terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Artigo de Janeiro de 2018 - Padre Aparecido Neres Santana


O DISCÍPULO-MISSIONÁRIO ANUNCIA JESUS, PALAVRA QUE LIBERTA DE TODOS OS MALES.

Neste primeiro Artigo Bíblico-Catequético de 2018 (no contexto do Ano do Laicato), refletiremos o 4º Domingo do Tempo Comum, do Evangelho de Marcos 1,21-28. (Nota: No ano de 2017, refletimos mensalmente o Evangelho do 3º Domingo do mês, já em 2018, refletiremos o 4º Domingo). O ambiente desta perícope é a Sinagoga de Cafarnaum, cidadezinha à beira do Lago da Galileia, onde Pedro pôde hospedar Jesus em sua casa (Mc, 1,29). A primeira ação desse dia, e o primeiro milagre no Evangelho de Marcos, é a cura de um endemoninhado. São dois aspectos centrais neste texto: primeiro, Jesus ensina com autoridade; segundo, com a libertação de um endemoninhado, Ele dá início ao seu projeto de libertação. Aqui há uma diferença entre o ensinamento de Jesus e dos escribas: “Ele ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mc 1,22). Os escribas ensinavam baseados apenas na Lei escrita e normas religiosas, alicerçadas no “puro/impuro”. Era a religião da pureza ritual “espírito impuro” (Mc 1,23). Jesus, pelo contrário, enfoca outra legitimidade com uma prática nova, onde mais importante é a misericórdia, a libertação da pessoa de todos os “males”, de toda escravidão, dominação e da alienação. A figura do demônio no mundo antigo era a ‘fonte’ dos males físicos, das desgraças e doenças. Podemos notar que Evangelho e o próprio Jesus não se interessam por satanás, enquanto personagem em si, mas à medida que atrapalha a realização do Reino. O “tempo Messiânico” é o tempo da vitória sobre satanás, isto é, sobre todo mal que assola e destrói a vida humana. Teologicamente é bom esclarecer que o Monoteísmo não tolera seres “concorrentes” ao lado de Deus, como diz a canção popular: “Na casa de Senhor não existe satanás”. Ademais, até satanás reconhece que Jesus é o Messias: “Sei quem tu és; o Santo de Deus” (Mc 1,24). Porém, não basta reconhecer Jesus, é preciso vivenciá-Lo na defesa da vida de forma concreta. Nota-se que a autoridade de Jesus advém da força do seu anúncio. Só a palavra de Jesus, sem mediações “mágicas” e rituais, liberta a pessoa do poder demoníaco e o reintegra à sua dignidade humana. Portanto, mais do que ficarmos admirados, extasiados com os milagres de Jesus, Marcos quer que a sua comunidade, (e hoje) fique atenta à Palavra, mesmo quando ela for menos empolgante. A religião não deve ser espetaculosa, mágica, mas de entusiasmo missionário, na defesa da vida ferida e machucada.
Para refletirmos: No texto de hoje, vimos que Jesus ensina com autoridade, fala com autoridade porque Vive o que fala. E nós, como leigos/as discípulos/as missionários/as do Pai, estamos ouvindo a Palavra e colocando-a em prática com o nosso Testemunho de Vida? Vem aí a Semana Catequética - Tema: Iniciação à Vida Cristã – Formação para Discípulos(as) Missionários.

Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C


Vem aí a Semana Catequética - Tema: Iniciação à Vida Cristã – Formação para Discípulos(as) Missionários.

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