De 1º a 10 de maio acontece no Centro
de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, do Santuário Nacional de Aparecida
(SP), a 57ª Assembleia Geral (AG) dos
Bispos do Brasil da qual podem participar, segundo o Estatuto da CNBB, os 309
bispos na ativa (com direito a voto), os
171 eméritos, os administradores apostólicos e representantes de organismos
e pastorais da Igreja. Este ano, a AG tem
a tarefa central de atualizar as Diretrizes
Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE)
da Igreja no Brasil para o quadriênio
2019 a 2023.
A versão que os bispos aprovarão
na 57ª AG, produzida inicialmente pela
Comissão Especial sobre a atualização
das Diretrizes da Ação Evangelizadora da
Igreja no Brasil (DGAE) 2019/2023, foi
objeto de sugestões e emendas dos bispos
do Brasil, dos organismos e pastorais.
Sua
atualização teve início ainda na 56ª AG do
ano passado quando os bispos apontaram
as primeiras sugestões.
O arcebispo de São Luiz (MA) e presidente do Regional Nordeste 5, dom
José Belisário da Silva, coordenador dos
trabalhos desta comissão, lembra que
a atuação da Igreja no mundo urbano,
conforme já amadurecido pelos bispos
do Brasil, é o foco do documento: “O
texto reforça que vivemos uma cultura
urbana, com predominância no país das
grandes cidades”, acentua.
A atualização das diretrizes também
foi tema de discussão em duas reuniões
do Conselho Permanente da CNBB em
2018, em junho e novembro.
A comissão,
especialmente montada para esta tarefa,
se reuniu em agosto de 2018 para avançar
no texto. Em dezembro do mesmo ano
realizou a sua segunda reunião. A primeira versão “Mártir” foi enviada em janeiro
deste ano ao episcopado brasileiro.
A Comissão se reuniu em Sumaré
(RJ), em fevereiro, com a finalidade de
incorporar ao texto-matriz as sugestões
de emendas enviadas pelas Igrejas
particulares e organismos da Igreja. No
início de março, a Comissão enviou mais
uma vez o texto a todos os organismos
da Igreja ainda com a possibilidade de
apresentação de emendas.
Segundo o presidente da Comissão
Especial, o grupo recebeu significativas
contribuições.
A tendência da equipe,
segundo dom Belisário, foi acolher
todas as emendas propostas, exceto as
que apresentam caráter contraditório. A
equipe se encontrou mais uma vez antes
da 57ª AG com a missão de incorporar as
contribuições enviadas. É desta reunião,
reforça, que saiu o texto final que será
aprovado pelos bispos em Aparecida.
Estrutura do documento
DGAE 2019-2023 que os bispos aprovarão estão estruturadas a partir da imagem da comunidade cristã como “casa”.
No centro, como eixo, está a Comunidade
Eclesial Missionária, sustentada por
“quatro pilares”: Palavra, Pão, Caridade
e Missão.
O texto está estruturado em 4 partes.
A primeira, que inclui uma introdução
e o 1º capítulo, aprofunda os rumos
da Igreja no mundo urbano atual. O
2º capítulo aprofunda o olhar dos
discípulos missionários; o 3º capítulo
trata da ideia-força da Igreja nas Casas,
retomando a inspiração das primeiras
comunidades cristãs; O 4º, e último
capítulo, constitui-se de indicadores
que apontam sobre que maneira a Igreja
em Missão no Brasil pode estar presente
da melhor maneira possível neste novo
mundo urbano.
“Fundamentalmente, a nossa
pergunta é: como a nossa Igreja no
Brasil agora se coloca diante deste
novo momento da realidade brasileira?”, questiona dom Belisário.
O
desafio, após a 57ª AG, será transformar
estas Diretrizes em projetos pastorais
que, respeitando a unidade da Igreja em
todo o Brasil, respondam às realidades
regionalmente diversificadas.
Nova Presidência
A 57ª AG da CNBB também tem como
desafio eleger a nova presidência da
CNBB para o próximo quadriênio.
A
Presidência da CNBB é composta do Presidente, Vice-presidente e Secretário-geral.
A assembleia também elege 12 presidentes
das Comissões Episcopais Pastorais e o
delegado e o suplente junto ao Conselho
Episcopal Latino-Americano (Celam).
Outros temas são prioritários:
relatório do quadriênio, assuntos de liturgia, textos litúrgicos (CETEL), assuntos
de Doutrina da Fé, relatório econômico e
conjuntura eclesial: avaliação da Igreja no
Brasil e da CNBB.
Também serão abordados, no âmbito dos temas diversos, a análise
sociopolítica do Brasil, a Campanha da
Fraternidade em 2021, definição das
Comissões Episcopais Pastorais e a 6ª
Semana Social Brasileira.
12 comunicações, sobre diversos temas, integram a pauta: Laudato Si, Mês
Missionário Extraordinário, Programa
Missionário Nacional, Bispos Eméritos,
Sínodo sobre os jovens, Sínodo Especial
para a Pan Amazônia, Congresso Eucarístico Nacional, Comunhão e Partilha,
Comissão para a Causa dos Santos, entre
outros. Esta edição prevê, inicialmente,
duas mensagens e a Carta Final, sendo
uma ao Papa Francisco e outra ao Prefeito
da Congregação para os Bispos.
Programação
A 57ª Assembleia Geral da CNBB
iniciará no dia 1º/5, às 7h30, com uma
missa no Santuário Nacional de Aparecida. A cerimônia de instalação da AG
acontecerá no mesmo dia, às 9h15, no
auditório do Centro de Eventos Padre
Vítor Coelho. Todos os dias – exceto no
domingo, dia 5 – serão celebradas missas
com laudes, das 7h30 às 8h45, no Santuário Nacional de Aparecida.
Haverá transmissão ao vivo
pelas emissoras católicas de rádio e
televisão. Os trabalhos da Assembleia
serão desenvolvidos em quatro sessões,
sendo duas pela manhã (9h15 às 12h45)
e duas à tarde (15h40 às 19h30).
As entrevistas coletivas acontecerão
sempre às 15h, na Sala de Imprensa do
Centro de Eventos, com a presença de
três bispos designados pela Presidência
da Assembleia. O porta-voz será o presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para a Comunicação, dom Darci Nicioli.
O retiro dos bispos iniciará no dia
4/5, às 15h, e terminará no domingo, 5/5,
às 11h30, com missa no Santuário.
A cerimônia de posse da nova presidência está marcada para as 10h30 do
dia 10/5 e na sequência a cerimônia de
encerramento, no Centro de Eventos.
Fonte: (http://www.cnbb.org.br) e Comunicação Diocese de Santos.
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