tem origem na festa judaica das Tendas ou dos Tabernáculos, onde os judeus, no mês de setembro, faziam grandes procissões com os ramos nas mãos no intuito de celebrar o fim das colheitas e para se lembrarem da estadia dos Israelitas por 40 anos no deserto. A entrada triunfal em Jerusalém, não é feita numa carruagem ladeada por soldados, guardas, fortemente armados, mas montando um jumentinho, transporte dos pobres, ladeado pelo povo simples, os desvalidos. É o confronto entre o poder imperial e Jesus, defensor dos pobres de Javé. Com esta ação simbólica, Jesus apresenta-se a cidade de Jerusalém como o Messias, o enviado de Deus, portador da paz e salvação.
O texto bíblico, de Mc 15, 1-39, descreve o processo do julgamento de Jesus, o servo justo, o mártir fiel, o servo sofredor, remete à imagem do “terceiro canto do servo” em Isaías (cf. Is, 50, 4-9), defensor dos pobres, que foi assassinado, pelos que detinham o poder, político, econômico e religioso, representados pelas autoridades judaicas e pelo governador romano, Pôncio Pilatos. A centralidade deste Evangelho está na proclamação de que Jesus é o Filho de Deus: à pergunta de Caifás, o sumo sacerdote – “ES tu o Messias, o Filho do Deus Bendito?” (Mc 14, 61), a resposta de Jesus – ‘Eu sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poderoso...” (Mc 14,62). Esta é a compreensão dos discípulos, que apesar do aparente fracasso da morte violenta de Jesus, e da humilhação da cruz, nasce a esperança, da ressurreição. Da derrota nasce a força do amor fiel do Pai em Jesus, e alimenta a missão dos discípulos, a retomada da caminhada!
Ademais, faz necessário enfatizar, que a morte de Jesus, apesar da violência praticada, teologicamente, Jesus a transforma em vitória, porque entrega sua vida para a salvação de todos. Não são eles que tiram, mas, Jesus a entrega. E, mais, a sua paixão, seu sofrimento e a sua morte, os fazem tomar consciência que, através de Jesus, Deus se solidariza conosco, com as nossas paixões, com os nossos sofrimentos e mortes.
Para refletirmos: A Paixão de Cristo continua ainda hoje, sob nossos olhos, da mesma forma que a sua Ressurreição... Qual é nosso papel, como Leigos e Leigas na sociedade e na Igreja, diante desta entrega de Jesus na cruz? Quais são hoje as cruzes as mortes
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Vem aí a Semana Catequética - Tema: Iniciação à Vida Cristã – Formação para Discípulos(as) Missionários.
Artigo de Fevereiro 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
AGENDA DO MÊS
Ø
Semana
Catequética - Tema: Iniciação à Vida Cristã –
Formação para Discípulos(as) Missionários(as).
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Artigo de Janeiro de 2018 - Padre Aparecido Neres Santana
Neste primeiro Artigo Bíblico-Catequético de 2018 (no contexto do Ano do Laicato), refletiremos o 4º Domingo do Tempo Comum, do Evangelho de Marcos 1,21-28. (Nota: No ano de 2017, refletimos mensalmente o Evangelho do 3º Domingo do mês, já em 2018, refletiremos o 4º Domingo). O ambiente desta perícope é a Sinagoga de Cafarnaum, cidadezinha à beira do Lago da Galileia, onde Pedro pôde hospedar Jesus em sua casa (Mc, 1,29). A primeira ação desse dia, e o primeiro milagre no Evangelho de Marcos, é a cura de um endemoninhado. São dois aspectos centrais neste texto: primeiro, Jesus ensina com autoridade; segundo, com a libertação de um endemoninhado, Ele dá início ao seu projeto de libertação. Aqui há uma diferença entre o ensinamento de Jesus e dos escribas: “Ele ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mc 1,22). Os escribas ensinavam baseados apenas na Lei escrita e normas religiosas, alicerçadas no “puro/impuro”. Era a religião da pureza ritual “espírito impuro” (Mc 1,23). Jesus, pelo contrário, enfoca outra legitimidade com uma prática nova, onde mais importante é a misericórdia, a libertação da pessoa de todos os “males”, de toda escravidão, dominação e da alienação. A figura do demônio no mundo antigo era a ‘fonte’ dos males físicos, das desgraças e doenças. Podemos notar que Evangelho e o próprio Jesus não se interessam por satanás, enquanto personagem em si, mas à medida que atrapalha a realização do Reino. O “tempo Messiânico” é o tempo da vitória sobre satanás, isto é, sobre todo mal que assola e destrói a vida humana. Teologicamente é bom esclarecer que o Monoteísmo não tolera seres “concorrentes” ao lado de Deus, como diz a canção popular: “Na casa de Senhor não existe satanás”. Ademais, até satanás reconhece que Jesus é o Messias: “Sei quem tu és; o Santo de Deus” (Mc 1,24). Porém, não basta reconhecer Jesus, é preciso vivenciá-Lo na defesa da vida de forma concreta. Nota-se que a autoridade de Jesus advém da força do seu anúncio. Só a palavra de Jesus, sem mediações “mágicas” e rituais, liberta a pessoa do poder demoníaco e o reintegra à sua dignidade humana. Portanto, mais do que ficarmos admirados, extasiados com os milagres de Jesus, Marcos quer que a sua comunidade, (e hoje) fique atenta à Palavra, mesmo quando ela for menos empolgante. A religião não deve ser espetaculosa, mágica, mas de entusiasmo missionário, na defesa da vida ferida e machucada.
