Ele está no meio de nós!
Ainda
na Trilha do discipulado, Jesus dá a garantia da sua presença no meio dos
discípulos – “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos”! (Mt 28, 20b). Refletimos, nos dois últimos Artigos, sobre o mandato
final do ressuscitado: “Fazei discípulos, batizai e ensinai”. Agora, nestas
últimas palavras no Evangelho de Mateus, Jesus garante que estará presente por
meio do Espírito Santo, na vida e nos corações dos seus seguidores, animando-os
em todos os sentidos.
É a
mesma garantia de Deus a Moisés, quando o envia em missão para libertar o povo
da escravidão no Egito: “Eu estarei contigo” (Ex. 3, 12a). Ou ainda, quando
anuncia pela boca do profeta Isaías (7,14): “Eis que a virgem conceberá e dará
à luz um filho (celebramos no Natal), e o chamarão com o nome de Emanuel, o que
traduzido significa ‘Deus conosco’” (Mt. 1, 23).
Em Jesus Cristo se realiza a presença
permanente de Deus com seu povo. Desta forma
o ressuscitado, garante sua presença continua nas pessoas,
principalmente nos pobres, (Cf. discurso escatológico Mt 25, 31-46), e na
comunidade dos discípulos(as) – “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em
meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18, 20). Como mostra o texto bíblico,
essa é uma palavra de promessa, a garantia para os discípulos de que nunca
estarão sozinhos. Esta certeza da presença de Jesus com os que são e se
tornarão discípulos(as), não é uma palavra isolada, mas ligada e condicionada à
obediência do mandato: o que vem antes da garantia da presença, que é “ser discípulo”(a)
e “fazer discípulos”(as).
Por isso,
com a certeza da presença de Jesus, não devemos ter medo, como disse Jesus a
Pedro: “Avança para as águas mais profundas e lançai vossas redes para a pesca”
(Lc 5, 4). Portanto, o discípulo(a), não pode ter medo e deve sempre, em
obediência à Palavra de Deus, fazer mais um esforço, “jogar as redes” mais uma
vez, nunca desanimar.
Finalmente,
o discípulo(a), deve estar sempre pronto a deixar o comodismo e sair, como pede
o papa Francisco para ser “uma Igreja em Saída missionária” (EG 20), para
“pescar”, lançar as redes, isto é, evangelizar, e depois pastorear, “fazer
discípulos”(as).
Perguntas:
1-Diante dessa realidade, temos que nos perguntar: será que estamos percebendo
a presença de Jesus em nosso meio? Será que em nossas atitudes cotidianas, estamos realmente
fazendo a opção de ser discípulos(as) de Jesus?
Padre Aparecido Neres Santana- Assessor Eclesiástico da Comissão
AB-C.