Diretório Litúrgico
O Ano Litúrgico
A Liturgia é a
celebração do Mistério Pascal de Cristo, em volta deste núcleo fundamental da
nossa fé, celebramos no Ano Litúrgico a memória do Ressuscitado na vida de cada
pessoa e de cada comunidade.
O Ano Litúrgico
“revela todo o mistério de Cristo no decorrer do ano, desde a encarnação e
nascimento até à ascensão, ao pentecostes e à expectativa da feliz esperança da
vinda do Senhor” (SC 102). Ele assim nos propõe um caminho espiritual, ou seja,
a vivência da graça própria de cada aspecto do mistério de Cristo, presente e
operante nas diversas festas e nos diversos tempos litúrgicos (NALC, 1).
Em síntese, através
do Ano Litúrgico, os fiéis fazem a experiência de se configurar ao seu Senhor e
dele aprenderem a viver “os seus sentimentos” (cf. Fl 2,5)
1. A liturgia nos
ritmos do tempo
O Ano Litúrgico
recorda não apenas as ações de Jesus Cristo, nem somente renova a lembrança de
ações passadas, mas sua celebração tem força sacramental e especial eficácia
para alimentar a vida cristã. Por isso, torna-se um caminho
pedagógico-espiritual nos ritmos do tempo.
Com a vida, a
liturgia segue um ritmo que garante a repetição, característica da ação
memorial. Repetindo, a Igreja guarda a sua identidade.
Para fazer memória do
mistério, a liturgia se utiliza de três ritmos diferentes: o ritmo diário,
alternando manhã e tarde, dia e noite, luz e trevas; o ritmo semanal,
alternando trabalho e descanso, ação e celebração; o ritmo anual, alternando o
ciclo das estações e a sucessão dos anos.
1.1. O ritmo diário
Acompanhando o
caminho do sol, que é símbolo de Cristo, o povo de Deus faz memória de Jesus
Cristo, nas horas do dia, pela celebração do Oficio Divino. Daí o nome
“Liturgia das Horas”. De tarde, o sol poente evoca o mistério da morte, na
esperança da ressurreição. De manhã, o
sol nascente evoca o mistério da ressurreição, novo dia para humanidade. De
noite, nas vigílias, principalmente na se sábado à noite, que inicia o Domingo,
Dia da Ressurreição, celebramos em espera vigilante o mistério da volta do
Senhor. Em algum outro momento do dia ou da noite, rezamos o “Ofício das
Leituras”. E, em qualquer hora do dia celebramos a Eucaristia, que abrange a
totalidade do tempo.
Com hinos, salmos e
cânticos bíblicos, com leituras próprias, com preces de louvor e de súplica,
celebramos o mistério pascal do Cristo. Como toda a liturgia, o Ofício
acompanha o Ano Litúrgico, expressa nosso caminhar pascal, do nascimento à
morte e ressurreição, do advento à segunda vinda gloriosa de Cristo.
Como oração do povo
de Deus, verdadeira ação litúrgica, o Ofício Divino é excelente escola e
referência fundamental para nossa oração individual. Os ministros ordenados e
religiosos assumem publicamente o compromisso de celebrarem a Liturgia das
Horas nas principais horas do dia. Os fiéis leigos também são convidados a
celebrá-la, individual ou comunitariamente. Podem fazê-lo seguindo o roteiro
simples e adaptado proposto pelo Ofício Divino das Comunidades, que conserva a
teologia e a estrutura da Liturgia das Horas.
Incentivem-se também
outras formas de oração comunitária da Igreja, por exemplo, Ofícios Breves
adaptados, Celebrações da Palavra de Deus, Horas Santas, Ladainhas, Angelus,
Via-Sacra e Rosário comunitário.
“O dia litúrgico se
estende da meia-noite à meia-noite. A celebração do Domingo e das solenidades
começa, porém, com as Vésperas do dia precedente” (NALC 3).
1.2 – O ritmo semanal
O ritmo semanal é
marcado pelo Domingo, o dia em que o Senhor se manifestou ressuscitado (cf. Mc
16,2; Lc 24,1; Mt 28,1; Jo 20,1).
A história do Domingo
nasce na Cruz e na Ressurreição de Jesus. No primeiro dia da semana, quando as
mulheres foram para embalsamar seu corpo, já não o encontraram mais. No
Domingo, Jesus apareceu vivo a vários dos discípulos, sozinhos, ou reunidos;
comeu e bebeu com eles e falou-lhes do Reino de Deus e da missão que tinham que
levar adiante (Mt, 28,5-9; Lc 24,13-49; Mc 16,14; Jo 20,11-18; 20,24-29; Ap
1,10). O dia de Pentecostes, vinda do Espírito Santo, também aconteceu no
Domingo (At 2,1-11).
“Por tradição
apostólica que tem sua origem do dia mesmo da ressurreição de Cristo, a Igreja
celebra cada oitavo dia o mistério pascal, naquele que se chama justamente dia
do Senhor ou Domingo. Neste dia, pois, devem os fiéis reunir-se em assembléia
para ouvirem a palavra de Deus e participarem da eucaristia, e assim recordarem
a paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus e darem graças a Deus que os
“gerou de novo pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma
esperança viva” (lPd 1,3). O Domingo é, pois, o principal dia de festa que deve
ser lembrado e inculcado à piedade dos fiéis: seja também o dia da alegria e da
abstenção do trabalho. As outras celebrações não lhe sejam antepostas, a não
ser as de máxima importância, porque o Domingo é o fundamento e o núcleo
do Ano Litúrgico (SC 106).
O Domingo, conforme
rezamos no Prefácio IX dos Domingos do Tempo Comum, é o dia em que a família de
Deus se reúne para “escutar a Palavra e repartir o Pão consagrado, recordar a
ressurreição do Senhor na esperança de ver o dia sem ocaso, quando a humanidade
inteira repousar diante do Pai”.
João Paulo II, na
Carta Apostólica sobre o Domingo (Dies Domini), apresenta as cinco
características deste dia: Dia do Senhor, Dia de Cristo, Dia da Igreja, Dia do
Homem e Dia dos Dias. O mesmo Papa nos pede, na Carta Apostólica Mane Nobiscum
Domine, que demos “uma atenção ainda maior à missa dominical, como celebração
na qual a comunidade paroquial se reencontra em coro, vendo comumente
participantes também os vários grupos, movimentos, associações nela presentes”
(MND 23).
“Por causa de sua
especial importância, o Domingo só cede sua celebração às solenidades e festas
do Senhor. Os Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa gozam de precedência
sobre todas as festas do Senhor e todas as solenidades. As solenidades que ocorrem
nestes Domingos sejam antecipadas para sábado” (NALC 5).
O Domingo exclui, por
sua natureza própria, a fixação definitiva de qualquer outra celebração. São
exceções somente as festas da Sagrada Família, do Batismo do Senhor, da
Santíssima Trindade, de Jesus Cristo Rei do Universo, a comemoração de todos os
fiéis defuntos, e, no Brasil, as solenidades de S. Pedro e S. Paulo, da
Assunção de Nossa Senhora e de Todos os Santos.
Os dias que seguem o
Domingo, chamados dias de semana ou férias, celebram-se de diversos modos,
segundo a importância própria (cf. NALC 16). Para não repetir as orações das
missas do Domingo, é conveniente que, no Tempo Comum e não havendo celebração
especial, se utilizem nesses dias também os formulários das Missas votivas e
para diversas circunstâncias.
1.3 - O ritmo anual
O Ano Litúrgico
compreende dois tempos fortes: o Ciclo Pascal, tendo como centro o Tríduo
Pascal, a Quaresma como preparação e o Tempo Pascal como prolongamento; o Ciclo
do Natal, com sua preparação no Advento e o seu prolongamento até a festa do
Batismo do Senhor. Além destes dois, temos o Tempo Comum.
a) Tríduo Pascal da
Paixão e Ressurreição do Senhor - Começa na 5ª-feira à noite com a Missa da
Ceia (depois do pôr do sol) até à tarde do Domingo da Páscoa da ressurreição
com as Vésperas. É o ápice do ano litúrgico porque celebra a Morte e a
Ressurreição do Senhor, “quando Cristo realizou a obra da redenção humana e da
perfeita glorificação de Deus pelo seu mistério pascal, quando morrendo
destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida” (NALC 18).
b) Tempo Pascal - Os
50 dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes. É o tempo
da alegria e da exultação, um só dia de festa, “um grande Domingo” (cf. NALC
22). São dias de Páscoa e não após a Páscoa. “Os oito primeiros dias do tempo
pascal formam a oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor”
(NALC 24). A festa da Ascensão é celebrada no Brasil no 7º Domingo da Páscoa. A
semana seguinte, até Pentecostes, caracteriza-se pela preparação da vinda do
Espírito Santo. E sintonia com outras Igrejas cristãs, no Brasil, realizamos
nessa semana a “Semana de Orações pela Unidade dos Cristãos”. Recomendam-se
para essa ocasião orações durante a Missa, sobretudo na oração dos fiéis e, oportunamente,
a celebração da Missa votiva pela unidade da Igreja (Cf. Diretório Ecumênico,
n. 22 e 24).
c) Tempo da Quaresma
- Da 4ª-feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo
para preparar a celebração da Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese
litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do tempo quaresmal que,
principalmente pela lembrança ou preparação do Batismo e pela penitência,
fazendo os fiéis ouvirem com mais freqüência a palavra de Deus e entregarem-se
à oração, os dispõe à celebração do mistério pascal” (SC 109).
d) Tempo do Natal -
Das primeiras vésperas do Natal do Senhor até a festa do Batismo do Senhor. É a
comemoração do nascimento do Senhor, em que celebramos a “troca de dons entre o
céu e a terra”, pedindo que possamos “participar da divindade daquele que uniu
ao Pai a nossa humanidade” (4). Na Epifania, celebramos a manifestação de Jesus
Cristo, Filho de Deus, “luz para iluminar todos os povos no caminho da
salvação” (5).
e) Tempo do Advento -
Das primeiras vésperas do Domingo que cai no dia 30 de novembro ou no Domingo
que lhe fica mais próximo, até antes das primeiras vésperas do Natal do Senhor.