Para refletirmos: No texto de hoje, vimos que Jesus ensina com autoridade, fala com autoridade porque Vive o que fala. E nós, como leigos/as discípulos/as missionários/as do Pai, estamos ouvindo a Palavra e colocando-a em prática com o nosso Testemunho de Vida? Vem aí a Semana Catequética - Tema: Iniciação à Vida Cristã – Formação para Discípulos(as) Missionários.
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Vem aí a Semana Catequética - Tema: Iniciação à Vida Cristã – Formação para Discípulos(as) Missionários.
Artigo de Dezembro 2017 - Padre Aparecido Neres Santana
O DISCÍPULO MISSIONÁRIO, COMO JOÃO BATISTA, É A TESTEMUNHA DE JESUS.
Estamos no Início do Ano Litúrgico B, do Evangelista São Marcos. Neste Artigo Bíblico-Catequético, refletiremos o Evangelho de João 1,6-8.19-28. O Terceiro Domingo do Advento é o Domingo da Alegria “Domingo Gaudete”, um tempo de vigiar, de orar, de voltar mais para a Palavra de Deus, em que todos são chamados a viver a alegria da proximidade do nascimento do Verbo de Deus, que assumiu a nossa humanidade. Esse texto está inserido no Prólogo do Evangelho de São João, no sentido de esclarecer, à Comunidade Joanina, de que a verdadeira Luz é Jesus: “João não era a luz” (Jo 1,8a). Portanto, não era o Messias: “Eu não sou o Messias” (Jo 1,20b). Nos Evangelhos Sinóticos, isto é, nos três primeiros Evangelhos, João Batista é apresentado como “o precursor”. No Evangelho de São João, o Batista é apresentado como Testemunha de Jesus. A missão central de João é, portanto, o Testemunho. O Batista é aquele que vê e sabe quem é Jesus, e O anuncia, suscitando discípulos para Cristo. O ver não é somente um ver físico (os judeus viram, mas não acreditaram), mas um ver que reconhece Jesus como o Filho de Deus, o Messias ou Cristo e passa a testemunhá-lo como um discípulo. João Batista anuncia não um messias vindouro, mas um Messias que está no meio de nós. Não é tempo de esperar, mas de testemunhar, e apontar para O Cristo, que já se encontra especialmente nos pobres e sofredores (cf. Mt 25, 31-44). Numa sociedade discriminadora, onde a religião estava de certa forma submetida ao Império Romano, já não havia mais profetas. João Batista, se define, dizendo: “Eu sou a voz que grita no deserto... Aplainai o caminho do Senhor”’ (Jo, 1,23). Portanto, a missão do discípulo missionário é ser profeta da vida, ser testemunha do Reino, apontando para Jesus. Os cristãos devem ser os verdadeiros profetas. Segundo Isaías, o verdadeiro profeta é aquele que restaura a Justiça de Deus em favor dos pobres, dos pequenos, dos excluídos e dos feridos pela Vida (cf. Is 61, 1-11). De acordo com São João, o verdadeiro profeta é também aquele que é o mensageiro, o porta-voz de Deus, que testemunha o Cristo como Luz.
Para refletirmos: Como o Batista, nós também somos chamados para sermos testemunhas de Cristo, na construção do Reino de Deus. Chamados a sermos discípulos e discípulas missionários (as) de uma nova esperança. Dentro do processo de Iniciação à Vida Cristã, estamos sendo os Introdutores dos irmãos e irmãs que estão afastados da Comunidade?
Padre Aparecido Neres Santana, Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C Diocese de Santos/SP.
