Neste Artigo, no Ano da
Misericórdia, seguimos a sequência do Artigo anterior, que abordou o tema, “Exercitando
a Missionariedade”. Queremos assim, continuar a temática, no mesmo caminho, até
porque não há outro.
No Evangelho de (Mt 28, 19), onde se lê - “Ide, portanto, e fazei que
todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei”. Destaca-se
o binômio, “batizando e ensinando”. Quando a pessoa é batizada, é mergulhada,
não somente no símbolo da “agua do batismo”, mas no mar da vida. E mergulhada
no Mistério Salvífico de Jesus, passa a fazer parte do corpo místico de Cristo,
da Igreja, da comunidade Cristã.
“Batizar e ensinar”, são duas
partes do mesmo objeto. Entendemos que, não podemos ficar somente na primeira,
isto é, só no ato de batizar, mas deve-se ensinar, instruir, catequizar e
formar. A Igreja primitiva vivia essa prática, “batizar e ensinar”: “Disse então o Espírito a Filipe: adianta-te
e aproxima-te da carruagem”. Filipe
correu e ouviu que o Eunuco, lia o profeta Isaías. Então, perguntou-lhe;
“Entendes o que estás lendo? Como, disse ele, se alguém não me explicar!”.
Como vemos “batizar e ensinar”,
é estar no caminho do Reino de Deus, é lançar-se como discípulos missionários
de Jesus, comprometidos com o Evangelho que nos conduz ao compromisso de
batizados, levando a Palavra para o nosso irmão, batizado ou não, porém, que se
encontra disperso, sem formação, sem entender a Palavra de Deus, e a Doutrina
da Igreja, no sentido religioso, econômico e político, “como ovelhas sem pastor” (Mc 6,34).
Essa realidade deve arder,
queimar, os nossos corações. A liturgia enfoca, tanto no final como no início
de Ano, a Epifania com o Batismo de Jesus. Portanto, meus irmãos e irmãs é com
este foco, misericordioso, que deixemos a Trindade Santa, manifestar em nossos
corações, na família, na Igreja o nosso ser missionário. Feliz Ano Novo a
todos. Perguntas:
Será que estamos levando a sério nossa
responsabilidade de evangelizadores Batizados, sendo
discípulos missionários de Jesus? Estamos realmente conseguindo levar as pessoas a assumirem Jesus e seu projeto de mundo fraterno e misericordioso onde todos possam viver
dignamente?
Padre Aparecido Neres Santana, CSS - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C
Diocese de Santos- SP .
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