Neste Mês Vocacional,
no artigo Bíblico Catequético-Missionário do 18º Domingo do Tempo Comum, refletiremos
a passagem do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 12,13-21. O texto
inicia-se com o grito de um jovem do meio da multidão, preocupado com seus bens
terrenos. Ele ordena a Jesus: “Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a
herança” (Lc 13,1). A resposta de Jesus é o centro do texto: “Mesmo na
abundância, a vida do homem não é assegurada por seus bens” (Lc 13,15). Para a
compreensão dos discípulos e do povo, Jesus conta a parábola de um jovem rico.
Se olharmos o que vem antes e depois do nosso texto, constataremos que a
parábola é dirigida mais aos discípulos do que ao povo: “Começou a dizer, em
primeiro lugar, aos discípulos” (Lc 12,1), e ainda: “Não vos preocupeis com a
vida, com o que haveis de comer e beber...”, “...Pelo contrário, buscai o seu
Reino, e essas coisas vos serão acrescentadas” (Lc 12, 22-32). A parábola
começa com o monólogo do homem rico. Após uma grande colheita, entra num dilema
sobre o que fazer, já que não tinha lugar pra acumular tanta quantidade de
bens. Neste monólogo o homem rico só pensa em si e na sua riqueza, nos seus
bens. O monólogo decorre sempre na primeira pessoa do singular: “O que hei de
fazer? Onde guardar a minha colheita... meus celeiros... meu trigo... meus
bens... minha alma...” (13. 16-20). Não entram pessoas na sua vida. Aonde estão
a mulher, filhos, pais, parentes, amigos? A vida vale mais do que as coisas que
a sustentam! E mais: o Reino é um dom do Pai entregue à comunidade dos
discípulos, mesmo se pequena, ameaçada e indefesa como um pequeno rebanho (Lc
12,32). Segundo, o Reino começa a se implantar lá onde os bens dos discípulos
são postos à disposição dos pobres” (Lc 12, 33-34). Após resolver o seu dilema,
o homem rico, na conclusão da parábola, depara-se com Deus, que diz:
“Insensato, nessa mesma noite ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que
acumulaste, de quem serão? Assim acontece àquele que ajunta tesouros para si
mesmo, e não é rico para Deus” (Lc 13, 20-21). Ademais, a libertação do
discípulo da angústia cotidiana é uma abertura confiante e total ao Reino, que
na prática é um discernimento de si mesmo para caminhar com todas as forças na
construção do mundo da justiça, da caridade, da vida e da paz.
Para refletirmos: Se
houver preocupação pelo Reino todos terão o necessário, pois a Comunidade
estará organizada a partir da solidariedade e da partilha. Será que, para nós,
o Reino de Deus está sendo o centro de toda a nossa preocupação? De que valerá
a vida senão a orientarmos para Aquele que nos criou e deu a vida para a
salvação de todos?
AGENDA
- Retiro
Diocesano para Discípulos Missionários: Catequistas e Evangelizadores. Este
retiro acontecerá em todas as cidades de nossa Diocese.
- 27/8 - 15h30 - Tarde
Mariana - Na Catedral Diocesana.
- Estudo Bíblico 2019.
Mais informações com a
equipe da Iniciação à Vida Cristã Paroquial de sua Paróquia, ou com a
Coordenação de sua região.
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
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