sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Artigo de Janeiro de 2019 - Padre Aparecido Neres Santana,CSS


EPIFANIA – MANIFESTAÇÃO DE JESUS A TODOS OS POVOS!



Neste primeiro Artigo Bíblico-Catequético-Missionário de 2019 (no contexto do Ano Vocacional), refletiremos no Evangelho de Jesus segundo Mateus 2,1-12, que é uma das grandes festas do Ciclo de Natal - A Manifestação do Senhor (“Epifania” em grego), onde comemoramos o fato de Jesus manifestar-se, não somente ao seu próprio povo, mas a todos os povos, representados pelos Magos do Oriente. O texto é altamente teológico e simbólico, usa uma técnica da literatura judaica chamada “Midrash”, ou seja, uma releitura de passagens bíblicas, com o intuito de atualizá-las o cotidiano da vida do povo. No texto refletido, a intenção da comunidade de Mateus é enfatizar, a universalidade da salvação, a partir da releitura do profetismo, como em Isaías - “Uma horda de camelos te invadirá, os camelinhos de Madiã e Efa; todos virão de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando os louvores de Iahweh” (Is 60,6). Em Jesus realiza-se toda profecia. Por isso o centro do texto, está na MISSIANIDADE de Jesus. A cidade de Belém tem um significado importante, está ligada também à profecia, como em Miquéias – “Mas tu, (Belém), Éfrate, embora o menor dos clãs de Judá, de ti sairá par mim aquele que será dominador em Israel (Mq 5,1). A estrela é sinal da vinda do messias, prevista na profecia de Balaão – “Eu o vejo – mas não agora[VC1] , eu o contemplo – mas não de perto: Um astro procedente de Jácó se torna chefe, um cetro se levanta, procedente de Israel” (Nm 24,17).
Entende-se que o Messias, repelido pelo seu povo, é reconhecido por quem está distante. São os pagãos que o acolheram a alegre mensagem cristã, entrando na Igreja (comunidade de Mateus). Jesus é o Messias de Israel sim, mas também salvador dos que estão distantes, especialmente os excluídos, os incircuncisos, isto é, os gentios. O ato de prostração dos astrólogos (reis magos), é na verdade, o reconhecimento de fé dos crentes, vindos do paganismo, que confessam, na comunidade cristã, a divindade de Cristo. A festa de hoje é altamente missionária, pois é a manifestação de Jesus as nações. Os magos saem, caminham, assim deve ser a Igreja do Papa Francisco, uma Igreja em “saída”, que coloque todas as atividades em “chave missionária”.


Para refletirmos: Deus em sua infinita misericórdia nos ama e vem ao nosso encontro na pessoa de Jesus, o verbo encarnado, e infunde seu Espírito em nós para que, iluminados pela sua presença, possamos livremente, sair de nosso comodismo e ir ao encontro dos nossos irmãos, anunciando em Jesus o Reino da vida! Estamos sendo discípulos missionários anunciadores de Jesus, além dos muros da Igreja? A Iniciação à Vida Crista, está em chave missionária?


Pe. Aparecido Neres Santana - Assessor Eclesiástico da Comissão AB-C

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