quarta-feira, 1 de maio de 2019

57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil




De 1º a 10 de maio acontece no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, do Santuário Nacional de Aparecida (SP), a 57ª Assembleia Geral (AG) dos Bispos do Brasil da qual podem participar, segundo o Estatuto da CNBB, os 309 bispos na ativa (com direito a voto), os 171 eméritos, os administradores apostólicos e representantes de organismos e pastorais da Igreja. Este ano, a AG tem a tarefa central de atualizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019 a 2023. A versão que os bispos aprovarão na 57ª AG, produzida inicialmente pela Comissão Especial sobre a atualização das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) 2019/2023, foi objeto de sugestões e emendas dos bispos do Brasil, dos organismos e pastorais. 
Sua atualização teve início ainda na 56ª AG do ano passado quando os bispos apontaram as primeiras sugestões. 
O arcebispo de São Luiz (MA) e presidente do Regional Nordeste 5, dom José Belisário da Silva, coordenador dos trabalhos desta comissão, lembra que a atuação da Igreja no mundo urbano, conforme já amadurecido pelos bispos do Brasil, é o foco do documento: “O texto reforça que vivemos uma cultura urbana, com predominância no país das grandes cidades”, acentua. 
A atualização das diretrizes também foi tema de discussão em duas reuniões do Conselho Permanente da CNBB em 2018, em junho e novembro. 
A comissão, especialmente montada para esta tarefa, se reuniu em agosto de 2018 para avançar no texto. Em dezembro do mesmo ano realizou a sua segunda reunião. A primeira versão “Mártir” foi enviada em janeiro deste ano ao episcopado brasileiro. A Comissão se reuniu em Sumaré (RJ), em fevereiro, com a finalidade de incorporar ao texto-matriz as sugestões de emendas enviadas pelas Igrejas particulares e organismos da Igreja. No início de março, a Comissão enviou mais uma vez o texto a todos os organismos da Igreja ainda com a possibilidade de apresentação de emendas. Segundo o presidente da Comissão Especial, o grupo recebeu significativas contribuições. 
A tendência da equipe, segundo dom Belisário, foi acolher todas as emendas propostas, exceto as que apresentam caráter contraditório. A equipe se encontrou mais uma vez antes da 57ª AG com a missão de incorporar as contribuições enviadas. É desta reunião, reforça, que saiu o texto final que será aprovado pelos bispos em Aparecida. 

Estrutura do documento 

DGAE 2019-2023 que os bispos aprovarão estão estruturadas a partir da imagem da comunidade cristã como “casa”. No centro, como eixo, está a Comunidade Eclesial Missionária, sustentada por “quatro pilares”: Palavra, Pão, Caridade e Missão. O texto está estruturado em 4 partes. A primeira, que inclui uma introdução e o 1º capítulo, aprofunda os rumos da Igreja no mundo urbano atual. O 2º capítulo aprofunda o olhar dos discípulos missionários; o 3º capítulo trata da ideia-força da Igreja nas Casas, retomando a inspiração das primeiras comunidades cristãs; O 4º, e último capítulo, constitui-se de indicadores que apontam sobre que maneira a Igreja em Missão no Brasil pode estar presente da melhor maneira possível neste novo mundo urbano.

 “Fundamentalmente, a nossa pergunta é: como a nossa Igreja no Brasil agora se coloca diante deste novo momento da realidade brasileira?”, questiona dom Belisário

O desafio, após a 57ª AG, será transformar estas Diretrizes em projetos pastorais que, respeitando a unidade da Igreja em todo o Brasil, respondam às realidades regionalmente diversificadas. 

Nova Presidência 

A 57ª AG da CNBB também tem como desafio eleger a nova presidência da CNBB para o próximo quadriênio. 

A Presidência da CNBB é composta do Presidente, Vice-presidente e Secretário-geral. A assembleia também elege 12 presidentes das Comissões Episcopais Pastorais e o delegado e o suplente junto ao Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam). Outros temas são prioritários: relatório do quadriênio, assuntos de liturgia, textos litúrgicos (CETEL), assuntos de Doutrina da Fé, relatório econômico e conjuntura eclesial: avaliação da Igreja no Brasil e da CNBB. 

Também serão abordados, no âmbito dos temas diversos, a análise sociopolítica do Brasil, a Campanha da Fraternidade em 2021, definição das Comissões Episcopais Pastorais e a 6ª Semana Social Brasileira. 12 comunicações, sobre diversos temas, integram a pauta: Laudato Si, Mês Missionário Extraordinário, Programa Missionário Nacional, Bispos Eméritos, Sínodo sobre os jovens, Sínodo Especial para a Pan Amazônia, Congresso Eucarístico Nacional, Comunhão e Partilha, Comissão para a Causa dos Santos, entre outros. Esta edição prevê, inicialmente, duas mensagens e a Carta Final, sendo uma ao Papa Francisco e outra ao Prefeito da Congregação para os Bispos. 

Programação 

A 57ª Assembleia Geral da CNBB iniciará no dia 1º/5, às 7h30, com uma missa no Santuário Nacional de Aparecida. A cerimônia de instalação da AG acontecerá no mesmo dia, às 9h15, no auditório do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho. Todos os dias – exceto no domingo, dia 5 – serão celebradas missas com laudes, das 7h30 às 8h45, no Santuário Nacional de Aparecida. Haverá transmissão ao vivo pelas emissoras católicas de rádio e televisão. Os trabalhos da Assembleia serão desenvolvidos em quatro sessões, sendo duas pela manhã (9h15 às 12h45) e duas à tarde (15h40 às 19h30). 
As entrevistas coletivas acontecerão sempre às 15h, na Sala de Imprensa do Centro de Eventos, com a presença de três bispos designados pela Presidência da Assembleia. O porta-voz será o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, dom Darci Nicioli. O retiro dos bispos iniciará no dia 4/5, às 15h, e terminará no domingo, 5/5, às 11h30, com missa no Santuário. A cerimônia de posse da nova presidência está marcada para as 10h30 do dia 10/5 e na sequência a cerimônia de encerramento, no Centro de Eventos. 



Fonte: (http://www.cnbb.org.br) e Comunicação Diocese de Santos. 

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