sexta-feira, 5 de junho de 2015

Artigo de junho de 2015 - Pe. Luís Gonzaga Bolinelli


Para que o Reino de Deus aconteça


A verdadeira evangelização e catequese está preocupada em ajudar as pessoas a serem capazes de transformar esse mundo para que o Reino de Deus aconteça. Afinal, por causa de nossa fé em Jesus Cristo, não passamos a viver num mundo a parte, mas continuamos a fazer parte dessa sociedade onde temos que testemunhar os valores em que acreditamos, deixando-nos guiar sempre pelos critérios do Evangelho, com aquela contínua preocupação de oferecer a misericórdia divina a todos.
Como nos lembra o Texto Base da Campanha da Fraternidade deste ano, “A Igreja, partindo de Jesus Cristo, propõe-se a servir, no contexto desafiador da sociedade atual, com uma mensagem salvadora que cura feridas, ilumina e descortina um horizonte para além dessas realidades. Ao chegar ao coração de cada homem e de cada mulher, a Boa Nova e a esperança da Ressurreição podem mostrar-lhes quanto são amados por Deus e capazes de contribuir para criar uma nova e renovada humanidade”. Cabe ao discípulo missionário de Jesus Cristo ajudar cada pessoa a conhecer e acolher Jesus com sua proposta de vida nova. A partir daí, cada um tem sua liberdade para aceitar essa proposta e fazê-la crescer e frutificar ou simplesmente ignorá-la.
Seria tão bom se todos aceitassem essa proposta e produzissem frutos, não é mesmo? Mas nem sempre é assim... Que a gente nunca se iluda: é impossível acolher ou mesmo viver a fé em nome ou no lugar de outra pessoa. Cada um tem sua responsabilidade em deixar a graça de Deus agir em sua vida. Em todo o caso, como nos lembra o recém-lançado documento “Itinerário Catequético”, precisamos lembrar sempre que permanecem “as necessidades de favorecermos e despertarmos à conversão; de promovermos e fortalecermos as atitudes de fé; de fazermos conhecer a mensagem cristã; e de educarmos ao agir cristão”. Afinal, a liberdade da pessoa, não tira nosso dever de continuamente propor e repropor a vida nova em Jesus Cristo.
Muitas vezes, pelo fato de não vermos imediatamente os resultados esperados, bate aquele desânimo e a sensação de estar perdendo tempo, de estar trabalhado em vão, de achar que talvez não valha a pena tanto esforço para evangelizar esse mundo tão marcado por exclusões e falta de perspectiva de vida digna para tanta gente, por causa da ganância de alguns e maldade e violência de tantos... Nessas horas, a grande tentação é a de abandonar tudo... Mas será que nossas atitudes cristãs são realmente gestos tão insignificantes assim? Temos que reconhecer que os mais variados gestos que conseguimos realizar, mesmo pequenos e quase insignificantes, pelo fato de estarem em sintonia com o projeto de Deus, têm a capacidade de crescer, se fortalecer e produzir os frutos que ele deseja.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 11º Domingo do Tempo Comum a liturgia nos propõe o seguinte texto bíblico: Mc 4,26-34. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Meu trabalho evangelizador é em vista da transformação desse mundo? Sei respeitar a liberdade e a capacidade da outra pessoa em acolher a proposta evangelizadora que estou fazendo? Sei reconhecer os frutos que vão aparecendo nas pessoas e sociedade de hoje? O que tenho feito para superar os desânimos por não ver os resultados imediatos que espero?

AGENDA
Ø  Encontro Diocesano de Catequistas de Adolescentes e Jovens e Líderes de Grupos de Jovens, em parceria com a Pastoral da Juventude:
ü  Dia 20 de junho de 2015, das 14h às 17h: na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Santos.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!


Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

Nenhum comentário: