COMO JESUS INAUGUROU A CATOLICIDADE DA IGREJA: ENVIOU SEUS DISCÍPULOS “IDE E FAZEI
DISCÍPULOS MEUS TODOS OS POVOS, BATIZANDO-OS EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO
ESPÍRITO SANTO”.
Neste Artigo Bíblico-Catequético refletiremos o
Evangelho de Mateus 28, 16-20. Cada ano, após Pentecostes, desde o século XIV,
celebramos a festa da Trindade Santa: a festa de Deus, o Deus único e Trino, o
Deus em pessoas. De fato, Deus é relação e comunhão com a sua criação, conosco.
Estamos diante de um texto cristológico e eclesiológico, pós-pascal. O texto
inicia-se com o lugar indicado por Jesus, na Galiléia, sobre o monte. “Galiléia”
significa mais do que o local geográfico! Lugar do início da vida pública (Mt
4,23ss), lugar da missão de Jesus, onde ele serviu os pobres e marginalizados
do império romano. O monte é o lugar onde se revela o Deus da vida (Ex 3,1ss).
Esse texto, tem três partes bem delimitadas. Primeira: Jesus declara
solenemente que o Pai lhe deu um poder ilimitado e universal “Jesus se aproximou e lhe disse: Foi me dado
por Deus todo poder no céu e na terra” (Mt 28,18). Segunda: há uma ordem explícita,
que tem como objetivo a missão da Igreja no mundo: “Ide e fazei discípulos todos os povos...” (Mt 28,19). Terceira: há uma palavra de promessa, que assegura
sua presença entre os discípulos “E eu
estarei convosco para sempre, até o fim do mundo” (Mt 28,20).
A centralidade do texto está, no mandato
missionário. Continuar a missão de Jesus, passando a responsabilidade, para a
Igreja, a comunidade dos discípulos. A missão é Católica, isto é, Universal. É permanente,
para disseminar o Reino de Deus, para que todas as culturas, raças, etnias, cheguem ao conhecimento da
verdadeira face de Deus. Assim, Mateus, mostra que a Igreja é missionária pela
sua natureza. A missão vem por primeiro: a Igreja nasce da missão. E, uma
Igreja, que não é missionária, mas estagnada, acomodada, está traindo a sua natureza e identidade. Não
existe outra alternativa. Missão não é proselitismo, não é simplesmente, angariar novos adeptos para
a Igreja, mas é continuar a missão de Jesus, cuja mensagem tem como foco a
chegada do Reino de Deus. Portanto, somos chamados a sairmos dos limites visíveis das nossas comunidades, em um diálogo profético com todas as pessoas de boa vontade, e
assim colaboremos com a vinda do Reino de Deus. Ser profeta hoje, é ser
discípulos-missionários do Deus da Vida, curando e libertando as pessoas de
todos os males.
Para
refletirmos: No Evangelho destaca-se o mandato missionário de Jesus: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações
se tornem discípulos...” Mt 19). O Documento 107 da CNBB, com o título
“Iniciação à Vida Cristã: Itinerário para
formar discípulos missionários”, nos dá orientações para a missão. Será que
estamos sendo missionários, catequizando, formando, discípulos missionários
como pede Jesus?
Pe. Aparecido Neres
Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
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