Começo este Artigo
com algumas questões em relação à “identidade” do cristão. O que é ser cristão?
À priori, a pergunta parece ser de fácil resposta. Seria seguir Jesus Cristo?
Como? É o mesmo que ser discípulo? Na literatura bíblica, no primeiro século da
Era Cristã, os cristãos eram chamados de “Nazarenos”. O nome “cristão” surge
pela primeira vez na cidade de Antioquia em referência aos discípulos de Jesus.
“E foi em Antioquia que os discípulos, pela primeira vez, foram chamados de
“cristãos” (At 11,26b). E, “Ainda um pouco e, por teus raciocínios, fazes de
mim um cristão” (At 26,28), pediu o rei Agripa. E finalmente, o termo aparece
em 1Pedro, “mas se sofre como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a
Deus por esse nome” (1Pd 4,16). Vemos que a “identidade” do cristão, ou o “DNA”
(como diríamos hoje) está ligado a Jesus Cristo, à sua Pessoa, à sua Missão.
Por isso, ser, ou tornar-se cristão, diz o Documento de Aparecida “não se
começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas através do
encontro com um acontecimento, com uma pessoa, que dá um novo horizonte à vida
e, é com isso, uma orientação decisiva” (DAp 243). Diz ainda, que “a própria
natureza do cristianismo consiste, portanto, em reconhecer a presença de Jesus
Cristo e segui-lo” (DAp 244). Portanto, ser cristão, primeiramente é
encontrar-se com a Pessoa de Jesus, na totalidade do seu Ser. Segundo, assumir
por completo a missão do cristão, que é ser discípulo missionário. Aí está a
“identidade” do cristão, como diz o Papa Francisco: “A missão no coração do
povo não é uma parte da minha vida... É algo que não posso arrancar do meu ser,
se não quero me destruir... Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou
neste mundo” (EG 273). Entende-se que identificar-se e ser imitadores de
Cristo, como aponta o Apostolo Paulo, é ser, fazer e refazer a vida a partir do
paradigma missionário, de levar Jesus, a Sua Palavra a todas as pessoas,
especialmente àquelas que estão vivendo nas periferias sociais e humanas.
Finalmente, ser cristão é estar inserido na comunidade dos discípulos, neste
encontro de fé e de amor com Cristo e com os irmãos é estar no “Caminho”: “Eu
sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
Após refletir este texto, eu me
questiono: será que sou (identidade) um verdadeiro cristão? Se tenho este DNA
de cristão, realmente estou assumindo ser um discípulo missionário, seguidor de
Jesus Cristo, em e com toda a minha vida e principalmente em minha comunidade?
Pe. Aparecido Neres
Santana,CSS - Assessor Eclesiástico da Comissão Ab-C
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