Artigos Pe.Luís Gonzaga


Comissão para a Animação Bíblico-Catequética – Diocese de Santos –

Artigo de setembro de 2015 -Padre Luís Gonzaga

Porque eterno é seu Amor por nós!



O Amor Misericordioso de Deus por todos nós foi revelado plenamente em Jesus Cristo. Mas isso não quer dizer que para ele tudo era fácil, dava certo e era sempre um sucesso. Muito pelo contrário: todos sabemos o quanto sua morte na cruz representou o total fracasso de toda a sua missão! Fracasso? Pelo menos foi assim que muitos interpretaram a morte injusta que ele teve. Mesmo nessa hora, Jesus continuou nos ensinando que é possível olhar os fatos com outros olhos, a partir do projeto do Pai, e vislumbrar vida plena e eterna lá onde tudo parece acabar. Aquele que amou de verdade, que fez de sua vida total doação e serviço, garantiu para si e para todos nós a vida verdadeira.

Quando nos encontramos diante de situações que vão na contramão dos nossos projetos pessoais, como costumamos reagir? Nossa sociedade só valoriza aquilo que faz sucesso e por isso é tão difícil para nós aceitarmos que de uma hora para outra todos nossos sonhos caiam por terra. Mas nessa hora o que fazer? Viver se lamentando e ficar destilando o próprio veneno ou assumir atitudes de fé autêntica e, assim como Jesus, colocar-se em sintonia com o Amor Misericordioso de Deus e, saindo do próprio mundinho, vislumbrar o novo que se apresenta como oportunidade para crescer na doação da própria vida?

O Eterno Amor de Deus me proporcionou muitas experiências profundas de crescimento no conhecimento e acolhida da verdadeira fé. 

Ao ser transferido para uma nova missão, mais do que me revoltar, reconheço que tenho muitos motivos para agradecer por tudo que Deus me proporcionou nesses muitos anos trabalhando com tanta gente boa, tanto em Bertioga como em toda a Diocese de Santos, principalmente com a responsabilidade de ser assistente eclesiástico da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética. Meu agradecimento a todos que encontrei pelo caminho e que Deus lhes Abençoe! A missão de todos nós continua e o Amor Misericordioso de Deus nos acompanha! Afinal, como nossos jovens cantam com “O Rappa”: “Pra quem tem fé, a vida nunca tem fim!”

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C




Artigo de agosto de 2015

Padre Luís Gonzaga

O necessário salto de qualidade!   





A proposta de um significativo encontro com Jesus é realizada pelos mais variados grupos, movimentos, pastorais e associações ligadas à Igreja. Normalmente são experiências simples, às vezes até emotivas, onde se desenvolve um primeiro anúncio das verdades sobre Jesus Cristo e levam as pessoas a se encantarem com a possibilidade de terem suas vidas renovadas. Toda essa riqueza é de fundamental importância para a atividade evangelizadora da Igreja, na medida em que dá oportunidade às pessoas de iniciarem um caminho de fé.
Aliás, é importante que a gente se pergunte: consigo perceber que já fiz esse encontro marcante e significativo com Jesus Cristo em minha vida? Pelo fato de eu ser hoje um catequista, um evangelizador, tenho que ter bem claro que Jesus é a referência fundamental para todas as minhas atitudes em qualquer momento e lugar.
Em todo caso, apesar de todo esse esforço e dedicação, é fácil perceber uma grande dificuldade presente na ação evangelizadora da Igreja hoje: permanece o desafio de levar essas mesmas pessoas a darem o necessário salto de qualidade; é preciso dar-lhes a possibilidade de passar de uma fé puramente emotiva, para aquela fé do verdadeiro discípulo missionário de Jesus Cristo.
Também aqui é necessário a gente se perguntar: o que tenho feito para dar mais qualidade na motivação e vivência de minha fé? Afinal, como posso transmitir autenticamente Jesus, com todas as suas propostas de vida plena, se eu mesmo não as conheço ou não me esforço em vivê-las?
Esse é o grande desafio do processo de evangelização e cabe justamente à catequese realizá-lo: levar a pessoa a aprofundar aquele primeiro anúncio recebido um dia, mostrando, passo a passo, as exigências que a fé e o seguimento de Jesus trazem consigo. Como nos lembra o Papa Francisco: “Cada ser humano precisa sempre mais de Cristo, e a evangelização não deveria deixar que alguém se contente com pouco, mas possa dizer com plena verdade: «Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20).”
No próximo dia 30 de agosto vamos celebrar o Dia do Catequista. Em nome de toda Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos, desejo a todos muita Luz e Força do Espírito Santo para que vocês realizem com alegria, disposição e fé autêntica a bonita e importante missão que o Senhor Jesus lhes confiou. Parabéns!

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 21º Domingo do Tempo Comum deste ano se reflete o texto bíblico: Jo 6,60-69. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Quais são as exigências de Jesus que eu percebo como um peso para mim? Já senti vontade de abandonar minha fé cristã? Por quê? Por qual motivo continuo firme em minha fé cristã?


AGENDA
Ø  Retiro de Catequistas: Terá 4 horas de duração com o tema: Amar como Jesus amou. É necessário levar: Bíblia, Itinerário Catequético e material para anotações pessoais:
ü  08/08 em Peruíbe na Paróquia São José Operário, às 14h;
ü  15/08 em Bertioga na Capela da Riviera, às 14h;
ü  22/08 em Praia Grande na Paróquia N. Sra. das Graças – Ocian, às 08h;
ü  29/08 em Cubatão na Capela Perpétuo Socorro, Av. Principal 3211 – V. Esperança; às 14h;
ü  05/09 em São Vicente na Paróquia São José de Anchieta, às 14h;
ü  12/09 em Guarujá na Paróquia N. Sra. das Graças – Vic. Carvalho, às 14h;
ü  26/09 em Santos/Centro I e II na Paróquia São José Operário, às 14h;

Ø  Encontro Diocesano de Formação da AB-C sobre o Evangelho de João: será no dia 1º de setembro (terça feira) das 09h às 17h, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Santos, com a assessoria de Padre Boris. Fonte: Texto Base do Mês da Bíblia. Peça informações para o Coordenador da AB-C de sua Região.

Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C



O cansaço dos catequistas

É normal que a gente encontre por aí catequistas ou evangelizadores em geral que manifestam certo cansaço na realização de seu trabalho. Alguns poderiam até se surpreender, afinal, catequista também cansa? Com certeza todos estamos sujeitos a ficarmos cansados nas mais variadas situações da vida, inclusive em nosso trabalho pastoral. O importante é saber descobrir o que está causando esse cansaço e de que forma estamos lidando com isso.
Para alguns a canseira é consequência da intensidade com a qual vai desempenhando sua missão evangelizadora. Por exemplo, às vezes, por falta de outros catequistas, alguém acaba assumindo mais de uma turma de catequese, e, apesar de sua boa intenção e dedicação, as exigências do trabalho vão ficando sempre mais pesadas... Outras vezes o próprio grupo de catequizandos é mais desafiador do que se imaginava e, apesar da criatividade e boa interação com o grupo, o desgaste vai se acumulando e as forças vão diminuindo...
Para outros a frustração por não conseguir ver os frutos de seu trabalho podem levar, mais do que a um cansaço, a um verdadeiro desânimo, que normalmente é acompanhado daquela vontade de “abandonar tudo” e “sumir”...
Em qualquer um desses casos fica evidente que um bom descanso é necessário para se conseguir recompor as forças e o ânimo! Seriam férias? Seria um Retiro Espiritual? As variedades de descanso são muitas, mas o que importa, realmente é que tal parada nas atividades nunca seja assumida como uma fuga, como um abandono do trabalho evangelizador, sinal da perda do sentido da missão.
O melhor, mesmo, é que esse período de descanso sirva para se refazer as forças e reanimar a própria fé, a própria vida espiritual. Já que ninguém tira férias da condição de cristão batizado e comprometido com o Reino de Deus, seria bom cultivar alguns períodos de silêncio para, na oração, colocar-se em sintonia com Deus e avaliar as motivações de seu trabalho evangelizador.
Afinal, todos os momentos e todos os lugares são sempre boas oportunidades para crescermos na nossa identificação com Jesus Cristo e cultivarmos o espírito de compaixão que tanto marcou sua vida. Assim como ele, também nós temos que estar sempre dispostos a acolher as pessoas necessitadas e revelar-lhes o amor e a misericórdia de Deus.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 16º Domingo do Tempo Comum a liturgia nos propõe o seguinte texto bíblico: Mc 6,30-34. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Por que Jesus convida os apóstolos a irem a um lugar deserto? Consigo perceber que também preciso do meu “deserto”? Quando? Gosto de “tirar férias” de tudo ou sei continuar discípulo missionário de Jesus também durante meu merecido descanso?

AGENDA
Ø  Retiro de Catequistas = “Amar como Jesus amou”: Terá 4 horas de duração; é necessário levar Bíblia, Itinerário Catequético e material para anotações pessoais.
Calendário para Agosto: dia 08 em Peruíbe; dia 15 em Bertioga; dia 22 em Praia Grande e dia 29 em Cubatão.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!


Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C











Artigo de junho de 2015 - Pe. Luís Gonzaga Bolinelli
Para que o Reino de Deus aconteça

A verdadeira evangelização e catequese está preocupada em ajudar as pessoas a serem capazes de transformar esse mundo para que o Reino de Deus aconteça. Afinal, por causa de nossa fé em Jesus Cristo, não passamos a viver num mundo a parte, mas continuamos a fazer parte dessa sociedade onde temos que testemunhar os valores em que acreditamos, deixando-nos guiar sempre pelos critérios do Evangelho, com aquela contínua preocupação de oferecer a misericórdia divina a todos.
Como nos lembra o Texto Base da Campanha da Fraternidade deste ano, “A Igreja, partindo de Jesus Cristo, propõe-se a servir, no contexto desafiador da sociedade atual, com uma mensagem salvadora que cura feridas, ilumina e descortina um horizonte para além dessas realidades. Ao chegar ao coração de cada homem e de cada mulher, a Boa Nova e a esperança da Ressurreição podem mostrar-lhes quanto são amados por Deus e capazes de contribuir para criar uma nova e renovada humanidade”. Cabe ao discípulo missionário de Jesus Cristo ajudar cada pessoa a conhecer e acolher Jesus com sua proposta de vida nova. A partir daí, cada um tem sua liberdade para aceitar essa proposta e fazê-la crescer e frutificar ou simplesmente ignorá-la.
Seria tão bom se todos aceitassem essa proposta e produzissem frutos, não é mesmo? Mas nem sempre é assim... Que a gente nunca se iluda: é impossível acolher ou mesmo viver a fé em nome ou no lugar de outra pessoa. Cada um tem sua responsabilidade em deixar a graça de Deus agir em sua vida. Em todo o caso, como nos lembra o recém-lançado documento “Itinerário Catequético”, precisamos lembrar sempre que permanecem “as necessidades de favorecermos e despertarmos à conversão; de promovermos e fortalecermos as atitudes de fé; de fazermos conhecer a mensagem cristã; e de educarmos ao agir cristão”. Afinal, a liberdade da pessoa, não tira nosso dever de continuamente propor e repropor a vida nova em Jesus Cristo.
Muitas vezes, pelo fato de não vermos imediatamente os resultados esperados, bate aquele desânimo e a sensação de estar perdendo tempo, de estar trabalhado em vão, de achar que talvez não valha a pena tanto esforço para evangelizar esse mundo tão marcado por exclusões e falta de perspectiva de vida digna para tanta gente, por causa da ganância de alguns e maldade e violência de tantos... Nessas horas, a grande tentação é a de abandonar tudo... Mas será que nossas atitudes cristãs são realmente gestos tão insignificantes assim? Temos que reconhecer que os mais variados gestos que conseguimos realizar, mesmo pequenos e quase insignificantes, pelo fato de estarem em sintonia com o projeto de Deus, têm a capacidade de crescer, se fortalecer e produzir os frutos que ele deseja.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 11º Domingo do Tempo Comum a liturgia nos propõe o seguinte texto bíblico: Mc 4,26-34. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Meu trabalho evangelizador é em vista da transformação desse mundo? Sei respeitar a liberdade e a capacidade da outra pessoa em acolher a proposta evangelizadora que estou fazendo? Sei reconhecer os frutos que vão aparecendo nas pessoas e sociedade de hoje? O que tenho feito para superar os desânimos por não ver os resultados imediatos que espero?

AGENDA
Ø  Encontro Diocesano de Catequistas de Adolescentes e Jovens e Líderes de Grupos de Jovens, em parceria com a Pastoral da Juventude:
ü  Dia 20 de junho de 2015, das 14h às 17h: na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Santos.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!


Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Maio de 2015 

 


Evangelizar todas as criaturas.

Evangelizar é a missão fundamental da Igreja e que nós todos assumimos como uma das consequências do nosso Batismo. Mais do que uma obrigação, é importante que vejamos o trabalho evangelizador como uma necessidade que a própria sociedade tem na busca do seu verdadeiro significado. Portanto, enquanto batizados, cada um de nós tem a responsabilidade de deixar esse mundo melhor através de nosso jeito próprio de viver e evangelizar.
A evangelização pode acontecer de diversos modos e, de uma forma geral, podemos dizer que se realiza em três momentos distintos, mas complementares entre si. Em todo o caso, é importante nos lembrarmos sempre que nosso objetivo ao realizarmos essa tarefa, não é o de ficarmos enchendo a outra pessoa com regras, normas e doutrinas a serem seguidas, mas sim o de oferecermos uma proposta de vida melhor e significativa, que tenha sentido hoje e sempre.
Num primeiro momento é importante que a gente apresente nossa proposta de uma forma interessante para que a outra pessoa se sinta motivada a escutá-la e acolhê-la. Que ninguém se iluda: as pessoas não estão procurando doutrinas, igrejas, religiões, mas sim o verdadeiro sentido de sua existência nesse mundo marcado por tantas contradições e desafios. Por isso é nosso dever anunciar Jesus Cristo com seu estilo acolhedor e promotor da vida plena.
Temos que ter claro para nós, e por isso mesmo anunciar, que a grande preocupação de Jesus, quando veio até nós, é que entendêssemos e acolhêssemos a proposta de vida nova, verdadeira e plena que o Pai tem para todos. Todos seus ensinamentos e jeito de agir vão nessa direção: ajudar o outro a encontrar a motivação e sentido da vida, achando seu lugar nesse mundo, junto com as outras pessoas e em harmonia com o Deus que é rico em misericórdia. Foi essa a missão que ele confiou a todos os seus discípulos, deixando claro que a tarefa de evangelizar é mais do que ensinar belos e importantes conceitos doutrinários e teológicos, é, principalmente, levar vida e vida plena e verdadeira a quem quer que seja!
Após despertar essa fé em Jesus Cristo é necessário aprofundar o que significa acolhê-lo concretamente na própria vida. Afinal, ter fé em Jesus Cristo não quer dizer “tenho certeza que ele vai fazer milagres na minha vida” ou “Jesus vai resolver todos os meus problemas” ou outras crendices e superstições que distorcem e atrapalham o significado da fé verdadeira. Somente um bom trabalho catequético levará a pessoa a um crescimento progressivo e significativo do conhecimento e acolhida da vida, mensagens e mistérios de Jesus Cristo. Nesse segundo momento da evangelização, que é a catequese, se deve aprender, inclusive, qual o melhor jeito de entender, interiorizar e viver a Palavra de Deus que encontramos na Bíblia, superando leituras fundamentalistas, que se fixam numa leitura literal do texto e deturpam a riqueza da mensagem que ali está contida.
Quem passa por uma catequese bem realizada, com certeza se torna aquele cristão com uma fé madura, capaz de viver de uma forma nova, alegre, com a certeza de poder testemunhar sempre, através de seu modo de agir, a vida plena que Deus quer para todos. Agora, nesse terceiro momento da evangelização, além de se tornar ela mesma uma nova e eficiente evangelizadora, a pessoa tem a consciência de que ainda não sabe tudo e se dedica ao contínuo crescimento de sua fé através da catequese ou formação permanente.
Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: Na Festa da Ascensão do Senhor vamos refletir sobre o seguinte texto bíblico: Mc 16,15-20. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Quem tem a missão de evangelizar? Quem deve ser evangelizado? Como entender os sinais que o texto apresenta? Eu estou realizando minha missão de evangelizar?