Artigo de Novembro 2017 do Padre Aparecido Neres Santana
Artigo de Outubro de 2017 do Padre Aparecido Neres Santana
O DISCIPULO MISSIONÁRIO NA FESTA DO REINO
Neste Artigo Catequético Bíblico-Missionário, refletiremos sobre o Evangelho de Mateus 22,1-14, do 28° Domingo do Tempo Comum. A centralidade deste texto nosabre horizontes e ajuda-nos a compreender a universalidade da Salvação. A festa, o banquete é para todos. Talvez a comunidade de Mateus, estivesse refletindo a Profecia de Isaias, que diz: “O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos um banquete...” (Is 25,6). O banquete é sinal do Reino, da abundancia, de festa e de alegria. A parábola indica que os convidados para participarem do Banquete do Reino em primeiro lugar, são os que pertencem ao povo escolhido, os judeus. No Evangelho de Marcos, uma mulher grega, isto é, pagã, implora a cura da sua filha, e Jesus diz: “Deixa que primeiro os filhos se saciem porque não é bom tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos cachorrinhos” (Mc 7,27). Contudo, apesar destra “primazia”, os “convidados de direito, os judeus” não aceitam o convite, isto é, não aceitam Jesus, como Filho de Deus, o Messias!
A festa porém tem que continuar, então o convite é estendido a todos os povos, aos gentios, aqueles que viviam à margem, maus e bons. Este convite feito ao longo da história, primeiramente ao povo de Deus, através dos Juízes e Profetas, está bem caracterizado na parábola, como sendo os servos enviados, e que são recusados. Deus, porém, nunca desiste do seu povo. Por fim, envia seu Filho, na parábola representado pelo noivo, (típica linguagem do profetismo, em especial Oséias: “Eu te desposarei a mim para sempre... no direito, no amor e na ternura... na fidelidade” 2, 21-22). Deus, em Jesus, realiza em definitivo a nova e aliança. Aceitar, participar do banquete é ter vida. Recusar é a morte, que é ficar fora da festa do Reino, o Banquete nupcial
Continuando a parábola, temos ainda, os que aceitaram participar da festa, mas não estavam vestidos apropriadamente para a mesma, e são repreendidos. O traje de festa, é a aceitação de Jesus como Salvador. As vestes festivas, são a justiça, o amor e a misericórdia, que levam à vida. Fica claro pois, que não basta apenas, receber os sacramentos, participar da Igreja e da comunidade, para entrar na festa, no Reino de Deus. É preciso também assumir o caminho do discipulado, isto é, tornar-se um evangelizador!
Para refletir: A Comunidade de Mateus, assim como a nossa hoje, deve enfrentar esse conflito ético e estético comunitário. A nossa Catequese de Iniciação à Vida Cristã, passa por mudanças de época, uma nova reestruturação. Temos realmente assumido esse compromisso? Como estou respondendo ao novo método catequético? Qual o meu traje de festa, em minha catequese, e junto à minha Comunidade?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo de setembro 2017 - Padre Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C da Diocese de Santos
AGENDA DO MÊS
Ø Retiro de Catequistas e Evangelizadores – Confira a
Agenda de sua Região. Mais informações em sua Paróquia ou com o Coordenador
da AB-C de sua Região.
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Artigo de agosto de 2017 - Padre Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C da Diocese de Santos
MAGNIFICAT: O CÂNTICO DE MARIA, A HUMILDE SERVIDORA DE DEUS, MISSIONÁRIA ENTRE OS POBRES.
Neste Artigo, Bíblico-Catequético Missionário, de agosto, mês Vocacional, refletiremos a passagem do Evangelho de São Lucas 1, 39-56. Podemos também, vinculá-lo a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, vindo de encontro ao “Ano Nacional Jubilar Mariano”, comemorativo aos 300 anos, do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida, nas águas do Rio Paraíba, por pescadores, a qual dá o nome a cidade de Aparecida. Esta perícope, apesar de ser considerada uma unidade, tem duas partes. Primeiramente, a da visitação: “Maria pôs se a caminho... a uma cidade de Judá. ...Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?” (Lc1, 39-43). Estes versículos referentes a visitação são importantes, porque indicam que os discípulos(as), a exemplo da Mae Maria, devem visitar as famílias. É a Igreja visitando as casas. A atitude de Maria aponta que a Igreja nasceu da missão e tem que estar em missão permanente. Na sequência do texto em Lc 44, é lindo e de significado ímpar, ver o encontro das duas mães: Maria e Isabel, respectivamente com os dois Filhos, dois Profetas, o Precursor e o Salvador. Isabel e João, representando o Antigo Testamento, Maria e Jesus, o Novo Testamento. Com uma diferença, que em Jesus se encontra a síntese de toda a Sagrada Escritura, a realização da promessa salvífica. Assim, é importante fazermos um paralelo, entre o encontro das duas mães, e outro encontro, o do Rei Davi com a Arca da Aliança. Nas narrativas dos dois encontros, há a alegria e o grito! “Isabel Com um grande grito exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres... Donde me vem a mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1, 42-43); “Davi exclama: ‘Como virá a Arca de Iahweh para ficar na minha casa?’” (2Sm 6,9). Maria, com Jesus no ventre é a portadora da nova Arca da Aliança. A segunda parte, Maria pronuncia o “Magnificat” (Lc 47-53), Cântico lírico de agradecimento, cujo o paralelo encontramos, no Cântico de Ana – “O meu coração exulta em Iahweh... O arco dos poderosos é quebrado... Levanta do pó o fraco” ... (1Sm 2, 1-10). Maria mostra-nos o agir de Deus na História. Que Deus está ao lado dos oprimidos e desprezados. Esse Cântico demostra toda a esperança messiânica. Mostra ainda, que os que aderem ao Projeto de Jesus, não são os orgulhosos, os poderosos e nem os ricos. Mas sim, os humildes, os pobres e famintos, que coincidem com todos aqueles que confiam em Deus e na sua Providência. Para refletirmos: No texto de hoje, Maria nos ensina a seguir Jesus, anunciando o Deus da Vida, da Compaixão e de Misericórdia, trabalhando pôr um mundo mais fraterno, justo e solidário! E nós? Estamos seguindo o exemplo de Maria, no serviço ao próximo, acolhendo com simplicidade, aos mais pequeninos, em nossa vida pessoal e comunitária?
