segunda-feira, 4 de março de 2019

ARTIGO DE MARÇO DE 2019 - PADRE APARECIDO NERES SANTANA, CSS




O DISCÍPULO MISSIONÁRIO É MISERICORDIOSO

Neste Artigo Bíblico-Catequético-Missionário, do 8° Domingo do Tempo Comum do Ano C, refletiremos o Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 6, 39-45.  Jesus orienta seus discípulos e discípulos a iluminar o olhar de suas vidas com a luz do Evangelho, para produzir os bons frutos do Reino de Deus no meio da sociedade. Apesar de Lucas iniciar esta seção, afirmando que se trata de uma parábola- “Disse-lhes ainda uma parábola: ...” (Lc 6,39ª), mas, na realidade pelo estilo literário, percebe-se que aproxima-se mais da literatura sapiencial bíblica, isto é, são provérbios, que retratam a vida cotidiana do povo, como conclusão do “Sermão das Bem-aventuranças”. O texto é composto por quatro provérbios (parábolas) a saber: “a guia de um cego” - “a trave-cisco no olho” – “a arvore e os frutos” – “o tesouro (a palavra) do coração”. O centro do texto, está em escolher ou não o caminho certo, a palavra, o messias, no seguimento do único mestre, Jesus Cristo. As duas primeiras comparações são aproximadas por um tema chave: a guia de um cego e a correção por parte de quem tem uma trave no olho (Lc 6, 40-42).    A primeira comparação era dirigida originalmente contra os fariseus, os guias espirituais que desencaminhavam o povo, como - “Que estás convencido de ser o guia dos cegos, a luz dos que andam nas trevas...” (Rm 2, 19-24). A segunda comparação, a imagem da trave no olho, chama a atenção daquele que pretende ser juiz do seu irmão. Muitas vezes os membros da comunidade eclesial em seus julgamentos, se colocam acima do Mestre. “Não existe discípulo superior ao mestre; todo o discípulo perfeito deverá ser como o mestre” (Lc 6,40).   A dificuldade aqui não é tanto o cisco ou a trave no olho, mas na realidade, é não enxergar a trave no próprio olho. A crítica é direcionada as pessoas que estão na comunidade sempre com o dedo em riste para o outro, faz com isso o papel de juiz condenador do irmão. Por isso, que esta parábola apela para a necessidade de autocritica do discípulo e da vivência da misericordioso. Ademais, os Evangelhos contêm em cada página, um aceno a misericórdia. Os Evangelhos são demonstração do coração misericordioso de Deus. Lucas quer que a comunidade, mais que julgar, exerça a misericórdia. A correção de um irmão começa no altar do coração misericordioso.   O discípulo enxerga a vida com a luz do Evangelho e isto lhe possibilita uma visão diferente da realidade. Ele não é conduzido por outro cego — pelo olhar do mundo — mas pelo olhar do seu Mestre, por sua palavra de vida e esperança.
         





Para refletirmos: – Nós como discípulos missionários: catequistas e evangelizadores somos responsáveis na condução de muitos catequizandos!  – Como pessoas comprometidas temos conseguido ser um exemplo a ser seguido, com o nosso testemunho de vida? Como temos vivenciado o Sacramento da Penitência? Que tipo de “clima” criamos ao nosso redor, com nossas palavras? Acolhida, amizade ou rejeição, hostilidade e julgamentos?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C.


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