domingo, 5 de outubro de 2014

Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Outubro 2014



Conduzir ao verdadeiro Amor

Quando uma pessoa acolhe Jesus Cristo em sua vida, necessariamente assume um estilo novo de viver, marcado por tudo o que Jesus ensinou e realizou. De fato, com Jesus torna-se mais claro e verdadeiro o relacionamento com Deus, assumindo-o como Pai misericordioso, com as outras pessoas, que passam a ser reconhecidas como irmãos e irmãs e consigo mesmo, enquanto sujeito de uma missão especial neste mundo.
Como catequizar sem partir dessa convicção e sem tê-la como referência de qualquer trabalho evangelizador? Um sério problema que enfrentamos, quando procuramos realizar nossa missão evangelizadora, é o de querer chegar logo “ao finalmente”; isto é, muitas vezes queremos, logo de início, exigir que o candidato a ser seguidor de Jesus já viva uma vida totalmente em sintonia com toda a moral cristã. A pressa em querer ver o resultado, acaba atrapalhando o processo de acolhida de Jesus. Afinal, não basta somente afirmar que Deus é nosso Pai e todos somos irmãos e irmãs uns dos outros, é preciso dar tempo para que a pessoa entenda e faça sua experiência pessoal dessa verdade.
Somos continuamente tentados a fazer listas do que é certo ou errado, do que se pode ou não se pode fazer, do que é pecado ou não... É fundamental superarmos essa tentação, pois além de não encontrar seu embasamento em Jesus, facilmente nos leva a uma visão discriminatória das pessoas e abre espaço para as mais variadas formas de exclusões. Temos que lembrar sempre que a vida perfeita que Deus espera de nós é consequência da acolhida da proposta significativa que Jesus veio nos apresentar e que tem seu fundamento na lei do amor.
Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o Papa Francisco demonstra sua preocupação com essa forma errada de entender a evangelização quando afirma: “Quando a pregação é fiel ao Evangelho, manifesta-se com clareza a centralidade de algumas verdades e fica claro que a pregação moral cristã não é uma ética estoica (rígida, conformista), é mais do que uma ascese (elevação espiritual), não é uma mera filosofia prática nem um catálogo de pecados e erros. O Evangelho convida, antes de tudo, a responder a Deus que nos ama e salva, reconhecendo-O nos outros e saindo de nós mesmos para procurar o bem de todos. Este convite não há de ser obscurecido em nenhuma circunstância!” (EG 39).
A vida nova de discípulos missionários de Jesus deve ser sempre o nosso objetivo de evangelizadores, mas temos que ter presente que só se chega lá conduzindo a pessoa, com a paciência que for necessária, a acolher o verdadeiro amor que tem sua origem em Deus e que deve ser o motor da vida de cada um de nós.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 30º Domingo do Tempo Comum a liturgia nos propõe o texto bíblico: Mt 22,34-40. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Para mim qual é, realmente, o maior mandamento? De que forma o mandamento do amor se manifesta em minha vida? Até que ponto o mandamento do amor é a principal referência de minha atividade catequética/evangelizadora? Minha principal preocupação é a de ensinar regras ou a de conduzir o catequizando ao verdadeiro Amor ensinado e vivido por Jesus?

AGENDA
Ø  O Retiro de Catequistas está sendo realizado em cada cidade da Diocese. O tema é: “Jesus diz a todos: Venham a mim!”. Participe! Leve a Bíblia e a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Próximas datas:

ü  04 de Outubro = Praia Grande, às 8h na Paróquia N. Sra. das Graças – Ocian;
ü  11 de Outubro = Orla, às 8:30h no Seminário São José – Santos;
ü  18 de Outubro = Cubatão, às 14h na Capela N. Sra. Aparecida – Fabril;
ü  25 de Outubro = Peruíbe, às 8:30h na Paróquia São João Batista – Centro.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

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