AGENDA DO MÊS
- Retiro de Catequistas e Evangelizadores – Confira a Agenda de sua Região.
- Encontro Diocesano de Formação Bíblica da AB-C: 30/8 (Quarta-feira), das 14h às 17h – Local: Paróquia Sagrado Coração de Jesus. Assessoria do Padre Aparecido Neres Santana.
Mais informações em sua Paróquia ou com o Coordenador da AB-C de sua Região.
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C da Diocese de Santos

- Retiro de Catequistas e Evangelizadores – Confira a Agenda de sua Região.
- Encontro Diocesano de Formação Bíblica da AB-C: 30/8 (Quarta-feira), das 14h às 17h – Local: Paróquia Sagrado Coração de Jesus. Assessoria do Padre Aparecido Neres Santana.
Artigo de julho de 2017 Padre Aparecido Neres Santana
A BOA SEMENTE
Neste Artigo Bíblico-Catequético refletiremos sobre o Evangelho de São Mateus 13, 1-23 do 15° Domingo do Tempo Comum. No capítulo 13 de Mateus narra sete parábolas. Parábola vem do grego, parabolê, verbete formado por duas palavras, que são: Pará, cujo significado é “ao lado de”, “ao longo de” e “para além de” e bolê, que significa, “jogar” “lançar”. Portanto, parábola sinaliza algo além, provoca uma busca de algo mais profundo. Ademais, as parábolas sobre o Reino, formam o terceiro discurso mais importante no Evangelho de São Mateus. Com os relatos parabólicos, Jesus pretendia explicar o tema fundamental de sua pregação, isto é, a vinda do Reino de Deus na sua pessoa e ações. As parábolas, são dirigidas para as multidões, para as pessoas simples. É por isso, que Jesus as elabora, a partir da natureza, e de elementos do cotidiano, daquelas pessoas, que provinham, na sua maioria, de uma sociedade campesina. Esta primeira parábola, a do Semeador, compara três espécies de sementes que se perderam, com uma espécie de semente fértil. As sementes se perderam porque caíram em solos ruins, isto é, à beira do caminho (v.4), em lugares pedregosos (v.5) e entre os espinhos (v.7). Mas a semente que caiu em terra boa (v.8), deu frutos. Jesus quer assim frisar, que não obstante o repetido insucesso, existe uma semente que produz fruto abundante. O semeador que espalha generosamente as sementes é o próprio Jesus. As sementes boas são os discípulos, os de casa (V.1), que aceitaram a Palavra - Aqui estamos no coração desta parábola, que é a aceitação, ou não, do Reino dos Céus. Os que compreendem a Palavra (discípulos), e os que não compreendem, ou não querem compreender esta Palavra (Fariseus, Escribas e doutores da Lei, que tinham influência sobre as multidões). Três sementes perdidas e uma frutífera. Isto mostra a dificuldade encontrada por Jesus e os discípulos no anúncio do Reino de Deus. Embora a missão tenha sofrido um duro golpe - como os discípulos que abandonaram a missão (cf. Jo 60-71) - e por conta também das perseguições, riquezas (cf. Mc 10, 17-27), ou outras razões, Jesus quer recuperar a confiança do semeador e a força da semente. A parábola do semeador, portanto, é uma advertência aos cristãos, preguiçosos e frios, que desanimam na missão, porque não conseguem frutos rapidamente. O semeador sai para semear, mas não volta para colher, porque quem colhe é Deus. Para refletirmos: O texto de hoje, mostra que nós somos ‘os de casa’ (Discípulos). Por isso, antes de sairmos como discípulos missionários ao encontro das multidões (‘os de fora’), lançando as sementes do Reino, temos que trabalhar dentro de nós, e na comunidade, para alcançar, a ‘conversão pessoal e pastoral’. Portanto, será que estamos nos fazendo presentes no meio da sociedade, no encontro com o outro, semeando o amor de Jesus nos corações das pessoas? Ou somos cristãos somente dentro da Igreja e no salão paroquial?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo do Padre Aparecido Neres Santana de junho de 2017. Diocese de Santos