“O tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação
para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de
Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança,
voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos
tempos. Por este duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de
piedosa e alegre expectativa” (NALC 39).
f) Tempo Comum -
Começa no dia seguinte à celebração da festa do Batismo do Senhor e se estende
até a terça-feira antes da Quaresma, inclusive. Recomeça na segunda-feira
depois do Domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1°
Domingo do Advento (cf. NALC 44). A tônica dos 33 (ou 34) Domingos é dada pela
leitura contínua do Evangelho. Cada texto do Evangelho proclamado nos coloca no
seguimento de Jesus Cristo, desde o chamamento dos discípulos até os
ensinamentos a respeito dos fins dos tempos. Neste tempo, temos também as
festas do Senhor e a comemoração das testemunhas do mistério pascal (Maria,
Apóstolos e Evangelistas, demais Santos e Santas).
g) As Rogações e as
Quatro Têmporas - Em cada estação do ano, a Igreja dedica um ou vários dias de
preces, jejuns e penitência para rogar ao Senhor por diversas necessidades,
principalmente pelos frutos da terra e pelo trabalho humano, e render-lhe
graças publicamente (cf. NALC, n.45). Estas celebrações têm origem nas festas
de semeadura e nas festas de colheita. Apesar de sua origem agrária, elas não
deixam de ter sentido nos tempos atuais, por causa da crescente consciência
ecológica do mundo moderno. Conforme decisão da CNBB, na sua XII Assembléia
Geral, em 1971, a regulamentação da celebração das Têmporas e Rogações fica a
critério dos Conselhos Episcopais Regionais. Para tais celebrações, pode-se
escolher as mais adequadas entre as Missas para diversas circunstâncias (cf.
Comunicado Mensal, nº 221-222 (1971), p. 136).
As solenidades,
festas e memórias
As Normas Universais
sobre o Ano Litúrgico e o Calendário Romano (NALC), promulgadas por Paulo VI,
em 1969, distinguem os dias litúrgicos, segundo sua importância, em Solenidade,
Festa e Memória (NALC, n.10).
2.1- As solenidades
“As solenidades são
constituídas pelos dias mais importantes, cuja celebração começa no dia
precedente com as Primeiras Vésperas. Algumas solenidades são também
enriquecidas com uma Missa própria para a Vigília, que deve ser usada na
véspera quando houver Missa vespertina” (NALC, n. 11). Estas celebrações têm
orações, leituras e cantos próprios ou retirados do Comum.
2.2 – As festas
“As festas
celebram-se nos limites do dia natural; por isso, não têm Primeiras Vésperas, a
não ser que se trate de festas do Senhor que ocorrem nos domingos do Tempo
Comum e do Tempo do Natal, cujo Ofício substituem” (NALC, n. 13). Na Missa, as
orações, leituras e cantos são próprios ou do Comum. “No Ofício das Leituras,
nas Laudes e Vésperas, tudo é feito como nas solenidades” (IGLH, n. 231).
2.3 – As memórias
A memória é uma
recordação de um ou vários santos ou santas em dia de semana. Sua celebração se
harmoniza com a celebração do dia de semana ocorrente, segundo as normas
expostas na Instrução Geral sobre o Missal Romano e a Liturgia das Horas (cf
NALC, n. 14).
As memórias são
obrigatórias ou facultativas. A única diferença entre os dois tipos de memória
é que as memórias obrigatórias (como seu nome sugere) devem necessariamente ser
celebradas e as memórias facultativas podem ser celebradas ou omitidas, segundo
se considere oportuno. Quanto ao modo de celebrá-las, procede-se da mesma
maneira em ambos os casos.
“Nos sábados do Tempo
Comum, não ocorrendo memória obrigatória, pode-se celebrar a memória
facultativa da Santa Virgem Maria” (NALC, n. 15).
“No Ofício das
Leituras, nas Laudes e Vésperas:
a) Os salmos com suas antífonas são tomados
do dia da semana corrente, a não ser que haja antífonas próprias ou salmos
próprios que são indicados em cada caso;
b) A antífona do
Invitatório, o hino, a leitura breve, a antífona do Benedictus e do Magnificat
e as preces, sendo próprios, se dizem do Santo; caso contrário, se dizem do
Comum ou do dia da semana corrente;
c) A oração
conclusiva se diz do Santo;
d) No Oficio das
Leituras, a leitura bíblica com seu responsório é da Escritura corrente. A
segunda leitura é hagiográfica, com o responsório próprio ou do Comum; na falta
de leitura própria, lê-se a respectiva leitura patrística do dia. Não se diz o
Te Deum” (IGLH, n. 235).
“Se, no mesmo dia,
ocorrem no calendário várias memórias facultativas, celebra-se apenas uma,
omitindo-se as outras” (NALC, n. 14).
2.4 – Comemorações
As memórias
obrigatórias, que ocorrem nos dias de semana da Quaresma e nos dias 17 a 24 de
dezembro, podem ser celebradas como memórias facultativas, este caso, são
chamadas simplesmente de comemoração.
A celebração de todos
os fiéis defuntos, por não ter caráter de solenidade, festa ou memória
propriamente ditas, é chamada pela Igreja de Comemoração. Trata-se de uma
comemoração muito especial, celebrada mesmo quando ocorre em Domingo.
3 – Indicações
particulares
3.1 – Os Lecionários
No Brasil temos
publicados todos os Lecionários: O Lecionário I – Dominical, que contém as
leituras dos três ciclos A, B e C; o Lecionário II – Semanal, que contém as
leituras para os dias das semana, para os anos pares e ímpares e o Lecionário III
– Para as Missas dos Santos, dos comuns, para diversas necessidades e votivas.
Além deles, existe o Evangeliário, o livro dos Evangelhos que, por sua
importância, diferencia-se dos livros das leituras, recomendado que seja bem
adornado e utilizado “nas catedrais, nas paróquias e igrejas maiores e mais
concorridas” (ILM 36).
“Os livros de onde se
tiram as leituras da Palavra de Deus, assim como os ministros, as atitudes,os
lugares e demais coisas, lembram aos fiéis a presença de Deus que fala a seu
povo. Portanto, preciso procurar que os próprios livros, que são sinais e
símbolos das realidades do alto na ação litúrgica, sejam verdadeiramente
dignos, decorosos e belos” (ILM 35).
Os livros das
leituras que se utilizam na celebração, que pela dignidade que a Palavra de
Deus exige, não devem ser substituídos por outros subsídios de ordem pastoral,
por exemplo, pelos folhetos que se fazem para que os fiéis preparem as leituras
ou as meditem pessoalmente (ILM, 37), como por exemplo “Liturgia Diária” ou
outros subsídios.
3.2 – Dias Santos de
guarda
“Dias de festa”,
“dias de preceito”, “festas de preceito” ou, como se diz, “dias santos de
guarda”, são dias em que “os fiéis têm obrigação de participar da Missa e devem
abster-se das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus,
a alegria própria do Dia do Senhor e o devido descanso do corpo e da alma”
(cân. 1247).
O Domingo é o dia de
festa por excelência, em toda a Igreja. No Brasil, além do domingo, são festas
de preceito os dias: do Natal do Senhor Jesus Cristo (25 de dezembro); do SS.
Corpo e Sangue de Cristo (quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade);
de Santa Maria Mãe de Deus (1 de janeiro); da Imaculada Conceição de Nossa
Senhora (8 de dezembro).
As celebrações da
Epifania, da Ascensão, da Assunção de Nossa Senhora, dos Santos Apóstolos Pedro
e Paulo e a de Todos os Santos ficam transferidas para o domingo, de acordo com
as normas litúrgicas.
3.3 - Transferência
para os domingos do Tempo Comum de celebrações que ocorrem num dia de semana
Para promover o bem
pastoral dos fiéis, é lícito transferir para os domingos do Tempo Comum as
celebrações pelas quais o povo tem grande apreço e que ocorrem durante a
semana, contanto que, na tabela de precedência, elas se anteponham ao próprio
domingo. Estas celebrações podem ser realizadas em todas as Missas celebradas
com o povo (NALC, 58).
3.4 - Cumprimento do
dever pascal
O tempo útil para o
cumprimento do dever pascal, em conformidade com o Código de Direito Canônico
(cf. cân.920, 2), é o próprio ciclo pascal, isto é, desde a Quinta-feira Santa
até o domingo de Pentecostes. Por justa causa, este preceito pode ser cumprido
em outro tempo dentro do ano.
3.5 - Jejum e
abstinência
Estão obrigados à lei
da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade; estão
obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade (quem completou 18 anos) até
os sessenta anos começados. Todavia, os pastores de almas e pais cuidem para
que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão
obrigados à lei do jejum e da abstinência, em razão da pouca idade (cf. cân.
1252).
“No Brasil, toda
sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade
do calendário litúrgico. Os fiéis nesse dia se abstenham de carne ou outro
alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de
caridade ou exercício de piedade.
