quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Artigo Bíblico-Catequético de Janeiro de 2021 do Ano-B do Evangelista Marcos (no contexto do Ano de São José)

 

 A VIDA SE MANIFESTOU. NÓS A VIMOS E DELA DAMOS TESTEMUNHO!” (1 JOÃO 1,2)


Neste primeiro Artigo Bíblico-Catequético de 2021 do Ano-B do Evangelista Marcos (no contexto do Ano de São José), refletiremos o 3º Domingo do Tempo Comum, (São João 1,35-42). O centro do nosso texto é pura Cristologia! O discípulo é aquele que acolhe o testemunho, segue, vem, vê, permanece e por sua vez também se torna testemunha. Pode-se dizer que, João, aproveita as suas recordações a respeito da vocação dos primeiros discípulos para evidenciar quem é Jesus. De fato, como se podemos ver numa primeira leitura, esta perícope referente aos discípulos, é permeada de títulos Cristológicos, como: Cordeiro de Deus (Jo 1,36); Rabi (Jo 1,38); Messias ou Cristo (Jo 1,41); Aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas (Jo 1,45); Filho de Deus (Jo 1,49); Rei de Israel (Jo 1,49); Filho do Homem (Jo, 1,51). Como vemos, a Cristologia dos primeiros cristãos, não começa com reflexões teóricas, mas com nomes e títulos que exprimem o carinho, o comprometimento e o amor, com que a comunidade de João, vai revelando quem é Jesus. A narração contém dois quadros. No primeiro, (vv. 35-42), o evangelista apresenta dois discípulos que passam do Batista para Jesus. No segundo,  (vv. 43-45), vemos dois discípulos sendo chamado pelo próprio Jesus. Nos dois casos percebe-se que o encontro com Jesus tem algo de contagiante. Portanto, não conseguimos conhecer, encontrarmo-se com Jesus, simplesmente de uma forma teórica, com repetições de fórmulas, ou balbuciando a palavra ao vento. Para conhecê-lo, precisamos procurá-lo, como aqui demonstrado, nesta primeira fala de Jesus na perícope: – “Jesus  voltou-se e, vendo que eles o seguiam, disse-lhes: ‘Que estais procurando’”? (Jo 1,38). A busca do discípulo, por Jesus, mostra que ao buscá-lo, o discípulo discípulo encontra-se consigo mesmo. É um mergulho mistagógico, nas múltiplas realidades da vida. E para isso, tem que seguí-lo, isto é, fazer o Caminho do discipulado, para ver a dor, e o sofrimento, como agora, neste tempo de pandemia, onde percebemos a “necropolítica”, isto é, a valorização da política da morte em detrimento da vida. Permanecer com Ele, é permanecer, na busca da justiça, do amor-ágape, e da misericórdia, na luta pela vida plena. Não basta sentir, olhar, mas têm que sentir e ver, como o Bom Samaritano – “Certo samaritano em viagem, porém, chegou junto dele, viu” e moveu-se de compaixão, cuidou de suas chagas...” (Lc 10, 29ss). O discípulo olha, vê e permanece com ele a noite toda, isto é, por toda vida. Permanecer, é perseverar na busca incansável pelo Reino da Vida.       

    

 

Para refletirmos: Quando André descobriu que Jesus é o Messias, ele gostou tanto do encontro, que partilhou sua experiência com o irmão Simão (Pedro) e deu testemunho: "Encontramos o Messias!" Em seguida, conduziu o irmão até Jesus. Encontrar, experimentar, partilhar, testemunhar, conduzir até Jesus! É assim que a Boa Nova se espalha pelo mundo, até hoje! A Comunidade que vive o Processo de Iniciação à Vida Cristã, realiza este encontro com Jesus, que produz mudanças profundas na vida de todos. Sua Comunidade está vivenciando este Processo de Iniciação à Vida Cristã?

 

 

Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

O Ano de São José: um presente para toda a Igreja.

A convocação do "Ano de São José" nasce do coração paternal de Francisco, que deseja chegar ao coração de todos os católicos, convidando cada um a conhecer melhor o pai adotivo do Senhor e a sua importância no plano salvífico de Deus.

Bruno Franguelli, sj


Em comemoração aos 150 anos da proclamação de São José como guardião universal da Igreja, pelo Papa Pio IX, o Papa Francisco acaba de dar um grande presente à Igreja, o “Ano de São José” através da Carta Apostólica Patris Corde “Coração de Pai”. Esta Carta, como o próprio título sugere, é cheia de afeto. Nasce do coração paternal de Francisco, que deseja, por meio dela, chegar ao coração de todos os católicos, convidando cada um a conhecer melhor o pai adotivo do Senhor e a sua importância no plano salvífico de Deus.


A Tradição Cristã sempre teve uma especial atenção à importância do sim de Maria, mas nem sempre reconheceu com a mesma consciência a importância do sim de José, o carpinteiro de Nazaré, a quem Maria estava prometida em casamento. Foi crucial a aceitação de José para que o plano da Salvação de Deus pudesse ser realizado. A Sagrada Escritura não esconde as dificuldades pessoais que São José precisou enfrentar ao receber o anúncio de que sua futura esposa, sem ter contato com homem algum, estava grávida.


O Evangelho dá a José o título de justo (Mt 1,19), termo raríssimo e concedido a pouquíssimos personagens na Sagrada Escritura. Justamente porque equivale a palavra santo que, no Antigo Testamento, é um atributo reservado somente a Deus (Ecle 7,20). Isso revela muito sobre a integridade, os valores e a santidade de vida de José. Era um homem fiel a Lei, observador dos mandamentos e preceitos da Torah. Por isso, com sua obediência a Deus, escuta a voz do anjo e não teme em aceitar Maria como esposa e assumir o Filho de Deus como seu próprio filho.


