Tendo
transcorrido muitos séculos desde a criação do mundo,
Quando
no princípio Deus tinha criado o céu e a terra e tinha feito o Homem à sua
imagem;
E
muitos séculos de quando, depois do dilúvio, o Altíssimo tinha feito
resplandecer o arco – íris, sinal da Aliança e da Paz;
Vinte
séculos depois da partida de Abraão,
nosso
pai na fé, de Ur dos Caldeus;
Treze
séculos depois da saída de Israel do Egito,
sob
a guia de Moisés;
Cerca
de mil anos depois da unção de David
como
rei de Israel;
Na
sexagésima quinta semana, segundo a profecia de Daniel;
Na
época da centésima nonagésima quarta Olimpíada;
No
ano setecentos e cinqüenta e dois da fundação da cidade de Roma;
No
quadragésimo segundo ano do Império de César Otaviano Augusto;
Quando
em todo o mundo reinava a paz,
Jesus
Cristo, Deus Eterno e Filho do Eterno Pai,
querendo
santificar o mundo com a sua vinda,
tendo
sido concebido por obra do Espírito Santo,
tendo
transcorrido nove meses,
nasce
em Belém da Judéia da Virgem Maria, feito homem:
(genuflexão
breve)
Natal
de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana.
História
Para celebrar o nascimento de
Jesus, a Missa do Galo foi instituída no século V, após o Concílio de Éfeso
(431 d.C.), começando a ser celebrada, oficialmente, na Basílica de Santa Maria
Maior, em Roma, pelo o papa Sisto III.
É celebrada à meia-noite do dia
24 de dezembro. O galo foi escolhido como símbolo desta celebração porque,
histórica e tradicionalmente, representa vigilância, fidelidade e testemunho
cristão.
Nos primeiros séculos, as
vigílias festivas eram dias de jejum. Os fiéis reuniam-se na igreja e passavam
a noite rezando e cantando. A Igreja era toda iluminada com lâmpadas de azeite
e com tochas.
Na tradição católica cristã,
todas as velas do Advento são acesas na Missa do Galo, para celebrar
solenemente o nascimento do Messias, Jesus Cristo: “Glória a Deus nas alturas e
paz na terra aos homens de boa vontade”!
O Natal é a única celebração do
calendário litúrgico que contempla três celebrações Eucarísticas, mas a da
noite reúne os aspectos históricos e humanos do nascimento de Cristo.
Hoje, tradicionalmente, depois da
missa, as famílias voltam para suas casas, colocam a imagem do Menino Jesus no
Presépio, realizam cânticos e orações em memória do Messias, filho de Deus, e
confraternizam-se e compartilham a Ceia de Natal, com eventual distribuição de
presentes.
Tradições populares
A expressão “Missa do Galo” é
específica dos países latinos e deriva da tradição ancestral, segundo a qual, à
meia-noite do dia 24 de dezembro, um galo teria cantado fortemente, como nunca
ouvido, anunciando a vinda do Messias, filho de Deus vivo, Jesus Cristo.
Outra tradição de origem espanhola,
narra que, antes das 12 badaladas dos sinos, à meia noite de 24 de dezembro, os
lavradores da província de Toledo, Espanha, matava um galo, em memória daquele
que cantou três vezes, quando São Pedro negou Jesus, por ocasião da sua morte.
Depois, o galo era levado à
igreja para ser oferecido aos pobres, afim de que seu Natal fosse melhor. Outro
costume, em algumas aldeias espanholas, era levar o galo à igreja para que ele
cantasse durante a Missa, como uma espécie de prenúncio de boas colheitas.
Outra origem da expressão vem do
fato de a Missa da Noite de Natal terminar muito tarde. “Quando as pessoas
voltavam para casa, os galos já estavam cantando".
O galo também anuncia o nascer do
sol e o seu canto simboliza o amanhecer, comemorado pelos pagãos, como forma de
agradecer o surgimento do Sol após o longo período de inverno.
Mas, o nome Missa do Galo é usado
somente em países de língua portuguesa e espanhola.
Teria sido Sisto III, no ano 400,
a instituir uma Missa para celebrar o nascimento de Cristo ‘ad galli cantus’,
isto é, na hora que o galo canta, querendo indicar o início do novo dia, após a
meia-noite.
Há quem diz ainda que a origem
deste nome incomum remonta aos primórdios do cristianismo, quando os cristãos
iam em peregrinação a Belém, onde celebravam a hora do primeiro canto do galo.
Finalmente, dizem que um galo
teria assistido ao nascimento do Menino Jesus, na gruta de Belém, além de
outros animais, como o burro e a vaca. Assim, o galo teve a tarefa de festejar
e anunciar para sempre a data do nascimento do Salvador do mundo. (MT)
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