A quarta-feira de
Cinzas e a Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de
jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis
por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela
participação nesses dias na Sagrada Liturgia”.
3.6 - Meses, semanas
e dias temáticos
“A comunidade deve
celebrar a sua vida na liturgia(...). Mas deve celebrá-la à luz de Jesus Cristo
ressuscitado, vivo, presente e atuante na comunidade, e não à luz de um tema,
de uma idéia (...). Deve celebrar a sua vida, sim, com os problemas que lhe
tocam mais de perto; mas à luz da palavra viva, como o único tema... E quando
não se penetra profundamente na palavra de Deus, na docilidade do Espírito,
facilmente pode-se cair na moralização. (...) Assim, o Domingo celebra
realmente a vida da comunidade, nos seus diversos coloridos, mergulhada na
única vida do Ressuscitado que lhe dá vida”.
A liturgia não pode
se tornar lugar para discutir soluções e respostas para os temas e problemas
que afligem a comunidade. A liturgia “não esgota toda a ação da Igreja” (SC 9).
Ele é, sim, “o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a
fonte donde emana a sua força” (SC 10).
A liturgia não é
primordialmente o lugar de evangelização e conscientização. Ela “não pode ser
aproveitada (usada) quase que exclusivamente para fins que não lhe pertencem.
Pois seu objetivo é a celebração da presença viva do mistério da vida. Daí se
poderá concluir também que a missa não tem tema. Ela é o tema! Existem
coloridos diferentes para a celebração, segundo as ‘cores’ da vida da
comunidade. Mas o único tema é sempre o mesmo na diversidade das situações: a
luz do mistério pascal nas ‘cores’ diferentes da vida trazida com seu mistério
para o encontro da celebração dominical”
Para dar aos meses e
dias temáticos o seu justo lugar, é importante que a Equipe de Pastoral
Litúrgica prepare bem a celebração, não reproduzindo apenas folhetos e
subsídios oferecidos. Na missa, os “temas” podem ser lembrados no início
(recordação da vida), na homilia e nas preces dos fiéis.
4. Ocorrência de
celebrações litúrgicas
Se ocorrem no mesmo
dia várias celebrações, celebra-se a que ocupa um lugar superior na tabela dos
dias litúrgicos. Se uma solenidade for impedida por um dia litúrgico que tem
precedência sobre ela, transfere-se para o dia mais próximo que estiver livre.
Quando no mesmo dia coincidem as Vésperas Ofício do dia com as Primeiras
Vésperas do dia seguinte, rezam-se as Vésperas da celebração que, na tabela dos
dias litúrgicos têm precedência; em caso de igualdade, celebram-se as Vésperas
do dia.
Tabela dos dias
litúrgicos por ordem de precedência
I
1. Tríduo pascal da
Paixão e Ressurreição do Senhor.
2. Natal do Senhor,
Epifania, Ascensão e Pentecostes.
Domingos do Advento,
da Quaresma e da Páscoa.
Quarta-feira de
Cinzas.
Férias da Semana
Santa, da Segunda à Quinta-feira, inclusive.
Dias dentro da Oitava
da Páscoa.
3. Solenidades do
Senhor, da Virgem Santa Maria e dos Santos inscritos no calendário universal.
4. Solenidades
próprias:
a) Solenidade do
Padroeiro principal do lugar ou da cidade;
b) Solenidade da
Dedicação e do Aniversário da Dedicação da igreja própria;
c) Solenidade do
Título da igreja própria;
d) Solenidade do
Titular ou do Fundador ou do Padroeiro principal da Ordem ou Congregação;
II
5. Festas do Senhor
inscritas no Calendário universal;
6. Domingos do Tempo
de Natal e Domingos do Tempo Comum;
7. Festas da Virgem
Santa Maria e dos Santos inscritas no calendário universal;
8. Festas
próprias:
a) Festa do Padroeiro
principal da diocese;
b)Festa do
aniversário da Dedicação da igreja catedral;
c) Festa do Padroeiro
principal da região ou da província, da nação ou de um território mais vasto;
d) Festa do Titular,
do Fundador, do Padroeiro principal da Ordem ou Congregação e da província religiosa,
salvo o que se prescreve no n. 4;
e) Outras festas
próprias de cada igreja;
f) Outras festas
inscritas no calendário de alguma diocese ou Ordem ou Congregação.
9. Férias do Advento,
do 17 ao dia 24 de dezembro, inclusive;
Dias da Oitava de Natal;
Férias da Quaresma;
III
10. Memórias
obrigatórias do calendário universal;
11. Memórias
obrigatórias próprias:
a) Memória do
Padroeiro secundário do lugar, da diocese, da região ou da província, da nação
ou de um território mais vasto, da Ordem ou Congregação e da província
religiosa;
b) Outras memórias
obrigatórias inscritas no calendário de cada diocese, Ordem ou Congregação;
12. Memórias
facultativas, que também se podem celebrar no dias referidos no n. 9, segundo o
modo peculiar descrito nas Instruções Gerais do Missal Romano e da Liturgia das
Horas. Podem celebrar-se da mesma forma, como memórias facultativas, as
memórias obrigatórias que, eventualmente, ocorram nas férias da Quaresma;
13. Férias do Advento
até o dia 16 de dezembro, inclusive;
Férias do Tempo de
Natal, desde o dia 2 de janeiro até o sábado depois da Epifania; Férias do
Tempo Pascal, desde a segunda-feira depois da Oitava da Páscoa até sábado antes
de Pentecostes, inclusive.
Férias do Tempo
Comum.
III - CELEBRAÇÃO
EUCARÍSTICA
“A celebração da
missa, como ação de Cristo e do povo de Deus hierarquicamente ordenado, é o
centro de toda a vida cristã tanto para a Igreja universal como local e também
para a vida dos fiéis” (IGMR 16).
“É por isso de máxima
conveniência dispor a celebração da Missa ou Ceia do Senhor de tal forma que os
ministros e os fiéis, participando cada um conforme sua condição, recebam mais
plenamente aqueles frutos que o Cristo Senhor quis prodigalizar, ao instituir o
sacrifício eucarístico de seu corpo e sangue, confiando-o à sua dileta esposa,
a Igreja, como memorial de sua paixão e ressurreição” (IGMR 17).
“Isto se conseguirá
de modo adequado se, levando em conta a natureza e as circunstâncias de cada
assembléia, toda a celebração for disposta de tal modo que leve os fiéis à
participação consciente, ativa e plena do corpo e do espírito, animada pelo
fervor da fé, da esperança e da caridade. Esta é a participação ardentemente
desejada pela Igreja e exigida pela própria natureza da celebração. Ela
constitui um direito e um dever do povo cristão em virtude do seu batismo”
(IGMR 18).
1. A estrutura da
missa
A natureza da
Eucaristia como Ceia do Senhor e o direito e dever de a assembléia nela
participar ativa, consciente e plenamente exigem, antes de mais nada, que na
missa se faça aquilo que Jesus fez na última ceia e que ele mandou fazer em sua
memória - tomou o pão, deu graças, partiu o pão e o deu a seus discípulos,
depois tomou o cálice, deu graças e o deu a seus discípulos - para assim
celebrar sua entrega total ao Pai para a salvação do mundo.
Deve-se, portanto,
respeitar a estrutura fundamental da celebração eucarística, conforme o exemplo
e o mandato do Senhor. Ela nos é dada no rito da missa. Este, ao longo da
história foi enriquecido e, em certas épocas, deturpado. O Concílio Vaticano II
restaurou sua forma clássica. De fato, nós fazemos na missa o que Jesus fez na
última ceia: Ele tomou o pão, na preparação das oferendas o pão e o vinho são
levados ao altar; Jesus deu graças, nós rezamos a oração eucarística; Jesus
partiu o pão, nós o fazemos também antes da comunhão e acompanhamos esta fração
do pão com o canto do “Cordeiro de Deus”; ele deu o pão, os ministros dão o
corpo e o sangue de Cristo na comunhão.
A preparação das
oferendas não deve dar a impressão de já ser o oferecimento do sacrifício
eucarístico ou de ser a parte mais importante da missa. A Oração Eucarística é
o ponto culminante da missa e, pela dignidade e solenidade de sua realização,
assim precisa aparecer. A fração do pão deve ser um gesto visível e
significativo.
Não se saliente
indevidamente os elementos que não pertencem à estrutura fundamental da missa,
como adoração prolongada no centro da oração eucarística, depois das palavras
de Jesus sobre o pão e o vinho; oração pela paz recitada por toda a assembléia;
saudação da paz como confraternização geral de todos.
Evidentemente, a
eucaristia não é uma refeição qualquer, mas a Ceia do Senhor, na qual fazemos
memória do seu sacrifício da cruz, de sua morte e ressurreição. Como diz o nome
“eucaristia”, ela é ação de graças e louvor. Anunciando a morte do Senhor,
proclamando a sua ressurreição, celebramos a páscoa do Senhor, do Cristo todo,
da cabeça e dos membros do corpo místico. Celebramos a nova e eterna aliança e
a antecipação do banquete eterno do reino definitivo. Na celebração, Jesus está
realmente presente não apenas nas espécies do pão e do vinho, mas também na
assembléia, nos ministros, na Palavra proclamada, na oração e no canto, já que
a eucaristia, como toda celebração litúrgica, é exercício do sacerdócio de
Jesus Cristo, dele e de todos que pelo batismo participam do seu sacerdócio. E,
como também o Concílio Vaticano II diz: tudo isso “pela força do Espírito
Santo” (SC 6).
No Novo Testamento,
encontramos vestígios de uma Liturgia da Palavra, que precede a própria ceia
eucarística, sobretudo no caminho dos dois discípulos de Emaús (cf. Lc 24,
13-35) e em Trôade (cf. At 20, 7-12). Desde o segundo século, estas duas partes
da missa – Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística -, que formam um único
ato de culto, são claramente documentadas.
Os Ritos Iniciais e
Finais da missa completam a estrutura da celebração eucarística. Eles não
devem, no entanto, receber um peso indevido. Deve se ter cuidado também com
silêncio ou canto ou oração meditativos depois da comunhão: eles não deveriam
ser chamados de momento de “ação de graças”, porque ação de graças é a missa
toda, mais explicitamente a oração eucarística.
O culto eucarístico,
a oração individual ou comunitária diante do sacrário, a bênção do Santíssimo
Sacramento, procissões, como a de Corpus Christi, são desdobramentos da
celebração do mistério da eucaristia, que não devem ofuscar a natureza da
eucaristia como celebração da memória do sacrifício de Jesus Cristo em forma de
ceia. Por isso, tais devoções não devem ser inseridas na missa.
7.1. Missas rituais
As Missas rituais são
proibidas nos domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, nas solenidades,
nos dias da oitava da Páscoa, na Comemoração de todos os Fiéis Defuntos, na
Quarta-feira de Cinzas e Semana Santa, observando-se, além disso, as normas dos
livros rituais e das próprias Missas (cf. IGMR 372).
8.1. Missa na
celebração da Confirmação
“Nos dias que são
permitidas Missas rituais, pode-se celebrar a Missa “Na Confirmação”, com
leituras próprias, e paramentos vermelhos ou brancos. Não se celebrando a MISSA
ritual, pode-se tomar uma das leituras das que vêm no Lecionário para a
referida Missa. Para a bênção final, pode-se usar sempre a fórmula própria da
Missa ritual” (Cerimonial dos Bispos, 459).
“A confirmação
realiza-se habitualmente dentro da Missa, a fim de manifestar-se melhor a
conexão fundamental deste Sacramento com toda a Iniciação Cristã, que se
completa na comunhão do Corpo e Sangue de Cristo. Por este motivo, os
confirmandos participam da Eucaristia, culminância de sua Iniciação Cristã”
(Pontifical Romano, 13).
Sempre que a
Confirmação for conferida dentro da Missa, convém que o próprio ministro da
Confirmação a celebre, ou melhor, que a concelebre principalmente com os
presbíteros que porventura se associarem a ele na administração do sacramento.
Deve-se dar máxima
importância à celebração da Palavra de Deus, pela qual se inicia o Rito da
Confirmação. Com efeito, da audição da Palavra de Deus decorre a ação
multiforme da ação do Espírito Santo na Igreja e em cada batizado ou
confirmando, e se manifesta a vontade do Senhor na vida dos cristãos.
Grande importância
deve ser dada também à recitação da oração do Senhor, feita pelos confirmandos
juntamente com o povo, quer na missa, antes da comunhão, quer fora da missa,
antes da bênção, porque é o próprio Espírito Santo que reza em nós, e o Cristão
diz no Espírito Santo “Abba, Pai” (Rito da Confirmação, Introdução, n. 13).
É indispensável que
na preparação da celebração, a equipe sirva-se do Ritual da Confirmação, que
oferece uma rica variedade de textos bíblicos e orações próprias.
8.2. Missa na
celebração do Matrimônio
O Matrimônio pode ser
celebrado dentro da Missa todos os dias do ano, exceto no Tríduo Pascal, Natal,
Epifania, Ascensão, Pentecostes, Corpo e Sangue de Cristo ou outras solenidades
de preceito.
Nos demais Domingos e
solenidades, pode haver celebração do Matrimônio dentro da Missa, usando-se o
formulário da Missa do dia e acrescentando-se a bênção nupcial e, se for
oportuno, a fórmula apropriada para a bênção final sobre os noivos. Nessas
ocasiões, pode-se proclamar uma das leituras previstas para a celebração do
Matrimônio. Nos Domingos do Tempo do Natal ou durante o ano se a Missa que o
Matrimônio é celebrada não coincide com a Missa da comunidade paroquial,
pode-se usar, na íntegra, o formulário da Missa do Matrimônio.
Se o Matrimônio for
celebrado no Tempo do Advento ou da Quaresma, ou em outro dia de caráter
penitencial, o pároco deve aconselhar os noivos a que tenham em coma a natureza
peculiar desses tempos litúrgicos.
Para os nubentes bem
preparados e participantes da vida eclesial, pode-se celebrar o Rito Adaptado
para o Brasil da Celebração do Matrimônio. (Cf. Ritual do Matrimônio, apêndice
IV e V).
9 - Missas e orações
para várias necessidades ou diversas circunstâncias
Sob esse título o
Missal apresenta formulários de missas pela santa Igreja, para circunstâncias
da vida pública e por algumas necessidades particulares.
Estas missas
"são usadas em algumas circunstâncias, que ocorrem de tempo em tempo ou em
épocas estabelecidas (IGMR 373); convém, no entanto, que estas missas sejam
celebradas "moderadamente, isto é, quando a oportunidade o exigir"
(IGMR 369).
"Nos dias de
semana do Tempo comum em que ocorra uma memória facultativa ou se celebra o
Ofício semanal, é permitido celebrar qualquer Missa ou usar qualquer oração
para diversas circunstâncias" (IGMR 377).
“Ao ocorrer uma
necessidade mais grave ou por utilidade pastoral, pode celebrar-se em qualquer
dia a Missa conveniente com ordem ou permissão do Bispo diocesano, exceto nas
solenidades, nos domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, nos dias da
oitava da Páscoa, na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, na Quarta-feira de
Cinzas e nos dias de semana da Semana Santa” (IGMR 374).
“Nos dias em que
ocorra uma memória obrigatória ou um dia de semana do Advento até ao dia 16 de
dezembro, do Tempo de Natal desde o dia 2 de janeiro, e do Tempo pascal depois
da oitava da Páscoa, de per si são proibidas as Missas para diversas necessidades
e votivas. Se, porém, verdadeira necessidade ou utilidade pastoral o exigir,
poderá ser usada na celebração com povo a Missa que corresponda a tal
necessidade ou utilidade, a juízo do reitor da igreja ou do próprio sacerdote
celebrante" (lGMR 376).
Missa votiva no
aniversário do Papa, do Bispo e da ordenação sacerdotal
É de toda
conveniência que, nestes aniversários, se faça uma menção especial a eles, na
oração dos fiéis. Para maior utilidade dos fiéis, pode ser celebrada a Missa
desses aniversários, observando-se as normas para Missas em diversas
circunstâncias.
10. Missas votivas
Para favorecer a
piedade dos fiéis, pode-se celebrar, durante o ano, nos dias de semana em que
ocorra uma memória facultativa ou se celebre o Ofício do dia de semana, as Missas
votivas sobre os mistérios do Senhor ou para honrar a Bem-aventurada Virgem
Maria ou algum Santo (cf. IGMR 375).
Missa votiva do
Sagrado Coração de Jesus, na 1ª sexta-feira do mês.
A Missa votiva do
Sagrado Coração de Jesus, na 1ª sexta-feira de cada mês, é regida pelas normas
gerais das Missas votivas. Portanto, ela é permitida:
1. durante o Tempo
Comum, também quando ocorre uma memória facultativa;
2. se verdadeira
necessidade ou utilidade pastoral o exigirem, na celebração com o povo, também
quando ocorre uma memória obrigatória e em dia de semana do Advento, do Tempo
de Natal, Tempo da Quaresma e do Tempo Pascal depois da oitava da Páscoa.
11 - Missas pelos
fiéis defuntos
A Igreja celebra o
sacrifício eucarístico da Páscoa de Cristo, intercedendo pelos fiéis defuntos,
a fim de que, pela comunhão de todos os membros de Cristo entre si, o que obtém
para uns o socorro espiritual, traga aos outros a consolação da esperança (cf.
IGMR 379).
“Entre as Missas
pelos fiéis defuntos, ocupa o primeiro lugar a Missa das exéquias, que pode ser
celebrada todos os dias, exceto nas solenidades de preceito, na Quinta-feira
Santa, no Tríduo pascal e nos domingos do Advento, da Quaresma e da
Páscoa”(IGMR 380).
“As outras Missas
pelos fiéis defuntos, ou Missas `cotidianas`, podem ser celebradas nos dias de
semana do Tempo comum, quando ocorre uma memória facultativa ou é rezado o
Ofício do dia de semana, contanto que realmente sejam celebradas em intenção
dos fiéis defuntos”(IGMR 381). À missa das exéquias podemos equiparar a missa
de 7º dia.
“A Missa pelos fiéis
defuntos, ao receber-se a notícia da morte, ou por ocasião da sepultura
definitiva, ou no dia do primeiro aniversário, pode ser celebrada também nos
dias dentro da oitava de Natal, nos dias em que ocorrer uma memória obrigatória
ou num dia de semana, exceto Quarta-feira de Cinzas e na Semana Santa”(IGMR
382).
“Nas Missas exequiais
haja, normalmente, uma breve homilia, excluindo-se, no entanto, qualquer tipo
de elogio fúnebre”(IGMR 382). Recomenda-se também a homilia nas demais Missas
pelos fiéis defuntos celebradas com o povo.
“Se a Missa exequial
é imediatamente seguida pelo rito dos funerais, terminada a oração depois da
comunhão e omitidos os ritos finais, realiza-se a última encomendação ou despedida.
Esse rito é celebrado apenas quando estiver presente o corpo” (IGMR 384).
“Na organização da
escolha das partes da Missa pelos fiéis defuntos, principalmente da Missa
exequial, que podem variar (por exemplo, orações, leituras e oração universal),
convém levar em conta, por motivos pastorais, as condições do falecido, de sua
família e dos presentes” (IGMR 385).
“Além disso, os
pastores levem especialmente em conta aqueles que por ocasião das exéquias
comparecem às celebrações litúrgicas e escutam o Evangelho, tanto os
não-católicos, como católicos que nunca ou raramente participam da Eucaristia,
ou parecem ter perdido a fé, pois os sacerdotes são ministros do Evangelho de
Cristo para todos” (IGM 385).
13 – Orientações
litúrgico-pastorais
13.1. Não é licito
celebrar mais de uma vez ao dia
Exceto nos casos
previstos pelo Direito, não é licito ao sacerdote celebrar mais de uma vez ao
dia. Se houver falta de sacerdotes, o Ordinário local pode permitir que, por
justa causa, os sacerdotes celebrem duas vezes ao dia e até mesmo três vezes
nos domingos e festas de preceito, se as necessidades pastorais o exigirem.
O sacerdote que
celebra mais Missas no mesmo dia pode aplicar cada uma delas segundo a intenção
pela qual foi oferecida a espórtula, mas com a condição de reter para si a
espórtula de uma só Missa, excetuando o dia do Natal do Senhor, e entregar as
outras para os fins determinados pelo Ordinário, admitindo-se alguma
retribuição por título extrínseco.
13.2. Aplicação da
missa pelo povo
Os pastores de almas
devem aplicar a missa pelo povo que lhes foi confiado, todos os domingos e nas
outras festas de preceito de sua Diocese; mas quem estiver legitimamente
impedido de fazê-lo, aplique-a nesses dias por intermédio de outro ou
pessoalmente em outros dias. O sacerdote a quem estiverem confiadas várias
paróquias, também a título de administração, satisfaz à obrigação aplicando
uma só missa por todo o povo que lhe está confiado. Quem não tiver cumprido
esta obrigação aplique, quanto antes, tantas missas pelo povo quantas tiver
omitido (cf. Cân. 388 a 534; cf. Cân. 914,427, 1, 540, 1).
13.3. Aspersão do
povo nos domingos
O rito da bênção e
aspersão de água benta pode ser feito em todas as igrejas e oratórios, em
todas as missas de domingo, especialmente dos domingos da Páscoa, mesmo nas
que se antecipam em horas vespertinas do sábado. Este rito substitui o ato penitencial
que se realiza no início da missa
13.4. Pão para a
celebração da Eucaristia
A verdade do sinal
exige que a matéria da celebração eucarística pareça realmente um alimento.
Convém, portanto, que, embora ázimo e com a forma tradicional, seja o pão
eucarístico de tal modo preparado, que o sacerdote, na Missa com o povo, possa
de fato partir a hóstia em diversas partes e distribuí-Ias ao menos a alguns
fiéis. Não se excluem, porém, as hóstias pequenas, quando assim o exigirem o
número de comungantes e outras razões pastorais. O gesto, porém, da fração do
pão, que por si só designava a Eucaristia nos tempos apostólicos, manifestará
mais claramente o valor e a importância do sinal da unidade de todos num só pão
e da caridade fraterna pelo fato de um único pão ser repartido entre os irmãos
(cf. IGMR 321).
13.5. Comunhão dos
fiéis
"É muito
recomendável que os fiéis recebam o Corpo do Senhor em hóstias consagradas na
mesma Missa e participem do cálice nos casos previstos, para que, também
através dos sinais, a comunhão se manifeste mais claramente como participação
no Sacrifício celebrado’ (IGMR 85).
Somente os
concelebrantes tomam por si mesmos a sagrada comunhão, e sempre de hóstias
consagradas na própria missa. Os demais a recebem de um ministro, pois, o gesto
da entrega da comunhão eucarística é carregado de simbolismo.
Ninguém se apropria
do corpo e sangue do Senhor. É ele que se entrega a nós. “Quem já recebeu a
santíssima Eucaristia pode recebê-la uma segunda vez no mesmo dia, somente dentro
da celebração eucarística em que participa" (cân. 917).
"Mesmo que já
tenham comungado nesse dia, recomenda-se vivamente que comunguem de novo
aqueles que vierem a ficar em perigo de morte" (cân. 921, 2).
"Recomenda-se
também que os fiéis recebam a sagrada comunhão na própria celebração
eucarística; seja-Ihes, porém, administrada fora da Missa quando a pedem por
justa causa, observando-se os ritos litúrgicos" (cân. 918).
13.6. Comunhão sob as
duas espécies
''A Comunhão realiza
mais plenamente o seu aspecto de sinal, quando sob as duas espécies. Sob esta
forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico e se
exprime, de modo mais claro, a vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança
no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o banquete eucarístico e o
banquete escatológico no Reino do Pai" (IGMR 281).
Além dos casos
previstos nos livros rituais, conforme proposta da 33a Assembléia Geral da
CNBB, aprovada pela Sé Apostólica, a Comunhão sob as duas espécies é permitida
nos seguintes casos:
a) aos sacerdotes que
não podem celebrar ou concelebrar o santo sacrifício;
b) ao diácono e a
todos que exercem algum ofício na Missa;
c) ao membros da
comunidade na Missa conventual ou na Missa chamada da “comunidade”, aos alunos
dos Seminários, a todos os que fazem exercícios espirituais ou que participam
de alguma reunião espiritual ou pastoral.
O Bispo diocesano
pode baixar normas a respeito da Comunhão sob as duas espécies para a sua diocese,
a serem observadas inclusive nas igrejas dos religiosos e nos pequenos grupos.
Ao mesmo Bispo se concede a faculdade de permitir a Comunhão sob as duas
espécies, sempre que isso parecer oportuno ao sacerdote a quem, como pastor
próprio, a comunidade está confiada, contanto que os fiéis tenham boa formação
a respeito e esteja excluído todo perigo de profanação do Sacramento, ou o
rito se torne mais difícil, por causa do número de participantes ou por outro
motivo.
A Comunhão sob as
duas espécies pode ocorrer nos seguintes casos:
1. a todos os membros
dos Institutos religiosos e seculares, masculinos e femininos e a todos os
membros das casas de formação sacerdotal ou religiosa, quando participarem da
Missa da comunidade;
2. a todos os
participantes da missa da comunidade por ocasião de um encontro de oração ou de
uma reunião pastoral;
3. a todos os
participantes em Missas que já comportam para alguns dos presentes a comunhão
sob as duas espécies, conforme os Princípios e Normas para uso do Missal
Romano:
a) quando há uma
Missa de batismo de adulto, crisma ou admissão na comunhão da Igreja;
b) quando há
casamento na Missa;
c) na ordenação de
diácono;
d) na bênção da
Abadessa, na consagração das Virgens, na primeira profissão religiosa, na renovação
da mesma, na profissão perpétua, quando feitas durante a Missa;
e) na Missa de
instituição de ministérios, de envio de missionários leigos e quando se dá na
Missa qualquer missão eclesiástica;
f) na administração
do viático, quando a Missa é celebrada em casa;
g) quando o diácono e
os ministros comungam na Missa;
h) havendo
concelebração;
i) quando um
sacerdote presente comunga na Missa;
j) nos exercícios
espirituais e nas reuniões pastorais;
l) nas Missas de
jubileu de sacerdócio, de casamento ou de profissão religiosa;
m) na primeira Missa
de um neo-sacerdote;
n) nas Missas
conventuais ou de uma "Comunidade" ;
o) na ocasião de
celebrações particularmente expressivas do sentido da comunidade cristã reunida
em torno do altar (cf. IGMR 283).
13.7. Comunhão na mão
No dia 03 de abril de
1985, a Congregação do Culto Divino enviou notificação sobre a Comunhão na mão
(Prot. n. 720/85):
1. A comunhão na mão
deve manifestar, tanto como a comunhão recebida na boca, o respeito pela
presença real de Cristo na Eucaristia.
2. De acordo com os
ensinamentos dos Santos Padres, insista-se no '~mém" que o fiel pronuncia
como resposta à fórmula do ministro: "O Corpo de Cristo". O amém deve
ser uma afirmação de fé.
3. O fiel que receber
a comunhão a leva à boca, ficando com o rosto voltado para o altar, antes de
regressar ao seu lugar.
4. É da Igreja que o
fiel recebe a Eucaristia, por isso deve recebê-Ia sempre do ministro que
distribui a comunhão e não se servir a si mesmo.
5. Recomenda-se a
todos, em particular às crianças, a limpeza das mãos, como sinal de respeito
para com a Eucaristia.
6. Recomenda-se
vigiar para que pequenos fragmentos do pão eucarístico não se percam.
7. Jamais se obrigará
algum fiel a adotar a prática da comunhão na mão. Deixar-se-á a liberdade de
receber a comunhão na mão ou na boca, em pé ou de joelhos.
13.8. Jejum
eucarístico
Quem vai receber a
santíssima Eucaristia abstenha-se de ingerir qualquer comida ou bebida,
excetuando-se somente água e remédio, no espaço de, ao menos, uma hora antes
da sagrada comunhão.