A vida de São José e de Maria não será nada fácil. Terão de enfrentar as dificuldades das mais diversas. Eram pobres. O termo que conceitua a profissão de José em grego é tekton que não significa simplesmente carpinteiro, mas aquele que constrói, uma espécie de artesão. José, na verdade era um artista. Ganhava pouco e, como muitos pais de família, viveu a angústia de não poder dar conforto e segurança aos seus. Esta tristeza José sentiu na pele, principalmente quando viu sua esposa dando à luz em lugar paupérrimo, no frio e na miséria. Sabemos que as dificuldades de José não terminaram na gruta de Belém. Imediatamente após o nascimento de Jesus, obedeceu ao anjo e conduziu sua família ao Egito para proteger o recém-nascido das ambições perversas de Herodes. Assim, tornaram-se migrantes. Podemos imaginar o pobre José, buscando um emprego, tentando oferecer o mínimo para sua família nas terras estrangeiras do Egito.


 O Papa Francisco, lembra em sua Carta Patris Corde de tantos pais que, infelizmente, não conseguem oferecer nem mesmo o básico aos seus filhos. José retorna a Nazaré e lá, ensina o menino Jesus a trabalhar, a entender a dura realidade da vida, será um pai presente. A carta do Papa também traz uma belíssima constatação. O fato de Jesus ser tão respeitoso com as mulheres, homem de oração e próximo aos mais sofredores, pode nos revelar tanto da figura do pai que teve, com quem aprendeu tudo isso. Às vezes imaginamos Jesus como se já tivesse nascido pronto. Mas, na verdade, a própria Escritura revela que Jesus teve de aprender gradualmente. O episódio do encontro de Jesus aos doze anos no Templo de Jerusalém nos revela que ele retornou a Nazaré e era obediente ao Pai e a Mãe. E ainda nos revela que ele crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens (cf. Lc 2,52). Assim, José, a partir de sua própria obediência a Deus, e na escuta atenta de Deus, cria o filho. Obediência que se dá na acolhida, no acompanhamento.


José é um pai presente. O papa recorda da carência que temos de esposos e pais como José. Ele não compreendeu tudo. Ele acolheu tudo. José não se impôs na vida do filho, mas ele acompanhou a Jesus na escolha de seu próprio caminho. E assim, a figura de São José se oculta e não temos mais informações sobre ele na Bíblia. Mas o pouco que temos já nos é suficiente para reconhecer a sua importância impar na vida de Jesus e no plano da Salvação. O Papa Pio IX, então, ao declarar São José patrono universal da Igreja, estava dizendo que assim como o guardião da família de Nazaré foi capaz de proteger o Filho de Deus, também segue protegendo a Igreja que é extensão do Corpo Místico de Cristo.


A missão de José no escondimento e na missão oculta tem tanto a dizer aos homens de hoje. O Papa Francisco recorda de tantos homens e mulheres que, de maneira especial, durante a pandemia, arriscam suas vidas para cuidar e proteger as pessoas vítimas desta enfermidade. A Carta Apostólica Patris Corde e o Ano de São José são um convite a cada um de nós para conhecer e imitar aquele homem justo e santo, que mesmo sem compreender tudo, acolheu tudo.


Salve, guardião do Redentor

e esposo da Virgem Maria!

A vós, Deus confiou o seu Filho;

em vós, Maria depositou a sua confiança;

convosco, Cristo tornou-Se homem.


Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós

e guiai-nos no caminho da vida.

Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,

e defendei-nos de todo o mal. Amém.


Fonte: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-12/ano-de-sao-jose-presente-para-toda-igreja.html


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Artigo de Dezembro Biblíco-Catequético - Padre Aparecido Neres Santana, CSS

 

"JOÃO NÃO ERA A LUZ! VEIO APENAS PARA DAR TESTEMUNHO DA LUZ!"Iniciamos o Novo Ano Litúrgico, com o Evangelista São Marcos, Ano B. Em nosso Artigo Bíblico-Catequético, refletiremos a passagem do Evangelho de São João (1,6-8.19-28).  O terceiro Domingo do Advento é o Domingo da Alegria “Domingo Gaudete”, um tempo de espera operante, em que todos são chamados a viver a alegria da proximidade do nascimento do Verbo, que assumiu a nossa humanidade. Mas teríamos motivos para nos alegrar? Com a pandemia? Com politicagem? Com desdenho sobre a vida? Neste tempo tão marcado por provações, somos convocados a testemunhar a alegria da fé em Jesus Cristo. Sim, talvez sua família tenha passado pela tumultuada estrada da pandemia, marcada pela dor e morte! Mas não obstante a essa realidade, não podemos perder a espiritualidade da alegria, que transforma a dor, o sofrimento e a tristeza, em alegria e esperança na vida que vence a morte aqui e agora. A centralidade do texto, é justamente a figura de João Batista, portanto o seu Testemunho. Dê inicio o Evangelista já diz: “Ele (João) não era a luz, mas veio dar testemunho da luz” (Jo, 1,8). A figura de João é tão importante que o Evangelista João, o coloca no Prólogo de seu Evangelho, e o apresenta como a testemunha central de Jesus de Nazaré. Na concepção da comunidade joanina da fé, o testemunho é essencial. Chama a atenção a firmação enérgica de João Batista dizendo que ele próprio, não é o Messias, nem Elias, nem o profeta. A citação de Elias aponta que em Jesus se cumpriram todas as esperanças do Primeiro Testamento.  O testemunho dele é tão importanto, que muita gente chegou a pensar que ele, João, fosse  o Cristo (Messias). Por isso, o Prólogo esclarece dizendo: “João não era a luz, veio apenas para dar testemunho da luz”  (Jo 1,8). Neste início do Evangelho de João, percebe-se que o interesse é cristológico. O Batista é aquele que vê e entende quem é Jesus, o anuncia a quem não viu e compreende, e suscita discípulos para o Cristo. Aqui supõe um ver, mas não um ver físico (como o dos judeus que viram, mas não enxergaram), mas o ver que sabe perceber a presença de Deus em Jesus e no irmão, como  no Evangelho de São Mateus capítulo 25, 31ss.     

