sexta-feira, 10 de julho de 2015

Encerrando: Escola de Atualização Catequética do Regional Sul I- CNBB



Aconteceu no Espaço Anhanguera, São Paulo, SP, nos dias 07 a 10 de julho de 2015, a Escola de Atualização Catequética do Regional Sul 1 da CNBB, que teve como objetivo: favorecer a formação Bíblico-Catequética das Equipes Diocesanas estimulando a dedicação na formação de novos catequistas, discípulos missionários.

No decorrer dos quatro dias deste evento, refletimos sobre os temas: 1. Catequese e Liturgia: a fé transmitida e celebrada, ministrada pelo Professor Pe. Luís Baronto; 2. Jesus Cristo nos escritos Joaninos, pelo professor Mauro Strabelli; 3. Catequese formadora de discípulos missionários, pela professora Abadias Pereira; 4. Desenvolvimento de Oficina: Catequese com estilo Catecumenal refletindo sobre o Batismo, pelo professor Pe. Marcelo Machado; 5. Estudo do tema Eclesiologia: comunidade de comunidades (doc. 100 da CNBB), pelo professor Pe. Nei Pretto.

A Escola contou com a presença de: 01 bispo, 07 presbíteros, 04 religiosas; 02 Diáconos; e 86 leigos/as, perfazendo um total de 100 participantes. Foi momento de estudo e interação entre os participantes vindos dos 8 subregionais da CNBB/Sul 1. A Escola Regional encerrou às 12h00 com entrega dos certificados aos participantes, oração e benção de envio. 

 





CNBB. Comunidade de comunidades: uma nova paróquia. A conversão pastoral da Paróquia (documento 100). Paulinas: SP 2014

 4º AULA


Capítulo 1. SINAIS DOS TEMPOS E CONVERSÃO PASTORAL

 

O Concílio Vaticano II propõe o diálogo da Igreja com a sociedade. Num mundo em rápidas e profundas mudanças a Igreja é chamada a sempre atualizar sua forma de evangelizar, para isso a necessidade da conversão pastoral Assim a Igreja é chamada a reconhecer e discernir “os acontecimentos, nas exigências e nas aspirações dos nossos tempos (...), quais sejam os sinais verdadeiros da presença ou dos desígnios de Deus” (GS, n.11). O Concílio destacou a pastoral e a ação evangelizadora da Igreja para que seja sinal de Cristo no mundo

1.1.Novos contextos: desafios e oportunidade

1.2. Novos cenários da fé e da religião

1.3. A realidade da paróquia

1.4. A nova territorialidade

1.5. Revisão de estruturas obsoletas

1.6. A urgência da conversão pastoral

Isso supõe mudança de estruturas e métodos eclesiais, mas, principalmente, exige uma nova atitude dos pastores, dos agentes de pastoral e fieis. A expressão “conversão pastoral” remete, acima de tudo, a uma renovada conversão a Jesus Cristo, a qual consiste no arrependimento dos pecados, no perdão e na acolhida do dom de Deus (cf. At 2, 38 ss). Já a conversão da comunidade está refletida no Concílio Vaticano II ao afirmar que “a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e conversão” (Lumen Gentium, n. 8). Essa postura é necessária, porque “a Igreja peregrina é chamada por Cristo a esta reforma perene. Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma” (Unitatis Redintegratio, n. 6)

1.7. Conversão para a missão

A conversão pastoral supõe passar de uma pastoral ocupada apenas com as atividades internas da Igreja, a uma pastoral que dialogue com o mundo. Preocupar-se menos com detalhes secundários da vida paroquial e focar-se mais no que realmente propõe o Evangelho.

1.8. Breve Conclusão

A paróquia está desafiada a se renovar diante das aceleradas mudanças deste tempo. Desviar-se dessa tarefa é uma atitude impensável para o discípulo missionário de Jesus Cristo. Isso implica ter coragem de enxergar os limites das práticas atuais em vista de uma ousadia missionária capaz de atender novos contextos que desafiam a evangelização. A renovação da paróquia tem fonte perene no encontro com Jesus Cristo, renovado constantemente pelo anúncio do querigma.

 

Capítulo 2. PALAVRA DE DEUS, VIDA E MISSÃO NAS COMUNIDADES

Para que a paróquia conheça uma conversão pastoral, é preciso que se volte às fontes bíblicas, revisitando o contexto e as circunstâncias nas quais o Senhor estabeleceu a Igreja.