O sacerdote que no
mesmo dia celebra duas ou três vezes a santíssima Eucaristia pode tomar alguma
coisa antes da segunda ou terceira celebração, mesmo que não haja o espaço de
uma hora.
Pessoas idosas e
doentes, bem como as que cuidam delas, podem receber a santíssima Eucaristia,
mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que a antecede (cf. cân. 919).
IV – A MENÇÃO DO NOME
DO BISPO NA PRECE EUCARÍSTICA
Menciona-se o Bispo
na prece eucarística, não por questão de honra, mas por razões de comunhão e
caridade. E para significar a sua posição de dispensador da graça do sumo
sacerdócio e também para implorar auxílios divinas em favor dele e do seu
ministério, na própria celebração da Eucaristia, que é o ápice e a fonte de
toda a ação e força da Igreja.
Por isso, deve-se
mencionar na Prece Eucarística:
a) o Bispo diocesano
e os que lhe são equiparados pelo direito
b) o Administrador
Apostólico que seja Bispo e de fato exerça toda sua função
c) pode-se mencionar
ainda os bispos coadjutores e auxiliares. Se forem vários sejam lembrados todos
juntos, sem dizer seus nomes
d) Ao se mencionar o
Bispo ou o Prelado e Abade territorial, a fórmula será conforme o caso: o nosso
Bispo (Prelado. Abade) N...
e) se for proferido
mais de um nome, sempre se diga em primeiro lugar o nome do Bispo diocesano,
depois o outro nome, segunda a fórmula: “o nosso Bispo N. e...” ouse forem
vários, segundo a fórmula geral: o nosso Bispo N. e seus Bispos auxiliares.
f) quando a missa for
celebrada por um presbítero em território alheio, mas para um grupo de fiéis da
própria Diocese (Prelazia ou Abadia). por ex. numa peregrinação, a fórmula
será: O nosso Bispo (Prelado. Abade) N. e o Bispo desta Igreja N...
g) as fórmulas
estabelecidas são sóbrias e expressivas, como convém ao uso litúrgico. Nelas
apenas se substitua a letra N pelo nome de Batismo da pessoa mencionada: por
exemplo: nosso Papa Francisco e o nosso Bispo Luciano. Não se deveriam
acrescentar outros títulos, como “Cardeal”, “Dom”, “Arcebispo” nem o número
ordinal após o nome do Papa (XVI, etc...)
V – CANTO E MÚSICA NA
LITURGIA
"O Apóstolo
aconselha os fiéis, que se reúnem em assembléia para aguardar a vinda do
Senhor, a cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais (cf. CI3,16),
pois o canto constitui um sinal de alegria do coração (cf. At 2, 46).
Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da missa, tendo em
vista a índole dos povos e as possibilidades de cada assembléia litúrgica"
(cf. IGMR 39-40).
Conforme orientação
do Concílio Vaticano II, a música apropriada à liturgia é aquela que está mais
intimamente integrada à ação litúrgica e ao momento ritual ao qual ela se
destina (cf. SC 112).
A música litúrgica
expressa o mistério de Cristo e a sacramentalidade da Igreja. O gesto
sacramental de cantar "a uma só voz" pressupõe a participação ativa,
interior, consciente, frutuosa, plena de todo o povo sacerdotal congregado no
Espírito Santo, durante a ação litúrgica.
fonte: Serviço de Animação Litúrgica
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Papa
Francisco destaca a importância da misericórdia para se alcançar as periferias
da sociedade e da vida humana. Pela misericórdia se repete o mesmo caminho do
Bom Pastor, que deixa 99 ovelhas no aprisco para ir em busca da que se perdeu (Evangelho),
nas periferias da sociedade e da própria vida (drogas, violências, hedonismo,
vícios...). É com este enfoque da misericórdia, tão presente na reflexão eclesial,
que queremos fazer a preparação desta Solenidade Litúrgica do Sagrado Coração
de Jesus.
O incentivo de Papa Francisco para ir
às periferias da sociedade e da vida indica fé na dinamicidade da misericórdia.
As leituras dessa Solenidade ajudam-nos a compreender que a dinâmica da
misericórdia, da parte de Deus, começa com o olhar. Deus vê o sofrimento do
povo e se decide a conduzi-lo como faz um Bom Pastor, para alimentá-lo e saciar
a sede com vida nova e melhor (1ª leitura e salmo responsorial). A dinâmica
está também presente no símbolo do Pastor, que tem o rebanho ao alcance dos
olhos e dele toma conta, principalmente quando passa por vales sombrios (salmo
responsorial). Três atitudes, portanto, que descrevem a dinâmica da
misericórdia, da parte de Deus: tem olhos para ver as necessidades do povo, tem
um coração que sente o sofrimento do povo, tem a atitude pastoral, que
apascenta e conduz o rebanho para alimentá-lo de vida nova (1ª leitura e salmo
responsorial). As três atitudes da dinâmica da misericórdia se encontram no Coração
de Jesus, o Bom Pastor (Evangelho).
Surpreende o fato que, na dinâmica
misericordiosa do Bom Pastor, existe um olhar particularizado, dirigido a uma única
ovelha: aquela que se perdera merece ser buscada nas periferias da vida (Evangelho).
A misericórdia divina, na imagem do Bom Pastor, vê e sente a falta de alguém
que deixou o rebanho. Por isso, qual Bom Pastor, deixa a segurança do rebanho e
vai a procura de quem partiu para locais onde a vida corre risco, até encontrá-la.
Nada de críticas ou de repreensões, ao contrário, alegria... uma alegria que
precisa contagiar e ser partilhada com todos (Evangelho). Impressiona a
constatação de que a dinâmica da misericórdia é a realidade no processo
redentor da humanidade. Deus vê o pecado destruindo e distanciando a humanidade
da vida plena (1ª leitura e Evangelho). Esse é um quadro que tanto toca o
coração divino, a ponto de derramar o seu amor sobre nós, enviando seu Filho
como Pastor e redentor da humanidade (2ª leitura). Jesus vive sua vida
testemunhando a misericórdia divina, indo às periferias da vida humana,
entregando sua própria vida (2ª leitura) pela humanidade, que é representada
como ovelha perdida (Evangelho).
É possível viver a mesma dinâmica da
misericórdia divina? Sim, porque o amor misericordioso do Coração de Jesus foi
derramado em nossos corações (2ª leitura) e, por isso, essa mesma misericórdia
se encontra no nosso coração humano “pelo
Espírito que nos foi dado” (2ª leitura).
Uma prece especial, na intenção de
todos que receberam o ministério sacerdotal na Igreja, para que, vendo as
necessidades do povo, sejam misericordiosos na condução do rebanho de Cristo, vivendo
sua vocação como Bons Pastores. Rezar também, para que a nova evangelização
encontre êxito através do testemunho misericordioso de todos os devotos do
Coração de Jesus, fazendo com que a Igreja seja um testemunho vivo da
misericórdia divina nas periferias do mundo.
O contexto orante da Solenidade do Coração
de Jesus evoca o pensamento divino de libertar da morte e salvar a vida de
todos os seres humanos (antífona de entrada), recordando que Jesus é o Bom
Pastor que conduz sua Igreja às fontes da misericórdia (aclamação ao Evangelho)
para saciar a sede existencial de todo o seu rebanho (antífona de comunhão). É
neste contexto da misericórdia divina, simbolizado nas fontes da vida, que a
Igreja rende graças a Deus, meditando as maravilhas do amor divino,
manifestadas na misericórdia do Coração de Jesus (oração do dia), suplicando
que o Senhor se digne acolher as oferendas da Igreja (sobre as oferendas), para
que a fraternidade celebrada na Eucaristia, torne-se fraternidade
misericordiosa no relacionamento social (depois da comunhão).
No início de seu Pontificado, Papa
Francisco disse que “a misericórdia é o nome do Senhor”. Na mensagem pascal Urbi
et Orbi ensinou que a verdadeira paz consiste em fazer experiência da
misericórdia de Deus. Tudo isso está dizendo que se Deus tem um coração
misericordioso, como manifestado no Coração de Jesus, a mesma misericórdia pode
e deve ser atuada em nós, pois seu amor foi derramado em nossos corações (2L).
No seu primeiro angelus, Papa Francisco comentou que estava lendo um livro
escrito pelo cardeal alemão Walter Kasper, intitulado “Misericórdia, conceito fundamental do Evangelho, chave da vida cristã”.
Na ocasião, o Papa lembrava um pensamento do livro: “um pouco de misericórdia
torna o mundo menos frio e mais justo”.
Em entrevista ao Centro Televisivo
Vaticano, cardeal Kasper enfatizava que a misericórdia é um modo de realizar a
nova evangelização. Quanto ao conceito teológico da misericórdia, Kasper diz: “Misericórdia
significa que Deus tem um coração para os miseráveis, para os pobres, para os
mansos, aqueles que choram. Se demonstramos essa misericórdia de Deus em nossas
vidas, em nossas palavras, em nossas atitudes, podemos mudar a situação destes
pobres, podemos trazer um pouco de luz e calor a este mundo, muitas vezes frio.
Todos estes homens que sofrem necessitam da misericórdia, por isso, a Igreja
precisa ter esse rosto da misericórdia, para que estes possam viver e
sobreviver neste mundo. A misericórdia não é somente algo sentimental.
Misericórdia significa descer até os pobres, ajudá-los, viver com eles e,
assim, tenha conseqüências na vida social e também na política.”
