O DISCIPULO MISSIONÁRIO NA FESTA DO
REINO
Neste Artigo Catequético
Bíblico-Missionário, refletiremos sobre o Evangelho de Mateus 22,1-14, do 28° Domingo
do Tempo Comum. A centralidade deste texto nos abre horizontes e ajuda-nos a
compreender a universalidade da Salvação. A festa, o banquete é para todos.
Talvez a comunidade de Mateus, estivesse refletindo a Profecia de Isaias, que
diz: “O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos um
banquete...” (Is 25,6). O banquete é sinal do Reino, da abundancia, de festa e de
alegria. A parábola indica que os convidados para participarem do Banquete do
Reino em primeiro lugar, são os que pertencem ao povo escolhido, os judeus. No
Evangelho de Marcos, uma mulher grega, isto é, pagã, implora a cura da sua
filha, e Jesus diz: “Deixa que primeiro
os filhos se saciem porque não é bom tirar o pão dos filhos e atirá-lo aos
cachorrinhos” (Mc 7,27). Contudo, apesar destra “primazia”, os “convidados
de direito, os judeus” não aceitam o convite, isto é, não aceitam Jesus, como
Filho de Deus, o Messias!
A festa porém tem que continuar, então o convite é estendido a
todos os povos, aos gentios, aqueles que viviam à margem, maus e bons. Este
convite feito ao longo da história, primeiramente ao povo de Deus, através dos
Juízes e Profetas, está bem caracterizado na parábola, como sendo os servos
enviados, e que são recusados. Deus, porém, nunca desiste do seu povo. Por fim,
envia seu Filho, na parábola representado pelo noivo, (típica linguagem do
profetismo, em especial Oséias: “Eu te
desposarei a mim para sempre... no direito, no amor e na ternura... na
fidelidade” 2, 21-22). Deus, em Jesus, realiza em definitivo a nova e
aliança. Aceitar, participar do banquete é ter vida. Recusar é a morte, que é
ficar fora da festa do Reino, o Banquete nupcial
Continuando a parábola, temos ainda, os que aceitaram participar
da festa, mas não estavam vestidos apropriadamente para a mesma, e são
repreendidos. O traje de festa, é a aceitação de Jesus como Salvador. As vestes
festivas, são a justiça, o amor e a misericórdia, que levam à vida. Fica claro
pois, que não basta apenas, receber os sacramentos, participar da Igreja e da
comunidade, para entrar na festa, no Reino de Deus. É preciso também assumir o
caminho do discipulado, isto é, tornar-se um evangelizador!
Para
refletir: A Comunidade de Mateus, assim como a nossa hoje, deve
enfrentar esse conflito ético e estético comunitário. A nossa Catequese de Iniciação à Vida Cristã, passa
por mudanças de época, uma nova
reestruturação. Temos realmente assumido esse compromisso? Como estou
respondendo ao novo método catequético? Qual o meu traje de festa, em minha
catequese, e junto à minha Comunidade?
Pe.
Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
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