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

 

 

 

Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Abril de 2015 



O jeito novo de agir e cuidar das pessoas mostra que Jesus acolhia o povo em geral e principalmente os mais pobres e excluídos, como um verdadeiro Bom Pastor, que é capaz de dar sua vida em benefício de suas ovelhas. Como é bom e reconfortante reconhecer essa verdade em nossa vida. Assim temos a certeza de sempre estarmos bem cuidados nas mãos deste Deus que tem esse amor tão grande por nós. Isso, porém, não nos dá o direito de sermos ovelhas acomodadas que vivem tranquilamente em seus cantinhos, somente esperando o que seu pastor irá lhes proporcionar de bom. Afinal, desde o Batismo, cada um de nós assume a missão de ser discípulo missionário de Jesus, isto é, ser seu fiel seguidor, conhecendo e vivendo como ele viveu, e também ser um grande anunciador dessa verdade a quem ainda não a conhece.
É importante que essa reconfortante experiência de se sentir amado e cuidado por Jesus nos impulsione a amar e cuidar também de nossos irmãos, principalmente dos mais necessitados. É esse amor e cuidado que justifica a necessidade de evangelizar e catequizar quem ainda não teve a oportunidade de perceber a ação do Bom Pastor Jesus em sua vida. Assim a evangelização e a catequese vão além das palavras bonitas, para se tornarem encontros de experiências vitais com nossos catequizandos.
Cada um de nós enquanto batizados, é convocado a ser Bom Pastor, mas um destaque especial merece a pessoa do Bispo Diocesano. Aqui na Diocese de Santos estamos vivendo um momento especial no qual contamos com a presença de dois Bispos. Em primeiro lugar temos Dom Jacyr Francisco Braido, que neste mês está completando 75 anos de idade e 20 anos de Bispo, em total doação às ovelhas da baixada santista. Mais recentemente veio para nós o Bispo Coadjutor Dom Tarcisio Scaramussa, que neste mês completa 7 anos de serviço episcopal e já vai assumindo sua missão de Bom Pastor, também para esse seu novo rebanho.
Como é bom sabermos que ambos demonstram um carinho e interesse especial por todo o trabalho de evangelização e catequese que vem acontecendo na Diocese! Em fevereiro, no início da Quaresma, nós da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética fomos apresentar-lhes a previsão dos trabalhos a serem realizados em 2015. Com grande interesse demonstraram-se desejosos que essas atividades aconteçam da melhor forma em toda a Diocese de Santos. Na reunião com Dom Jacyr, foi muito marcante a preocupação que ele manifestou pelos catequistas das Capelas/Comunidades mais distantes do centro das Paróquias, desejando que também eles sejam acompanhados, valorizados e incentivados em seus trabalhos. Antes de sairmos, Dom Jacyr fez questão que rezássemos diante de um quadro de Jesus Bom Pastor, que tem em sua sala; evidenciou a necessidade de estarmos sempre em profunda comunhão e reforçou que todo trabalho de evangelização e catequese deve ser realizado seguindo o modelo do Bom Pastor Jesus. Ao final, deu sua bênção a nós e a todos os catequistas da diocese, fazendo explícita menção aos que, como ovelhas dedicadas, trabalham nas distantes Capelas/Comunidades das mais diversas Paróquias da Diocese de Santos.
Que Jesus, o Bom Pastor, Abençoe sempre mais nossos Bispos e todos os que assumem a missão de evangelizar e catequizar!

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 4º Domingo do Tempo da Páscoa celebramos Jesus Bom Pastor e nesse ano refletimos sobre o seguinte texto bíblico: Jo 10,11-18. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Em que sentido Jesus é o Pastor de minha vida? Eu me sinto parte do rebanho de Jesus ou prefiro me isolar no meu mundo? Em que sentido posso ser Bom Pastor enquanto catequista ou evangelizador? Quem reconheço como Pastores constituídos de nossa Igreja e como me relaciono com eles?

AGENDA
Encontro de Formação de Catequistas:
Abril:     13São Vicente: na Reitoria do Amparo; às 19:30h.
17Itanhaém
23Santos/Centro I e II: na Par. Imac. Coração de Maria; às 19:30h.
         27Guarujá: na Par. N. Sra. Graças em Vicente de Carvalho; às 19:30h
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Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Março de 2015



Qual Jesus apresentamos às pessoas?



Para a realização de um bom trabalho evangelizador e catequético é muito importante ter presente a realidade concreta onde as pessoas vivem. Ao saber quais são suas preocupações, esperanças, tristezas, alegrias e como lidam com tudo isso, será mais fácil apresentar-lhes uma proposta de vida cristã que de alguma forma venha de encontro aos seus reais interesses. Assim é bem mais provável que o trabalho de evangelização e catequese não irá correr o risco de ficar tentando dar respostas a perguntas que ninguém está fazendo...
Ao se mergulhar no mundo real das pessoas a serem evangelizadas o catequista e evangelizador se encontra diante daquela importante oportunidade de instaurar um diálogo franco e honesto com a sociedade de hoje. Em meio a todas suas contradições, como é importante perceber os sinais de vida e bem comum que ali se encontram! Ao mesmo tempo em que é preciso valorizar tudo isso, é necessário, também, denunciar tudo o que está em contradição com os ensinamentos de Jesus Cristo e seu projeto de um mundo mais fraterno e solidário.
O trabalho de evangelização e catequese tem que ajudar as pessoas a superarem a tentação de ficarem buscando fórmulas mágicas para resolverem seus problemas, suas dificuldades. Infelizmente não são poucos os falsos profetas que ficam apresentando Jesus de uma forma errada como sendo “aquele que resolve todos os problemas”. Para eles, “aceitar Jesus” é o mesmo que “afastar-se do mundo” e começar a fazer parte de um grupo seleto onde “basta ter fé” para se conseguir de Deus tudo o que se deseja. Assim agem todas aquelas Comunidades Cristãs, sejam elas Igrejas, Movimentos ou Associações, que ao fazerem sua pregação insistem na necessidade de colocar uma clara distinção entre aquilo que pregam e a sociedade de hoje.
É verdade que as pessoas buscam uma vida melhor e têm o direito de procurá-la onde quer que seja. Mas isso não nos dá o direito de enganá-las com uma falsa religiosidade. Só há verdadeira evangelização e catequese quando se estabelece um diálogo verdadeiro e construtivo com a sociedade em que se vive. De nossa parte é necessário propormos a fé no Jesus do Evangelho, que se apresenta como aquele que faz de sua vida total doação até ao ponto de morrer e ressuscitar para garantir a vida plena a todos e que pede o mesmo para todos os que o querem seguir. E será justamente por esse caminho que todos poderão participar do Reino de Deus que Jesus mesmo veio inaugurar.
O mundo novo, transformado, em sintonia com o sonho de Deus (Reino de Deus) não vai cair pronto do céu, somente como consequência de nossas muitas orações. Mas será fruto de um compromisso sério em favor de tudo aquilo que é bom, justo, honesto, de acordo com o que Jesus ensinou e viveu. Toda evangelização e catequese que caminha por esta estrada presta um grande serviço à sociedade de hoje, pois leva as pessoas a superarem a tentação de se isolarem para poderem unir forças com todos os que acreditam que muita coisa boa pode ser feita. Isso também ajudará a superar preconceitos que impedem de ver na outra pessoa e nas outras realidades existentes a bondade e sinceridade de suas ações em vista de um mundo onde todos tenham o direito de viver dignamente.
Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 5º Domingo do Tempo da Quaresma nos é proposto o seguinte texto bíblico: Jo 12,20-33. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Assim como os gregos, tem gente querendo ver Jesus nos dias de hoje? Por que será que Filipe e André foram primeiro falar com Jesus em vez de levar logo os gregos para vê-lo? Quais pontos da resposta de Jesus que mais questiona minha vida pessoal? Quais pontos que mais questionam o meu trabalho evangelizador?
 
Agenda de Março 2015
Formação de Catequistas: Datas e locais de nossa formação;
Março:
06Cubatão: na SOMECA (Rua Maria Graziela, 565, Jardim Casqueiro) às 19h;
16Bertioga: na Riviera de São Lourenço; às 19:30h.;
20Praia Grande: na Paróquia Santo Antônio; às 19:30h.;
23Mongaguá: na Paróquia Nossa Senhora Aparecida; às 19h.;
26Santos/Orla: na Paróquia do Senhor dos Passos; às 20h.;
Sondagem Comissão AB-C e Pastoral da Juventude 2014/2015
Catequistas de adolescentes e jovens e Líderes Jovens
Encontros por cidade: Datas e locais das reuniões;
dia 7/mar/2015, das 14h  às 17h: São Vicente(Paróquia Nossa Senhora das Graças),Praia Grande e Mongaguá(Paróquia Nossa Senhora das Graças- Ocian);
dia 14/mar/2015, das 14h às 17h: Cubatão(Paróquia São Francisco de Assis) e Guarujá (na Com. São João Batista em Morrinhos )/Bertioga(Paróquia São João Batista);
dia 21/mar/2015, das 14h às 17h: Santos(Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia) e Itanhaém/Peruíbe  (não foi definido local ainda);
A mesma reunião acontece em 3 cidades simultaneamente.

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

 

 

 

 

 

Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Fevereiro de 2015

A Evangelização e a CF 2015

Depois dos bons propósitos de início de ano, chegou o momento de nos reanimarmos em nossa missão evangelizadora. Afinal, o carnaval também já está passando e a Quaresma, mais uma vez, vem nos convidar a assumirmos nosso caminho de conversão em vista da realização do Reino de Deus.
Para nós, evangelizadores e catequistas, a Campanha da Fraternidade (CF) que nos é proposta nesse ano está em total sintonia com o objetivo último de nossa missão. O tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” já deixa transparecer que estamos sendo convidados a olhar além de nosso pequeno mundo onde muitas vezes queremos nos fechar. Com o lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), fica ainda mais claro que ao nos identificarmos com Jesus, assumimos também a missão de aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade.
Para alguns esse tema pode causar medo, pois a partir de um olhar superficial, parece ser impossível conseguir um sério diálogo entre essas realidades tão contrastantes. Tem-se a impressão que tentar conversar com a sociedade de hoje, é se atrever a percorrer um deserto cheio de feras prontas para devorar os desavisados. Quanto mais medo se tem dessas feras, tanto mais elas se apresentam perigosas e assustadoras. Nesse caso, uma das grandes tentações, é a de procurar abrigos seguros para se esconder e ficar protegido desses perigos. Para muitos a Igreja serve para isso, uma espécie de lugar seguro onde se refugiar das perversidades promovidas e realizadas pela sociedade.
Os que agem assim são incapazes de perceber o quanto Deus marca sua presença em qualquer realidade e situação inspirando bons propósitos, iluminando caminhos e capacitando os mais variados tipos de pessoas para conseguirem agir de forma justa, honesta, solidária e a favor da vida.
Nós, evangelizadores e catequistas, temos que ser essas pessoas que acreditam que um mundo melhor é possível, sim. E que ele se realizará na medida em que soubermos ser uma presença que faz a diferença, de uma maneira positiva, na sociedade de hoje. Nossa missão não é a de lutar contra a sociedade, mas a de saber partir dos mais variados desafios que ela apresenta e deixar-se iluminar pelo Deus da Vida que sempre propõe caminhos novos e melhores a serem percorridos por todos.
É nesta direção que nos orienta o Texto Base da CF 2015 (nº 226): “... a dignidade da pessoa humana, o bem comum e a justiça social são os critérios a partir dos quais a Igreja discerne a oportunidade e o estilo de seu diálogo e de sua colaboração com a sociedade. É por esses mesmos valores que ela pauta sua própria atuação, enquanto força de transformação deste mundo à luz do Reino de Deus, anunciado e mostrado presente por Jesus Cristo”.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 1º Domingo da Quaresma iremos refletir sobre o seguinte texto bíblico: Mc 1,12-15. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Quais são “as feras” mais ameaçadoras na realidade onde vivo? Quais são os “anjos”, isto é, as iniciativas promotoras de vida que se apresentam na realidade onde vivo? Acredito que o Reino de Deus pode se concretizar na realidade onde vivo? Qual atitude de conversão devo assumir para que isso aconteça?

AGENDA
Previsão do Calendário 2015:  
          Formação de Catequistas = março e abril. Por cidade.
            Encontros de Formação de Evangelizadores = maio, junho e julho. Em cada Paróquia.
             Formação de Evangelizadores = julho
           Retiro para Catequistas = agosto, setembro e outubro. Por cidade.
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Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

Artigo Pe.Luís Gonzaga Bolinelli - Janeiro de 2015

O Ano da Paz e a Evangelização

Você acredita, mesmo, que 2015 pode vir a ser o “Ano da Paz”, como nos propõem os nossos Bispos?
Se formos daquelas pessoas que pensam que essa “Paz” cairá do céu como um “presente de Deus”, certamente terminaremos o ano com uma grande frustração... Mas se entendermos que a verdadeira Paz, aquela que Jesus veio nos trazer, é fruto de contínua conquista, certamente vamos nos esforçar ainda mais na construção de um mundo mais fraterno, justo e solidário.
O desafio é grande, pois a mentalidade de violência, exclusão, intolerância, preconceitos, discriminação, vingança, etc. está muito enraizada na sociedade de hoje e, infelizmente, também muito propagandeada pelos meios de comunicação social que acabam criando um clima sempre maior de desconfiança e desprezo pelo outro, pelo diferente.
A pergunta que não pode calar é: O que eu tenho a ver com isso? E ainda: Apesar de minha fraqueza e pequenez, o que eu posso e devo fazer? Por ser habitante deste mundo marcado por tantos contrastes, tenho tudo a ver com isso, pois ou me escondo e me isolo sempre mais, tentando me proteger ou faço minha parte e uno forças com mais pessoas para reverter essa situação! Não podemos nos esquecer dessa verdade: tem muita gente querendo e fazendo coisas boas. E muito mais ainda pode e deve ser feito e isso depende de cada um de nós!
Além de razões puramente humanas, de sobrevivência, o que nos deve impulsionar sempre mais nessa direção da construção de um Mundo de Paz, é tomarmos consciência que recebemos essa missão desde o nosso Batismo. Ao sermos batizados, acolhemos em nós o mesmo Espírito Santo que animou Jesus Cristo em tudo o que ele viveu e ensinou. Isto é: ao nos tornarmos discípulos missionários de Jesus, assumimos o compromisso de fazer tudo o que está ao nosso alcance para que aquele mundo justo, fraterno, solidário, onde reina a verdadeira Paz, tão anunciado e já iniciado por Jesus, realmente vá se concretizando também nos dias de hoje.
Como já disse antes, tudo isso não cai do céu! Precisamos levar mais a sério nossa responsabilidade de evangelizadores. Quanto mais conseguirmos levar as pessoas a realmente assumir Jesus e seu projeto de mundo fraterno, onde todos possam viver dignamente, tanto mais a verdadeira Paz será realidade entre nós.
Que todos tenham um ano marcado por essa Paz que só Jesus proporciona e traz para todos nós.
Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: A Solenidade do Batismo do Senhor conclui o Ciclo do Natal e dá início ao Tempo Comum nos propondo o seguinte texto bíblico: Mc 1,7-11. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Para mim, o que significa ser batizado no Espírito Santo? Consigo perceber que a minha missão está em sintonia com a de Jesus Cristo? Eu também me sinto um filho amado do Pai? Qual tem sido meu compromisso concreto pela construção de um mundo de Paz?









AGENDA

Ø  Previsão do Calendário 2015:  

ü  Formação de Catequistas = março e abril

ü  Encontros de Formação de Evangelizadores = maio, junho e julho

ü  Formação de Evangelizadores = julho

ü  Retiro para Catequistas = agosto, setembro e outubro


Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!



Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C
Artigo Pe.Luís Gonzaga Bolinelli - Dezembro 2014

 



Quando falamos de Natal, logo nos vem em mente a ternura e a singeleza do Menino Jesus com Maria e José no Presépio. Essa bela imagem que idealizamos a partir dos relatos dos Evangelhos, com certeza nos leva a refletir sobre aquela verdade fundamental da nossa fé: Deus se fez homem em Jesus de Nazaré!
Para um cristão consciente, que tem sua fé mais amadurecida, graças a uma sólida catequese, essa imagem do Presépio tem um significado muito mais profundo. De fato, estamos diante do grande Mistério da Encarnação, isto é, diante do próprio Deus, que por causa de seu infinito e misericordioso amor por nós, fez questão de se rebaixar até assumir a natureza humana, em seus aspectos mais simples e humildes. Assim, festejar o Natal é celebrar o Deus que quis se identificar conosco em nossas mais variadas situações de vida, principalmente solidarizando-se com os mais fracos, desprotegidos e descartados... Aquele que é perfeito e todo-poderoso, em Jesus, se torna limitado, fraco, dependente, necessitado do auxílio e compreensão dos outros...
Para muitos, é bem mais simples e cômodo acreditar num Deus invisível e todo-poderoso, que está lá em cima no céu, sentado no seu trono, agindo com justiça, mas cheio de misericórdia por nós pecadores. Mesmo isso tudo sendo verdade, a celebração do Mistério da Encarnação deveria nos questionar muito para darmos um sentido mais profundo e verdadeiro para a nossa fé cristã, que deve ser sempre marcada pela acolhida e solidariedade com os mais necessitados.
Quando o Papa Francisco diz desejar uma Igreja pobre para os pobres, está querendo deixar bem claro quais são as consequências da acolhida de Jesus Cristo em nossas vidas. No seu documento sobre a Alegria do Evangelho (EG) ele diz: “Deriva da nossa fé em Cristo, que Se fez pobre e sempre Se aproximou dos pobres e marginalizados, a preocupação pelo desenvolvimento integral dos mais abandonados da sociedade. Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo. (...) Ficar surdo a este clamor, quando somos os instrumentos de Deus para ouvir o pobre, coloca-nos fora da vontade do Pai e do seu projeto.” (EG 186-187).
Por isso é fundamental que em nosso trabalho de evangelização e catequese tenhamos a preocupação constante de estarmos conduzindo nossos catequizandos ao encontro com o verdadeiro Deus que nos foi apresentado por Jesus. Que todo trabalho catequético seja “pé no chão”, isto é, que seja integrador com toda a realidade, que valorize a criação como um todo, que leve à vida comunitária, sem vê-la como contrastante com as demais realidades do mundo, mas como sinal do Reino e lugar de crescimento e celebração da fé no Deus feito homem em Jesus Cristo.
Em nome de toda a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos, desejo a você leitor e evangelizador, e a todos os catequistas um Natal marcado pelo reencontro com Jesus que se fez um de nós para trazer dignidade e dar sentido à vida de todos. Desejo também que cada dia do novo ano que se inicia seja abençoado e iluminado pelo Deus da vida, possibilitando a todos serem autênticos discípulos missionários de Jesus Cristo.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: Com as Festas Natalinas celebramos o Mistério da Encarnação do Senhor e a Liturgia do dia de Natal nos convoca a refletir sobre o texto bíblico: Jo 1,1-18. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: O que celebro no Natal? Quais as consequências dessa celebração em minha vida? O que a celebração do Natal tem a ver com meu trabalho de evangelização e catequese?

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C
 

 

Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Novembro 2014

Acolher Jesus no Próximo


O verdadeiro discípulo missionário é aquele que acolhe totalmente Jesus Cristo em sua vida. Isso quer dizer que Jesus Cristo é assumido como a principal referência para todas as atitudes e decisões do dia a dia. Tudo o que Ele ensinou e também o seu modo concreto de agir e de se relacionar com as pessoas são acolhidos e vividos por quem quer ser um autêntico cristão. No entanto, é necessário que essa acolhida seja renovada continuamente para que não fique desgastada ou caia num comodismo intimista que busca somente sua própria satisfação em vez do renovado ânimo para a missão.
A decisão de acolher Jesus tem seu fundamento principal no Batismo e implica um dinamismo de contínua busca e encontro com o Senhor da Vida. Normalmente e necessariamente, temos que buscar Jesus na Leitura Orante da Palavra de Deus, na Celebração Eucarística, nos muitos momentos de oração e na vida fraterna em Comunidade. Todavia, é necessário tomar cuidado para não cair na atraente tentação do devocionismo estéril, que leva a um progressivo afastamento das pessoas para poder estar mais tempo junto de Deus... Sobre isso, sabiamente o Papa Francisco nos orienta na sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: “É preciso cultivar sempre um espaço interior que dê sentido cristão ao compromisso e à atividade. Sem momentos prolongados de adoração, de encontro orante com a Palavra, de diálogo sincero com o Senhor, as tarefas facilmente se esvaziam de significado, tornamo-nos fracos com o cansaço e as dificuldades, e o ardor se apaga. (...) Ao mesmo tempo, há que rejeitar a tentação de uma espiritualidade intimista e individualista, que dificilmente se harmoniza com as exigências da caridade, com a lógica da encarnação. Há o risco de que alguns momentos de oração se tornem uma desculpa para evitar dedicar a vida à missão, porque a privatização do estilo de vida pode levar os cristãos a refugiarem-se em alguma falsa espiritualidade” (EG 262)
Na realidade, a fé cristã nos coloca diante de um grande desafio: acolher Jesus Cristo no próximo, principalmente nos mais necessitados! Para Jesus o próximo é sempre quem nos desconcerta: é aquele a quem temos que perdoar, pois fez algo grave contra nós; é aquele que nos perturba quando queremos saborear o sossego de uma fé tranquila; é aquele que tem necessidades básicas para sobreviver e vem pedir socorro justamente para nós que já resolvemos nossos problemas de subsistência; é aquele que, de alguma forma, nos obriga a nos desinstalarmos do comodismo no qual já tínhamos organizado a vivência de nossa fé...
No dia do encontro definitivo com Jesus, na casa do Pai, será a vez dele nos acolher. E seremos acolhidos exatamente da mesma forma com a qual soubemos acolhe-lo aqui nesta realidade terrena. As horas que passamos rezando, meditando a Palavra de Deus, indo à Missa ou fazendo Adorações ao Santíssimo não serão contabilizadas, pois são necessidades de fortalecimento e celebração da fé. Precisamos fazer tudo isso, para darmos conta de realizar nossa missão. Afinal, o que vai contar mesmo, é o tempo que nos dedicamos ao encontro real com Jesus naqueles com os quais ele se identificou: nos pobres, marginalizados, excluídos, perseguidos, descartados, ignorados por essa sociedade que ainda não assumiu Deus e seu plano de salvação a todas as suas amadas criaturas.
Por isso mesmo, nossa catequese ou trabalho evangelizador deve sempre conduzir as pessoas ao verdadeiro encontro com Jesus, concretizado no amor às pessoas enquanto “força espiritual que favorece o encontro em plenitude com Deus (... Pois) quando vivemos a mística de nos aproximar dos outros com a intenção de procurar o seu bem, ampliamos o nosso interior para receber os mais belos dons do Senhor. Cada vez que nos encontramos com um ser humano no amor, ficamos capazes de descobrir algo de novo sobre Deus. Cada vez que os nossos olhos se abrem para reconhecer o outro, ilumina-se mais a nossa fé para reconhecer a Deus. Em consequência disto, se queremos crescer na vida espiritual, não podemos renunciar a ser missionários. (...) Só pode ser missionário quem se sente bem procurando o bem do próximo, desejando a felicidade do outro. (EG 272).

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: Com a Festa de Cristo Rei, encerra-se o Ano Litúrgico e desta vez somos convocados a refletir sobre o texto bíblico: Mt 25,31-46. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Com qual frequência procuro renovar meu encontro pessoal com Jesus? Até que ponto minha vida de oração me leva a me encontrar com Jesus no próximo? Qual é o próximo que acolho com mais satisfação e qual o que encontro mais resistência para acolher? Essa dimensão social, de acolhida do próximo necessitado, está amplamente presente no meu trabalho catequético ou fico preocupado somente com a dimensão litúrgico-sacramental?

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

 

 

Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Outubro 2014




Conduzir ao verdadeiro Amor

Quando uma pessoa acolhe Jesus Cristo em sua vida, necessariamente assume um estilo novo de viver, marcado por tudo o que Jesus ensinou e realizou. De fato, com Jesus torna-se mais claro e verdadeiro o relacionamento com Deus, assumindo-o como Pai misericordioso, com as outras pessoas, que passam a ser reconhecidas como irmãos e irmãs e consigo mesmo, enquanto sujeito de uma missão especial neste mundo.
Como catequizar sem partir dessa convicção e sem tê-la como referência de qualquer trabalho evangelizador? Um sério problema que enfrentamos, quando procuramos realizar nossa missão evangelizadora, é o de querer chegar logo “ao finalmente”; isto é, muitas vezes queremos, logo de início, exigir que o candidato a ser seguidor de Jesus já viva uma vida totalmente em sintonia com toda a moral cristã. A pressa em querer ver o resultado, acaba atrapalhando o processo de acolhida de Jesus. Afinal, não basta somente afirmar que Deus é nosso Pai e todos somos irmãos e irmãs uns dos outros, é preciso dar tempo para que a pessoa entenda e faça sua experiência pessoal dessa verdade.
Somos continuamente tentados a fazer listas do que é certo ou errado, do que se pode ou não se pode fazer, do que é pecado ou não... É fundamental superarmos essa tentação, pois além de não encontrar seu embasamento em Jesus, facilmente nos leva a uma visão discriminatória das pessoas e abre espaço para as mais variadas formas de exclusões. Temos que lembrar sempre que a vida perfeita que Deus espera de nós é consequência da acolhida da proposta significativa que Jesus veio nos apresentar e que tem seu fundamento na lei do amor.
Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o Papa Francisco demonstra sua preocupação com essa forma errada de entender a evangelização quando afirma: “Quando a pregação é fiel ao Evangelho, manifesta-se com clareza a centralidade de algumas verdades e fica claro que a pregação moral cristã não é uma ética estoica (rígida, conformista), é mais do que uma ascese (elevação espiritual), não é uma mera filosofia prática nem um catálogo de pecados e erros. O Evangelho convida, antes de tudo, a responder a Deus que nos ama e salva, reconhecendo-O nos outros e saindo de nós mesmos para procurar o bem de todos. Este convite não há de ser obscurecido em nenhuma circunstância!” (EG 39).
A vida nova de discípulos missionários de Jesus deve ser sempre o nosso objetivo de evangelizadores, mas temos que ter presente que só se chega lá conduzindo a pessoa, com a paciência que for necessária, a acolher o verdadeiro amor que tem sua origem em Deus e que deve ser o motor da vida de cada um de nós.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 30º Domingo do Tempo Comum a liturgia nos propõe o texto bíblico: Mt 22,34-40. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Para mim qual é, realmente, o maior mandamento? De que forma o mandamento do amor se manifesta em minha vida? Até que ponto o mandamento do amor é a principal referência de minha atividade catequética/evangelizadora? Minha principal preocupação é a de ensinar regras ou a de conduzir o catequizando ao verdadeiro Amor ensinado e vivido por Jesus?

AGENDA
Ø  O Retiro de Catequistas está sendo realizado em cada cidade da Diocese. O tema é: “Jesus diz a todos: Venham a mim!”. Participe! Leve a Bíblia e a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Próximas datas:
ü  04 de Outubro = Praia Grande, às 8h na Paróquia N. Sra. das Graças – Ocian;
ü  11 de Outubro = Orla, às 8:30h no Seminário São José – Santos;
ü  18 de Outubro = Cubatão, às 14h na Capela N. Sra. Aparecida – Fabril;
ü  25 de Outubro = Peruíbe, às 8:30h na Paróquia São João Batista – Centro.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

 

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Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Setembro 2014



Quanto deve ganhar um discípulo missionário de Jesus?
Tem uma propaganda de um cartão de crédito que faz uma lista de vários produtos com seu respectivo preço e sempre termina com alguma experiência de vida e a conclusão de que aquilo “não tem preço!”. Isso é muito significativo, pois até mesmo uma instituição símbolo da sociedade capitalista reconhece publicamente que o que realmente importa na vida, não tem como ser comprado com dinheiro.
No entanto, encontramos muita gente que não consegue entender o trabalho gratuito de tantos discípulos missionários de Jesus em beneficio de outras pessoas, sempre carentes de algo, seja espiritual ou mesmo material. Afinal, nessa sociedade capitalista em que vivemos, tudo é visto a partir da certeza do lucro e por isso é normal as pessoas se perguntarem antes de fazer algo: “quanto ou o que vou ganhar ao fazer isso?”
Infelizmente, encontramos esse modo de pensar e viver até mesmo entre os batizados que frequentam a Igreja e fazem parte ativa de sua própria Comunidade. São pessoas que realizam as mais variadas atividades, muitas vezes com grande esforço e dedicação pessoal, mas que sempre querem ser reconhecidas pelo que fazem, procurando, assim, ficar em evidência e adquirir certo status ou privilégio na Comunidade.
A gratuidade do trabalho pela causa do Reino de Deus é totalmente incompreensível para quem não assumiu sua missão batismal de verdadeiro discípulo missionário de Jesus Cristo. Assim como é verdade que para a sociedade capitalista só tem valor quem produz muito e é reconhecido financeira ou socialmente por causa disso, também é verdade que isso não tem nada a ver com os ensinamentos de Jesus! Ele nos ensina que o importante é todo e qualquer tipo de doação que se faz em favor da dignidade de vida de quem quer que seja. Mais do que medir o quanto foi feito, Jesus pede que realizemos gestos concretos de doação, mesmo pequenos, mas sempre a partir do coração, por amor, com aquela mesma bondade que é própria de Deus Pai, graças ao Espírito Santo que habita em nós.
Aquele que age assim sabe que seu gesto “não tem preço” e, por isso, não se sente no direito de ter qualquer tipo de privilégio em relação àqueles outros que também agem desse mesmo modo. Ao invés de ficar calculando os ganhos ou os prejuízos, o verdadeiro discípulo missionário de Jesus se alegra imensamente em ver que mais pessoas acolhem a vida plena que ele veio nos dar. Afinal, para Deus, cada pessoa vale simplesmente pelo fato de existir e não pela capacidade ou oportunidade de produzir, de acordo com nossos critérios econômicos ou de status social.
Graças a Deus, também é verdade que em nossas Comunidades muitos entendem que toda sua dedicação pastoral “não tem preço”! É por causa de pessoas assim que muita gente vai encontrando seu espaço na vida, na sociedade e na própria Igreja, sem ser excluída ou mesmo descartada. É a ação silenciosa e fecunda de tantos verdadeiros discípulos missionários de Jesus, que vai tornando realidade a grande proposta do Reino de Deus que Jesus veio inaugurar!
Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 25º Domingo do Tempo Comum a liturgia nos propõe o texto bíblico: Mt 20,1-16. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Que critério o patrão usa para contratar os empregados? Uma moeda de prata correspondia ao necessário para que uma família pudesse viver dignamente por um dia, portanto, o que significa “eu lhes pagarei o que for justo”? Como entender que a “justiça” de Deus é diferente daquela humana? Estou satisfeito como o meu “salário” ou sempre fico comparando-o com o dos outros?
AGENDA
Ø  Posse de Dom Tarcisio Scaramussa como Bispo Coadjutor da Diocese de Santos: 13 de setembro, às 10:00h no Mendes Convention Center, em Santos. Vamos acolhê-lo com fraterna alegria e rezarmos juntos pela sua nova missão.
Ø  O Retiro de Catequistas está sendo realizado em cada cidade da Diocese. O tema é: “Jesus diz a todos: Venham a mim!”. Participe! Leve a Bíblia e a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium
. Próximas datas:

ü  20 de Setembro = Centro I e II, às 14:30h no Colégio Stella Maris – Santos;
ü  27 de Setembro = Mongaguá, às 14h na Paróquia N. Sra. Aparecida;
ü  04 de Outubro = Praia Grande, às 8h na Paróquia N. Sra. das Graças – Ocian;
ü  11 de Outubro = Orla, às 8:30h no Seminário São José – Santos;
ü  18 de Outubro = Cubatão, às 14h na Capela N. Sra. Aparecida – Fabril;
ü  25 de Outubro = Peruíbe, às 8:30h na Paróquia São João Batista – Centro.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!
Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C




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Artigo Pe. Luís Gonzaga Bolinelli - Agosto 2014



Parabéns, Catequista Discípulo Missionário!


Ser discípulo missionário de Jesus Cristo, em vista da concretização do Reino de Deus, é um compromisso assumido por todo batizado, independentemente da própria função que ele tenha na Igreja e do grau de instrução da sua fé, como nos lembra o Papa Francisco na Evangelii Gaudium (EG 120). Assim sendo, cada um realizará esse compromisso com características próprias, mas sempre em comunhão com toda a Igreja.
O catequista discípulo missionário sabe que sua missão é muito mais que ensinar doutrinas. Ele tem consciência que o catequizando, após ter feito um significativo encontro com Jesus Cristo, necessita ser acompanhado e animado a chegar ao amadurecimento de uma fé autêntica que se traduz num modo novo de  viver.
De fato, o discípulo de Jesus Cristo é aquele que tem consciência que seu lugar é atrás do Mestre! Por isso sabe que precisa dedicar tempo, o quanto for necessário para conhecer e acolher os seus ensinamentos e estilo de vida.
Parabéns a você catequista, que sabe ser autêntico discípulo de Jesus Cristo, pois continuamente se preocupa com o próprio amadurecimento da fé, através da escuta de sua Palavra na Leitura Orante da Bíblia, de momentos intensos de oração, das celebrações litúrgicas, de formações e estudos pessoais.
O compromisso missionário é consequência natural do discipulado, pois “cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de Deus em Cristo Jesus” (EG 120). É impossível guardar tão rica experiência somente para si. Quem se coloca no seguimento de Jesus deseja que mais pessoas descubram esse tesouro e por isso o anuncia alegremente aos que ainda não o conhecem.
Parabéns a você catequista, que realiza a sua missão ajudando as pessoas a darem verdadeira razão da sua fé cristã. Você entendeu que “o primeiro anúncio deve desencadear também um caminho de formação e de amadurecimento” (EG 160) e por isso dedica sua vida em ajudar adultos, jovens, adolescentes e crianças a se tornarem verdadeiros discípulos missionários de Jesus.
Parabéns a você catequista discípulo missionário! Toda a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Diocese de Santos reconhece o quanto você se dedica no crescimento pessoal da vivência da própria fé e no esforço em fortalecer a fé de tantos irmãos e irmãs que também são convocados pelo Senhor nosso Deus para fazer o seu Reino acontecer. Quantas renúncias você assume para realizar tão importante missão! Graças ao seu trabalho muitas comunidades são fortalecidas e capacitadas para assumirem trabalhos mais comprometidos com os excluídos e mais necessitados de nossa sociedade. Que você seja sempre mais um evangelizador que se abre sem medo à ação do Espírito Santo! Deus lhe Abençoe hoje e sempre!
Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: Neste ano o Dia do Catequista será celebrado no 22º Domingo do Tempo Comum no qual se reflete o texto bíblico: Mt 16,21-27. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: O que escandalizou Pedro? Quais as condições para ser verdadeiro discípulo de Jesus? Quais renúncias você é capaz de fazer para ser verdadeiro discípulo missionário de Jesus? E isso vale a pena?


AGENDA
Ø  O Retiro de Catequistas será realizado em cada cidade da Diocese. Algumas datas:
ü  02 de Agosto = São Vicente às 14h na Paróquia Cristo Rei;
ü  16 de Agosto = Bertioga às 14h na Igreja N. Sra. das Graças – Riviera;
ü  30 de Agosto = Itanhaém às 14h na Igreja São Bento – Gaivota;
ü  06 de Setembro = Guarujá, às 14h na Paróquia N. Sra. de Fátima – Centro;
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!


Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C



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Artigo de julho de 2014

Anunciadores de Jesus e seu Reino

Ao desenvolvermos a missão evangelizadora, temos certeza que nossa proposta tem um valor fundamental para a vida de qualquer homem e mulher e por isso nos dedicamos em anunciar essa verdade a cada vez mais pessoas que ainda não a conhecem.
De fato conhecer e acolher Jesus e o seu anúncio do Reino é o que de melhor pode acontecer na vida de alguém. Jesus é o único que nos traz a salvação e, justamente por isso, nos propõe um caminho de comunhão com todos os seus irmãos e irmãs como sinal de uma verdadeira adesão a Deus e seu projeto de amor.
Tal dimensão comunitária do anúncio evangelizador nunca pode ser esquecida. É necessário anunciar Jesus deixando claro que só se torna seu discípulo quem aceita exercer o discipulado missionário junto com todos os que já fizeram essa opção de vida. Precisamos reconhecer que são muitos os que preferiram deixar de lado privilégios e lucros materiais para aderir à proposta de serviço, doação e partilha, próprias de quem aceitou o desafio de fazer o Reino dos Céus começar a acontecer aqui neste mundo. São pessoas que entenderam que para conseguir possuir o tesouro, era necessário comprar o terreno todo no qual ele estava escondido...
Esse é um dos grandes desafios da catequese levar a pessoa a uma participação efetiva na Comunidade como sinal de verdadeira adesão ao projeto do Reino anunciado e iniciado por Jesus. Em todo o caso, uma tentação que temos que superar é a de querer decidir quem será capaz ou não de aderir a essa proposta como se coubesse a nós tal decisão. Nossa missão é a de anunciar com uma convicção capaz de convencer quem nos ouve. A decisão de acolher ou não tal proposta será sempre da pessoa. Mesmo sabendo que entre os que dizem aceitar, encontram-se, também, os que buscam somente benefícios egoístas, na realidade não temos capacidade para distinguir quem é sincero de quem está somente querendo se mostrar.
Com muita sabedoria o Papa Francisco assim se expressa na Evangelii Gaudium: “Mais do que como peritos em diagnósticos apocalípticos ou juízes sombrios que se comprazem em detectar qualquer perigo ou desvio, é bom que nos possam ver como mensageiros alegres de propostas altas, guardiões do bem e da beleza que resplandecem numa vida fiel ao Evangelho” (EG 168).
Portanto, quanto mais vivermos nossa com autenticidade nossa adesão a Jesus e ao seu projeto do Reino, melhor o anunciaremos e contribuiremos para que mais pessoas, na própria Comunidade tenham corajem de tomar com mais seriedade sua decisão de vida pelo único tesouro que vale a pena.
Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 17º Domingo do Tempo Comum a liturgia nos propõe o seguinte texto bíblico: Mt 13,44-52. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Sabendo que o tesouro é Jesus e o terreno é a Igreja, como entender essa parábola? Sabendo que a rede cheia de peixes é a Igreja e os peixes são os que dela participam, como entender essa parábola? Jesus é a grande novidade para nossa vida, por isso toda nossa experiência passada deve ser jogada fora? O que tudo isso tem a ver com nossa missão evangelizadora?
AGENDA
Ø  Retiro de Catequistas 2014, que será realizado em cada cidade da Diocese:
ü  02 de Agosto = São Vicente às 14h na Paróquia Cristo Rei;
ü  16 de Agosto = Bertioga às 14h na Riviera;
ü  30 de Agosto = Itanhaém e Peruíbe, às 14h na Igreja São Bento – Gaivota;
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!
Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

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Artigo de Junho de 2014 

 

Jesus! Mas qual Jesus?

Conhecer, acolher, vivenciar e anunciar Jesus Cristo são características fundamentais dos que são verdadeiros discípulos missionários do Senhor.
Conhecer esse Deus que se fez pessoa humana é mais do que saber sua história. Não basta saber detalhes sobre seu nascimento, sua vida pública e sua morte e ressurreição. É necessário ler/estudar os textos sagrados, que falam sobre Ele, com espírito de fé; é preciso ir além das palavras escritas para descobrir a mística que ela sugere e assim conseguir acolher o Mistério que é apresentado a todos.
Se acolhermos somente a história de Jesus, no máximo conseguiremos vê-lo puramente como um herói! Mesmo que seja um grande herói, será sempre um homem bom que fez e ensinou coisas boas, mas que pertence ao passado e que tem pouco ou nada a ver conosco hoje. Mas, quando nos esforçamos em acolher os Mistérios da Encarnação, da Vida, dos Ensinamentos e da Paixão, Morte e Ressurreição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, vamos percebendo o quanto Ele está vivo e presente na realidade de hoje com suas luzes e questionamentos, mostrando o caminho verdadeiro que nos leva à vida que faz sentido.
Portanto, quem lê/estuda o texto bíblico a partir dessa mística, que está por trás da palavra escrita, vai encontrar sempre propostas renovadoras para vivenciar Deus presente na atualidade de sua vida e vai afirmar junto com o Papa Francisco: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria.” (Evangelii Gaudium 1)
Num processo de evangelização e catequese é necessário superar a forte tentação de se ficar preso somente nos aspectos históricos e secundários sobre Jesus, pois normalmente não se conseguirá levar a pessoa a ver a relação desses fatos com sua própria vida. Outro desafio é o de abandonar propostas muito intimistas do encontro pessoal com Jesus para dar espaço ao verdadeiro encontro com Ele que, além de fazer renascer a alegria, incentiva para um novo e melhor relacionamento com os outros. Por isso mesmo, quanto mais conseguirmos mergulhar na Palavra de Deus a partir de uma leitura calma, que dê tempo para a necessária reflexão, que não tenha pressa em querer “tirar mensagens” (que normalmente só servem para os outros e são feitas de maneira  fundamentalistas), melhor será o encontro com o Jesus verdadeiro, Senhor e Salvador que continuamente nos convida a sermos seus discípulos missionários.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No Domingo em que se celebra a Festa dos Santos Pedro e Paulo a liturgia nos propõe o seguinte texto bíblico: Mt 16,13-19. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Para mim, quem realmente é Jesus Cristo? Essa minha resposta é porque só conheço algumas coisas sobre Jesus ou porque me considero um verdadeiro discípulo missionário dele? Tenho vontade de levar esse Jesus para outras pessoas? Eu só falo de Jesus ou o transmito principalmente pelo meu testemunho de vida?

AGENDA
Ø  Encontros de Formação de Evangelizadores 2014:
ü  Serão 4 Encontros, com cerca de 2 horas cada um, que estão acontecendo em todas as Paróquias de nossa Diocese.
ü  Informe-se em sua Paróquia sobre o dia e local desses Encontros.
Ø  Dia de Espiritualidade para Leigos:
ü  Sábado, 14 de junho das 8h às 12:30h no Colégio Stella Maris, em Santos.
ü  Promovido pela CODILEI. Todos os Catequistas também estão convidados.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C
 

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Artigo de Maio de 2014

Um caminho de amadurecimento

Durante as celebrações da Semana Santa, principalmente no Tríduo Pascal, tivemos a oportunidade de celebrar o fundamento de nossa fé cristã e renovar nossos compromissos de pessoas que se identificam com o projeto de Jesus em vista da vida plena para todos! Mas será que foi isso mesmo?... Cá entre nós: até que ponto as celebrações pascais foram vivenciadas de forma motivadora para o crescimento da fé autêntica, comprometida com o Reino de Deus?
Nem vamos levar em consideração a grande multidão que não percebeu que estávamos comemorando a Páscoa de Jesus e nem mesmo os que ficaram mais preocupados com o seu aspecto comercial (chocolate) ou turístico (ainda mais com o super feriado prolongado desse ano). Preocupante é saber que muitos cristãos continuaram priorizando o aspecto folclórico, marcado por procissões e outras devoções, dando mais valor para o “chorar sobre imagens do ‘Senhor Morto’” e ao “ficar com  dó de Jesus que morreu pelos nossos pecados”. Desses, foram poucos os que participaram das Celebrações Litúrgicas próprias do Tríduo Pascal e souberam aproveitar toda riqueza proporcionada pelos valiosos textos bíblicos e vários símbolos e ritos propícios para se fazer o devido balanço de como se está vivendo os compromissos batismais de ser hoje verdadeiros discípulos missionários de Jesus.
Não basta ser batizado para ser um cristão verdadeiro! Uma fé superficial e marcada por superstições deve ser convocada a crescer a partir de uma proposta formativa que a leve ao devido amadurecimento: ter a consciência que se deve cumprir no dia a dia tudo o que Jesus fez e ensinou. É isso o que nos lembra o Papa Francisco no documento Evangelii Gaudium (EG): “O mandato missionário do Senhor inclui o apelo ao crescimento da fé, quando diz: ‘ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado’ (Mt 28,20). Daqui se vê claramente que o primeiro anúncio deve desencadear também um caminho de formação e de amadurecimento. A evangelização procura também o crescimento, o que implica tomar muito a serio em cada pessoa o projeto que Deus tem para ela. Cada ser humano precisa sempre mais de Cristo, e a evangelização não deveria deixar que alguém se contente com pouco...” (EG 160)
Evangelizar não é difundir devoções e, menos ainda, crendices! Temos o dever de ajudar cada um a superar essas visões distorcidas e fragmentadas da fé em Jesus Cristo para que possam acolher sua proposta salvadora, vivenciar sempre e em todos os lugares os seus ensinamentos e fazer da própria vida doação total, assim como Jesus o fez.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: Na Festa da Ascensão do Senhor vamos refletir sobre o seguinte texto bíblico: Mt 28,16-20. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Em qual lugar Jesus Ressuscitado quer se encontrar comigo? Na evangelização, quando é que priorizo o “fazer discípulos de Jesus”? No meu trabalho catequético estou mais preocupado em difundir devoções ou em transmitir os ensinamentos de Jesus?

AGENDA
Ø  Encontros de Formação de Evangelizadores 2014:
ü  Serão 4 Encontros, com cerca de 2 horas cada um, que deverão acontecer em todas as Paróquias de nossa Diocese.
ü  Informe-se em sua Paróquia sobre o dia e local desses Encontros.
Ø  Dia de Espiritualidade para Leigos:
ü  Sábado, 14 de junho às 9h em Santos.
ü  Promovido pela CODILEI. Todos os Catequistas estão convidados.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!
ü  Facebook: www.facebook.com/abcsantos

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

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Artigo de Abril de 2014

A Necessidade da Ressurreição

Todos concordamos que a celebração do Mistério Pascal é o ponto alto da expressão da nossa fé no Deus que manifesta o seu imenso amor misericordioso por nós, através de Jesus que doa totalmente sua vida, morrendo e vencendo a morte para a nossa salvação. A cada ano, nas festividades pascais, somos convocados a renovar o significado disso em nossa vida. Afinal, mais do que simplesmente nos lembrarmos que Jesus morreu e ressuscitou por nós, temos que perceber essa ressurreição acontecendo na vida de cada um de nós e da nossa própria comunidade.
Com certa frequência fazemos experiências de fracasso tanto em nossa vida pessoal como na nossa missão evangelizadora: enfrentamos determinadas dificuldades que parecem ser maior que nossas forças; vemos que muitas de nossas ações são interpretadas de maneira equivocada; percebemos que existem pessoas que não concordam com nosso jeito de pensar e agir; constatamos que várias vezes, apesar de todo nosso esforço, não chegamos aos resultados esperados...
Quantos desânimos! Quantos motivos para “jogar tudo fora” e “sumir”, abandonando aquilo que parecia nos trazer a motivação profunda de vida! Quantas “experiências de morte”!
É principalmente diante dessas situações que temos possibilidade de fazer a grande experiência da ressurreição! Precisamos ressuscitar, não só para continuarmos insistindo em fazer tudo como antes, mas para enfrentarmos esses mesmos desafios e dificuldades de uma maneira nova, mais significativa e em sintonia com o projeto de Deus. A ressurreição nos convida a darmos um salto de qualidade tanto na nossa existência, como na vivência de nossa fé e na realização de nossos trabalhos pastorais.
Justamente por causa disso, preocupado em que sejamos capazes de sempre nos renovarmos na alegre missão de evangelizar, é que o Papa Francisco nos exorta na Evangelii Gaudium: “Cristo pode sempre renovar a nossa vida e a nossa comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e fraquezas eclesiais, nunca envelhece. Jesus Cristo pode romper também os esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-Lo, e surpreende-nos com a sua constante criatividade divina. Sempre que procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho, despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual. Na realidade, toda a ação evangelizadora autêntica é sempre ‘nova’”. (EG 11)
Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: Na solene Vigília Pascal deste ano refletimos sobre o seguinte texto bíblico: Mt 28,1-10. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Quais são, normalmente, as “experiências de morte” com que me deparo? Quais experiências de ressurreição me lembro de ter acontecido em minha vida? Em que sentido a contínua memória do Mistério Pascal anima a minha vida pessoal e minha missão evangelizadora? Mesmo diante das dificuldades da vida, consigo encontrar na ressurreição de Jesus motivos para uma verdadeira alegria?
AGENDA
  Encontros de Formação de Evangelizadores 2014:
     Serão 4 Encontros, com cerca de 2 horas cada um, que deverão acontecer em todas as Paróquias de nossa Diocese.
          Informe-se em sua Paróquia sobre o dia e local desses Encontros.
 Dia de Espiritualidade para Leigos:
           Sábado, 07 de junho às 9h em Santos.
           Promovido pela CODILEI. Todos os Catequistas estão convidados.
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Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

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Artigo de Março de 2014 

 

 

Entre alegrias e dificuldades


O trabalho do catequista, como de qualquer evangelizador, é sempre desafiador porque envolve a vida toda das pessoas e não somente o seu saber. O Papa Francisco, na sua Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho (EG) nos lembra isso de uma forma muito clara: “O encontro catequético é um anúncio da Palavra e está centrado nela, mas precisa sempre de uma ambientação adequada e de uma motivação atraente, do uso de símbolos eloquentes, da sua inserção num amplo processo de crescimento e da integração de todas as dimensões da pessoa num caminho comunitário de escuta e resposta.” (EG 166).

Quando a catequese ou a evangelização priorizava o saber, bastava que alguém soubesse ensinar a doutrina e era fácil avaliar o que as pessoas tinham aprendido, sem se preocupar com o que faziam. No entanto, quando a prioridade passa a ser a transformação da vida da pessoa, fica evidente que essa tarefa deve ser muito mais envolvente e seu êxito depende não só da capacidade e bom trabalho do catequista ou evangelizador, mas também do interesse e participação da Comunidade como um todo.

Todo catequista ou evangelizador consciente já prepara e realiza seus encontros formativos a partir da Palavra de Deus, principalmente dos Evangelhos, pois esse é o melhor caminho para se levar alguém a conhecer e se apaixonar por Jesus Cristo. Hoje, também, já se tem muito claro a importância de uma devida e significativa preparação do ambiente onde se realizam essas formações. De fato, na medida em que os muitos símbolos cristãos e litúrgicos vão sendo acrescentados no ambiente e devidamente apresentados, explicados e utilizados, passam a ser assimilados mais facilmente pelos catequizandos. Tudo isso é muito bom e dá satisfação e alegria ao evangelizador que até consegue fazer essas coisas sozinho.

Mas não basta! Há um desafio maior que precisa ser enfrentado: o efetivo envolvimento da Comunidade no processo de crescimento da fé dos catequizandos. Afinal, a participação dessas pessoas na vida comunitária não será conseguida com imposições, como, por exemplo, as constrangedoras cadernetas de controle de presença nas Missas, mas depende muito mais dos incentivos que lhes são feitos e da acolhida envolvente e consciente por parte de vários setores da Comunidade. Só haverá verdadeira participação de alguém na vida comunitária, na medida em que a própria Comunidade demonstrar sua alegria em acolhê-lo e deixar claro que ali tem lugar também para ele.

Portanto, o catequista ou evangelizador pode escolher entre: ficar satisfeito com os sucessos conseguidos, de forma isolada, nos seus encontros formativos, ou, a partir dessas alegrias, esforçar-se para criar as pontes necessárias com a Comunidade para que se chegue àquela “inserção num amplo processo de crescimento e da integração de todas as dimensões da pessoa num caminho comunitário de escuta e resposta”.


Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 2º Domingo do Tempo da Quaresma nos é proposto o seguinte texto bíblico: Mt 17,1-9. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Consigo identificar as experiências de transfiguração em minha vida? E no meu trabalho evangelizador? Quais são minhas atitudes de fuga da realidade (querer construir tendas) para conservar certas alegrias? Quais desafios me obrigam a “descer a montanha”, mas revigorado pela experiência feita?


AGENDA
Ø  Encontro de Formação de Catequistas 2014:
ü  Será realizado em cada Cidade da Diocese, durante a Quaresma, com cerca de 2 horas de duração, numa noite durante a semana.
ü  Serão apresentadas a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e o Livro para os Encontros de Formação de Evangelizadores.
ü  Informe-se em sua Paróquia sobre o dia e local desses Encontros.
Ø  Encontros de Formação de Evangelizadores 2014:
ü  Serão 4 Encontros, com cerca de 2 horas cada um, que deverão acontecer em todas as Paróquias de nossa Diocese.
ü  Informe-se em sua Paróquia sobre o dia e local desses Encontros.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

 

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Artigo de fevereiro de 2014 - Pe. Luís Gonzaga Bolinelli

 

Mas todos fazem assim...





Facilmente percebemos que nessa sociedade em que vivemos há muita competição entre as pessoas, pois para se dar bem na vida, é preciso estar por cima dos outros. Prevalece ainda hoje aquela mentalidade de que é preciso levar vantagem em tudo! Por isso, muitas vezes a grande preocupação é a de ser mais esperto e saber se aproveitar das fraquezas ou ingenuidades das outras pessoas ou ter atitudes que deixe evidente quem é o mais forte ou tem mais autoridade.

O pior dessa situação é constatar que muitos dos que agem assim, tranquilamente se declaram cristãos, católicos! São pessoas que realizam normalmente suas “obrigações religiosas”,pois rezam sempre, vão com frequência às missas, têm suas devoções próprias, etc., e vivem sem dramas de consciência, pois acham que sua fé em Jesus Cristo não tem nada a ver com esses comportamentos.

Diante dessa realidade, temos que nos perguntar: mas será que isso está certo? Será que ao fazer a opção de ser um seguidor de Jesus Cristo, isso não implica em viver um estilo de vida novo, diferente dos que não professam nenhuma fé? Será que ser cristão, católico, discípulo missionário de Jesus Cristo, significa agir igual a todo mundo, pois, afinal, “todos fazem assim!”?...

Eis aqui um grande desafio para os que assumem pra valer sua tarefa de ser evangelizador: levar a pessoa a acolher o verdadeiro Deus apresentado por Jesus, o Pai que nos criou à sua imagem e semelhança e que sabe que temos condição de sermos sempre melhores até nos tornarmos “perfeitos como esse nosso Pai do céu é perfeito”! Certamente isso implica em levar as pessoas a organizarem suas vidas a partir de Jesus Cristo, dos seus ensinamentos e de sua vida e não mais a partir do “jeito que todos fazem”.

Mas não basta ensinar essas coisas, é preciso transmitir essa verdade com uma convicção tal que fique evidente que essa nova proposta de vida ensinada por Jesus é a que realmente dá sentido à nossa existência, nos realiza, nos traz a verdadeira felicidade. Por isso, enquanto evangelizadores, também temos que nos questionar sobre as nossas atitudes concretas para ver se estão em sintonia com o projeto do Reino de Deus ou se são somente um jeito menos evidente de se fazer as mesmas coisas do jeito “que todos fazem”...As nossas incoerências frequentes acabam afastando as pessoas de Jesus. Mas o nosso testemunho autêntico pode arrastar multidões para viverem o projeto do Reino de Deus.


Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No 7º Domingo do Tempo Comum iremos refletir sobre o seguinte texto bíblico: Mt 5,38-48. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Tenho consciência que ao fazer a opção por Jesus Cristo estou assumindo um compromisso de fazer a diferença nesse mundo? Em que sentido? Quais são as minhas atitudes que ainda eu justifico usando a frase “mas todos fazem assim”? O que posso e devo fazer para que a “proposta de perfeição” apresentada por Jesus seja mais real na minha vida e na dos outros?


AGENDA
Ø Semana de Formação de Evangelizadores 2014:
ü Serão 4 Encontros, com cerca de 2 horas cada um, que deverão acontecer em todas as Paróquias de nossa Diocese.
ü Em breve informaremos quando será a Apresentação e distribuição dos Livros que serão utilizados.
Ø Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!


Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

 

 

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Artigo de Janeiro de 2014 - Pe.Luís Gonzaga Bolinelli

 

Evangelizar alegremente.


           Evangelizar é acreditar que, de acordo com Jesus Cristo, Deus tem um plano muito bom para todos nós. Mesmo diante de uma realidade muitas vezes marcada pelas trevas de tanto sofrimento e desigualdades, Deus continua firme em seu propósito de amar a todos, ajudando-os, com sua luz, a vislumbrar um novo mundo mais fraterno e justo. Por isso, evangeliza quem acolhe e vive esta verdade e a anuncia a todas as pessoas.

Acolher Deus com seu plano de amor é algo muito bom, que traz satisfação e alegria. É como se tivesse encontrado a luz, que orienta, no meio da escuridão, que deixa sem rumo. Portanto quem evangeliza é uma pessoa realizada, alegre e sabe que está transmitindo algo que levará satisfação e alegria a quem acolhe a mensagem proposta.

Mas como evangelizar de forma eficaz nos dias de hoje? Em meio a tantas alternativas que nos são propostas, foi com grande surpresa que todos recebemos o significativo presente que o Papa Francisco nos deu, no encerramento do Ano da Fé, com a publicação da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho) sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.

Este documento não é tão grande, quanto grandioso! Temos diante de nós uma rica proposta a ser descoberta, valorizada e vivenciada. Portanto, agora cabe a todos nós: adquirir esta Exortação Apostólica, mas sem esquecê-la numa estante ou escrivaninha; ler o documento e não ficar satisfeito somente por saber o que está escrito lá; estudar a Evangelii Gaudium, aprofundando seu significado de proposta para a verdadeira evangelização no mundo de hoje; interiorizar esse documento sobre a Alegria do Evangelho, lembrando que antes de tudo, é para mim que está sendo feita uma proposta de conversão pastoral; colocar em prática, junto com outros membros da Comunidade, as grandes intuições que nos estimulam na vivência e anúncio alegre do Evangelho para todas as pessoas de nossa sociedade.

É o próprio Papa Francisco, ao abrir este documento sobre o Evangelho da Alegria, quem diz:“Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de convidá-los para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos”.

Assim começamos um Ano Novo, no qual, com certeza iremos realizar muitas Formações a partir deste itinerário evangelizador. Que a Alegria do Evangelho contagie a todos!


Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: O 3º Domingo do Tempo Comum nos propõe o seguinte texto bíblico: Mt 4,12-23. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Hoje, quem é o povo que ainda está nas trevas? Como levar a verdadeira luz até eles? No que, ainda, preciso me converter? O que ainda preciso deixar para ser verdadeiro discípulo missionário de Jesus?


AGENDA
Ø Semana de Formação de Evangelizadores 2014:
ü São 4 Encontros, com cerca de 2 horas cada um, que devem acontecer em todas as Paróquias de nossa Diocese. Informe-se quando será na sua Comunidade!
ü A Apresentação e distribuição dos Livros que serão utilizados, foi adiada. Logo mais informaremos data e local.
Ø Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C



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Artigo de outubro de 2103


Parece, mas não é!








É normal que nas diversas Comunidades, Pastorais, Grupos ou Movimentos existam pessoas que se sobressaiam. Muitas vezes isso acontece porque a própria função que exercem as colocam mais em evidência. Mas tal fato, por si só, não deveria causar nenhum tipo de dificuldades. Os problemas surgem, e algumas vezes de forma muito séria, quando determinadas pessoas fazem de tudo para ficar em posição de destaque: são aquelas que parecem ser modelos de santidade, mas que de fato estão bem longe disso...





Na realidade, a santidade é um compromisso que assumimos no nosso Batismo. Desde então, temos a missão de sermos discípulos missionários de Jesus Cristo e por isso temos que nos esforçar em deixar nossa vida cada vez mais parecida com a de nosso Mestre e Senhor. Portanto, é nossa obrigação procurar crescer continuamente no conhecimento de tudo o que Jesus fez e ensinou, pois só assim o teremos como referência para todo o nosso agir.




De fato, o que se espera de todo batizado é que tenha um estilo de vida em sintonia com o plano de Deus para nós. Aliás, a partir do que aprendemos de nosso Mestre Jesus, todo discípulo missionário é chamado a ser e agir com aquela forma amorosa, misericordiosa, que é própria de nosso Pai Celestial. Isso nos leva a viver nosso relacionamento com os outros de forma fraterna, onde a acolhida, a valorização e tantos outros valores, são vividos com naturalidade.




Ao exercermos nossa missão de catequistas, além de transmitir essa verdade, temos que, em primeiro lugar, vive-la com convicção, pois a transmissão da bondade e do amor misericordioso de Deus acontece não tanto pelas palavras, mas pelo modo concreto como nos relacionamos com as outras pessoas.




Tudo isso até que seria simples, mas a realidade do dia a dia nos coloca diante de várias tentações e uma delas é aquela de irmos deixando as propostas de Jesus de lado e começarmos a impor as próprias convicções pessoais, muitas vezes marcadas por preconceitos que levam à exclusão do outro. Sem perceber começamos a nos achar melhor que os outros e desenvolvemos atitudes de distanciamento de determinadas pessoas, começamos a ter mais palavras de condenação do que de acolhida, passamos, com certa facilidade, a fazer a lista dos pecados dos outros e a alimentar o desprezo por seu tipo de vida... Assim, cada vez mais a misericórdia de Deus vai se tornando algo distante e teórico, sem qualquer reflexo em nossa vida. E o pior é que continuamos achando que somos as pessoas mais certinhas do mundo e nem vamos percebendo o quanto estamos nos fiando longe de Deus e de sua proposta para nós.




Não é à toa que no final do Pai Nosso pedimos a Deus que “não nos deixe cair em tentação”! Que ele nos ajude a não termos essas atitudes de quem parece ser uma pessoa de bem, mas que na realidade vive como um fariseu hipócrita sem nenhum compromisso com aqueles que Deus ama de modo preferencial.








Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No final de semana do 30º domingo do Tempo Comum o evangelho será: Lc 18,9-14. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Quando me comporto como esse fariseu? Quando tenho as mesmas atitudes desse cobrador de impostos? Na minha missão catequética ou evangelizadora estou tendo coerência entre o que falo e o que vivo? O que devo fazer para crescer como discípulo missionário de Jesus?





Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C







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Artigo de setembro de 2013


O Catequista e o “Paizinho” de Jesus:














Todo evangelizador e catequista tem consciência que sua grande missão é a de ajudar as pessoas a terem aquele encontro marcante e significativo com o Deus verdadeiro, aquele Deus que somente Jesus conheceu e que fez questão de nos mostrar através de seus ensinamentos, mas principalmente através de seu jeito de viver.


Jesus ensinava incansavelmente que Deus está sempre próximo de todas as pessoas e tem por elas um profundo amor misericordioso, que somente quem criou, deu a vida, com o devido carinho e dedicação é capaz de sentir. Por isso mesmo é que Jesus sempre se referia a esse Deus com aquela intimidade de quem reconhece que ele só pode ser um verdadeiro “Paizinho”!


Estar em sintonia com esse “Paizinho” foi um aspecto fundamental na vida de Jesus, pois tudo o que vivia e anunciava tinha sentido somente graças à fidelidade ao plano de amor desse Deus verdadeiro, que é o Pai de Bondade de todas as pessoas e criador de toda a existência. Assim, com o respeitoso e devido amor filiar, Jesus procurava transmitir quem era esse “Paizinho” através de seu jeito de amar, acolher, perdoar, animando sempre as pessoas a viverem a vida da melhor forma...


Hoje, cabe a nós, evangelizadores e catequistas, levar o catequizando a acolher Jesus Cristo em sua vida para, assim, colocá-lo naquela necessária sintonia com o Deus-“Paizinho”de Jesus, que é o verdadeiro Pai de todos!


Com certeza na época de Jesus nem todos os pais viviam do jeito certo e ideal os compromissos próprios da paternidade, mesmo assim Jesus não ficou com medo de ser mal interpretado ou rejeitado. De fato, sua principal preocupação era a de ele mesmo, em primeira pessoa, viver como filho que tem alegria de mostrar a todos quem é o verdadeiro Pai que dá a vida e quer que todos a tenham plenamente. Jesus agia do mesmo jeito que o Pai e por isso tinha a autoridade necessária para falar dele: quem via Jesus, via o Pai!


Quanto melhor o catequista viver sua relação filial com esse “Paizinho”, tanto mais conseguirá transmiti-lo a qualquer pessoa, não importando a experiência, muitas vezes negativas, que alguns têm de seus pais biológicos. Um grande desafio na missão evangelizadora e catequética é a de não ficar esperando que os outros tenham as atitudes boas que queremos, mas que a vivamos, com convicção, em primeira pessoa.

Por ocasião do Ano da Fé, está prevista para acontecer no Vaticano no domingo, dia 29 de setembro, a Jornada Mundial dos Catequistas com uma grande celebração presidida pelo Papa Francisco. Neste mesmo dia, a Congregação dos Padres da Doutrina Cristã, à qual pertenço, estará comemorando os 421 anos de existência. Entre outras coisas, no dia em que fundava essa família religiosa, que tem a missão de trabalhar com a catequese, o Bem-aventurado César de Bus, Padroeiro dos Catequistas, dizia com grande convicção: “É preciso que em nós tudo catequize, que o nosso comportamento seja tal a ponto de se tornar por si mesmo um catecismo vivo.”.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No final de semana do 24º domingo do Tempo Comum o evangelho será: Lc 15,11-32. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Quantas são as pessoas que aparecem nessa parábola e quem é a personagem principal? Quais atitudes do Pai com o filho mais novo? Quais atitudes do Pai com o filho mais velho? Qual atitude do Pai que mais me surpreendeu? Quais atitudes desse Pai devo colocar em prática em minha vida?

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C









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Artigo de agosto de 2103 


O Catequista e o lugar à mesa no Reino de Deus 



Participar da mesa no Reino de Deus é um modo simbólico, usado na Bíblia, para falar das pessoas que continuarão sua existência na comunhão com o Deus que nos deu a vida e quer que a vivamos plenamente. Nossa fé em Jesus Cristo nos dá a certeza que somente ele é o caminho que nos leva até ao Pai Misericordioso, que deseja a salvação de todos, mas que respeita nossa liberdade de aceitar ou não esse seu convite de vida verdadeira.

Portanto a salvação necessariamente passa pela decisão livre e consciente de cada um de assumir Jesus Cristo, assim como é, e em tudo aquilo que ele realiza e nos ensina a fazer.

Eis a nobre importância do trabalho do catequista e de qualquer evangelizador: proporcionar à pessoa o seu encontro pessoal com Jesus Cristo de forma tal que ele mesmo tenha condições de decidir segui-lo autenticamente.

Para conseguir realizar essa missão é indispensável que o próprio catequista já tenha tomado sua decisão pessoal de ser verdadeiro discípulo missionário de Jesus Cristo: as opções que faz no dia a dia, o modo de se relacionar com as pessoas, sua vida de oração, seu contato com a Palavra de Deus, enfim, todo seu jeito de ser e de agir deve estar em sintonia com as atitudes e ensinamentos do Mestre Jesus.

Tal catequista tem consciência que seu trabalho catequético não pode se resumir à pura doutrinação, isto é, àquele tipo de instrução que está preocupada somente com o saber, com a teoria, como se o conhecimento das verdades já bastasse para garantir tanto a fé, como a salvação das pessoas.

Com certeza o ensino das verdades da fé é parte importante do trabalho catequético, mas é fundamental que o catequista leve a pessoa a acolher Jesus como principal referência de sua vida. Toda doutrina ensinada, mais do que ser um complexo de normas e leis a serem seguidas, deve proporcionar o encontro com a Palavra de Deus que ilumina, questiona e orienta o caminho de quem quer ser verdadeiro discípulo missionário de Jesus Cristo.

Serão salvos somente os que passarem pela porta estreita, que não é excludente, mas exigente! Afinal, todos são convidados, convocados, a passar por ela, ninguém está excluído da proposta de salvação que Deus faz a todos seus filhos e filhas. Em todo o caso, a porta que leva para a salvação questiona a autenticidade com que cada pessoa, a partir de seu jeito de ser e de suas capacidades, acolhe Jesus e seus ensinamentos, na própria vida.

Por isso, querido catequista, não fique preocupado em realizar seu trabalho para “encher igrejas”, mas sim em conseguir colocar cada catequizando em sintonia com as propostas do Reino de Deus. Quem se preocupa em “encher igrejas” se satisfaz em ficar ensinando muitas regras e devoções intimistas como sendo próprias do ser católico, como marca de sua identidade católica em distinção com as demais religiões... Quem se preocupa em catequizar para o Reino de Deus, procura capacitar o catequizando a se colocar em sintonia com Jesus e seu projeto de um mundo mais fraterno e justo, marcado pelo amor misericordioso de Deus; nesta perspectiva não há espaço para preconceitos que excluem, mas sim para a abertura e acolhida do próximo, do diferente; é conseguir levar a pessoa a ser verdadeiro discípulo missionário de Jesus, aberto para a inclusão, para a solidariedade..., por isso mesmo, capaz de uma participação real e significativa na vida da Igreja, em vista da salvação de todos.


Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No final de semana do 21º domingo do Tempo Comum, celebramos o Dia do Catequista e o evangelho é: Lc 13,22-30. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Para quem o Senhor dirá “não sei de onde são vocês”? O que é preciso fazer para estar entre os que passarão pela porta estreita? Até que ponto estou sendo discípulo missionário de Jesus Cristo? Como entendo a importância do ensino da doutrina na catequese? Meu trabalho catequético é para “encher igrejas” ou em vista do levar as pessoas a tomarem lugar à mesa do Reino de Deus?


AGENDA
- Retiro de Catequistas: será realizado pela Comissão Diocesana em cada Região de Pastoral da Diocese, num domingo, com acolhida às 8h e término às 17h.
Ø  04 de agosto = Litoral Sul: em Itanhaém, na Igreja Nossa Senhora das Graças, no Cibratel II.
Ø  18 de agosto = Litoral Centro: em Praia Grande, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, na Ocian.
Ø  25 de agosto = São Vicente na E. E. Prof. José de Almeida, Rua José Benedito de Almeida, s/n Parque das Bandeiras.
Ø  01 de setembro = Guarujá em Guarujá, na Paróquia Bom Jesus.
Ø  06 de outubro = Cubatão.
Ø  20 de outubro = Centro I, Centro II e Orla: em Santos.
- Jornada dos Catequistas: organizada pela Comissão AB-C do Regional Sul 1, em sintonia com o Encontro dos Catequistas por ocasião do Ano na Fé no Vaticano:
Ø  Domingo, 29 de setembro em Aparecida. Vamos participar!
- Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!


Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C


FELIZ DIA DO CATEQUISTA!!!!
Não pare nunca de plantar suas sementes, porque você não sabe qual delas vai crescer. Talvez todas cresçam!... (cf. Ecl 11,6)
PARABÉNS, CATEQUISTA! Receba nossos abraços e nossas orações.
Com carinho, Comissão AB-C.





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Artigo de julho 2013


“Na escuta do discípulo missionário”.


Durante este mês de julho a Igreja promove um grande evento de nível mundial que terá sua sede na cidade do Rio de Janeiro, aqui no Brasil: a Jornada Mundial da Juventude! Além da grandiosidade do evento eu sempre fiquei me perguntando sobre o que realmente se deve esperar de uma movimentação de massa desse tipo no que diz respeito à evangelização e, mais particularmente, à catequese.

Em todo o caso, tenho esperança que neste ano pelo menos uma coisa diferente irá acontecer. Talvez pela primeira vez o Papa, ao se encontrar com a juventude, irá falar diretamente aos jovens sobre temas que realmente lhes interessa e de forma que sejam capazes de entender! Afinal, desde o dia de sua eleição, uma característica do Papa Francisco é aquela de fazer suas homilias e reflexões em geral, sempre a partir da Palavra de Deus, tendo presente o público que está lhe ouvindo e em sintonia com os problemas e questionamentos do dia a dia.

Por que o Papa Francisco age assim? Com certeza porque acredita naquilo que sempre foi ensinado sobre evangelização e que ele mesmo, enquanto Cardeal Bergoglio, ajudou a escrever no Documento de Aparecida: “Encontramos Jesus na Sagrada Escritura, lida na Igreja. A Sagrada Escritura, ‘Palavra de Deus escrita por inspiração do Espírito Santo’, é, com a Tradição, fonte de vida para a Igreja e alma de sua ação evangelizadora. Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. (...) Faz-se, pois, necessário propor aos fiéis a Palavra de Deus como dom do Pai para o encontro com Jesus Cristo vivo, caminho de ‘autêntica conversão e de renovada comunhão e solidariedade’. (...) Os discípulos de Jesus desejam alimentar-se com o Pão da Palavra: querem chegar à interpretação adequada dos textos bíblicos, empregá-los como mediação de diálogo com Jesus Cristo, e a que sejam alma da própria evangelização e do anúncio de Jesus a todos. (...) Isso exige, da parte dos bispos, presbíteros, diáconos e ministros leigos da Palavra, uma aproximação à Sagrada Escritura que não seja só intelectual e instrumental, mas com coração ‘faminto de ouvir a Palavra do Senhor’ (Am 8,11).” (Documento de Aparecida, 247-248).

Esse esforço contínuo do Papa Francisco em propor a Palavra de Deus de forma simples e compreensível deve servir de grande estímulo a todos nós, discípulos missionários de Jesus Cristo a sermos pessoas que escolhem a melhor parte da contínua escuta do Senhor para conseguir transmiti-la de forma apaixonante e eficaz.

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: No final de semana anterior ao início da JMJ vamos celebrar o 16º domingo do Tempo Comum, cujo evangelho é: Lc 10,38-42. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Também me esforço para “escolher a melhor parte”? Encaro o encontro com a Palavra de Deus como motivação para meu trabalho de evangelização? Tenho a preocupação de transmitir a Palavra de Deus de forma apaixonante e eficaz?

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C










 Artigo de Junho  de 2013                                        







O Amor que perdoa e catequiza




Desde o nosso batismo assumimos o compromisso de vivermos mergulhados no amor de Deus, seja porque acolhemos o amor do Deus misericordioso em nossa vida, seja porque procuramos vivê-lo intensamente no nosso relacionamento com todas as pessoas. Tudo isso poderia ser vivido de uma forma muito simples, mas a realidade do mundo em que vivemos acaba nos colocando diante de um grande desafio. De fato nossa sociedade continua marcada por muitos preconceitos e discriminações, que ainda hoje geram grande quantidade de pessoas que são excluídas de alcançar bens ou viverem valores que são de direito de todos; isso acaba provocando em muitas pessoas até mesmo a incapacidade de perceber o amor que Deus tem também por elas.







Muitos dos que se sentem excluídos da vida em Deus, não conseguem perceber que o amor misericordioso de Deus lhes dá condições de superar qualquer pecado para assumirem o caminho de conversão que leva a um novo modo de viver. Afinal, somente a pessoa que se sente amada e perdoada é capaz de assumir atitudes novas em sintonia com os planos de Deus.


O catequista é chamado a olhar de frente esse desafio e por isso assume o dedicado trabalho de fazer com que tudo aquilo que Jesus ensinou e viveu sobre Deus e o seu Reino de amor se torne realidade também nos dias de hoje. É um ir além do somente “ensinar doutrinas” para, em primeiro lugar, amar incondicionalmente, acolhendo a outra pessoa na realidade concreta de sua vida e, a partir disso, conseguir ensinar e tentarem juntos vivenciar o verdadeiro amor que vem de Deus.


A doutrina que acreditamos, que nos esforçamos em viver e que ensinamos deve nos animar a conseguir chegar a todo tipo de pessoa para lhe propormos Deus e seu amor infinito e misericordioso. Mas, infelizmente, às vezes procuramos pretextos nessa mesma doutrina para justificar gestos de exclusão por acharmos que determinadas pessoas “não merecem” nossa dedicação e que seria “perda de tempo”dedicar-se a “pessoas desse tipo”...


É muito importante que nós, principalmente quando realizamos um trabalho catequético, olhemos nossa própria vida para percebermos até que ponto estamos sendo capazes de amar a todos sem distinção ou se ainda estamos carregando aqueles preconceitos que nos levam a privilegiar alguns catequizandos e desprezar ou até mesmo excluir outros...





Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: dedique um tempo para ler o texto bíblico proposto para o 11º domingo do Tempo Comum deste ano: Lc 7,36-50. Leia com calma, preste atenção e responda: Quais são os preconceitos que encontramos no texto bíblico? Quais são os preconceitos que mais causam exclusão nos dias de hoje? O texto bíblico diz “... ao que pouco se perdoa, pouco se ama”, por isso, à medida que perdoamos seremos perdoados; como é a medida do meu amor?


Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C



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Artigo de Abril de 2013




Catequista: formador de discípulos



A principal missão do catequista é a de levar seus catequizandos a se tornarem verdadeiros discípulos de Jesus Cristo. Eis aí uma tarefa realmente exigente! Afinal, o discípulo é aquele que acolhe Jesus e sua proposta de vida nova, sempre na perspectiva daquele Reino de Deus, do qual ele tanto falou e já iniciou. Só é discípulo aquele que acredita que é possível transformar esse mundo assumindo no seu dia a dia as mesmas atitudes de Jesus, que foram sempre marcadas pelo amor verdadeiro a todo homem e mulher, a toda criação, amor de doação total de si até ao ponto de entregar sua própria vida para nossa salvação.

