
Além de Rei Eterno, Jesus recebe também o título de
“filho de homem”, para dizer que Ele é “ser humano”, é a Palavra que se fez
carne e veio morar em nosso meio (cf Jo 1,1s). Com isto, o divino tornou-se
humano, para que o humano se tornasse divino. Na Festa de Cristo Rei,
encerramos o ano da Igreja colocando em evidência o anunciado pelos profetas,
que Jesus nasceria como rei, e seria Rei.
Os poderes do mudo querem dominá-lo, mas seu
domínio, em últimas instâncias, pertence a Jesus Cristo, que veio como Rei e
com poder Eterno. A história pertence aos homens, mas tudo está nas mãos de
Deus, mesmo que isto seja contestado e negado pelos poderes do mundo. O livro
do Apocalipse diz que Jesus é “alfa e ômega” (Ap 21,6), o princípio e o fim,
tendo tudo concentrado em Si.
A missão de Jesus Cristo foi de instaurar o reino
de Deus. Isso veio ocasionar consequências para seus seguidores, porque a
construção desse reino foi entregue a nós. Ele começa no tempo, onde deve ser
construído, mas tem uma continuidade na eternidade. É um reino de vida,
diferente do reino do mundo, onde a morte acontece a todo instante, e de forma
totalmente desqualificada.
A realeza de Jesus Cristo não é do mundo. Seu
objetivo foi a salvação da humanidade e tinha perspectivas de vida eterna. O
mundo passa, os bens adquiridos ficam por aí, as pessoas também terminam seu
tempo na terra. O que fica é o bem realizado na construção do reino, a
realização da caridade, que terá continuidade também na outra vida.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.
Fonte: Catequese e Bíblia
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