No dia 11 de junho, celebramos o Domingo da Santíssima Trindade. A Liturgia agora nos propõe a vida em Comunidade, para juntos sermos enviados em Missão. Para compreendermos melhor a Palavra de Deus que nos é apresentada será necessário situá-la no contexto do Evangelho de Mateus 9,36—10,8, referente ao 11º Domingo do Tempo Comum. O chamado de Jesus nasce da compaixão pelo povo sofrido, do “ver”, do “olhar” e do “sentir” no fundo da alma o grito do irmão pela vida: “Ao ver a multidão teve compaixão dela, porque estava cansada e abatida como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36). Quem chama e envia para a missão é o próprio Deus, como intercede Moisés ao Senhor: “... para que a comunidade de Iahweh não seja como um rebanho sem pastor” (Nm 27,17). Quando lemos sobre Jesus, ao enviar os doze (o envio Apostólico), chama-nos a atenção o número 12, que não parece ser casual! Recorda-nos os doze filhos de Jacó (que originaram as doze tribos de Israel), significando que toda a história do Povo de Deus se realiza em Jesus. Os Apóstolos são chamados, recebem a investidura e são enviados (Apóstolos quer dizer “enviado”). São Mateus estabelece uma linha de continuidade entre a missão de Jesus e a dos Apóstolos. A prática missionária dos Apóstolos é a mesma de Jesus ao ser reconhecido como o Messias pelos discípulos de João Batista: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam as vistas os surdos ouvem...” (Mt 11,4), que são os sinais do Reino de Deus. A missão de Jesus é a missão dos Apóstolos, a pratica de Jesus é a prática dos Apóstolos. Um terceiro elemento no texto é a Gratuidade, no sentido de entrega total à missão, sem outras preocupações, que não a do amor a Deus e ao irmão. Portanto, os doze Apóstolos simbolizam todos nós (12 é ainda o número da plenitude). O cristão não pode eximir-se do ser missionário. A missão é uma realidade da qual a Igreja não pode se omitir, pois, por natureza, ela é missionária. A Igreja nasce da Missão. Como diz o Papa Francisco: “Não deixemos que roubem nosso entusiasmo missionário”. E ainda, com o testemunho da paixão missionária de Santa Terezinha: “Gostaria de plantar a Cruz de Cristo nos cinco continentes. Visto que não posso, eu serei missionária pela oração e sacrifício”.
Para refletir: Perguntemo-nos: pessoal e comunitariamente estamos nos sentindo discípulos missionários? Tenho “alma missionária”? Ao catequizar, evangelizar, procuro “fazer” discípulos missionários, atendendo ao apelo do Papa Francisco para sermos “Igreja em “saída”?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C
Artigo de Maio de 2017 - Pe. Aparecido Neres Santana, CSS
Neste Artigo, Catequético Bíblico-Missionário, refletiremos sobre o Evangelho de São João, 14, 15-21, do 6° domingo da Páscoa. A centralidade do texto, está na vivencia dos mandamentos, especialmente o do Amor, além do anúncio feito pelo Senhor de enviar o Espírito Santo Paráclito. Jesus fala do “Àgape”, do Amor incondicional, do amor-caridade, “Se me amais, guardareis os meus mandamentos... e ele vós dará um outro Defensor” (Jo 14,15), o Paráclito, que em grego significa: aquele que defende, que auxilia, que infunde animo. Este trecho, encontra-se no contexto de despedida de Jesus, na Última Ceia. Ele volta para junto do Pai, mas os discípulos não ficarão órfãos, “Ainda um pouco e o mundo não mais me verá, mas vós me vereis” (Jo 14,19). Aqui está implícita, a continuidade da Sua Missão pelos discípulos (a Igreja, que somos todos nós).