Eis um conceito que vem ao encontro de
nossa reflexão, sobre a dinâmica da misericórdia que, de acordo com as leituras
desta celebração, repete aquilo que rezamos na Oração Eucarística: “dai-nos
olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs,
inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; fazei
que, a exemplo de Cristo, e seguindo seu mandamento, nos empenhemos lealmente
no serviço a eles” (OE VI - D)
.........................................................................................................................................................................................
29/5 - 19H30 -CAFÉ TEOLÓGICO - TEMA: A Cristologia no Concílio Vaticano.
Encontro de formação teológica destinado a todos os agentes de pastorais, serviços e movimentos, leigos engajados nas comunidades de nossa Diocese.
Projeto do Instituto de Teologia para Leigos Beato José de Anchieta - Ano da Fé/50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II.
LICEU SANTISTA - Entrada Franca.
Todos convidados!
.............................................................................................................................................................
Pedagogia de maio 2013
Maio pode ser caracterizado como
um mês de celebrações especiais, no sentido que cada Domingo traz um Mistério
de Cristo bem definido. Com a celebração do 6º Domingo da Páscoa concluem-se os
Domingos Pascais, seguido das celebrações da Ascensão, Pentecostes, Santíssima
Trindade e Corpus Christi. Diante de tal variedade, as celebrações exigem da
Pastoral Litúrgica empenho na preparação em vista do seu grande valor
pedagógico.
Conclusão do Tempo Pascal
Em maio celebramos os três últimos
Domingos Pascais, a começar do 6º Domingo da Páscoa. Um Domingo que professa a
necessidade dos discípulos e discípulas de Jesus de alimentarem a vida
espiritual com a fé em Jesus Cristo e viverem iluminados com a luz do
Evangelho. Jesus Cristo é apresentado, neste Domingo, como o centro da vida
cristã, é o novo Templo, o novo local de encontro entre Deus e os homens. Jesus
está entre nós e, pela ação do Espírito Paráclito, o discípulo e discípula do
Evangelho —fazendo dele o centro de suas vidas — vivem na alegria espiritual de
quem confia e, por confiar, não teme.
É justamente com essa fé, que
enche o coração de coragem confiante, que os discípulos e discípulas do
Evangelho são enviados a evangelizar. É o que acontece mais especificamente na
celebração da Ascensão do Senhor. De fato, a Ascensão de Jesus não dá início a
uma nova atividade, mas é o momento que marca a continuidade da atividade
evangelizadora de Jesus, através dos Apóstolos (e depois da Igreja),
sustentados pelo Espírito Santo. Pela Ascensão, Jesus é glorificado pelo Pai e
sua glória é comunicada aos seus seguidores, aos seus discípulos e discípulas.
Com a doação da glória divina, Jesus cria a possibilidade de se participar
plenamente da vida divina. Esta plena participação da vida divina se consolida
pela ação do Espírito Santo, quando acontece o derramamento do Espírito de Deus
na vida pessoal e na vida de toda a Igreja, para renovar a vida de cada
seguidor e seguidora de Jesus e, igualmente, renovar toda a criação. Esta vinda
do Espírito Santo é uma vinda renovadora, que atinge a face da terra a partir
da espiritualidade evangélica. Pentecostes é também uma celebração que alerta
seus celebrantes para não se deixarem contaminar com espiritualidades que não
são evangélicas, mas mundanas, porque animadas pelo Espírito do mundo.
Retomada do Tempo Comum
Depois da celebração de
Pentecostes, a Igreja retoma o Tempo Comum. A retomada acontece com a 2ª feira
da 7ª semana do Tempo Comum, que conduzirá os celebrantes à celebração da
Santíssima Trindade. Dado o “Ano da Fé”, a celebração da Santíssima Trindade
será contextualizada como uma grande ação de graças pela fé na Trindade Santa.
Não, portanto, uma celebração para explicar quem é Deus e, muito menos,
explicar o Mistério da Unidade na Trindade, mas, como dito, para celebrar a fé
na verdade ensinada pela Bíblia e pela Igreja, incentivando a transformar essa
verdade da fé em motivo de ação de graças, de louvor e de adoração.
Para a celebração de Corpus
Christi, estamos propondo uma contextualização na dimensão ofertorial da
Eucaristia. Trata-se de uma das dimensões celebrativas fundamentais, para que a
participação na Eucaristia seja sincera. A dimensão ofertorial destaca o
diálogo existente entre o divino e os celebrantes. Deus oferece sua redenção
salvadora e os celebrantes dão graças oferecendo os frutos da vida e do
trabalho humano.
Serginho Valle
Ascensão do
Senhor - C 12 de maio de 2013
Lucas
conclui seu Evangelho e inicia Atos dos Apóstolos com a Ascensão de Jesus,
definindo claramente que a missão dos Apóstolos consiste em dar testemunho do
Evangelho em todas as partes da terra: “vós
sereis testemunhas de tudo isso” (Evangelho e 1ª leitura). Mas, não se
trata de sair pelo mundo envolvido pelo sentimento do momento, arriscando a
tornar-se ativista ou fanático e pouco testemunhal. Antes de partir em missão,
os Apóstolos deveriam esperar a vinda do Espírito Santo, para que os
sustentassem na missão e se tornassem fortalecidos diante de desafios e
obstáculos, que certamente surgiriam nas atividades missionárias: “Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai
prometeu” (1ª leitura e Evangelho). Desse modo, Lucas sublinha a
continuidade entre as ações e a Palavra de Jesus com a missão dos Apóstolos. A
garantia do testemunho estava na fidelidade ao Evangelho sustentada e iluminada
pelo Espírito Santo (1ª leitura). A missão dos Apóstolos consiste em testemunhar
Jesus e o Evangelho, mas o agente principal da atividade missionária é o
Espírito Santo. Jesus não está mais visivelmente entre os Apóstolos, mas sua
obra continua através da Igreja e na Igreja até os confins da terra, graças a
ação do Espírito Santo (1ª leitura).
A missão dos Apóstolos (e de toda a
Igreja) configura a identidade de Jesus em dois aspectos: aquele da realeza e
aquele sacerdotal. Os Apóstolos são convidados a testemunhar que Jesus é o Rei
vitorioso, que reina sobre todas as nações. Sua vitória é confirmada pelo
próprio Deus, que o elevou por entre aclamações e salmos (salmo responsorial).
A Ascensão é a manifestação do reinado glorioso de Jesus sobre a terra, reconhecido
pelo próprio Deus. O segundo aspecto é aquele sacerdotal, presente na carta aos
Hebreus como sacerdote eterno (2ª leitura). Antes, testemunhar Jesus como Rei e
Sacerdote; testemunhar o Reino que Jesus trouxe e semeou na terra (Mc 4,11). Agora,
a compreensão sacerdotal de Jesus consiste em considerar aquele que se coloca
entre Deus e o povo para ofertar um sacrifício a Deus. A oferta de Jesus (o
sacrifício) é a sua própria vida (2ª leitura). É um sacrifício único, de valor
perene, que não necessita ser repetido, porque oferecido uma vez por todas em
nome do povo e pelo bem do povo. Por meio desse gesto sacerdotal, realizado por
Jesus no altar da Cruz, Jesus desfaz qualquer tipo de impedimento entre Deus e
os homens. Ele é o Cordeiro Pascal (o sacrifício pascal) que tira o pecado do
mundo; que perdoa o pecado, quer dizer, desfaz a impossibilidade humana de se
aproximar de Deus (Evangelho).
Com o cancelamento do pecado, o homem e
a mulher têm pleno acesso a Deus; podem participar da vida divina (2ª leitura).
De agora em diante, as condições para se aproximar de Deus não obedecem mais a
uma ordem legal, mas espiritual, a qual se compreende a fé, a esperança e a caridade,
não somente como virtudes cristãos, mas como atitudes concretas na vida cristã.
São atitudes que permitem aproximar-se de Deus e participar de sua vida com
coração purificado (2ª leitura). A Ascensão, portanto, abre todas as
possibilidades para que possamos participar da glória divina.
ILUMINADOS PELAS
ORAÇÕES (eucologia da missa)
Três intenções para a celebração
eucarística deste Domingo. A primeira delas, vem do contexto celebrativo proposto
e intercede para que os celebrantes se aproximem de Jesus e o adorem como seu
Deus e Senhor. As outras duas se referem a datas temáticas, que coincidem neste
dia: o Dia Mundial das Comunicações Sociais e o Dia das Mães.
Os celebrantes são convidados a rezar
esta celebração com o coração esperançoso no retorno de Jesus (antífona de
entrada), dispondo-se a acolher a missão e testemunhar o Evangelho (aclamação
ao Evangelho), na certeza que o Senhor está presente entre nós todos os dias,
até o final dos tempos (antífona de comunhão). As orações serão elevadas ao Pai
com o coração alegre porque, pela Ascensão de Jesus, somos chamados e tornados
dignos de participar da glória divina (oração do dia), desejosos e destinados a
viver na pátria celeste (sobre as oferendas), voltando nossas vidas e nossos
corações unicamente para as coisas de Deus (depois da comunhão).
ILUMINADOS PELA VIDA
Os comunicadores digitais católicos, ou
dito de outra forma, “os evangelizadores da Rede”, receberam o apoio do Papa
emérito Bento XVI pelos seus grandes esforços em entender a linguagem dos meios
de hoje — com poucas horas de descanso e não poucas incompreensões —, de modo
que a mensagem de Cristo permaneça em vigor nas redes sociais da internet. Este
é o tema do 47ª Dia Mundial das Comunicações Sociais 2013: “Redes Sociais: portais de verdade e de fé;
novos espaços para a evangelização”.
