Nos primeiros tempos da Igreja, os cristãos
santificavam o fim do dia com uma prece comunitária. Nos mosteiros, cantavam-se
as “Véspera” ou “Completas”. Nos meios paroquiais, porém, era costume fazer o
“Ofício do Lucernário” e as antigas “Vigílias”, muito freqüentes, ainda, nas
Igrejas Orientais.
O nome «Lucernário» faz alusão evidente às luzes que se acendiam ao findar o
dia. Este rito tem a luz como centro. Os fiéis se reuniam nas igrejas para
juntos fazerem a oração da noite do povo de Deus, agradecer os benefícios
recebidos durante o dia e suplicar a proteção de Deus durante a noite que se
iniciava.
O simbolismo da luz representa um papel importante no conteúdo das horas de
Laudes e Véspera: a luz do novo dia é cantada como símbolo de Cristo
ressuscitado; e as luzes que se acendem ao cair da noite recordam a luz plena e
sem ocaso que é o próprio Cristo.
De fato, o início da Vigília Pascal é um vestígio do antigo Lucernário. Não
se pode esquecer do papel que representa, na piedade popular, o fato de acender
velas: constitui um símbolo da vida cristã que deve consumir-se dando luz e
calor; e deve estar sempre pronto, como as Virgens Prudentes, com suas lâmpadas
acesas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário