![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpxwRYS3sjh33HFnz8k1bUjdArKyD840qTS3YDKUYfx4TPrghcYuKteYzHiQC1wHrnOMhp83hv6J3v2fE2KgbjWRzEHWdnkxd787ANriKEfwbsxaf1-LR-WH0-l8Z8kZa6JPTwHHPWIWtC/s1600/sepulcro+esta+vazio.jpg)
E
disse para eles: "Tiraram do túmulo o Senhor, e não sabemos onde o
colocaram. "Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os
dois corriam juntos. Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro, e
chegou primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não
entrou.
Pedro,
que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo. Viu os panos de
linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça
de Jesus. Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava
enrolado num lugar à parte.
Assim,
o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também. Ele viu
e acreditou. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura que diz:
"Ele deve ressuscitar dos mortos." Os discípulos, então, voltaram
para casa.
(Correspondente
ao Domingo de Ressurreição, ciclo A do Ano Litúrgico).
Locutor:
Gilberto Faggion
Um
novo amanhecer
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Nossa
fé na Ressurreição de Jesus, causa de nossa alegre esperança, porque a vida
venceu a morte, baseia-se na fé dos primeiros de Jesus que o reconheceram
ressuscitado ao crucificado!
Porque
ninguém viu a ressurreição, o agir ressuscitador de Deus opera no silêncio, no
segredo e na intimidade de seu seio regenerador. Mas a comunidade cristã
percebeu e compreendeu aos poucos, pela ação do Espírito, que seu Mestre tinha
ressuscitado e continuava vivo no meio deles.
Invadiu-os
a certeza de que Deus tinha resgatado Jesus da morte, confirmando a veracidade
e o valor de sua vida, palavra, de sua Causa. Deus está do lado de Jesus, do
lado dos crucificados.
Nessa
experiência fundante da primeira comunidade, fundamenta-se a força missionária
da Igreja que através dos séculos continua proclamando: "O Senhor
Ressuscitou, verdadeiramente, aleluia!".
As
primeiras palavras do evangelho de hoje, "no primeiro dia da semana",
nos remetem ao relato da criação do livro do Gênese. Dessa maneira, São João
nos quer situar diante de uma nova criação: a ressurreição. Ela foi o ato
supremo da criação, a maior obra de Deus.
Como
e onde percebemos a ressurreição de Jesus? Somos comunicadores, com nossa
fragilidade e pequenez, com nossa vida e palavra que a vida, o amor vencem a
morte?
É
importante levar em conta que tanto Maria Madalena como Pedro e o discípulo
amado simbolizam a comunidade cristã e o processo que ela faz para perceber e
acreditar na Ressurreição de Jesus.
Em
Maria Madalena, vemos uma comunidade que ainda sofre pela morte chocante de
Jesus. Por isso o evangelho frisa que ainda estava escuro, quando ela foi ao
sepulcro.
Podemos
imaginar os sentimentos de dor e desorientação dessa mulher, que seguiu com
tanto amor àquele que a tinha libertado, devolvido sua dignidade e dado sentido
à sua vida.
Entretanto,
o amor corajoso desta mulher a Jesus leva-a ir sozinha ao sepulcro, mostrando,
assim, a busca da comunidade cristã ansiosa de vida e de amor que, sem saber
como será possível, espera que a morte não seja a última palavra.
Ela
se dirige ao lugar onde tinha sido colocado o corpo morto de seu Mestre, o
túmulo. E vê que ele está vazio.
Mas
o túmulo vazio por si só é um sinal ambíguo, sujeito a várias interpretações. É
um sinal que fala a todos e leva a refletir na possibilidade da ressurreição. É
um convite à fé, mas não leva ainda à fé.
Nesta
perícope de João, o verbo "ver" é citado quatro vezes. É através dos
diferentes "ver" de Maria Madalena, Pedro e o discípulo amado, ou
seja da comunidade, que se mostra o processo que ela faz para passar desde a
dor da morte à fé na ressurreição.
As
palavras de Maria Madalena aos discípulos mostram claramente que ela pensa que
tinham roubado o corpo do Senhor. Esse é o primeiro impacto que sacode a
comunidade e a faz reagir.
Por
isso os dois discípulos saem correndo, o discípulo amado que esteve com ele na
cruz chega primeiro e "inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas
não entrou". Ele percebe que há sinais de vida, mas ainda não alcança a
plena compreensão do que aconteceu.
Num
gesto de reconhecimento, Pedro deixa que ele entre primeiro no túmulo. E Pedro
"viu os panos de linho estendidos no chão
e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus..."
Por
que o evangelista tem tanta preocupação em descrever como estavam os panos que
cobriam o corpo e rosto de Jesus? Talvez para fazer lembrar que ali esteve
verdadeiramente o corpo morto de Jesus e o fato de que os panos se encontrem
tão ordenadamente dobrados mostra que não foram ladrões que levaram o corpo.
O
discípulo amado entra no túmulo e ele "viu e acreditou"! A fé do
discípulo amado sofre um salto qualitativo. No lugar onde jazia morto seu
mestre amado, os olhos de sua fé se abrem e consegue compreender que Jesus está
vivo! Ressuscitou!
Essa
fé nova que tem o discípulo amado é dom da graça de Deus, que lhes concede
acreditar que Deus tirou do sepulcro da morte o seu Filho, ressuscitou-o!
Em
Cristo Ressuscitado, recebemos a resposta definitiva de Deus: não a morte, mas
a vida é a última palavra que Ele, Deus, pronunciou sobre o destino humano.
Por
isso nosso futuro está aberto, podemos ser sempre homens e mulheres de
esperança, porque, com a ressurreição de Jesus, entrou na nossa história o
sorriso de quem venceu a morte e goza das primícias de uma vida nova, o sorriso
da esperança!
A
fé no Ressuscitado nos impulsiona a ir ao encontro dos crucificados de hoje,
colocar-nos a seu lado, para partilhar com eles este sorriso, a certeza alegre
que Deus está vivo no meio de nós, ressuscitando, libertando da morte e fazendo
uma nova criação.
Olhemos
ao nosso redor. Somos capazes de reconhecer a ação de Deus ressuscitando seu
povo? Onde? Nossa vida comunica esse sorriso de esperança que brota da fé no
Ressuscitado?
Podemos
perguntar-nos: quem é Jesus para nós?
Oração
Desdobra-se
no céu
a
rutilante aurora.
alegre,
exulte o mundo;
gemendo
o inferno chora.
Pois
eis que o Rei, descido
à
região da morte,
aqueles
que o esperavam
conduz
à nova sorte.
POr
sob a pedra posto,
por
guarda vigiado,
sepulta
a própria morte
Jesus
ressuscitado.
Da
região da morte
cesse
o clamor ingente:
"Ressuscitou!"
exclama
o
Anjo refulgente.
Jesus,
perene Páscoa,
a
todos alegrai-nos.
Nascidos
para a vida,
da
morte libertai-nos.
Louvor
ao que da morte
ressuscitado
vem,
ao
Pai e ao Paráclito
eternamente.
Amém
Hino
da Liturgia da Horas
Fonte:
http://www.periodistadigital.com/religion/
Fonte:
http://www.jesusmafa.com
Fonte:
http://www.liturgiadashoras.org
Referências
BOFF,
Leonardo. A nossa ressurreição na morte. Petrópolis: Vozes, 1996.
RUBIO,
Alfonso Garcia. O encontro com Jesus Cristo Vivo. São Paulo: Paulinas, 2001.
SICRE,
José Luis. O Quadrante. São Paulo: Paulinas, 1999.
SUSIN,
Luis Carlos. Jesus Filho de Deus e Filho de Maria. São Paulo: Paulinas, 1997.
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