JESUS, O BOM PASTOR, QUE DÁ A VIDA PELAS SUAS OVELHAS.
Neste
Artigo, Catequético Bíblico-Missionário, refletiremos o Evangelho de São João, 10,
11-18, do 4° domingo da Páscoa, tempo do ressuscitado. É dentro deste contexto,
que a comunidade joanina, entende que Jesus é O Bom Pastor, instruindo,
curando, perdoando e acolhendo o povo em geral, principalmente os pobres
e excluídos. No tempo
de Jesus,
os pastores estavam presentes por a toda parte na Palestina. Eram uma figura
vastamente conhecida, em especial pelo povo camponês. Por conta da identidade
que tinham com as ovelhas, muitas vezes estas, ficavam não no redil, mas dentro
da casa, junto com a família.
Com a afirmação de Jesus - “Eu sou o bom Pastor; o bom pastor dá a sua
vida pelas suas ovelhas” (Jo 10,1), João aponta para o centro da perícope.
A tradução melhor seria - Eu sou o “pastor verdadeiro”. A forma “Eu sou”, não
indica uma simples revelação, mas uma promessa e um compromisso. Dê um lado o
Cristo é o único e exclusivo pastor, e do outro, “o mercenário, que não é pastor” (Jo 10,12), os chefes judaicos,
sobretudo os religiosos, que são os falsos pastores. João aponta porque
diferentemente do mercenário, Jesus dá a vida pelas ovelhas, “Ninguém tem maior do que aquele que dá a vida por seus amigos”
(Jo 15,13). O amor de Cristo-Pastor, não tem limites e não faz distinção entre
(vv. 16-17), judeus e pagãos que são co-envolvidos no mesmo amor. Na
universalidade da salvação. Jesus dá a vida por sí mesmo, com plena liberdade.
Apesar dos poderes, político, econômico e especialmente o religioso,
assassinarem Jesus, a ação é toda de Jesus. Ele se entrega totalmente na
radicalidade, com plena liberdade, despojando-se de tudo, da condição humana, e
mesmo sendo divino, não se apegou nem mesmo a essa condição. Isto faz com que,
o que está sendo julgado e condenado, apesar da morte na cruz, não é Jesus, mas
sim os seus algozes. A morte de Jesus é salvífica, livre, gesto do amor maior,
em obediência ao Pai. Portanto, todas as pessoas devem reencontrar-se em um só
rebanho, em torno de um só pastor. Não é um só redil, mas um só pastor e um só
rebanho. Ao chamar as ovelhas pelo nome, faz com que elas “saiam”, faz com que
elas façam um êxodo, do redil às pastagem abertas, à liberdade, à vida plena.
“Saída missionária” em busca das ovelhas.
Para refletirmos:E nós
como discípulos missionários, seguidores de Jesus, estamos acolhendo bem os que
chegam a nossa Comunidade?
E como catequistas evangelizadores, estamos
indo atrás de nossos catequizandos, quando eles, recebem a 1ª Eucaristia e não
voltam mais, ficando fora do rebanho, deixando de buscar a Cristo?
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da
Comissão AB-C
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