quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Artigo de novembro 2016 - Padre Aparecido Neres Santana - Diocese de Santos

O discípulo missionário permanece firme na fé

Estamos nas vésperas do termino do Ano Litúrgico C, (será na Festa de Cristo Rei, no dia 20/11), quando encerraremos também o Ano da Misericórdia. Iniciamos, então,  o Ano Litúrgico A, e na Igreja do Brasil, o Ano Santo Mariano, celebrando os 300 anos do encontro da imagem da Senhora da Conceição Aparecida.
 Novos tempos! Tempos de mudanças! Tempo de “dar razão da vossa esperança” (1Pd 3,15). É neste contexto, que refletiremos o Evangelho de Lucas 21, 5-19.  
Jesus entra pela última vez no Templo de Jerusalém, símbolo da antiga aliança, que foi destruído no ano 70 d.C.  O Templo era sempre do Rei e o centro religioso da vida judaica. Com sua beleza esplendorosa chamava a atenção. No Templo girava os poderes: religioso, econômico e político, isto é, a vida dependia totalmente do Templo. A partir do olhar para Templo, Jesus, olha para o mundo, e faz um discurso escatológico do fim, não somente do Templo, como do mundo, apresentando várias realidades catastróficas, numa linguagem apocalíptica: guerras, revoluções, terremotos, fomes e pestes. É o fim de uma época do plano salvífico, é uma virada no plano de Deus. “Antes, porém, que essas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos” (Lc 21,12), mas, “É permanecendo firmes na fé que ireis ganhar a vida” (Lc 21, 19).
Jesus, prepara os apóstolos, para que, ao se depararem e enfrentarem essas realidades, não desanimem, principalmente quando forem perseguidos e colocados na prisão. Passados dois mil anos, olhando para o mundo hoje, vemos tudo isso acontecer.  Por isso, mesmo diante da destruição e da desgraça, dos grandes sinais do fim do mundo, o missionário não precisa ter medo, mesmo porque o fim de uma realidade de morte, para o cristão, é o início de uma nova realidade de vida, de um mundo novo! Jesus, e os discípulos, estão apontando para esse mundo novo. Importante é perseverar firme na fé, sempre acreditando, que a partir do anuncio da Palavra de Deus, poderemos destruir sim, o mundo velho, e todas as realidades de morte, para que renasça a vida, um mundo novo. É a Pascoa: a passagem da morte para a vida em toda a sua plenitude. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). 
Para refletirmos: Diante de tantas mudanças de época: conflitos, misérias, doenças, guerras e falsos profetas. Ainda acreditamos, que e a partir da fé perseverante, que poderemos, sonhar e buscar, como discípulos missionários este mundo novo?    
Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C 

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