No contexto sócio-político, econômico e religioso em que viviam os discípulos, e das primeiras comunidades, era de exploração e perseguição em todos os níveis. Dentro desse cenário é que se compreende que o Paráclito, o Defensor, que Jesus vai mandar, vem para os discípulos, não para o mundo. O evangelista João nos apresenta uma oposição entre os discípulos e o mundo (Jo 14, 19). Para o mundo, Jesus desaparecerá para sempre (cf. Jo 7,34; 8,21), para os discípulos não. Por isso, os discípulos receberão o Espírito Santo e o mundo não. No amor a Jesus está o querígma, o anúncio central da nossa fé. Do amor maior, o “Ágape” “Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo, 15,13), que procede do Pai e do Filho e permanece no Espírito Santo.
A ressurreição, a Pascoa do Senhor, é o grito, por todo e sempre, da vida que vence a morte. Na ressurreição está ancorada e centrada a Fé cristã. Por isso, o discípulo-missionário, não pode ter medo, mas com a força da fé, anunciar com alegria o Reino da Vida.
Para refletirmos: É a Ação do Espírito Santo que nos capacita e nos envia para a Missionariedade; Será que como catequistas e evangelizadores, estamos seguindo este Caminho, proposto por Jesus? Em nossa Comunidade e no Caminho catequético, estamos levando e dando testemunho aos nossos catequizandos a seguirem o caminho de viver o Mandamento do Amor?
Pe. Aparecido Neres Santana, Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C
Artigo de Abril 2017 - Pe. Aparecido Neres Santana
sobre a morte.
A partir do Domingo da Páscoa da Ressurreição, do Evangelho de São João 20, 1-9, refletiremos sobre o Mistério Pascal do Senhor Jesus. O início do Evangelho diz: “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus” (Jo, 20,1). São João salienta a importância do “primeiro dia da semana”. Este dia tornou-se o “Dia do Senhor”, o domingo Cristão (cf. Ap 1,10). Com isso, ele nos remete ao relato da Criação em Gênesis, no “primeiro dia”, em que Deus criou o mundo (cf. Gn 1, 1-8). Nesta relação da Criação de Deus com a Ressurreição de Jesus, podemos ver que, em Cristo, somos nova criatura. Deus recria em Jesus a pessoa nova, o novo Adão. O dia da Ressurreição é o ‘dia dos dias’: “Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos nele!” (Sl 117,24). O segundo ponto a destacar é a palavra “túmulo” (que aparece sete vezes), e o verbo “ver” (que é citado quatro vezes). Vejamos: “túmulo vazio” aparece, primeiramente, como incredulidade dos discípulos, como falta de fé da comunidade e de não entendimento das “Escrituras” (Jo 20,9). Depois, num segundo momento, como ‘iluminação’: “O outro discípulo... entrou ao túmulo. Ele viu, e acreditou” (Jo 20,8). Sim! É a certeza incontestável da Ressurreição do Senhor Jesus. É a certeza de que os algozes - isto é, os poderes político, econômico e religioso -, que crucificaram o Senhor, não venceram. Que o “túmulo” agora vazio não significou a derrota nem a última palavra, porque a última palavra é de Deus. Nesta perícope tanto o “ver” de Maria Madalena - mesmo que demonstrando uma fé incipiente e tímida, com a afirmação “retiraram o Senhor do sepulcro” (Jo 20,2) -, quanto o “ver” do discípulo amado e do apóstolo Simão Pedro - “que entrou no túmulo, viu e acreditou” (Jo 20,8) -, mostram como a Comunidade vai, aos poucos, tendo a certeza de que Jesus havia ressuscitado de fato, e crescendo na fé, iluminada pela novidade da Ressurreição. Neste contexto, Maria Madalena passa a ser a primeira anunciadora da ressurreição de Jesus. Portanto, celebrar a Páscoa é celebrar a Vida que vence a morte! A Páscoa é o dia do discipulado missionário, de sair e anunciar a alegria da Vida que vence a morte! Ademais, a fé cristã nos impulsiona a “sair” (somos uma Igreja em “saída”), “ver” Jesus nos crucificados de hoje (Mt, 25,31ss) e como discípulos missionários nos colocarmos ao seu lado e gritar que o Reino de Deus e da “Vida” é para todos (Jo 10,10). Para refletirmos: Como e onde percebemos os sinais de Cristo Ressuscitado na vida pessoal, na comunidade e na sociedade? Mesmo diante das dificuldades da vida, conseguimos encontrar, na Ressurreição de Jesus, ânimo para nossa vida pessoal e missão evangelizadora? Ou vivo uma eterna “sexta feira da paixão”?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C
Artigo de Março de 2017 - Pe. Aparecido Neres Santana
