Neste Artigo Bíblico-Catequético-Missionário,
do 8° Domingo do Tempo Comum do Ano C, refletiremos o Evangelho de Jesus
Cristo, segundo Lucas 6, 39-45. Jesus
orienta seus discípulos e discípulos a iluminar o olhar de suas vidas com a luz
do Evangelho, para produzir os bons frutos do Reino de Deus no meio da
sociedade. Apesar de Lucas iniciar esta seção, afirmando que se trata de uma
parábola- “Disse-lhes ainda uma parábola:
...” (Lc 6,39ª), mas, na realidade pelo estilo literário, percebe-se que
aproxima-se mais da literatura sapiencial bíblica, isto é, são provérbios, que
retratam a vida cotidiana do povo, como conclusão do “Sermão das
Bem-aventuranças”. O texto é composto por quatro provérbios (parábolas) a saber:
“a guia de um cego” - “a trave-cisco no olho” – “a arvore e os frutos” – “o
tesouro (a palavra) do coração”. O centro do texto, está em escolher ou não o
caminho certo, a palavra, o messias, no seguimento do único mestre, Jesus
Cristo. As duas primeiras comparações são aproximadas por um tema chave: a guia
de um cego e a correção por parte de quem tem uma trave no olho (Lc 6,
40-42). A primeira comparação era
dirigida originalmente contra os fariseus, os guias espirituais que
desencaminhavam o povo, como - “Que estás
convencido de ser o guia dos cegos, a luz dos que andam nas trevas...” (Rm
2, 19-24). A segunda comparação, a imagem da trave no olho, chama a atenção
daquele que pretende ser juiz do seu irmão. Muitas vezes os membros da comunidade
eclesial em seus julgamentos, se colocam acima do Mestre. “Não existe discípulo superior ao mestre; todo o discípulo perfeito
deverá ser como o mestre” (Lc 6,40). A dificuldade aqui não é tanto o cisco ou a
trave no olho, mas na realidade, é não enxergar a trave no próprio olho. A
crítica é direcionada as pessoas que estão na comunidade sempre com o dedo em
riste para o outro, faz com isso o papel de juiz condenador do irmão. Por isso,
que esta parábola apela para a necessidade de autocritica do discípulo e da
vivência da misericordioso. Ademais, os Evangelhos contêm em cada página, um
aceno a misericórdia. Os Evangelhos são demonstração do coração misericordioso
de Deus. Lucas quer que a comunidade, mais que julgar, exerça a misericórdia. A
correção de um irmão começa no altar do coração misericordioso. O
discípulo enxerga a vida com a luz do Evangelho e isto lhe possibilita uma
visão diferente da realidade. Ele não é conduzido por outro cego — pelo olhar
do mundo — mas pelo olhar do seu Mestre, por sua palavra de vida e esperança.
Para refletirmos: – Nós como discípulos
missionários: catequistas e evangelizadores somos responsáveis na condução de muitos catequizandos! – Como pessoas comprometidas temos conseguido
ser um exemplo a ser seguido, com o nosso testemunho de vida? Como temos
vivenciado o Sacramento da Penitência? Que tipo de “clima” criamos
ao nosso redor, com nossas palavras? Acolhida, amizade ou rejeição, hostilidade
e julgamentos?
Pe.
Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C.
AGENDA DO MÊS
Ø Vem aí a Semana Catequética 2019.
Ø Mídias de nossa Comissão: visite e
entre em contato!
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário