JESUS NOS
ENSINA A REPOUSAR JUNTO DELE, NO DESERTO, ANTES DE SAIRMOS EM MISSÃO.
Neste Artigo Bíblico-Catequético-Missionário,
refletiremos o Evangelho de Marcos 6,30-34,
relatado, no contexto da missão confiada aos doze. Marcos 6.30 relata que os
apóstolos voltaram à presença de Jesus, depois da sua primeira atividade
missionária. O termo apóstolos, derivado
do verbo apostellein, enviar (6.7), denota o envio e a atividade dos doze
(6.12). A missão dos doze é descrita com
os mesmos termos com os quais é apresentada a missão de Jesus. Os apóstolos
contam a Jesus, com alegria, tudo o que tinham feito e ensinado. Aqui são muito
importantes os verbos fazer e ensinar, colocados aqui no infinitivo.
O fazer está ligado ao ensino e à cura de todos os males. O ensino está ligado
ao fazer. A missão dos discípulos é Ensinar, isto é, formar, orientar, guiar o
povo de Deus ao Reino dos Céus, a verdadeira vida. Marcos destaca ainda, o
movimento do grupo de Jesus e seus discípulos e o da multidão.
Neste contexto missionário,
Jesus convida os discípulos para descansar, fazer como que um shabat, cessar,
repousar: “Vinde vós sozinhos, a um lugar
deserto e descansai um pouco ...e não
tinham tempo nem para comer” (Mc 6,31). A atitude de Jesus é pastoral e
pedagógica. Aqui é bom enfatizar a importância do descanso do discípulo-missionário,
não apenas corporal, mas repousar no espírito. As tarefas e as exigências são
tantas, que muitas vezes não repousamos. Isso pode atrapalhar a missão.
Descansar para rezar e partilhar a missão, o repouso do espírito, onde somos
alimentados pelo próprio Senhor. Os dois movimentos são importantes e de igual
valor, “o envio e a volta”, o fluxo
e o refluxo. A comunidade de discípulos deve estar unida e valorizar os dois
momentos.
Finalmente, diante da multidão
faminta da palavra e de pão, e a da urgência do Reino, Jesus sente compaixão da
multidão: “porque eram como ovelhas sem pastor”. Por isso, a urgência, hoje, da
comunidade de discípulos-missionários, terem esse mesmo olhar misericordioso de
Jesus, para as necessidades do povo. Ademais, dentro do Ano do laicato, sermos
“Sujeitos Eclesiais: Discípulos
Missionários e Cidadãos do Mundo. O Reino acontece no mundo, não somente
dentro da Igreja. Precisamos compreender melhor a “simbiose”, o movimento entre
Igreja
e Mundo, como campo de missão, com
todas as suas múltiplas variantes.
Para
refletirmos:
Como
estamos nos preparando para nossos encontros catequéticos de iniciação à vida
cristã? Estamos tendo um tempo para nós mesmos,
para refletirmos como está nossa caminhada, como discípulos missionários? O
grupo dos catequistas, está reunindo-se para preparar os encontros?
Pe. Aparecido
Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
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