De acordo com a nota de apresentação do
Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o tema se enquadra muito bem no
contexto do Ano da Fé, dado que o “modo de humanizar e vitalizar um mundo
digital impõe hoje uma atitude mais definida: já não se trata de usar a
internet como “meio” de evangelização, mas de evangelizar considerando que a
vida do homem moderno também se expressa no ambiente digital”.
Em particular, acrescente-se, “é
necessário considerar o desenvolvimento e a grande popularidade das redes
sociais, que permitiram o crescimento de um estilo dialógico e interativo na
comunicação e nos relacionamentos.”
Cabe destacar que a Assembléia Especial
do Sínodo dos Bispos, dedicada à Nova Evangelização, também abordou o tema. Por
isso o tema dessa Jornada Mundial das Comunicações é extremamente oportuno. Nos
parágrafos 59-62 do Instrumentum Laboris, referindo-se às “Novas fronteiras do
cenário comunicativo”, há referências explícitas a esse desafio, com um convite
para que os cristãos tenham “a audácia de ir a esses “novos areópagos”,
aprendendo a dar uma avaliação evangélica, encontrando os instrumentos e os
métodos para fazer ouvir também hoje nestes lugares o patrimônio educativo e a
sabedoria custodiada pela tradição cristã (62c)”.
As experiências são contadas por
milhões hoje, onde os correios eletrônicos e mensagens de texto do celular com
frases ou mensagens evangelizadoras, circulam nestes novos espaços, como os
blogs do bispo ou pároco, as redes sociais das religiosas e dos leigos, os
tweets das assessorias de imprensa dos episcopados e dioceses, ou as web 2.0 que
hoje fazem parte de uma bem estruturada pastoral das comunicações.
É assim que este Dia Mundial das
Comunicações Sociais 2013, que segue fielmente o mandamento do Vaticano II por
quase 50 anos, animará os que ainda têm dúvidas sobre a potencialidade destes
meios, a ‘remar mar adentro’ e ocupar seu espaço. E àqueles que já os utilizam,
será um incentivo para buscar novos meios e caminhos, para que mais e mais
pessoas tenham contato com o Evangelho. A mensagem integral do Santo Padre foi
divulgada no dia 24 de janeiro, na festa de São Francisco de Sales, padroeiro
dos escritores e jornalistas, e se encontra no site do Vaticano e em tantos outros
sites propostos pelo Google.
(Fonte: Agência Zenit)
Tema de reflexão para a Procissão de Ramos :
“Ano da Fé e Juventude” (CF2013)
Neste “Ano da Fé”, queremos iniciar a Semana
Santa em nossa comunidade com o propósito de crescer na fé. Inspirando-nos no
tema da Campanha da Fraternidade sobre a juventude, também rezaremos para que
os jovens sejam evangelizadores entre os jovens através do testemunho da fé,
vivendo como discípulos e discípulas de Jesus e do Evangelho.
1º
Parada = “2013 — Ano da Fé”
“Ano da Fé”. Um ano dedicado à reflexão da fé, para o crescimento
da fé em nossas vidas pessoais e em toda a Igreja. A fé é uma graça de Deus plantada
em nossas vidas como uma semente para ser cultivada e crescer. Esse crescimento
depende de nós, do nosso esforço e da nossa dedicação. Só acolhe Jesus e
torna-se dele discípulo e discípula quem se dedica a cultivar a fé em sua vida.
Inspirados na Campanha da Fraternidade 2013, rezamos para que os jovens
cultivem a fé com perseverança, não tendo medo de caminharem contracorrente.
— Como nossa comunidade incentiva
o cultivo da fé na vida pessoal e comunitária? Existe alguma atividade
específica, na comunidade, em vista de promover a fé nas diversas etapas da
vida infantil, adolescente, juventude, adulta e na velhice?
Testemunho um representante da Pastoral Catequética
poderá testemunhar o trabalho realizado na comunidade em vista do cultivo da fé
na vida pessoal e comunitária.
Continuar a procissão com uma canção ou uma estrofe do Hino da Campanha da Fraternidade. Depois do testemunho de vida, pode-se ler um texto do Manual da CF, enquanto se caminha, e concluir com as orações: Pai nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
2º
Parada = “A fé sem obras é morta!” (Tg 2,14)
São Tiago diz que a “fé sem obras é morta!” Está dizendo que
a fé se concretiza em obras, pois a fé não é algo abstrato, como se fosse um
pensamento que só existe em nossas mentes. Quem crê em Deus, quem crê no
Evangelho de Jesus, produz as mesmas obras de Jesus, colocando-se a serviço dos
irmãos e irmãs. Inspirados na Campanha da Fraternidade 2013, a comunidade se
proporá a incentivar os jovens a crescer na fé, para que esta seja concreta e
os incentive na imitação de Jesus através das obras.
— Que atividades da comunidade
traduzem a fé em obras, a ponto de atrair e encantar adultos, jovens,
adolescentes e crianças?
Testemunho: convidar um jovem ou uma jovem para
falar da dificuldade de testemunhar a fé em locais onde a religião é desprezada
ou ridicularizada, como por exemplo em faculdades, em locais de trabalho ou em
outros espaços sociais.
Continuar a procissão com uma canção ou uma estrofe do Hino da Campanha da Fraternidade. Depois do testemunho de vida, pode-se ler um texto do Manual da CF, enquanto se caminha, e concluir com as orações: Pai nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
3º
Parada = Momento de silêncio pelos mártires da fé
A História da Igreja está repleta
de homens e mulheres que morreram por causa da fé. São nossos mártires; testemunhas
vivas de quem entregou a vida pela fé em Jesus e por amor à Igreja. Ainda, hoje,
a Igreja continua sendo perseguida, cristãos são assassinados em muitas partes
do mundo, locais de cultos cristãos são destruídos ou queimados, famílias
cristãs são expulsas de suas casas só porque acreditam em Cristo e vivem de
acordo com o Evangelho. Num momento de silêncio, convidar a todos para rezar
por estes mártires da fé de nossos dias. No contexto da Campanha da
Fraternidade 2013, rezar também por tantos jovens que perdem suas vidas de modo
gratuito em algum tipo de violência ou pela dependência química.
Momento de oração silenciosa - pode-se lembrar nomes
de algumas pessoas da comunidade, ou da diocese, ou mesmo do Brasil que
perderam a vida pelo testemunho da fé. Outra proposta é lembrar de comunidades
cristãs que foram destruídas em algumas partes do mundo (Para encontrá-las,
pesquisar na internet com o título “cristãos perseguidos”). Pode-se também evocar
o testemunho de fé no martírio da Beata brasileira Albertina Berkenbrock, uma
das patronas da Jornada Mundial da Juventude 2013.
Continuar a procissão com uma canção ou uma estrofe do Hino da Campanha da Fraternidade. Depois do testemunho de vida, pode-se ler um texto do Manual da CF, enquanto se caminha, e concluir com as orações: Pai nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
4º Parada = Promotores
da fé entre os jovens
No final de julho deste ano
acontecerá a “Jornada Mundial da Juventude”, que reunirá jovens do mundo
inteiro, no Rio de Janeiro. Será uma demonstração de fé em forma de alegria,
mas também de catequese, reflexão, estudos e muita oração. Um modo de
participar desse grande acontecimento é rezar para que os jovens sejam
perseverantes no testemunho da fé, não somente nos grandes acontecimentos, como
a JMJ, mas principalmente na rotina do cotidiano de suas vidas.
Manifestação – depois dessa última
reflexão, o responsável pela Campanha da Fraternidade 2013 e pela promoção do
“Ano da Fé”, na comunidade, proporão um compromisso concreto conjunto a ser
realizado na comunidade.
Continuar a procissão com uma canção ou uma estrofe do Hino da Campanha da Fraternidade. Depois do testemunho de vida, pode-se ler um texto do Manual da CF, enquanto se caminha. Concluir a procissão com a oração da CF2013.
Oração da Campanha da Fraternidade 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a Cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...
Reflexão retirada do site www. liturgia.pro.br
|
CURSO BÍBLICO
INTRODUÇÃO À
LEITURA POPULAR DA BÍBLIA
NO SEGUNDO TESTAMENTO
OBJETIVO: O
curso propõe fornecer os instrumentos básicos para uma introdução à leitura da
Bíblia, em especial o seu Segundo
Testamento, onde a reflexão da realidade, o estudo e a vivência
comunitária, sejam os pilares de um olhar popular e ecumênico sobre os textos
bíblicos.
DESTINADO A:
cristãos das comunidades e todos os demais interessados no estudo/reflexão
popular da Bíblia (idade mínima 15 anos).
DURAÇÃO: 8
encontros.
HORÁRIO: segundas-feiras,
das 20h às 21h45.
LOCAL: Rua
Visconti, casa 6 (ao lado da Igreja Sto Antonio do Embaré –
Santos).
INÍCIO DO CURSO: 11 de março de 2013
PROGRAMA: 11/março
– os
“testamentos”
25/março
– a
terra e a religião de Jesus
08/abril
– a
prática de Jesus
22/abril
– as
parábolas de Jesus
06/maio
– o
seguimento de Jesus
27/maio
– Paulo
e as comunidades
10/junho
– apocalipse
24/junho
– a
mensagem hoje
ORGANIZAÇÃO/ASSESSORIA: Equipe do Centro de Estudos
Bíblicos Santos – CEBI Santos
O CURSO É GRATUITO
INFORMAÇÕES:
(13) 3286-4222 (c/ Norberto)
9742-4863 (c/Tania)
Nenhum comentário:
Postar um comentário