 

 

 

 

Para refletirmos: Ele não é o Cristo nem o profeta, mas apenas uma voz conclamando as pessoas a se prepararem para a vinda de Cristo. É aqui que a missão de João tem a ver conosco, hoje, ao nos prepararmos para o Natal, como Discípulos/as Missionários/as, Evangelizadores/as e Catequistas: estamos preparando o caminho, para remover todos os obstáculos que impedem, a chegada da  ação de Cristo em nossas vidas, para vivermos um Santo Natal? Estamos preparando o caminho para a Iniciação à Vida Cristã de Inspiração Catecumenal, como pede a Igreja?

 

 

Em nome de toda a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos, desejo a todos vocês Discípulos Missionários: Evangelizadores e Catequistas, um Santo Natal marcado pelo reencontro com Jesus que se fez um de nós para trazer dignidade e dar sentido à vida de todos.

Este ano 2020 não foi fácil, passamos por tantas tribulações e perdas

por conta do COVID19.

Força e coragem com fé em Deus, o novo ano que se inicia

 seja abençoado e iluminado pelo Deus da Vida.

UM FELIZ E SANTO NATAL!

 

Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.



quinta-feira, 19 de novembro de 2020

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Artigo de Novembro Bíblico-Catequético Missionário - Padre Aparecido Neres Santana, CSS

 

 

O REINO DOS CÉUS É DE VIGILANCIA CONSTANTE!

 

         Neste Artigo Bíblico-Catequético Missionário, referênte ao 32ª Domingo do Tempo Comum, um dos últimos do Ano A, refletiremos o Evangelho de São Mateus (25,1-13). A parábola trata da vinda do Filho do Homem. Ninguém sabe quando será esse dia, “nem os anjos, nem mesmo o Filho, mas sim somente o Pai” (Mt 24,36). O Filho do Homem virá de surpresa, quando a gente menos espera (Mt 24,44). Pode ser hoje, pode ser amanhã. Por isto, o recado final da parábola das dez virgens é “Vigiai!”.

Primeiramente, não podemos perder nos detalhes do texto e deixando de lado  o principal, que está logo no início da parábola, que é o Reino de Céus – “O Reino dos Céus é semelhante...” (Mt 25,1). Por outro lado, o relato não se detem em descrever o cerimonial das núpcias. A atenção concentra-se no comportamento das dez virgens. As chamadas insensatas, e as prudentes. O único elemento que distingue as insensatas das prudentes é a reserva de óleo, pois todas tinham lâmpadas, e todas dormiram na espera do noivo. As dez virgens, podem nos ajudar a entender a atitude e a realidade da comunidade. Há dificuldades, não apenas em crer e ter esperança, mas também em vigiar e estar preparada/o, com o óleo necessário, isto é, tendo atitudes de justiça. Aqui o importante é estarmos prontos e equipados, para poder seguir no caminho do discipulado. A comunidade cristã deve, pois, preparar-se para o futuro salvífico, com o cumprimento fiel das exigências de Deus reveladas por Cristo. Estar preparados(s), formados para o enfrentamento de tudo o que é contrário ao Reino. A comunidade de Mateus, faz um alerta contrário à passividade inoperante dos seus membros. A vigilância não consiste em uma espera inerte e meramente contemplativa, mas se encarna no fazer e na realização de obras concretas, que traduzem  o querer de Deus, isto é, a sua suprema exigência de amor. Por isso, a verificação da autentica esperança cristã a partir da práxis, pois o “óleo” é da Justiça em primeiro lugar, do Amor[WU1] -ágape, a partir de uma entrega total nossa, e da Misericórdia de Deus-Pai em Jesus Cristo, que deve prolongar-se e enraizar-se na comunidade cristã, por meio dos seus membros. Desta forma, evita-se a fuga deste mundo, permanecendo num quietismo acomodado e alienante, afastando-nos das responsabilidades atuais, na história salvífica.  

 

Para refletirmos:

Se a justiça de vocês não superar a dos doutores da lei e a dos fariseus, vocês não entrarão no reino dos céus” (Mt 5.20). Nossa vida é um convite constante à Festa da Vida, que não termina, caracterizada na festa do casamento (Vida, Morte e Ressurreição de Jesus), promessa de vida para todos e todas que praticam a justiça, ensinada e vivenciada por Jesus. A porta estará aberta ou fechada de acordo com nossa preparação, pois a morte e a ressurreição de Jesus nos convidam para uma vigilância ativa. Será que estou vigiando? Será que estou cuidando com carinho da iniciação à Vida Cristã, mesmo na pandemia do Covid 19? Estou participando da formação referente ao DIRETÓRIO PARA A CATEQUESE?

 

 

Padre Aparecido Neres Santana, CSS – Assessor Eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética.

 [WU1]

sábado, 31 de outubro de 2020

Seminário Nacional de Catequese a Serviço da Iniciação à Vida Cristã.


 

A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) irá realizar o Seminário Nacional de Catequese a Serviço da Iniciação à Vida Cristã, com o lema “Jesus chamou os que Ele quis, para estarem com Ele e enviá-los a anunciar (cf Mc 3,13-14)”. A iniciativa acontecerá de 04 a 06 de novembro, de  forma online, e será transmitida a partir das 20h nas redes sociais da CNBB (@cnbbnacional) e da Catequese do Brasil (@catequesedobrasil).

Segundo o padre Jânison de Sá, assessor da Comissão, a iniciativa busca retomar a reflexão do Documento 107 da Conferência, aprovado pelos bispos em 2017, intitulado “Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários”. “É necessário retomar toda a discussão e reflexão da Iniciação à Vida Cristã, uma temática tão pertinente e importante para a Ação Evangelizadora e Catequética da nossa Igreja”, explicou.

Ainda de acordo com o padre Jânison, o seminário trará uma abordagem metodológica e, por meio disso, buscará entender os processos históricos e a relação entre o Diretório Geral que culminou com a Catequese Renovada; e o Diretório de 1997 que culmina com o Diretório Nacional de Catequese de 2006. “É importante refletirmos um pouco sobre a nossa história, então veremos do Concílio Vaticano II até os dias atuais e entenderemos o sentido da catequese e da Iniciação à Vida Cristã em diversos períodos”, salientou.

Programação

No dia 04 de novembro será feita uma reflexão do itinerário histórico da reflexão catequética do Concílio Vaticano II aos dias atuais. O convidado  para assessorar o momento é o irmão marista Balbino Eduardo Juárez Ramírez, da Guatemala.

No dia 05 haverá a participação de dois painelistas. O primeiro tema a ser discutido será “O Diretório Geral para a Catequese de 1971 à Catequese Renovada de 1983”, pelo padre Luiz Alves de Lima, e o segundo será “O Diretório Geral para a Catequese de 1997 ao Diretório Nacional de Catequese de 1996”, pelo irmão Israel José Nery.

No último dia, 06, haverá outros dois painéis. O primeiro sobre o “Documento de Aparecida à Iniciação à Vida Cristã em 2017”, pela irmã Sueli Cruz, e o segundo sobre o “Documento 107 – Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários” ao Novo Diretório de Catequese, pelo padre Abimar Oliveira de Moraes, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).


Fonte: CATEQUESE DO BRASIL.ORG.BR

domingo, 18 de outubro de 2020

CAMPANHA MISSIONÉRIA 2020 - A VIDA É MISSÃO. EIS-ME AQUI, ENVIA-ME.


Tema: A vida é missão | Lema: “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8)

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) têm a responsabilidade de organizar a Campanha Missionária, realizada sempre no mês de outubro, na Igreja de todo o Brasil. Colaboram nesta ação a CNBB por meio da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, a Comissão para a Amazônia e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (COMINA).

Mesmo vivendo um tempo diferente, em que o mundo passa por uma pandemia que mudou nossas relações, a Campanha Missionária em 2020 quer ser um sinal de esperança para tantas vidas doadas de forma solidária. O tema escolhido “A vida é missão” e o lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8) irão nos ajudar no crescimento da consciência missionária.

Ser discípulo missionário está além de cumprir tarefas ou fazer coisas. O Papa Francisco lembra que “a missão no coração do povo não é uma parte da minha vida, ou ornamento a ser posto de lado. É algo que não posso arrancar do meu coração” (Alegria do Evangelho, 27).

Nós cristãos somos convidados a defender e cuidar da vida em todas as suas dimensões. Jesus de Nazaré definiu sua ação no mundo como o Divino Cuidador: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo10,10). Esse também deve ser o compromisso de todos os missionários e missionárias, pois a vida é missão.

A vida é o bem fundamental e básico em relação a todos os demais bens e valores da pessoa. Para a ética, a vida é um bem, mais que um valor. Deus, ao contemplar a criação, “viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

Todo missionário é convidado a educar o olhar sobre as realidades de dor e, sobretudo, saber contemplar o belo, como fazia São Francisco de Assis, encantando-se com as criaturas presentes pelo caminho.

Oração do Mês Missionário

Deus Pai, Filho e Espírito Santo,
fonte transbordante da missão,
Ajuda-nos a compreender
que a vida é missão,
dom e compromisso.
Que Maria, nossa intercessora
na cidade, no campo,
na Amazônia e em toda parte,
ajude, cada um de nós,
a ser testemunhas proféticas
do Evangelho,
numa Igreja sinodal
e em estado permanente
de missão.
Eis-me aqui, Senhor, envia-me!
Amém.

Fonte: Pontifícias Obras Missionárias. 
 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Maria, presença do 'vinho bom' da alegria.


 

“Eles não tem mais vinho!” (Jo 2,3)


Neste dia em que, no Brasil, celebramos a memória de Maria, a mãe Aparecida, o evangelho indicado para esta festa nos coloca diante de um relato muito simbólico; alguns exegetas chegaram a afirmar que, antes de ser relato, foi simplesmente uma parábola, no qual cada elemento contém toda uma mensagem carregada de conteúdo. É um evangelho rico em motivos históricos, cristológicos, eclesiais e marianos.


A boda, as talhas de água, o vinho, a figura da mãe, as próprias expressões utilizadas..., tudo isso está falando da novidade que, segundo o autor do evangelho, Jesus traz: a passagem de uma religião ritual (a água da purificação) e vazia (“eles não tem vinho!”) à plenitude de uma vida transbordante de surpresa, alegria e assombro (o “vinho bom” que surpreende o mordomo). 


O contexto é um casamento: isso supõe que há amor, vida, famílias, encontro, festa, sonhos, esperanças... É o que Deus sente e deseja para todos os seus filhos e filhas.


E o relato que escutamos é uma festa de casamento que pode desembocar na frustração, pois o vinho no fim. Ou seja, vai terminar a alegria, a convivência festiva, o amor...; aos convidados só lhes restará o mais puro legalismo da água, dos ritos de purificação, mas sem vida e sem amor.


Uma boa oportunidade não é buscada premeditadamente, senão que ela é aproveitada quando aparece. Ali, a perspicaz e atenta é Maria, a mãe de Jesus.


Precisamente, conforme o evangelho, Maria é aquela que se coloca a serviço do amor e da vida, do vinho e da festa. Por isso, critica as bodas antigas (de Israel e talvez de grande parte das bodas de nossas Igrejas, carregadas de leis e normas de pedra e água, com pouco vinho de vida).


Maria também está presente, intimamente unida à missão do seu Filho; presença com sabor do vinho especial, prolongando uma festa que corria o risco de acabar. João realça sua presença: o “vinho bom” da alegria que não termina nunca. 


Porque estava presente a Deus, Maria fez-se presente nos momentos decisivos de seu Filho, bem como fez-se presente na vida das pessoas. Uma presença que fez a diferença: presença solidária, marcada pela atenção, prontidão e sensibilidade, próprias de uma mãe.


Sua presença não era presença anônima, mas comprometida; presença expansiva que mobilizou os outros, assim como mobilizou seu Filho a antecipar sua “hora”.


Nas bodas de Caná, a novidade está numa nova forma de presença de Maria, que não se encontra interessada, em princípio, por fazer coisas, por resolver problemas, senão para traçar uma presença. Ela não está aí para “arrumar” as coisas, mas para escutar e compartilhar um momento festivo. Ela se encontra presente, num gesto de solidariedade que transcende e supera toda atividade.


Há nela uma densidade existencial, um sabor de cotidianidade que perfuma a fé: o espaço é o doméstico da casa de família; a oportunidade é a de uma festa de casamento; o contexto é o das relações; o exercício é o do cuidado e da atenção. E há em Maria uma sensibilidade envolvente ao todo da vida, mesmo quando o vinho começa a se tornar escasso. Com sua atuação discreta, da escassez brota a surpresa. 


Trata-se de uma presença que é “música calada” nos lugares cotidianos e escondidos, que sabe enternecer-se e escutar as inquietações que procedem desses lugares. Uma presença que descobre o próximo no próximo, que sabe resgatar a solidariedade na vida cotidiana. Uma presença que se manifesta na ausência de recompensa ou de interesse próprio.


Em definitiva, Maria descobre que é chamada a dar de graça o que de graça recebeu. Sabe entrar em sintonia com os sentimentos dos outros e construir vida festiva, e vida em abundância.


Sua presença revela um gesto profético de solidariedade e de anúncio: presença que aponta para uma outra presença, a de seu Filho. Sua presença dignifica e revela um novo sentido à presença de Jesus numa festa de casamento. 


A presença silenciosa, original e mobilizadora de Maria desvela e ativa também em nós uma presença inspiradora, ou seja, descentrar-nos para estar sintonizados com a realidade e suas carências. Tal atitude nos mobiliza a encontrar outras vidas, outras histórias, outras situações; escutar relatos que trazem luz para nossa própria vida; ver a partir de um horizonte mais amplo, que ajuda a relativizar nossas pretensões absolutas e a compreender um pouco mais o valor daquilo que acontece ao nosso redor; escutar de tal maneira que aquilo que ouvimos penetre na nossa própria vida; implicar-nos afetivamente, relacionar-nos com pessoas, não com etiquetas e títulos; acolher na própria vida outras vidas; histórias  que afetam nossas entranhas e permanecem na memória e no coração.


Disto se trata: aprender dos outros; recarregar nossa própria história de um horizonte diferente, no qual cabem outras possibilidades e outras responsabilidades; descobrir uma perspectiva mais ampla que ajuda a formular melhor o sentido de nossa própria vida. 


Jesus, mobilizado por Maria, ao transformar a água em vinho, o que faz é transformar a realidade, os afazeres duros em atividades prazerosas, a vida rotineira em alegria, a tristeza em bom humor, a água das purificações em vinho novo. Jesus se fez presente com o vinho da melhor qualidade. Que dure a festa!


Jesus não fez isso no Templo, nem na sinagoga, nem em uma reunião de grupo, mas em uma festa de casamento. E dentro dela, o convite à festa perene do Reino.


Habitualmente, em nossa existência parecem alternar-se a “água” e o “vinho”, a rotina e a novidade, os dissabores (sem sabor) e a sensação viva de plenitude. É importante sermos conscientes de que a causa de nos encontrar em uma ou outra dessas vivências não depende daquilo que acontece, mas do “lugar” a partir do qual nós estamos vivendo.


É penosa a quantidade de pessoas que encontramos na vida queixando-se, lamentando-se, sentindo-se mal. É preciso realizar o gesto de mudar a água da rotina em vinho de salvação; fazer da realidade uma oportunidade inspiradora. Um motivo para transformar a queixa – “não temos vinho” – no milagre. Uma maneira de sair de nossa estreita maneira de olhar e entrar na largueza do olhar de Deus.


E assim, tudo começou: os sinais, a glória e a fé.


Texto bíblico:  Jo 2,1-11


Na oração: inspirado na presença original de Maria, ter presente os lugares onde você vive e transita; sua presença dá “sabor e calor” a esses ambientes? Você é capaz de sintonizar com as oportunidades únicas para multiplicar o “vinho” da boa palavra, do gesto solidário, da atenção descentrada?


Você vive na rotina da “queixa” ou no prazer da presença?


Pe. Adroaldo Palaoro sj


Fonte: Catequese do Brasil - CNBB 

domingo, 4 de outubro de 2020

CNBB TERÁ SÉRIE DE LIVES SOBRE A FRATELLI TUTTI, NOVA ENCÍCLICA DO PAPA FRANCISCO


 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza, a partir desta terça-feira, 6 de outubro, uma série de lives sobre a nova encíclica do Papa Francisco, Fratelli Tutti (Todos irmãos). As novas transmissões ao vivo nas redes sociais da CNBB sucedem as conversas dos últimos meses dentro da Ação Emergencial É tempo de cuidar, realizadas às 17h, a cada terça feira.

O aprofundamento do documento que entra no magistério do Papa Francisco será feito com a ajuda dos assessores da CNBB e dos bispos membros das Comissões pastorais. O objetivo é conhecer, aprofundar e refletir sobre os grandes temas da nova Encíclica do Papa Francisco que reflete sobre a fraternidade e a amizade social.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, é o primeiro convidado da série de lives. Nesta terça-feira, dia 6 de outubro, ele aborda a reflexão “Da Laudato Si a Fratelli Tutti: Ecologia Integral e amizade social”. Dom Joel comentou a recepção do novo documento:

“Num mundo em que as divisões e as polarizações se acentuam, o Santo Padre convida a humanidade a se reconhecer na fraternidade. Somos todos irmãos e irmãs, filhos do mesmo Pai, frutos do amor criador. As divisões são consequência do pecado e isso não vale apenas para os cristãos. Vale para todas as pessoas, cristãs ou não. Como o próprio Papa fala logo na introdução, a finalidade da Encíclica foi “destacar o convite a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço”, um amor, uma fraternidade, portanto, universais. Nesse sentido, a encíclica é bastante atual”.
– Dom Joel Portella Amado

Será o mediador das lives padre Patriky Samuel Batista, secretário executivo de Campanhas da CNBB. Ele situa as reflexões citando um trecho do novo documento: “É tempo de cuidar da fraternidade iniciando processos que promovam a amizade e justiça social ‘a fim de que, perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras’ (Fratelli Tutti N6)”.

