Neste primeiro Artigo
Bíblico-Catequético-Missionário de 2019 (no contexto do Ano Vocacional), refletiremos
no Evangelho de Jesus segundo Mateus 2,1-12, que é uma das grandes festas do
Ciclo de Natal - A Manifestação do
Senhor (“Epifania” em grego), onde comemoramos o fato de Jesus manifestar-se,
não somente ao seu próprio povo, mas a todos os povos, representados pelos
Magos do Oriente. O texto é altamente teológico e simbólico, usa uma técnica da
literatura judaica chamada “Midrash”, ou seja, uma releitura de passagens
bíblicas, com o intuito de atualizá-las o cotidiano da vida do povo. No texto
refletido, a intenção da comunidade de Mateus é enfatizar, a universalidade da
salvação, a partir da releitura do profetismo, como em Isaías - “Uma horda de camelos te invadirá, os
camelinhos de Madiã e Efa; todos virão de Sabá, trazendo ouro e incenso e
proclamando os louvores de Iahweh” (Is 60,6). Em Jesus realiza-se toda
profecia. Por isso o centro do texto, está na MISSIANIDADE de Jesus. A cidade
de Belém tem um significado importante, está ligada também à profecia, como em
Miquéias – “Mas tu, (Belém), Éfrate,
embora o menor dos clãs de Judá, de ti sairá par mim aquele que será dominador
em Israel (Mq 5,1). A estrela é sinal da vinda do messias, prevista na
profecia de Balaão – “Eu o vejo – mas não
agora[VC1] , eu o contemplo – mas não de perto: Um astro
procedente de Jácó se torna chefe, um cetro se levanta, procedente de Israel” (Nm 24,17).
Entende-se que o Messias, repelido
pelo seu povo, é reconhecido por quem está distante. São os pagãos que o
acolheram a alegre mensagem cristã, entrando na Igreja (comunidade de Mateus).
Jesus é o Messias de Israel sim, mas também salvador dos que estão distantes,
especialmente os excluídos, os incircuncisos, isto é, os gentios. O ato de prostração
dos astrólogos (reis magos), é na verdade, o reconhecimento de fé dos crentes,
vindos do paganismo, que confessam, na comunidade cristã, a divindade de
Cristo. A festa de hoje é altamente missionária, pois é a manifestação de Jesus
as nações. Os magos saem, caminham, assim deve ser a Igreja do Papa Francisco,
uma Igreja em “saída”, que coloque todas as atividades em “chave missionária”.
Para
refletirmos: Deus
em sua infinita misericórdia nos ama e vem ao nosso encontro na pessoa de Jesus,
o verbo encarnado, e infunde seu Espírito em nós para que, iluminados pela sua
presença, possamos livremente, sair de nosso comodismo e ir ao encontro dos
nossos irmãos, anunciando em Jesus o Reino da vida! Estamos sendo discípulos
missionários anunciadores de Jesus, além dos muros da Igreja? A Iniciação à
Vida Crista, está em chave missionária?
Pe. Aparecido Neres
Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
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