2.1. A comunidade de Israel

2.2. Jesus: o novo modo de ser pastor

2.3. A comunidade de Jesus na perspectiva do Reino de Deus

Jesus tinha certeza da presença do Espírito de Deus em sua vida e a consciência clara de ser chamado para anunciar a Boa-Nova aos pobres, proclamar a libertação aos presos, recuperar a visão aos cegos, libertar os oprimidos e anunciar um ano da graça da parte do Senhor ( Cf. Lc 4, 18-19). Ele valorizou as famílias (entrar na casa significa entrar na vida da família).

A comunidade dos apóstolos e discípulos foi aprendendo com Jesus um novo jeito de viver: na comunhão com Jesus, na igualdade de dignidade, na partilha dos bens, na amizade, no serviço, no perdão, na oração comum, na alegria. Jesus também apresentou quatro recomendações aos discípulos: hospitalidade, partilha, comunhão de mesa, acolhida aos excluídos.

2.4. As primeiras comunidades cristãs

Partindo de Jerusalém, os apóstolos criaram comunidades nas quais a essência de cada cristão se define como filiação divina. Essa se dá no Espírito Santo pela relação entre fé e batismo. Convocada por Deus a comunidade primitiva era a reunião dos fieis que sentiram o mesmo chamado.

Toda comunidade cristã se inspirava em quatro elementos: “eles eram perseverantes em ouvir os ensinamentos dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42). “Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava a seu número mais pessoas que eram salvas” (At 2,47). A missão e a esperança também são elementos fundantes da vida das primeiras comunidades cristãos.

2.5. A Igreja-comunidade

As comunidades do cristianismo palestinense eram profundamente itinerantes. A proposta de Paulo, nas cidades ao redor do mar mediterrâneo (Jerusalém, Antioquia, Roma, Corinto, Éfeso), era de formar comunidades mais sedentárias, nas casas, nas famílias, daí o conceito de Igreja Doméstica.

A Igreja do Novo Testamento será denominada como ekklesia tou theou, assembleia convocada por Deus, indicando comunidade reunida para celebrar a liturgia.. Ekkelia, no grego, significa reunião pública.

2.6. Breve Conclusão

Na visão bíblica o ser humano não é concebido como indivíduo isolado e autônomo. Ele é membro de uma comunidade, faz parte do povo da Aliança, encontra sua identidade pessoal como membro do Povo de Deus. A mesma noção perpassa o Novo Testamento, com elementos novos. Utiliza-se a ideia de Corpo de Cristo, da qual cada pessoa é membro. Os primeiros cristãos formam o novo Povo de Deus (1Pd 2,10).

 

Capítulo 3. SURGIMENTO DA PARÓQUIA E SUA EVOLUÇÃO

A dimensão comunitária da fé cristã conheceu diferentes formas de se concretizar historicamente, desde a Igreja Doméstica até chegar à paróquia na acepção atual. A paróquia é um instrumento importante para a construção da identidade cristã; é o lugar onde o cristianismo se torna visível em nossa cultura e história.

3.1. As comunidades na Igreja antiga

3.2. A origem das paróquias

3.3 A formação das paróquias no Brasil

3.4. A paróquia no Concílio Ecumênico Vaticano II

3.5. A renovação paroquial na América Latina e no Caribe

3.6. A renovação paroquial no Brasil

A Igreja no Brasil ocupa-se do tema da renovação paroquial desde 1962, com o Plano de Emergência, depois, o Plano de Pastoral Conjunto, as Campanhas da Fraternidade, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, sempre buscaram a renovação paroquial.

3.6. Breve Conclusão

As paróquias nascem da necessidade de expandir o atendimento aos cristãos que vivem especialmente em áreas distantes do bispo. Aos presbíteros confiar-se-á essa missão.

 

Capítulo 4. COMUNIDADE PAROQUIAL

A comunidade-Igreja encontra seu fundamento e origem no Mistério Trinitário. O Espírito Santo “leva a Igreja ao conhecimento da verdade total (cf. Jo 16,13), unifica-a na comunhão e no ministério, dota-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos com as quais a dirige e embeleza” (LG, n.4), para que ela não se torne uma realidade sociológica ou psicológica. Essa unidade dos seguidores de Jesus Cristo é a comunhão da Igreja que “encontra a sua expressão mais imediata e visível na Paróquia: esta é a última localização da Igreja (ChL, n.26). A paróquia traz em si o prolongamento da Igreja Particular e da Eucaristia episcopal que se desdobra numa realidade eclesial maior.

4.1. Trindade: fonte e meta da comunidade

4.2. Diocese e paróquia

4.3. Definição de paróquia

4.4. Comunidade de fieis

4.5. Território paroquial

4.6. Comunidade: casa dos cristãos

4.7. Comunidades para a missão

4.8. Breve Conclusão

A descentralização da paróquia e a consequente valorização das pequenas comunidades deveria ser a grande missão da Igreja que busca desenvolver a cultura da proximidade e do encontro. Afinal, “o que derruba as estruturas caducas, o que leva a mudar os corações dos cristãos é, justamente, a missionariedade” (Papa Francisco, Mensagens e homiliar – JMJ, Rio 2103, p. 90).

 

Capítulo 5. SUJEITOS E TAREFAS DA CONVERSÃO PAROQUIAL

O Concílio Vaticano II evidenciou a relação e a distinção entre sacerdócio comum dos fieis, proveniente do batismo – fonte e raiz de todos os ministérios – e sacerdócio ministerial, proveniente da Ordem, expressando como ambos participam do único sacerdócio de Cristo (cf LG, n.10). A renovação paroquial depende de um renovado amor à pastoral, que se exerce como expressão do sacerdócio recebido pelo Batismo e pela Ordem.

5.1. Os bispos

5.2. Os presbíteros

5.3. Os diáconos permanentes

5.4. Os consagrados

5.5. Os leigos

5.6 Comunidades Eclesiais de Base

5.7. Movimentos e associações de fieis

5.8. Comunidades ambientais e transterritorais

5.9.Breve conclusão

O desafio da renovação paroquial está em estimular a organização das diversas pessoas e comunidades, para que promovam uma intensa vida de discípulos missionários de Jesus Cristo. Isso se realiza pelo vínculo e pela partilha da caminhada, mas também pelo planejamento pastoral.

 

Capítulo 6. PROPOSIÇÕES PASTORAIS

6.1. Comunidades da comunidade paroquial

A grande comunidade, praticamente impossibilitada de manter os vínculos humanos e sociais entre todos, pode ser setorizada em grupos menores. A paróquia descentraliza seu atendimento e favorece o aumento de líderes e ministros leigos e vai ao encontro dos afastados. Não se deixa a referência territorial das comunidades maiores, mas criam-se novas comunidades sem tanta estrutura administrativa.

Essa é uma postura missionária da Igreja. Onde não for possível setorizar territorialmente, siga-se o critério de adesão por afeto ou interesse, estabelecendo grupos de oração e reflexão em condomínios e edifícios. Será necessário levar em conta toda a dinâmica da cultura urbana, e fundamentar a pequena comunidade na Palavra de Deus e na Eucaristia, em comunhão numa rede de comunidade, estando atentos às necessidades da comunidade, e ao espírito de abertura às pessoas.

6.2. Acolhida e vida fraterna

6.3. Iniciação à vida cristã

6.4. Leitura Orante da Palavra

6.5. Liturgia e espiritualidade

6.6 Caridade

6.7. Conselhos, organização paroquial e manutenção

6.8. Abertura ecumênica e diálogo

6.9. Nova formação

6.10. Ministérios leigos

6.11. Cuidado vocacional

6.12. Comunicação na pastoral

6.13 Sair em missão

6.14. Breve conclusão

Para que a paróquia se converta em comunidade de comunidades, será preciso manter essas características fundamentais relacionadas acima.

Conclusão

Após a apresentação deste texto é conveniente refletir sobre as seguintes questões:

1.      Quais os pontos deste texto que provocam a reflexão sobre a nossa comunidade paroquial?
2.      Que atividades pastorais e estruturais precisam ser revisadas?
3.      Em que aspectos já estamos vivendo a conversão pastoral?
4.      Como a nossa paróquia pode tornar-se comunidade de comunidades?
5.      O que precisamos assumir para sermos uma paróquia missionária?

 

 

Pe. Nei de Oliveira Preto

Itatiba, 10 de julho de 2015

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