O Evangelho do 3° DTQ relata o encontro de Jesus com a samaritana. É um encontro querigmático. Este texto é um dos mais dramáticos do Evangelho de São João, que tem como personagens Jesus, o narrador, a Samaritana, os discípulos, e o poço de Jacó, “simbolizando” o Antigo Testamento, além dos habitantes da cidade de Samaria. Jesus pôs de lado alguns preceitos e costumes muito arraigados na cultura judaica daquele tempo, ou seja: um Judeu não podia conversar com uma mulher em público e, muito menos com uma estrangeira, considerada pagã, portanto, impura. Por razões históricas, os judeus não se davam com os samaritanos. Para um judeu não havia ofensa maior do que ser comparado a um samaritano. Jesus quebra paradigmas! Ele vai utilizar um outro caminho que os judeus não costumavam usar. Depois, conversa com a mulher estrangeira, pedindo-lhe água: “Uma mulher da Samaria chegou para tirar água. Jesus lhe disse: ‘Dá-me de beber’” (Jo 4,10). Podemos ver que aqui é o Mistério de um Deus que pede, para poder dar. O Mistério está em poder conhecer quem é Jesus: “Se conhecesses o dom de Deus e quem é que diz: ‘Dá-me de beber’, tu é que pedirias e ele te daria água viva” (Jo, 4,10). O texto nos mostra que a verdadeira fé surge quando alguém se encontra, verdadeiramente, com Jesus. Após este encontro com Jesus, a Samaritana deixa o cântaro e vai, como discípula, anunciar na Samaria, que havia encontrado o Messias. Jesus mostra que a salvação não era somente para um povo, os judeus, mas para todos os povos. E mais: que Deus pode ser adorado em qualquer lugar, o que importa é que seja em “espírito e em verdade” (Mt 4,24b).
Reflexão: O discípulo missionário é aquele que traça um outro caminho para encontrar as “ovelhas” afastadas e dar de beber a água viva que é Jesus. Você pede desta água viva a Jesus? Você dá desta água viva ao outro?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo de Fevereiro 2017

Artigo de Janeiro 2017
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo de Dezembro de 2016 - Pe. Aparecido Neres Santana
O DISCÍPULO MISSIONÁRIO É A LUZ DO SENHOR
Acabamos de iniciar o Novo Ano Litúrgico (Ano A) onde seguiremos o Evangelho segundo Mateus, e ao mesmo tempo no Brasil o Ano Jubilar Mariano, preparando assim, a celebração dos 300 anos do encontro da Imagem da Senhora Aparecida. Porem nosso caminho continuará a temática da Missionáriedade, contemplando a intercessão de Maria, a mãe que espera o menino Deus, “O Verbo Encarnado”. Nossa reflexão, segue no contexto do Evangelho de Mateus 11, 2-11 – do 3° domingo do advento, conhecido como domingo Gaudete – Alegrai-vos! “Alegrem-se o deserto e a terra seca..., ele vem para vos salvar” (Is 1.4).
O Texto se desenvolve partir da pergunta de João Batista, que envia seus discípulos a Jesus, com a indagação – “Es tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” Jesus responde-lhes: ‘Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam as vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados’ (Mt 11, 3-5). A resposta de Jesus não é apenas teórica, como faziam os rabis e os doutores da Lei, mas prática, a partir da Vida real. É do seio da vida que percebe e reconhece o Messias. É com os olhos e os ouvidos, que O vemos no irmão chagado, ouvindo seu clamor que brada aos Céus. Ouvir e ver Jesus, não tanto com os olhos físicos, isto também é importante, mas com os olhos da fé.
João Batista, aparentemente demonstra uma certa dúvida em relação ao Messias, “Es tu aquele que há de vir...?”, talvez porque esperasse também como os demais um Messias triunfalista? Mas Jesus aponta os sinais da chegada do Reino Messiânico, que é curar e evangelizar, a partir dos pobres. Segundo, a nossa missão é fazer com que, as pessoas, sejam evangelizadas e vejam Jesus no irmão que sofre. Por isso, o discípulo missionário, ouvindo e vendo as dores do irmão, ele cura as chagas da vida.
Para refletirmos: Olhando para nós mesmos – estamos também compactuando, com as cegueiras, da sociedade consumista, especialmente neste tempo do Natal, onde o mais importante é comprar de presentes, comidas e bebidas, do que ver e ouvir as necessidades do irmão?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C
Artigo de novembro 2016 - Padre Aparecido Neres Santana - Diocese de Santos
Estamos nas vésperas do termino do Ano Litúrgico C, (será na Festa de Cristo Rei, no dia 20/11), quando encerraremos também o Ano da Misericórdia. Iniciamos, então, o Ano Litúrgico A, e na Igreja do Brasil, o Ano Santo Mariano, celebrando os 300 anos do encontro da imagem da Senhora da Conceição Aparecida.
Novos tempos! Tempos de mudanças! Tempo de “dar razão da vossa esperança” (1Pd 3,15). É neste contexto, que refletiremos o Evangelho de Lucas 21, 5-19.
