(Índio Tibiriça e Anchieta em pintura do artista Claudio Pastro,
localizada na sede do Anchietanum, em São Paulo, SP)
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Fundador da cidade de São Paulo,
jesuíta será declarado santo pelo papa Francisco nesta quinta-feira
O papa Francisco transferiu para amanhã (3) a assinatura do decreto de
canonização do padre José de Anchieta, informou a Rádio Vaticano, nesta
quarta-feira. A assinatura seria realizada hoje (2).
O padre José de Anchieta – fundador da cidade de São Paulo – será
declarado santo pelo papa Francisco. Após a canonização, em vez da missa solene
na Praça de São Pedro, em Roma, o papa Francisco celebrará, no dia 24, missa em
ação de graças na Igreja de Santo Inácio, em Roma.
Beatificado em 1980, pelo papa João Paulo II, o religioso catequista não
precisou da comprovação de um milagre, dispensado pelo atual pontífice, para
virar santo. A canonização terá uma série de festejos pelo Brasil, onde o padre
Anchieta realizou trabalhos de evangelização em São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Pernambuco e Bahia e intercedeu a favor de índios.
“É fundamental a gente entender a importância do padre Anchieta para o
Brasil. A Igreja em São Paulo nasceu junto com a cidade, da qual ele é o
fundador, a partir do Páteo do Colégio”, diz o cônego Antônio Aparecido,
porta-voz da Arquidiocese de São Paulo.
O cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo,
em convocação para as celebrações, lembrou que a canonização do chamado
“Apóstolo do Brasil” teve início já no século XVII, “sendo interrompida e
longamente paralisada por várias circunstâncias históricas, como a injusta
expulsão dos Jesuítas do Brasil e da posterior supressão da Ordem”. Para o
arcebispo, Anchieta “marcou profundamente o início da evangelização, não apenas
em São Paulo, mas em boa parte do Brasil”.
“O fato de não haver uma canonização no estilo tradicional não diminui
em nada a importância do padre Anchieta ser declarado santo. Há toda uma
tradição em torno da figura dele, de homem dedicado à catequese dos índios. Ele
é o patrono dos catequistas, dos evangelizadores do Brasil. Para o povo, ele já
é santo. A Igreja, quando canoniza alguém, só faz validar aquilo que o povo
acredita e crê”, acrescenta o cônego Antônio Aparecido.
Fonte: Site dos Jesuítas. CNBB SUL I
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