segunda-feira, 21 de julho de 2014

Sintese da Escola de Atualização Bíblica-Catequética do Regional Sul I

Escola de Atualização Catequética

Nos dias 15 a 18 de julho, aconteceu a Escola Bíblico-Catequética do Regional Sul I. Acompanhem o que aconteceu na escola

Eixo Bíblico: Caminho de interpretação da Palavra – Ms Ir.Maria Aparecida Barboza

Tendo como instrumentos de trabalho dois documentos da Igreja de grande importância para Animação Bíblica da Pastoral: A Dei Verbum e a Verbum Domini

Pode-se destacar da reflexão realizada pela assessora, os seguintes tópicos:
· A Tradição oral e escrita da Sagrada Escritura;
· Animação Bíblica na catequese;
· Alguns passos para diminuir a distância entre os cristãos e a Palavra de Deus. Pela intimidade da Palavra, que crescemos no diálogo com as outras religiões, e assim viver o ecumenismo;
· Dei Verbum : Um amplo espaço à Palavra de Deus, a Bíblia na mão do catequizando e o avanço das ciências bíblicas;
· Verbum Domini: A intimidade de Deus a partir da Palavra- Uma Igreja conduzida pela Palavra;
· Uma Igreja convocada a anunciar a Palavra ao mundo, motivando a justiça e a caridade
· Deus que escuta o ser humano e sabe das suas necessidades.

Falar de Animação Bíblica na catequese é reconhecer que a centralidade da Palavra de Deus em nossa realidade eclesial e constatar toda a riqueza e vitalidade da Igreja, no processo de transmissão da fé às novas gerações através de ações concretas em sua ação evangelizadora.

Eixo teológico: Ética e Moral Cristã -

Prof. Especialista Luiz Alberto Asato, do sub regional de Botucatu, trouxe para os presentes a reflexão do tema “Ética e Moral cristã”. O assessor serviu-se de textos extraídos da Revista de Catequese e outros subsídios catequéticos, para o desenvolvimento do assunto.
Destacou que ética e moral não são coisas distantes da vida humana, e que uma se serve da outra. A ética, do grego Ethos, que significa o modo de ser, caráter e valores, ilumina as ações morais. Moral, do latim Mos ( no plural mores) da ênfase ao significado do costume. A moral está ligada intimamente ao caráter.
Quando se fala de ética, fala-se de valores universais, já a moral está para aspectos particulares, de determinado grupo ou cultura. A ética ajuda nas reflexões das nossas atitudes morais.
Além dessas definições, professor Luiz falou da importância da relação do ser humano com a sociedade. Uma relação de troca, onde o homem oferece o seu trabalho e a sociedade lhe dá o essencial para a sobrevivência. E é dessa relação indispensável, que o homem se humaniza.


Eixo Metodológico – Pe Paulo Gil , assessor ABC Regional Sul I- “Planejamento catequético- Um caminho a percorrer”.

Dois textos iluminaram os trabalhos: A perícope de Mateus 13, 1-23 e o parágrafo 49 da Evangelium Gaudium. A parábola do bom semeador é um ótimo texto para ilustrar um bom planejamento catequético. Cristo ao sair para evangelizar, pensou no objetivo que desejava alcançar com aquele grupo, no lugar onde ele se reuniria e na estratégia. O papa Francisco relembra que o objetivo da catequese é de fazer com que as pessoas se tornem amigas de Jesus.
Alguns aspectos importantes foram destacados para realização do planejamento catequético:
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->A pratica pedagógico-catequética exige do catequista uma inserção na comunidade;
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->A catequese é um processo dinâmico, exigente e permanente da educação da fé e exige tempo, pessoas;
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Para um bom planejamento é preciso considerar a importância do tempo necessário para a sua realização;
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->O caminho para a realização do planejamento existe, o que falta é foco para a sua realização;
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Considerar a caminhada de vida de cada pessoa como um ser, único e inteiro, diferentes de todos os demais. Aproximar-se das pessoas como elas são assim como Jesus fez;
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Planejar é fazer a experiência da reflexão. Cuidado com o improviso, em partir sem saber para onde se quer chegar, em agir sem tomar decisões
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->A mística deve estar presente no planejamento, uma reflexão à luz da Palavra de Deus, pensar no material humano.
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Determinação das prioridades para fazer um planejamento: como fazer? O que fazer? Com quem fazer?
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Realizar uma elaboração do plano: estabelecer as etapas do planejamento e elaborar o plano.
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->A importância de uma avaliação periódica das etapas como uma abertura para possíveis mudanças;
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->Para planejamento dos encontros catequéticos é preciso considerar: Motivação, interiorização, expressão, memorização e sensibilização.


O eixo litúrgico: Prof. Dr Paulo Sérgio L.Gonçalves - “Eucaristia, fonte de vida e missão da Igreja”
O objetivo desse estudo é apresentar analiticamente a eucaristia como sacramento originário da vida e missão da Igreja.
Para melhor compreender o sentido da eucaristia, pode-se partir de duas vias: a Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja. No sentido bíblico, a Eucaristia é apresentada como: a ceia do Senhor, sacrifício amoroso, presença real de Cristo na Igreja e no mundo e sonho escatológico.
Servindo-se do texto paulino de 1 Cor 11,23-26, padre Paulo destacou a vivacidade da ceia do Senhor. Paulo foge a regra dos demais apóstolos de Jesus, não O encontrou fisicamente, e sim por uma experiência fenomenal, vivida. Paulo narra o que recebeu do Senhor.
A ceia de Jesus, rememorada pelo Apóstolo, remete o cristão a ceia judaica, narrada em Êxodo 12,1-14. Cristo faz com toda humanidade a Nova e Eterna Aliança. Ele se fez cordeiro, para a salvação de todos.
Em Marcos 14,22-25, um verdadeiro manual de catequese, o contexto teológico é o seguimento de Jesus. O vinho tem um sentido escatológico, o sangue da salvação.
Lucas 22, 19-20, a salvação por meio de Cristo é universal. Uma identificação entre o pão fracionado e ação de graças. Aqui quando se fala numa presença de Cristo é a presença espiritual.
Ainda nas obras lucanas, em Atos dos Apóstolos, é possível perceber as celebrações de iniciação cristã, que eram realizadas nas casas com as famílias. Uma articulação entre Palavra e Eucaristia, por exemplo, em Emaús a palavra prepara o caminho para a eucaristia e a eucaristia clarifica a palavra.
A carta aos hebreus, Eucaristia é um sacrifício amoroso. Aqui não existe mais templo, nem sacerdote, Cristo é o Sumo Sacerdote. Jesus é o cordeiro imolado (Hb 10-13).
No contexto da Tradição, padre Paulo percorreu toda a história da Igreja, desde as primeiras comunidades, passando pela teologia elaborada pelos santos padres, ressaltando a importância dos Concílios de Trento e do Concílio Vaticano II, até chegar a documentos recentes que falam sobre a Eucaristia, como Ecclesia de Eucharistia (João Paulo II, 2003) e Sacramentum Caritatis (Bento XVI, 2007).
Outros aspectos foram destacados pelo professor: uma dimensão social da eucaristia, pois é um sacramento que não exclui ninguém é a própria pessoa que se exclui do sacramento. A importância da inculturação eucarística, respeitando a cultura em que a celebra, mas não alterando a matéria do sacramento: o pão e vinho. A presença real de Cristo, uma espiritualidade eucarística e a ecologia eucarística.


Escolas diocesanas e paroquiais -
Orientação: Pe Marcelo Machado-RP1

Momento de reflexão e orientação para as escolas paroquiais e diocesanas.
Padre Marcelo fez um pequeno resumo do instrumento de trabalho da CNBB Escolas Catequéticas - Um processo pedagógico, vivencial e catecumenal.
Desde antes do Concílio Vaticano II, fala-se da importância da formação dos catequistas, uma formação permanente sem esquecer as transformações na política, cultura e na religião.
As escolas bíblico-catequéticas paroquiais são voltadas para os catequistas de base, devem ser verdadeiras escolas de IVC. E essa escola também vai conduzir ao verdadeiro ministério do catequista. As escolas bíblico-catequéticas diocesanas deve ser um momento de aprofundamento e de formação para formadores, viabilizando o projeto diocesano proposto pelo bispo. Ambas devem contemplar os eixos: bíblico, teológico, metodológico e litúrgico, mas cada uma na sua especificidade.
É a mística que sustenta e ajuda atingir com segurança o objetivo traçado pela escola. É de grande importância que cada escola tenha o seu projeto político pedagógico.
Logo após o café, todos os presentes foram convidados a fazerem um momento de avaliação (escrita e oral). Padre Paulo e toda a equipe de coordenação do regional fizeram a entrega dos certificados e sorteio de alguns brindes. Encerrou-se com o almoço.

Oficinas - catequese com estilo catecumenal - Orientação: equipe de coordenação regional
A proposta foi de oito grupos, de nove pessoas, para passar em quatro cenários montados e observar cada um.
< !--[if !supportLists]-->· O primeiro cenário apresentava a catequese no contexto do pré Concílio de Trento ao Concílio Vaticano II.
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->O segundo cenário apresentava a Catequese Renovada, as conferências episcopais latino-americanas e a Primeira Semana Brasileira de Catequese
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->O terceiro cenário apresentava a Segunda Semana Brasileira de Catequese, a importância de se fazer uma catequese adulta com os adultos
< !--[if !supportLists]-->· <!--[endif]-->O quarto cenário apresentava a Terceira Semana Brasileira de Catequese, o Documento de Aparecida.
Depois de ter percorrido este caminho, à luz da entrevista com o irmão Nery, intitulada “Catequese de inspiração catecumenal”,os grupos responderam a seguinte questão: O que é essencial para uma catequese com estilo catecumenal?
É necessária uma formação acerca do estilo catecumenal para os catequistas, os demais agentes de pastoral e também o clero. Que haja coragem para a mudança de paradigmas e um esforço de conversão de toda igreja. Uma integração entre liturgia e catequese.
Querigma anunciado e vivenciado pelos catequistas, para que possam anunciar e testemunhar aos seus catequizandos e suas famílias. Voltar-se de fato para uma catequese com adultos, sem abrir mão da catequese infanto-juvenil, que proporcione um encontro pessoal com Jesus Cristo.
Nas suas considerações finais, padre Paulo Gil, disse que o essencial é uma formação iniciática dos catequistas, que começa em casa. Fazer uma catequese fundamentada na Palavra, nos documentos, trazendo símbolos e sinais para mergulhar no mistério. Assim como caminhamos, no crescimento, o processo só vai acontecer se tivermos um encontro com Cristo.
Fonte: Coordenação Diocesana ABC Diocese de Jundiaí
Roberta Bossi e Ana Paula Oliveira
Rede de blogs-CNBB/Sul I

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