Confira os temas que serão refletidos durante as próximas lives:

  • 6/10 – Da Laudato Si a Fratelli Tutti: Ecologia Integral e amizade social
  • 13/10 – Quais são as sombras de um mundo fechado?
  • 20/10 – Um estranho no Caminho
  • 27/10 – Pensar e gerar um mundo aberto
  • 03/11 – Um coração aberto ao mundo inteiro
  • 10/11 – A Política melhor
  • 17/11 – Diálogo e Amizade Social
  • 24/11 – Percursos de um novo encontro
  • 1/12 – As religiões a serviço da fraternidade no mundo

sábado, 3 de outubro de 2020

NO TÚMULO DE SÃO FRANCISCO, O PAPA ASSINA A SUA TERCEIRA ENCÍCLICA “FRATELLI TUTTI” QUE SERÁ APRESENTADA NO DOMINGO, 4 DE OUTUBRO

 





É um lugar pequeno, um lugar de recolhimento, mas visitado todos os anos por milhares de pessoas dos quatro cantos da terra. Na cripta da Basílica inferior, o Papa Francisco celebrou a missa e no final, no túmulo do Pobrezinho de Assis, assinou a sua terceira Encíclica, “Fratelli tutti”, dedicada à fraternidade e à amizade social, valores imprescindíveis para restaurar a esperança e o impulso a uma humanidade ferida também pela pandemia da Covid-19. Uma encíclica que extrai o seu nome das palavras escritas por São Francisco e que será apresentada neste domingo, 4 de outubro.

Gratidão à Primeira Seção da Secretaria de Estado

O Papa Francisco não fez a homilia. A oração, o silêncio e a simplicidade marcaram esta visita que, por vontade do Papa devido à situação de saúde, se realizou sem nenhuma participação dos fiéis, seguindo as palavras da liturgia dedicada a São Francisco, na véspera da Festa do Pobrezinho de Assis. Pouco antes da assinatura, o Papa agradeceu à Primeira Seção da Secretaria de Estado que trabalhou na redação e tradução da Encíclica.

Agora, assinarei a Encíclica que o monsenhor Paolo Braida, encarregado das traduções e também dos discursos do Papa, na Primeira Seção, traz ao altar. Ele supervisiona tudo e por isso que eu quis que ele estivesse presente aqui hoje e me trouxesse a Encíclica. Vieram com ele dois tradutores: pe. Antônio, tradutor da língua portuguesa, que traduziu do espanhol para o português; e o pe. Cruz que é espanhol e supervisionou um pouco as outras traduções do original em espanhol. Faço isso como um sinal de gratidão a toda a Primeira Seção da Secretaria de Estado que trabalhou nesta redação e tradução.

Esta é a quarta vez que o Papa vai a Assis

O Papa Francisco chegou no início da tarde ao Sagrado Convento, adjacente à Basílica que desde 1230 abriga os restos mortais do santo da Úmbria e leva o seu nome. O Pontífice foi recebido pelo custódio do Sagrado Convento de Assis, pe. Mauro Gambetti. A celebração eucarística contou com a participação de cerca de vinte frades, alguns religiosos, junto com o bispo da diocese, Domenico Sorrentino, e o cardeal Agostino Vallini, legado pontifício para as basílicas de São Francisco e Santa Maria dos Anjos, em Assis. Esta é a quarta vez que o Papa Francisco vai a Assis.

Com informações e fotos do VaticanNews

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Seminário Nacional de Animação Bíblica da Pastoral

 


A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza de forma online o Seminário Nacional da Animação Bíblica da Pastoral, de 8 a 10 de outubro, com o lema “A Palavra de Deus crescia, e o número dos discípulos se multiplicava consideravelmente” (At 6,7).

Padre Jânison de Sá, assessor da Comissão, explica que a iniciativa quer convidar as coordenações de pastorais, movimentos e grupos a assumirem a animação bíblica da pastoral colocando no centro a Palavra de Deus. “A Animação Bíblica não é somente para a catequese, mas para todas as pastorais e movimentos animarem de fato a Bíblia”, diz.

O Seminário ainda de acordo com padre Jânison é uma tentativa de promover a reflexão e motivar para uma prática a animação bíblica de toda a pastoral. “O Brasil já fez uma longa caminhada, mas precisamos fortalecer sempre mais esta centralidade da Palavra de Deus em toda a ação evangelizadora e pastoral da nossa igreja”, completou.

A iniciativa de cunho nacional também vai ao encontro do que diz a Exortação Apostólica Verbum Domini, do papa Bento XVI, quando no número 73 afirma que “o Sínodo convidou a um esforço pastoral particular para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da igreja recomendando que se incremente a pastoral bíblica; não em justa posição com outras formas de pastoral, mas como animação bíblica da pastoral inteira”.

Programação
No dia 8 de outubro, às 20h, dom Jacinto Bergmann fará uma memória apresentando todo o histórico da animação bíblica na vida da pastoral. Já a irmã Maria Aparecida Barboza vai apresentar o tema da animação bíblica da pastoral nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). Dom José Antônio Peruzzo fará uma reflexão sobre a Parábola do semeador (Mt 13, 1-9).

No dia 9, às 20h, dom Armando Bucciol fará uma reflexão sobre o texto onde Jesus convida os discípulos de Emaús (Lc 24, 13,35). Também o professor Mathias Grenzer fará uma apresentação sobre a Palavra de Deus na Igreja à luz da Exortação Apostólica Verbum Domini. Já Mariana Venâncio falará sobre a Animação Bíblica da Pastoral e Formação Bíblica do Laicato.

No dia 10, também às 20h, o texto inspirador será o (Lc 4,14-22) e vai refletido por dom Waldemar Passini Dalbello. O padre Décio Walker dará algumas orientações para a Animação Bíblica da Pastoral e a irmã Izabel Patuzzo, assessora da Comissão, dará algumas dicas sobre como implantar a Animação Bíblica da Pastoral.

