Carta Pastoral para o
Ano do Laicato, promulgada por D. Tarcísio Scaramussa,SDB, Bispo Diocesano. “Neste
Ano do Laicato desejo oferecer esta Carta como um reconhecimento do valor dos
cristãos leigos e leigas, e para incentivá-los a assumirem com maior ardor
pastoral e qualificação a missão que lhes é confiada pelo Senhor na construção
de seu Reino”, diz o Bispo na Apresentação desta Carta. Leia a Carta com seu
grupo, sua pastoral, movimento ou mesmo na Comunidade, a fim de entrar em
comunhão com toda a Igreja no Brasil que pede para que possamos ser cada vez
mais “sal da Terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14).
LEIGOS CRISTÃOS:
DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS DA ALEGRIA DO EVANGELHO
Caros irmãos e irmãs em Cristo Jesus! A pós o
acontecimento de Pentecostes, um grande vigor missionário se manifestou na
Igreja. E não cessou mais. Até os dias de hoje, o Evangelho continua sendo
anunciado e testemunhado por toda parte. Os Atos dos Apóstolos e os outros
livros do Novo Testamento relatam as ações e as reflexões do primeiro momento
da história da evangelização. Esta história continuou a ser escrita com a vida
de milhões de discípulos de Jesus, deixando uma rica herança de Tradição de fé
da Igreja, confirmando a autenticidade do Evangelho vivido no testemunho de
tantos cristãos, muitos mártires e santos. O Espírito que sempre conduziu a
Igreja não dorme em nossos tempos. Por isso, esta realidade de evangelização,
levando a salvação do Senhor a todos, continua viva e presente nos dias atuais,
pelo testemunho e pregação de cristãos, ministros ordenados, religiosos, leigos
e leigas. Esta consciência missionária vem crescendo, de modo particular a
parti r do Concílio Vaticano II (1962-1965). Nos dias atuais recebeu novo
impulso com a entusiasmante Exortação Apostólica do Papa Francisco “A Alegria
do Evangelho”. Nesta, o Papa ressalta o desafio da participação dos leigos na
missão da Igreja: “A imensa maioria do povo de Deus é constituída por leigos.
Ao seu serviço, está uma minoria: os ministros ordenados. Cresceu a consciência
da identidade e da missão dos leigos na Igreja. Embora não suficiente, pode-se
contar com um numeroso laicato, dotado de um arraigado sentido de comunidade e
uma grande fidelidade ao compromisso da caridade, da catequese, da celebração
da fé. Mas, a tomada de consciência desta responsabilidade laical que nasce do
Batismo e da Confirmação não se manifesta de igual modo em toda a parte;
nalguns casos, porque não se formaram para assumir responsabilidades
importantes, noutros por não encontrar espaço nas suas Igrejas particulares
para poderem exprimir-se e agir por causa dum excessivo clericalismo que os
mantém à margem das decisões. Apesar de se notar uma maior participação de
muitos nos ministérios laicais, este compromisso não se reflete na penetração
dos valores cristãos no mundo social, político e econômico; limita-se muitas
vezes às tarefas no seio da Igreja, sem um empenhamento real pela aplicação do
Evangelho na transformação da sociedade. A formação dos leigos e a
evangelização das categorias profissionais e intelectuais constituem um
importante desafio pastoral” (EG, 102). Neste Ano do Laicato, desejo oferecer
esta Carta como um reconhecimento do valor dos cristãos leigos e leigas, e para
incentivá-los a assumirem com maior ardor pastoral e qualificação a missão que
lhes é confiada pelo Senhor na construção de seu Reino.
D. Tarcísio Scaramussa,SDB, Bispo Diocesano de Santos/SP
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