Por exigência própria desse amor, é impossível ser discípulo de Jesus sozinho, isolado dos outros, como se a vivência da fé fosse algo que interessa somente à pessoa sem consequências na sua relação com os demais. Justamente por isso a comunidade como um todo tem um papel muito importante na realização da catequese, tanto a de crianças, como a de adolescentes, jovens e adultos; não dá para imaginar um caminho catequético que se realize à margem da comunidade, sem que a mesma se interesse e dê seu testemunho de verdadeiros seguidores de Jesus Cristo. É dever da comunidade viver e espelhar o amor fraterno, pois isto é a condição necessária para poder ser contado entre os discípulos dele.




Na medida em que cada pessoa e toda comunidade vive como discípulo fiel o amor fraterno, estará mostrando da forma mais simples e completa toda a realidade do Deus que nos ama e que em Jesus Cristo nos tornou capazes de ter a vida verdadeira. É isto que quer dizer “dar glórias a Deus”! Afinal, glorificar a Deus, mais do que repetir sempre a bela e verdadeira frase “Glória a Deus”, é viver tudo isso com convicção; é mostrar Deus com a própria vida, assim como Jesus mostrou o verdadeiro rosto do Pai (Glorificou o Pai) e o Pai garantiu a vida plena a Jesus com sua ressurreição (Pai Glorificou o Filho)!






Tal é a grande missão do catequista: mais do que preparar crianças, adolescentes, jovens ou adultos para receberem os necessários sacramentos, é conseguir levá-los a assumir um jeito de viver a partir do Novo Mandamento do Amor, que Jesus ensinou e viveu em primeiro lugar! A realização dessa missão exige que o próprio catequista, assim como cada membro da comunidade, testemunhe com sua vida a acolhida e a vivência do amor fraterno.










Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: dedique um tempo para ler o texto bíblico proposto para o 5º Domingo da Páscoa deste ano: Jo 13,31-35. Leia com calma, preste atenção e responda: Jesus dá um Novo Mandamento. Mas até onde deve chegar esse amor? Qual é a principal motivação desse amor? Qual a consequência da vivência desse amor? O que eu, enquanto catequista, e minha comunidade estamos fazendo para que esse amor seja vivido?















Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C












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Comissão para a Animação Bíblico-Catequética
– Diocese de Santos –

Artigo de Março de 2013 


Catequese e Juventude


Estamos em plena Quaresma, tempo no qual somos convidados a olharmos para além de nossas fraquezas e incoerências com a certeza que após a entrega total de Jesus na cruz, no primeiro dia da semana, vamos mais uma vez fazer a experiência do túmulo vazio, pois Aquele que Vive e quer que todos tenham Vida Plena, não está mais entre os mortos: Ressuscitou!
Tenho certeza que a proposta de reflexão da Campanha da Fraternidade deste ano não está deixando as nossas Comunidades indiferentes ao tema da Juventude. É de grande importância podermos acreditar que também os jovens de hoje podem encontrar em Jesus Cristo a motivação principal de suas vidas, podem se inserir na Igreja como protagonistas que interagem com todos e nela têm condição de crescer na fé e que podem viver e testemunhar um jeito justo e fraterno de viver em qualquer ambiente que venham a frequentar.
Mas para se chegar a essa realidade, sinal da experiência da ressurreição, será necessário que nossas Comunidades estejam fazendo uma séria reflexão, a partir do material da CF-2013 e enfrentando os muitos questionamentos e desafios que nele são levantados.
Um primeiro problema é a nova realidade desse mundo em mudança que deixa a maioria de nós perplexos, mas que é vivida com grande naturalidade por nossos adolescentes e jovens. Parece que enquanto fazemos a experiência da cruz, achando que “este mundo de hoje não tem mais jeito”, que “está tudo perdido”, a juventude tenta nos mostrar que um outro modo de viver é possível.
Diante desta realidade é possível se comportar de vários modos. Por exemplo, podemos ter atitudes de imobilismo, ficando parados em nosso canto, sem saber o que fazer, da mesma forma que os apóstolos ficaram, após a crucifixão e sepultamento de Jesus. Ou, podemos ainda, tentar fazer alguma coisa, mesmo sem saber bem o que, e utilizando as ferramentas que conhecemos, assim como fizeram aquelas mulheres que de madrugada, com seus perfumes, tentaram fazer as últimas homenagens a Jesus morto.
Chegou o primeiro dia da semana e a novidade do túmulo vazio provoca profundas reflexões e novas atitudes: choca (ficaram sem saber o que estava acontecendo), questiona (“Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui! Ressuscitou!”), mostra a inutilidade de nossas ultrapassadas ferramentas (os perfumes para embalsamar não servem mais, por isso as mulheres voltaram do túmulo, e foram anunciar a todos o que viram) e nos desinstala de nossos imobilismos (Pedro levantou-se, correu para o túmulo e fez a experiência da novidade).
Também a realidade juvenil do mundo de hoje está exigindo de nós profundas reflexões e atitudes novas. O próprio Texto Base da CF-2013 nos lembra que é necessário fazer acontecer de verdade um eficaz processo de Iniciação à Vida Cristã de nossos jovens e que seja assumido em parceria com os mais variados setores de cada Comunidade. Cabe a todos nós fazer acontecer a chegada desse “novo primeiro dia da semana”!


A Palavra de Deus provoca conversão: convido você leitor a dedicar um tempo para ler o texto bíblico proposto para a Vigília Pascal deste ano: Lc 24,1-12. Leia com calma, preste atenção e responda: Depois da experiência traumática da morte de Jesus, os apóstolos ficaram escondidos e as mulheres foram até o túmulo; diante da realidade do mundo de hoje qual dessas atitudes eu normalmente assumo? Sei reconhecer quando minhas ferramentas estão ultrapassadas? Onde procuro Jesus, num passado que já cumpriu a sua missão ou na novidade da Vida que Ele nos propõe hoje? Além da juventude, não seria hora de questionar em nossa Igreja como deve ser vivido o protagonismo das mulheres, destacado de forma tão evidente neste trecho do Evangelho? O que você, catequista, tem ensinado aos seus catequizandos sobre esse assunto?
Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C


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Artigo de Fevereiro  2013


O Catequista e suas tentações

É normal ouvir pessoas dizerem que não podem ser catequistas, ou mesmo assumir seu compromisso batismal de evangelizador, porque vivem atormentadas por muitas tentações. Mas será que neste mundo em que vivemos tem alguém que possa dizer que está livre delas? Um modo errado de entender nossa fé é a de achar que tem pessoas que estão livres desse “tormento” e que, por isso, podem viver serenamente seus compromissos de cristão.
Ser cristão é moldar a própria vida tendo como principal modelo Jesus Cristo, com suas atitudes e ensinamentos. Isso é fundamental para nós, pois acreditamos que Ele é o próprio Deus que assumiu nossa natureza humana para se fazer o mais próximo de nós, vivendo nossa experiência de pessoas que tem alegrias, tristezas, esperanças, e também muitas tentações... Pois é, até nisso Jesus quis ser solidário com a gente e também viveu seus dias terrenos tendo que lutar contra muitas e variadas tentações!
Os evangelhos, por motivos didáticos e catequéticos, costumam apresentá-las, de forma resumida, logo no início da vida pública de Jesus. Afinal, Ele veio para cumprir a vontade do Pai, e justamente isso exigiu que Jesus travasse uma constante luta contra o “diabo”, isto é, contra todas aquelas tendências humanas de querer ser o maior, o melhor, o dominador, o de querer viver a vida somente em benefício próprio. Em outras palavras, o “diabo” não deve ser entendido como um “ser” que vem de fora para “obrigar” a pessoa a fazer o que não quer, mas como toda e qualquer resistência que cada pessoa tem de colocar em prática seus deveres humanos em benefício do próximo.
Por serem tendências naturais da pessoa humana, nem todos conseguem entender quando estão se deixando levar pelas mais destruidoras tentações. Por isso, ao apresentá-las no início das atividades evangelizadoras de Jesus, os evangelistas já querem mostrar qual é o rumo que Ele vai dar na sua vida, com os tipos concretos de atitudes que vai assumir, bem como os ensinamentos que vai propor a todos, sempre tendo presente as fraquezas próprias do ser humano.
Saberemos reconhecer quais tentações estão presentes e encontrando espaço tranquilo em nossas vidas quanto mais claro tivermos qual é o projeto que Deus tem para cada um de nós e para o mundo como um todo. Por isso mesmo, só consegue superar as tentações, que sempre continuarão tentando atrapalhar nossa vida cristã, aquela pessoa que procura crescer no conhecimento de Jesus e seus ensinamentos, tendo sempre mais claro que estamos aqui neste mundo para servir e não para sermos servidos.

A Palavra de Deus provoca conversão: convido você leitor a dedicar um tempo para ler o texto bíblico proposto para o 1º domingo da Quaresma deste ano: Lc 4,1-13. Leia com calma, preste atenção e responda: Quantas e quais são as tentações que Jesus teve? Para cada uma, qual foi a clareza que Jesus tinha sobre o plano do Pai para Ele e para todos? Algumas dessas tentações também estão presentes na sua vida de cristão e de agente evangelizador? Para superar as tentações você recorre a devoções querendo que tenham efeito mágico de acabar com elas, ou procura refletir melhor sobre suas atitudes concretas e relacioná-las com a vida e os ensinamentos de Jesus? O que você tem ensinado aos seus catequizandos sobre esse assunto?



Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C
 



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Artigo de Dezembro de 2012




Natal para nós!

Para nós cristãos, o Natal é a celebração de um dos grandes mistérios da nossa fé. Com grande festa anunciamos a todos que acreditamos em um Deus que nos criou com muito amor, nos deixou livre para decidirmos o que fazer da própria vida, e que continua nos acompanhando com sua misericórdia infinita.
O amor misericordioso de Deus por seus filhos é tão grande, que nos enviou seu Filho Jesus para se fazer uma pessoa humana igual a nós com a finalidade de nos demonstrar que é possível, humanamente falando, ser fiel ao projeto de Deus, que é o da vida plena para todos.
Já são mais de dois mil anos que celebramos esse fato, mas ainda hoje são muitas as pessoas que não acolheram essa verdade em sua vida, ou porque simplesmente não sabem disso, ou porque ainda não compreenderam o significado profundo desse mistério da fé. Os textos bíblicos que nos falam do nascimento de Jesus (principalmente Mt 1,18-2,12 e Lc 2,1-20) apresentam vários personagens que devem ser vistos por nós como inspiradores da nossa ação catequética de facilitar essas pessoas a saberem acolher Jesus em suas vidas.
Por exemplo, os pastores. A religião oficial os considerava pessoas infiéis porque não viviam totalmente de acordo com as obrigações religiosas da época, por isso eram descartadas e não mereciam credibilidade. Mas Deus os considerava de uma forma diferente, pois eram pessoas capazes de se abrir para o mistério, reconhecê-lo e, com o seu jeito de ser, anunciá-lo a todos. Ao fazerem a experiência do encontro com Deus, os pastores superaram seus medos, não se importaram com os preconceitos e procuraram realizar da melhor forma a missão que tinham recebido.
Devemos aproveitar as festividades do Natal para refletirmos melhor os evangelhos da infância de Jesus e procurar, nos vários personagens ali presentes, quais foram suas atitudes diante do mistério do Deus que se faz pessoa humana para nos trazer a Salvação. Muitos deles souberam entender a proposta de Deus, por isso a acolheram e viveram, mas não guardaram somente para si, transmitindo essa experiência a mais pessoas. Outros, porém, preferiram continuar fechados em seu mundo egoísta e não conseguiram perceber que o Deus Misericordioso tinha vindo para trazer a proposta de vida verdadeira também para eles.
Em nome de toda a Comissão AB-C desejo que neste Natal, você, caro leitor, celebre a fé em Jesus, o Deus que se fez pessoa humana, vivendo intensamente sua própria humanidade, em sintonia com a dele! Feliz Natal, feliz vida cristã!

Reflexão e aprofundamento: Eu acredito que com minhas capacidades, mesmo que pareçam poucas ou insignificantes, é possível acolher o mistério de Deus em minha vida e anunciá-lo aos que ainda não o conhecem?

                                        Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C














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Artigo de Novembro de 2012


Ano da Fé e a IVCja!




Com o documento “Porta Fidei” (PF), o Papa Bento XVI faz várias reflexões sobre o significado da fé, além de dar algumas indicações de como celebrar o “Ano da Fé”. A certa altura ele deixa bem evidente que nossa fé cristã tem seu fundamento em Jesus Cristo e que “o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo” (PF 6).

Temos que aproveitar a graça desse ano para questionarmos nosso próprio caminho de conversão ao Senhor; precisamos superar a tentação do comodismo que nos limita na “mesmice” da vivência de nossa fé, como se nossas atitudes do dia a dia não precisassem mais ser avaliadas ou melhoradas... Somente a decisão por “uma autêntica e renovada conversão ao Senhor” nos impulsiona a buscar um conhecimento mais aprofundado sobre Jesus, seu modo de viver e sobre seus ensinamentos, que sempre darão nova luz, novo ânimo, nova esperança e a certeza de podermos agir em sintonia com o plano de amor de Deus.

Por querer estar em sintonia com esse amor misericordioso que o Pai tem por todas as pessoas, vemo-nos sempre questionados pela própria realidade em que vivemos. São muitas as situações que estão ao nosso redor, às vezes até em nossas famílias, que clamam pela possibilidade de conhecer e vivenciar esse amor divino. Todos nos lembramos que durante a Assembleia dos Catequistas foram apresentadas as mais variadas situações nas quais se encontram os jovens e adultos por todos os cantos de nossa Diocese. Também para essas pessoas é feita a proposta de celebrarem o Ano da Fé! Também elas precisam saber aproveitar a graça desse ano para acolher e vivenciar o Senhor Jesus em suas vidas!

Enquanto catequistas e evangelizadores, sabemos que esse convite não pode chegar até elas de forma superficial e muito menos mágica, como se fosse suficiente lhes dizer somente que “basta ter fé” para imediatamente já conseguirem acolher Jesus em suas vidas. Por outro lado não podemos cair na tentação de achar que o melhor caminho para se ter e crescer na fé seja o conhecimento puro e simples das doutrinas presentes nos documentos e no Catecismo da Igreja Católica.

O desafio é mais complexo e por isso mesmo, durante a Assembleia, achamos melhor não elaborarmos de forma precipitada um projeto de Iniciação à Vida Cristã de Jovens e Adultos (IVCja!), mas reforçamos nosso compromisso de buscarmos mais informação e formação de como realizarmos bem essa missão, além de aprimorarmos nossa própria vivência cristã. Afinal, o testemunho de nossa fé continua sendo o primeiro modo de propormos Jesus ao próximo.





Reflexão e aprofundamento: Tenho me dedicado a “uma autêntica e renovada conversão ao Senhor”? Como? Entendo que a outra pessoa também tem o direito de se sentir amada por Deus? Qual a minha parte nesse processo?


                                        Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C



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Artigo de Outubro de 2012


A Catequese e o Ano da Fé




Enquanto catequistas, a realização do Ano da Fé suscita em nós uma importante reflexão sobre um aspecto específico de nossa missão, que é o de ajudar as pessoas a fazer crescer em suas vidas esse grande presente que Deus dá a todos os que Ele ama, que é, justamente, o dom da fé.

A reflexão sobre esse assunto pode e deve ter presente muitos aspectos, mas agora pretendo relembrar, apenas, alguns pontos que estão tão bem expressos no Capítulo Quinto do nosso “Diretório Nacional de Catequese” (DNC) que trata da “Catequese como Educação da Fé”.