O seminário poderá ser acompanhado nas redes sociais da CNBB (@cnbbnacional) e na da Catequese do Brasil (@catequesedobrasil).

In: site da cnbb.org.br  08.10.2020


segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Estudo Bíblico do Livro do Deuteronômio Mês da Bíblia 2020 - Palestrante Padre Aparecido Neres Santana, CSS

 



A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos irá realizar um Estudo Bíblico do Livro do Deuteronômio. A Live será administrada pelo Assessor Eclesiástico Pe. Aparecido Neres Santana, CSS. 

O evento acontecerá no dia 21 de setembro às 20h, nas redes sociais da Comissão AB-C:

  www.facebook.com/abcsantos

  www.facebook.com/evangelizadoresdeplantao

 e no link do Youtube da Comissão AB-C: 

youtu.be/QPgCOkeX0EU 

E também pelo Face da Paróquia Santo Antônio/Praia Grande/SP 

link da paróquia:  www.facebook.com/SantoAntonio.PG

Todos os Evangelizadores Discípulos Missionários estão convidados a participar. 

Comissão AB-C Diocese de Santos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

CARTA AOS CATEQUISTAS 2020


Brasília - DF, 27 de agosto de 2020.


Caríssimos (as) Catequistas do Brasil


Mais uma vez estamos a celebrar o Dia do (a) e da Catequista. E outra vez tenho a alegria de lhe manifestar, em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a gratidão da Igreja por sua vocação, por seu serviço, por seu ministério, por sua fé partilhada. Talvez nunca sejamos suficientemente gratos àqueles (as) que oferecem do seu tempo, dos seus afetos, dos seus dons, para partilhar com os (as) catequizandos (as) a fé que receberam e os encantos da amizade com Jesus Cristo.


O tempo lhe ensinou, querido (a) Catequista, que a Catequese não é apenas uma função a desempenhar. Para apresentar certas verdades parece bastar competência pedagógica. Mas quando se trata de apresentar uma pessoa, mais ainda, quando se trata de transmitir o amor de alguém, então é preciso muita intimidade. Intimidade com o Senhor Jesus e afeição aos catequizandos. Com o Senhor se trata de Vocação. Com os catequizandos se trata de Missão. Nestas duas realidades o Espírito Santo esteve lá.

Recorda de sua experiência vocacional? Nestes tempos de pandemia sentiu saudades deles, os catequizandos? O Espírito Santo continua a lhe “inquietar” o coração. Ele é capaz de tornar fecundas até as lágrimas que a missão suscita.


Com muito respeito e afeto quero lhe recomendar muito zelo por sua espiritualidade. A “Catequista de Nazaré” pode lhe ajudar muito a compreender que catequese não é apenas um modo de fazer. É, antes, um modo de ser. De fato, Catequese não é possível sem a ação do Espírito Santo. Técnicas pedagógicas, personalidades cativantes nunca substituem o “mestre interior”, o Espírito de Deus. Por isso mesmo gostaria de enfatizar: seja orante. Seja orante servindo-se da Palavra. E suas palavras serão pronúncia viva da ternura de Deus pelos seus catequizandos.


Termino dizendo-lhe, mais uma vez, que o episcopado brasileiro louva a Deus pelos (as) Catequistas deste nosso Brasil. Até o seu silêncio orante faz ecoar da voz do Senhor.


Com muito carinho,


Dom José Antônio Peruzzo
Arcebispo de Curitiba - PR
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a
Animação Bíblico-Catequética


Fonte: Catequese do Brasil

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

OS 3 PILARES PARA O CATEQUISTA SEGUNDO PAPA FRANCISCO

 




Primeiramente, “Ser catequistas requer amor, amor sempre mais forte por Cristo, amor pelo seu povo santo”. Em setembro de 2013, o Papa Francisco discursou aos catequistas na Jornada dos Catequistas no Vaticano, por ocasião do Ano da Fé.

Com gratidão, o Papa falou da catequese como um pilar para a educação da fé e como uma das aventuras educativas mais belas da Igreja.

Portanto, segundo Francisco, o catequista deve levar crianças, jovens e adultos ao encontro de Jesus. Seja por meio das palavras ou dos exemplos de sua própria vida, seguindo três pilares:

  1. Ter familiaridade com Cristo, aprender com Ele, escutá-lo e permanecer em seu amor, como Ele mesmo ensinou aos discípulos: “permaneçam no meu amor, permaneçam ligados a mim, como o ramo está ligado à videira. Se somos unidos a Ele, podemos dar frutos”. O coração do catequista deve viver essa união com Ele.
  2. Viver o dinamismo do amor, a exemplo de Cristo, no sair de si para ir ao encontro do outro. O dom do catequista o impulsiona sempre para fora de si mesmo, doando-se aos outros.
  3. Não ter medo de sair, de ir até as periferias, de ir a quem precisa, sair do comum para seguir a Deus, porque Deus vai sempre além.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Reunião online da Comissão Ampliada para a Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos.






 A Comissão para a Animação Bíblico Catequética, da Diocese de Santos/SP realizou nesta quarta feira, dia 26 de agosto mais uma reunião com seu Assessor Eclesiástico Padre Aparecido Neres Santana, CSS.
Mesmo em tempo de pandemia, a Comissão AB-C  continua realizando suas reuniões online, em preparação para as formações, que este ano serão online: Novo Diretório para a Catequese, Doc 61 CNBB; Estudo Bíblico e Semana Catequética. 

Evangelizadores, catequistas discípulos missionários,  fiquem atentos as datas das formações que serão divulgadas em breve.

Comissão AB-C Diocese de Santos/SP



segunda-feira, 24 de agosto de 2020

ORAÇÃO DO CATEQUISTA!


 


"Meu Mestre e Senhor, ajudai-me a ser uma fiel anunciadora da Tua Palavra. 