Jesus entra pela última vez no Templo de Jerusalém, símbolo da antiga aliança, que foi destruído no ano 70 d.C. O Templo era sempre do Rei e o centro religioso da vida judaica. Com sua beleza esplendorosa chamava a atenção. No Templo girava os poderes: religioso, econômico e político, isto é, a vida dependia totalmente do Templo. A partir do olhar para Templo, Jesus, olha para o mundo, e faz um discurso escatológico do fim, não somente do Templo, como do mundo, apresentando várias realidades catastróficas, numa linguagem apocalíptica: guerras, revoluções, terremotos, fomes e pestes. É o fim de uma época do plano salvífico, é uma virada no plano de Deus. “Antes, porém, que essas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos” (Lc 21,12), mas, “É permanecendo firmes na fé que ireis ganhar a vida” (Lc 21, 19).
Jesus, prepara os apóstolos, para que, ao se depararem e enfrentarem essas realidades, não desanimem, principalmente quando forem perseguidos e colocados na prisão. Passados dois mil anos, olhando para o mundo hoje, vemos tudo isso acontecer. Por isso, mesmo diante da destruição e da desgraça, dos grandes sinais do fim do mundo, o missionário não precisa ter medo, mesmo porque o fim de uma realidade de morte, para o cristão, é o início de uma nova realidade de vida, de um mundo novo! Jesus, e os discípulos, estão apontando para esse mundo novo. Importante é perseverar firme na fé, sempre acreditando, que a partir do anuncio da Palavra de Deus, poderemos destruir sim, o mundo velho, e todas as realidades de morte, para que renasça a vida, um mundo novo. É a Pascoa: a passagem da morte para a vida em toda a sua plenitude. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Para refletirmos: Diante de tantas mudanças de época: conflitos, misérias, doenças, guerras e falsos profetas. Ainda acreditamos, que e a partir da fé perseverante, que poderemos, sonhar e buscar, como discípulos missionários este mundo novo?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo Pe. Aparecido Neres Santana, outubro 2016.
Missionariedade: A fé que salva.
A espiritualidade do discípulo missionário nasce do amor, da compaixão de Deus Pai, revelada em Jesus, que salva a pessoa humana na totalidade, isto é, cura o corpo e a alma (cf. Lc 17,13 : “Jesus, mestre, tem compaixão de nós!”). Vamos no texto Bíblico do 28° DTC, em Lc 17, 11-19, onde Jesus cura dez leprosos, dentre eles um Samaritano, que volta e se ajoelha para agradecer. Primeiro, chama a atenção o fato de os leprosos aproximarem-se de Jesus. Isto não era concebível naquele tempo! Segundo, os judeus e os samaritanos não se davam, no entanto, os dez leprosos (nove judeus e um samaritano) estão juntos pela exclusão, pela sobrevivência. Pela Lei, os leprosos eram excluídos do convívio da comunidade, porque além da doença física havia a espiritual, e eles eram considerados pecadores, o que significava duplo castigo. Eles ficavam fora das cidades, nas montanhas, com um sino no pescoço, para ninguém se aproximar. Podiam voltar ao convívio da comunidade se fossem curados e, somente após a cura, deviam apresentar-se aos sacerdotes (“Ide, mostrais-vos aos sacerdotes”), que lhes davam a garantia da cura. A tônica do texto está na volta do estrangeiro, um samaritano, para agradecer e dar glória a Deus (assim como Naamã, o Sírio, em 2Rs 5,15). Jesus questiona, fazendo a tríplice pergunta: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão?” Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro? O samaritano, que volta e se joga aos pés de Jesus, glorificando a Deus em alta voz, obtém, não somente a cura física, mas também a cura espiritual, ele é curado na totalidade. E disse-lhe Jesus: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”. O que Lucas quer ressaltar, talvez mais do que a cura da lepra e a gratidão, é a fé que salva, a importância de voltar-se para Jesus. “Voltar” é um verbo que indica a conversão, de tornar-se discípulo de Jesus, que é a fonte da vida.
Reflexão: Hoje são tantas as lepras que atingem as pessoas, na sociedade em que vivemos: as doenças, as drogas, vícios, a fome de poder e de sucesso, corrupção, desemprego, entre outros. Como curar todas as lepras? Em nosso Plano Diocesano de Evangelização, encontramos na Urgência 5 vários projetos que ajudam a curar as pessoas. Como colocá-los em prática? Vamos dar uma olhada?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C

Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C
Artigo de setembro de 2016 - Padre Aparecido Neres Santana
Artigo de agosto de 2016 - Pe. Aparecido Neres Santana
Artigo de julho de 2016 - Padre Aparecido Neres Santana
O missionário se faz próximo do necessitado

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