Ao falar da pedagogia catequética, o Diretório afirma que “seu objetivo é ajudar as pessoas no caminho rumo à maturidade na fé, no amor e na esperança. A fé é um dom de Deus, é uma adesão pessoal a Ele. É a resposta livre da pessoa à iniciativa de Deus que se revela. Para isso, Deus se serve de pessoas, grupos, situações, acontecimentos. A Igreja é mediadora nesse encontro misterioso entre Deus e a pessoa humana. E, em seu nome, os catequistas sentem a responsabilidade de serem mediadores especiais para que catecúmenos e catequizandos cheguem ao conhecimento da verdade e da Salvação (cf. 1Tm 2,4; Tt 1,1). O amor por Jesus e pelas pessoas impulsiona o catequista a falar a outros da fé: cada catequista é como um elo na grande corrente dos que têm fé (cf. Catecismo 166); mas precisa estar entusiasmado por aquilo que crê, alegre por estar em processo de permanente conversão, disposto a fazer diferença num mundo marcado por tanta coisa contrária ao projeto de Deus.” (DNC 146).

É fundamental ter presente que a fé será sempre mais verdadeira, autêntica e madura, quanto mais ela estiver em sintonia com a vida da pessoa, inspirando-a e motivando nas suas decisões no dia a dia. E isso só é possível, a partir de um significativo e marcante encontro com Jesus Cristo vivo, fundamentado na escuta e reflexão da Palavra de Deus.

Por isso mesmo o nosso Diretório, citando também, o “Diretório Geral para a Catequese” (DGC), continua afirmando que “Os objetivos inspirados na pedagogia da fé são alcançados pela catequese da seguinte forma: a) impulsionando a pessoa a aderir livre e totalmente a Deus, promovendo uma progressiva e coerente síntese entre a plena adesão do ser humano a Deus e o conteúdo da mensagem cristã; b) introduzindo no conhecimento vivo da Palavra de Deus contida na Bíblia e desenvolvendo as dimensões da fé, tendo como referência o Catecismo da Igreja Católica; c) ajudando no discernimento vocacional das pessoas (cf. DGC 144) para que assumam na Igreja e na sociedade, a partir da fé, o seguimento de Jesus do modo mais condizente com suas potencialidades, aspirações, como escolha existencial, colocada sob o olhar de Deus.”



Que o bom entendimento da proposta de realização de um Ano da Fé, nos leve a realizar, com competência e dedicação, a nossa missão de catequizar.



Reflexão e aprofundamento: O que entendo quando se fala de fé? O que faço, normalmente, para crescer e dar uma melhor qualidade à minha fé? Ao ajudar outra pessoa a crescer na fé, eu me baseio no que?




                   Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C






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Artigo de Setembro  de 2012




 O Sínodo sobre a Nova Evangelização





No próximo mês vai acontecer no Vaticano uma importante reunião de vários Bispos das diversas partes do mundo e que será presidida pelo próprio Papa Bento XVI. Trata-se da XIII Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos que será realizada de 7 a 28 de outubro e abordará o tema "A Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã".

Desde o Concílio Vaticano II já ficou tradição que a cada três anos, mais ou menos, aconteçam essas reuniões para se tratar de temas atuais, que dizem respeito à missão evangelizadora e às atividades pastorais da Igreja. Da mesma forma, todos aguardam que pouco tempo depois o próprio Papa publique um documento, chamado de “Exortação Apostólica”, onde transmita a toda a Igreja as principais reflexões e orientações sobre o tema do Sínodo.

Muitos destes Sínodos trataram temas que interessam diretamente a todos os que têm a missão da animação bíblico-catequética e que estão em sintonia direta com o tema da “Nova Evangelização”.

De fundamental importância foi aquele realizado em 1974, que tratou o tema da Evangelização no mundo de hoje, e a Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, de 1975, na qual o Papa Paulo VI perguntou logo no começo: “O que é feito, em nossos dias, daquela energia escondida da Boa Nova, capaz de impressionar profundamente a consciência dos homens? Até que ponto e como é que essa força evangélica está em condições de transformar verdadeiramente o homem desse nosso século? Quais os métodos que se deverão seguir para proclamar o Evangelho de modo que a sua potência possa ser eficaz?”



O Sínodo seguinte, realizado em 1977, tratou explicitamente do tema da Catequese e a Exortação Apostólica publicada em 1979 pelo Papa João Paulo II recebeu o nome “Catechesi Tradendae” ou “A Catequese Hoje”. Muitas coisas que realizamos com normalidade na catequese de hoje, tem seu fundamento nesse documento. É também aqui que encontramos essa afirmação: “A catequese de adultos é a principal forma da catequese, porque se dirige a pessoas que têm as maiores responsabilidades e a capacidade para viverem a mensagem cristã na sua forma plenamente desenvolvida”.

Entre tantos outros, como não se lembrar do Sínodo sobre a Vocação e Missão dos Leigos, de 1987 e o último, que foi realizado em 2008, sobre a Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja e que culminou com a Exortação Apostólica “Verbum Domini” do Papa Bento XVI?

Vamos nos unir em oração pelo bom êxito dessa Assembleia, desejando que se realize o que o próprio número 9 do “Instrumento de Trabalho” em preparação do evento expressa: “A partir da celebração do Sínodo espera-se que a Igreja multiplique a coragem e as energias em favor de uma nova evangelização que leve a redescobrir a alegria de acreditar e ajude a encontrar o entusiasmo em comunicar a fé. Não se trata apenas de imaginar qualquer coisa de novo ou de lançar iniciativas inéditas para a difusão do Evangelho, mas de viver a fé na dimensão do anúncio de Deus”.







Reflexão e aprofundamento: Entendi o significado de um Sínodo dos Bispos e sua importância para a vida da Igreja? O que já ouvi falar a respeito do Sínodo sobre a Nova Evangelização? Quais expectativas podemos ter em relação a esse Sínodo?






                                     Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C



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Artigo de julho  de 2012


 Rumo ao Projeto de “I.V.C.ja!






A elaboração de um “Projeto de Iniciação à Vida Cristã de Jovens e Adultos – I.V.C.ja!” para a nossa Diocese de Santos deve ser o resultado de um grande trabalho de conscientização do assunto e participação de todas as forças vivas da Igreja.

Na direção da conscientização já foram realizadas várias iniciativas, desde a Semana Catequético-Missionária do ano passado, passando pela Semana Catequética para Evangelizadores deste ano, ambas abertas para os evangelizadores em geral, além de algumas formações mais específicas para os catequistas de todas as cidades da baixada santista.

Até mesmo a maioria dos padres, juntamente com nosso Bispo Dom Jacyr, participou de uma Semana Teológica para estudar as novas “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”. Nelas, entre outras coisas, é afirmado claramente que “a iniciação cristã não se esgota na preparação aos sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia. Ela se refere à adesão a Jesus Cristo. Esta adesão deve ser feita pela primeira vez, mas refeita, fortalecida e ratificada tantas vezes quantas o cotidiano exigir”. Em seguida conclui que “nossas comunidades precisam ser (...) preparadas para permitir que o encontro com Jesus Cristo se faça e se refaça permanentemente”.



Estas mesmas “Diretrizes” trazem no Capítulo V as “Indicações de Operacionalização”. Aí se afirma que “um bom plano, que contribui para a ação evangelizadora, é sempre fruto de um processo de planejamento, com a participação direta ou representativa de toda a comunidade eclesial, em cujo esforço todos, incluídos leigos e leigas, têm o direito e o compromisso de participar do discernimento, da tomada de decisões e da execução”.

Logo em seguida as “Diretrizes” lembram que a preparação do processo “começa pela sensibilização dos membros da comunidade eclesial sobre a importância da participação de todos... Na sequência, está a necessidade da constituição dos organismos de discernimento e tomada de decisões nos diversos ambitos eclesiais, como as assembleias de pastoral, os conselhos, as comissões e as equipes de coordenação dos diferentes serviços”.

Portanto, daquilo que está ao nosso alcance, chegou a hora de realizarmos uma assembleia de nossa Comissão. Nela devemos conferir o que realmente estamos entendendo da proposta e decidir qual o próximo passo deve ser dado para que em breve consigamos realizar um verdadeiro processo de “Iniciação à Vida Cristã”, que priorize nossos jovens e os adultos, em vista da formação de verdadeiras comunidades de discípulos missionários de Jesus Cristo. Nossa “Assembleia Diocesana da Animação Bíblico-Catequética – 2012” será realizada no próximo dia 19 de agosto a partir das 8h no Colégio Liceu Santista, em Santos.






Reflexão e aprofundamento: Participei de pelo menos alguns desses vários momentos de conscientização sobre o processo de Iniciação à Vida Cristã? Qual é mesmo a proposta fundamental desse processo? Sua paróquia vai se fazer presente na Assembleia Diocesana da Animação Bíblico-Catequética no dia 19/08 para colaborar na elaboração do projeto “I.V.C.ja!”?





                   Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C








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Artigo de maio de 2012




I.V.C.já! e Nova Evangelização




Será que nós vamos conseguir elaborar um “Projeto de Iniciação à Vida Cristã de Jovens e Adultos – I.V.C.ja!” para a nossa Diocese de Santos? Eu continuo acreditando que sim! Mas isso não basta, pois somente o ânimo meu e de mais algumas poucas pessoas ainda não garante que poderemos elaborar um projeto realmente significativo e eficaz para toda a nossa querida diocese. Andando por aí, ainda tenho a impressão que esse assunto é visto por muitos como uma questão específica dos catequistas, por isso não se sentem envolvidos.

Precisamos ajudar todos os irmãos e irmãs de nossas Comunidades a se lembrarem que a Evangelização é um dever que todos nós assumimos desde o Batismo e que atualmente todos estamos sendo convocados para fazer acontecer a Nova Evangelização! É verdade que já tem muitas Comunidades, Pastorais, Movimentos e Grupos realizando várias iniciativas nesta direção. Mas ainda está acontecendo tudo de forma desarticulada, independente, e isso, mais cedo ou mais tarde vai acabar virando uma espécie de “concorrência” para ver quem está mais certo... O certo é que não podemos ficar imaginando que “Nova Evangelização” é qualquer coisa diferente e legal que a gente vai realizando por aí.

O Sínodo dos Bispos que será realizado em Roma no próximo mês de outubro irá tratar especificamente do tema da Nova Evangelização e o texto que foi elaborado em preparação dessa Assembleia (“Lineamenta”) já está à disposição de todos. Portanto, por enquanto, esse é o subsídio que temos para compreender melhor o que a Igreja entende por Nova Evangelização e o que espera que façamos.

A partir da leitura da “Lineamenta”, muitas reflexões podem e devem ser feitas por todos nós. Agora, porém, vou partilhar com vocês somente alguns aspectos que evidenciam como a proposta de elaborar um “Projeto de Iniciação à Vida Cristã de Jovens e Adultos” está totalmente em sintonia com essa preocupação da Igreja em evangelizar, de verdade, tanta gente que quer e precisa dar um sentido à sua vida através do encontro total e transformador com Jesus Cristo.



A Nova Evangelização pede que tenhamos “capacidade de recomeçar, de ir além, de ampliar horizontes, de sair do fechamento em si mesmo e de uma visão pastoral que considera suficiente continuar a fazer como sempre se fez”. É tomar consciência que toda a Igreja tem que se sentir animada pelo Espírito para evangelizar, isto é, anunciar e difundir o Evangelho em todo o mundo.

Ao querer um mundo transformado e renovado a partir da proposta do Reino de Deus, a Igreja, em primeiro lugar, deve dar “testemunho entre os povos do novo modo de ser e de viver que caracteriza os cristãos”. Ao mesmo tempo, “proclama explicitamente o Evangelho, mediante o primeiro anúncio, chamando à conversão”. Após esse trabalho missionário, é o momento da Igreja realizar a iniciação “à fé cristã e à vida cristã, através da catequese e dos sacramentos da iniciação, os que se convertem a Jesus Cristo, ou os que empreendem o caminho do Seu seguimento, incorporando-os e reconduzindo-os à comunidade cristã”. Com certeza neste momento os catequistas têm uma função muito importante, e que deve ser realizada em comunhão com as muitas forças vivas da Igreja para que se consiga a real participação dessas pessoas na vida comunitária. Somente quando tudo isso acontece é que podemos afirmar, com satisfação que esses jovens e adultos realmente foram iniciados na Vida Cristã.

A partir daí teremos pessoas maduras na fé e capazes de trabalhar junto com os demais irmãos e irmãs para deixar esse mundo melhor. Por isso mesmo o trabalho da Igreja não para e a Nova Evangelização vai exigir que ela continue a alimentar “constantemente o dom da comunhão entre os fiéis através da educação permanente da fé (homilia, ministério da Palavra), dos sacramentos e do exercício da caridade”. Deverá, ainda, suscitar “continuamente a missão, enviando todos os discípulos de Cristo a anunciar o Evangelho, com palavras e obras, em todo o mundo”.





Portanto, o caminho é esse! Vamos continuar trabalhando na elaboração desse “Projeto de Iniciação à Vida Cristã de Jovens e Adultos – I.V.C.Ja!”, afinal, a própria “Lineamenta” diz que “como se pode imaginar, o campo da iniciação é, realmente, um ingrediente essencial da tarefa de evangelizar”.



Reflexão e aprofundamento: Estou conseguindo entender melhor o que é a Nova Evangelização? O que tenho feito para que mais pessoas, além dos catequistas se interessem sobre esse assunto? Eu também me sinto entusiasmado em querer que seja elaborado o “Projeto I.V.C.ja!”?


                                                Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C




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Artigo de abril de 2012





Formações rumo à I.V.C.ja!





 O “Projeto de Iniciação à Vida Cristã de Jovens e Adultos – I.V.C.ja!”, começou a dar seus primeiros passos, principalmente através da Semana Catequética para Evangelizadores que foi realizada na grande maioria das Paróquias de nossa Diocese de Santos. A parceria da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética com a Comissão para o Laicato está sendo fundamental para que as muitas forças vivas e atuantes de nossas Comunidades conheçam e se questionem sobre essa urgência da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.


Temos a certeza que um projeto só é viável quando é entendido e assumido pelas pessoas nele envolvidas. Por isso é necessário continuar aprofundando esse tema a fim de termos condição de elaborar um plano de ação condizente com as nossas necessidades e capacidades.

A nossa Comissão já preparou dois Encontros de Formação a serem realizados nos meses de abril e maio em cada cidade que compõem a Diocese de Santos. No primeiro, vamos tentar identificar melhor qual é o publico alvo que encontramos em nossas Comunidades e que precisa percorrer esse caminho de Iniciação à Vida Cristã. No segundo Encontro de Formação iremos nos debruçar um pouco mais sobre quem é que vai assumir esse compromisso tão urgente para a nossa Igreja hoje.





Sendo assim, já dá para perceber que essas Formações não interessam somente aos Catequistas que trabalham com criança. Além deles, é muito importante a participação ativa de todos os que já trabalham com a evangelização de jovens e de adultos, por exemplo: catequistas de adolescentes e jovens (que em muitos lugares ainda são conhecidos como catequistas de crisma), lideranças de grupos de jovens e os muitos evangelizadores de adultos (dentre eles a Pastoral do Batismo e o Curso de Noivos). Enfim, seria bom que participassem desses Encontros de Formação todos os que vivenciaram a experiência da Semana Catequética para Evangelizadores.

Por sua vez, mensalmente, a Comissão para o Laicato, em suas Jornadas de Estudos Pastorais para Leigos (JEP) está procurando tratar de temas em sintonia com esse projeto. A JEP que está programada para o mês de maio contará com a presença do renomado teólogo jesuita Pe. João Batista Libânio, que, com seu jeito envolvente, nos ajudará a refletir sobre a realidade da Igreja nos dias de hoje, seus problemas e também a vislumbrar as alternativas de melhora.

Nossa intenção é a de realizarmos uma grande Assembleia Diocesana de Catequistas no dia 19 de agosto, um domingo, onde poderemos, juntos, decidir alguns passos concretos para a efetiva realização do “Projeto de Iniciação à Vida Cristã de Jovens e Adultos – I.V.C.ja!”.





                  Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C





 












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