segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Artigo de Fevereiro de 2018- Padre Aparecido Neres Santana


JESUS TRANSFIGURADO: PRESENÇA LIBERTADORA ENTRE NÓS. 

Neste, Artigo Bíblico-Catequético, refletiremos o Evangelho de Jesus, em Marcos 9, 2-10, que corresponde ao 2º Domingo da Quaresma, é um texto mais conhecido como a transfiguração de Jesus no monte. Este relato da transfiguração no monte, dentro de uma leitura pós-pascal, faz parte das instruções após o primeiro anúncio da paixão. Com o anúncio da paixão, os Apóstolos entram em crise de fé. “Pedro, chamando-o de lado, começou a recrimina-lo” (cf. Mc 8,32). Para os judeus, ser pendurado numa árvore, ter o corpo exposto de forma humilhante, como malfeitor era um escanda-lo. A pessoa condenada era visto como maldita de Deus (cf. Dt 21, 22-23). A crise é a dificuldade em aceitar Jesus como o Messias, o Filho de Deus, que foi pregado na Cruz.
 Dentro desse ambiente de crise, Jesus leva consigo ao Monte, os três discípulos, Pedro, João e Tiago. Os três, representam, os apóstolos e a comunidade primitiva. A cena da transfiguração segue o esquema das teofanias bíblicas, com várias realidades do mundo celeste, como – vestes brancas, luminosidade, a nuvem e a voz. As vestes brancas e resplandecentes, são um sinal do mundo divino, de alegria e vitória (cf. Ap 3,4; Mc 16,4). A nuvem é um dos símbolos na Bíblia para falar da presença de Deus (cf. Êx 16,10). A luminosidade, a luz, símbolo da fé em Jesus ressuscitado. A voz,este é o meu Filho amado; ouvi-o” (Mc 9,7); como no batismo de Jesus, “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Mc 1,11) é a razão da manifestação no monte, é o Pai confirmando para os discípulos a missão do Filho. Trata-se de acolher as palavras de Jesus, na vida dos discípulos e da comunidade.
 E ainda, a presença de Elias e Moisés, representantes maiores do Primeiro Testamento: Elias, simboliza o profetismo e Moises, que também subiu no monte Sinai, (Êx 19,18), simboliza, não somente o Êxodo, mas o Pentateuco (os 5 primeiros livros), a Torá, toda Lei. A conclusão do texto Bíblico é clara, Jesus, simboliza, não só Elias e Moisés, mas toda a Sagrada Escritura. Por isso, não podemos ficar somente no monte, temos que descer da montanha, isto é, como discípulos-missionários, temos que sair dos templos e irmos ao encontro dos irmãos, nas ruas, casas, especialmente nas periferias sócias e humanas, pra encontramos com o Cristo da cruz (cf. (Mt 25, 31ss).         

 Para refletirmos: Do deserto nós subimos ao monte. O monte hoje, são as comunidades eclesiais, as Igrejas, os lugares de orações. O monte pode ser ainda o seu coração. O monte é o lugar da nossa transfiguração: para podermos ajudar a mudar o mundo da dor, e sofrimento, para o mundo de vida e de esperança. Será que estamos nos transfigurando para melhor? Estamos transfigurando a nossa catequese, em uma catequese viva, alegre e acolhedora? Diante de tantas provações, será que realmente estamos nos preparando neste tempo quaresmal para uma conversão pastoral e pessoal em nossas Vidas que nos leve a uma verdadeira Transfiguração?

AGENDA DO MÊS
Ø  Semana Catequética -  Tema: Iniciação à Vida Cristã – Formação para Discípulos(as) Missionários(as).


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