quinta-feira, 19 de novembro de 2020

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Artigo de Novembro Bíblico-Catequético Missionário - Padre Aparecido Neres Santana, CSS

 

 

O REINO DOS CÉUS É DE VIGILANCIA CONSTANTE!

 

         Neste Artigo Bíblico-Catequético Missionário, referênte ao 32ª Domingo do Tempo Comum, um dos últimos do Ano A, refletiremos o Evangelho de São Mateus (25,1-13). A parábola trata da vinda do Filho do Homem. Ninguém sabe quando será esse dia, “nem os anjos, nem mesmo o Filho, mas sim somente o Pai” (Mt 24,36). O Filho do Homem virá de surpresa, quando a gente menos espera (Mt 24,44). Pode ser hoje, pode ser amanhã. Por isto, o recado final da parábola das dez virgens é “Vigiai!”.

Primeiramente, não podemos perder nos detalhes do texto e deixando de lado  o principal, que está logo no início da parábola, que é o Reino de Céus – “O Reino dos Céus é semelhante...” (Mt 25,1). Por outro lado, o relato não se detem em descrever o cerimonial das núpcias. A atenção concentra-se no comportamento das dez virgens. As chamadas insensatas, e as prudentes. O único elemento que distingue as insensatas das prudentes é a reserva de óleo, pois todas tinham lâmpadas, e todas dormiram na espera do noivo. As dez virgens, podem nos ajudar a entender a atitude e a realidade da comunidade. Há dificuldades, não apenas em crer e ter esperança, mas também em vigiar e estar preparada/o, com o óleo necessário, isto é, tendo atitudes de justiça. Aqui o importante é estarmos prontos e equipados, para poder seguir no caminho do discipulado. A comunidade cristã deve, pois, preparar-se para o futuro salvífico, com o cumprimento fiel das exigências de Deus reveladas por Cristo. Estar preparados(s), formados para o enfrentamento de tudo o que é contrário ao Reino. A comunidade de Mateus, faz um alerta contrário à passividade inoperante dos seus membros. A vigilância não consiste em uma espera inerte e meramente contemplativa, mas se encarna no fazer e na realização de obras concretas, que traduzem  o querer de Deus, isto é, a sua suprema exigência de amor. Por isso, a verificação da autentica esperança cristã a partir da práxis, pois o “óleo” é da Justiça em primeiro lugar, do Amor[WU1] -ágape, a partir de uma entrega total nossa, e da Misericórdia de Deus-Pai em Jesus Cristo, que deve prolongar-se e enraizar-se na comunidade cristã, por meio dos seus membros. Desta forma, evita-se a fuga deste mundo, permanecendo num quietismo acomodado e alienante, afastando-nos das responsabilidades atuais, na história salvífica.  

 

Para refletirmos:

Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da lei e a dos fariseus, vocês não entrarão no reino dos céus” (Mt 5.20). Nossa vida é um convite constante à Festa da Vida, que não termina, caracterizada na festa do casamento (Vida, Morte e Ressurreição de Jesus), promessa de vida para todos e todas que praticam a justiça, ensinada e vivenciada por Jesus. A porta estará aberta ou fechada de acordo com nossa preparação, pois a morte e a ressurreição de Jesus nos convidam para uma vigilância ativa. Será que estou vigiando? Será que estou cuidando com carinho da iniciação à Vida Cristã, mesmo na pandemia do Covid 19? Estou participando da formação referente ao DIRETÓRIO PARA A CATEQUESE?

 

 

Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.

 [WU1]