Tu me chamaste e enviaste, reconheço-me fraca diante das exigências da missão, mas se estás comigo sigo fortalecida pela Tua graça.
Ainda que eu passe por momentos difíceis e tristes, sei que me tens nas mãos e sua graça deve me bastar.
Permita, Senhor, que eu mantenha o entusiasmo de levar sua mensagem às crianças, adolescentes, jovens, adultos e famílias, para que todos possam provar a beleza que é ser amado por Ti.
Somos catequistas a serviço do Reino, que não nos falte a coragem de crescer na Fé, na Esperança e no Amor, cada dia mais. 
Amém"

Débora Pupo

Coordenadora regional da catequese no Regional Sul 2

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Celebração para o Dia do Catequista 2020. Catequista, servo da ação do Espírito Santo (DC 113)



1. Ritos Iniciais

-Providenciar uma flor e uma vela para cada catequista.

- As crianças, adolescentes ou adultos entram com as flores e colocam no vaso.

- Os catequistas entram na procissão de entrada, atrás da cruz processional.

- Se quiserem, podem entrar todos com a camiseta da IVC identificando as etapas (Batismo, confirmação e eucaristia).

- Colocar o círio pascal próximo da Mesa da Palavra.

Motivação inicial. Queridos irmãos e irmãs, aqui estamos para celebrar a Eucaristia, Memorial da fé cristã.  Juntos fazemos memória da Páscoa de Jesus Cristo. Na alegria e no seguimento a Jesus Cristo, celebramos hoje o dia do Catequista. São muitos homens e mulheres que se dedicam com muita paixão e zelo pela catequese. Somos agradecidos por todos aqueles que aceitaram o convite de fazer ecoar a Palavra de Deus nos corações de crianças, adolescente, jovens e adultos de nossa comunidade. Estamos crescendo no processo de Iniciação à Vida Cristã e no caminho discipular. Com alegria acolhemos os catequistas de todas as etapas, cantando...

Canto: Eis-aqui, Senhor!

Segue a liturgia do dia

2. Profissão de fé:

O catequista é um cristão que recebe o chamado particular de Deus que, acolhido na fé, o capacita ao serviço da transmissão da fé e à tarefa de iniciar à vida cristã. As causas imediatas para que um catequista seja chamado a servir a Palavra de Deus são muito variadas, mas são todas mediações das quais Deus, por meio da Igreja, se serve para chamar a seu serviço. Por esse chamado, o catequista é feito partícipe da missão de Jesus de introduzir os discípulos em sua relação filial com o Pai. O verdadeiro protagonista, porém, de toda autêntica catequese é o Espírito Santo que, mediante uma profunda união que o catequista nutre com Jesus Cristo, faz eficazes os esforços humanos na atividade catequética. Essa atividade se realiza no seio da Igreja: o catequista é testemunha de sua Tradição viva e mediador que facilita a inserção dos novos discípulos de Cristo em seu Corpo eclesial (DC 112).

Motivação: Aproximem-se os catequistas de Iniciação à Vida Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia) para juntos renovar as promessas batismais como dom e serviço à missão da Igreja.

Catequistas colocam-se de pé, diante do altar e recebem a vela.

Presidente: Irmãos e Irmãs, o Batismo nos faz cristãos, e, por meio dele, nascemos para a Igreja, nossa mãe. Somos família de Deus. Reunidos em comunidade, queremos hoje renovar as promessas do Batismo como catequistas a serviço da Iniciação à Vida Cristã. Convidamos os catequistas para acenderem a vela no círio pascal, sinal do Cristo ressuscitado que vive entre nós.

Canta-se um refrão apropriado enquanto se acendem as velas (Ó luz do Senhor...)

Presidente: Irmãos e irmãs, pelo mistério pascal, fomos, no Batismo, sepultados com Cristo para vivermos com ele uma vida nova. Por isso, renovemos as promessas do nosso Batismo, por meio das quais já renunciamos ao mal e prometemos servir a Deus em sua Igreja.

Presidente: Para viver na liberdade dos filhos de Deus, renunciais ao pecado?   

Todos: Renuncio.

Presidente: Para viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo o que possa desunir, para que o pecado não domine sobre vós?    

Todos: Renuncio.

Presidente: Para seguir Jesus Cristo, renunciais ao demônio, autor e princípio do pecado?

Todos: Renuncio.

Presidente: Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do Céu e da Terra?

Todos: Creio.

Presidente: Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu Céu?

Todos: Creio.

Presidente: Credes no Espírito Santo, na santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressureição dos mortos e na vida eterna?

Todos: Creio.

Presidente: Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja. Dela recebemos através dos nossos pais e nos gloriamos de professar, em Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Todos: Amém!

Apagam-se as velas, e retornem aos bancos.

Preces da comunidade 

3. Liturgia Eucarística

Catequistas levam ao altar o cibório com partículas e as galhetas com vinho e água.

4. Ritos Finais

Após a Oração da Comunhão, cada catequista recebe uma flor (ou outro símbolo).

Uma Mãe ou um Casal: Neste dia em que celebramos a vocação do catequista, nossa comunidade muito se alegra em poder contar com a missão de tantos mulheres e homens que se dedicam com amor nos processos de educação da fé de nossos filhos. Queridos catequistas, recebam das famílias e da nossa comunidade, o nosso abraço fraternal, apoio e orações. Que o vosso olhar seja fixo em Jesus Cristo, pois Ele vos olhou com amor e vos chamou para a missão de catequizar.

Enquanto as crianças ou jovens entregam as flores para os catequistas de IVC, pode-se cantar:

Canto: Tu és a razão da jornada ... (ou outro a escolha)

5. Benção final

Presidente: O Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós!

Presidente: Senhor, Pai de amor e bondade, derramai vossa benção paterna sobre estes vossos catequistas que em nome da Igreja forma novos discípulos em comunidades missionárias. Concedei-lhes luz, coragem e alegria para viver e anunciar a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo, realizando na Igreja e no mundo, a salvação. Por Cristo, Nosso Senhor.

Todos: Amém!

Presidente: E vós todos aqui reunidos, abençoe-vos o Deus todo poderoso, Pai e Filho, e Espírito Santo.

Todos: Amém!

Fonte: Catequese do Brasil