quinta-feira, 3 de abril de 2014

Vaticano adia canonização de Anchieta para amanhã.


(Índio Tibiriça e Anchieta em pintura do artista Claudio Pastro,
localizada na sede do Anchietanum, em São Paulo, SP)
Fundador da cidade de São Paulo, jesuíta será declarado santo pelo papa Francisco nesta quinta-feira
O papa Francisco transferiu para amanhã (3) a assinatura do decreto de canonização do padre José de Anchieta, informou a Rádio Vaticano, nesta quarta-feira. A assinatura seria realizada hoje (2).
 
 
 
O padre José de Anchieta – fundador da cidade de São Paulo – será declarado santo pelo papa Francisco. Após a canonização, em vez da missa solene na Praça de São Pedro, em Roma, o papa Francisco celebrará, no dia 24, missa em ação de graças na Igreja de Santo Inácio, em Roma.
Beatificado em 1980, pelo papa João Paulo II, o religioso catequista não precisou da comprovação de um milagre, dispensado pelo atual pontífice, para virar santo. A canonização terá uma série de festejos pelo Brasil, onde o padre Anchieta realizou trabalhos de evangelização em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco e Bahia e intercedeu a favor de índios.
“É fundamental a gente entender a importância do padre Anchieta para o Brasil. A Igreja em São Paulo nasceu junto com a cidade, da qual ele é o fundador, a partir do Páteo do Colégio”, diz o cônego Antônio Aparecido, porta-voz da Arquidiocese de São Paulo.
O cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, em convocação para as celebrações, lembrou que a canonização do chamado “Apóstolo do Brasil” teve início já no século XVII, “sendo interrompida e longamente paralisada por várias circunstâncias históricas, como a injusta expulsão dos Jesuítas do Brasil e da posterior supressão da Ordem”. Para o arcebispo, Anchieta “marcou profundamente o início da evangelização, não apenas em São Paulo, mas em boa parte do Brasil”.
“O fato de não haver uma canonização no estilo tradicional não diminui em nada a importância do padre Anchieta ser declarado santo. Há toda uma tradição em torno da figura dele, de homem dedicado à catequese dos índios. Ele é o patrono dos catequistas, dos evangelizadores do Brasil. Para o povo, ele já é santo. A Igreja, quando canoniza alguém, só faz validar aquilo que o povo acredita e crê”, acrescenta o cônego Antônio Aparecido.
 

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