A Semana Santa
presidida pelo Papa Francisco, em Roma, teve início às 9.30 da manhã, na Praça
de São Pedro, com a bênção e procissão dos Ramos, seguindo-se depois a
celebração eucarística com a proclamação da Paixão segundo São Mateus.
Este domingo
corresponde também ao vigésimo nono Dia Mundial da Juventude, celebrado este
ano a nível diocesano, tendo como tema
“Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus”.
Muitíssimos os jovens
presentes na Praça de São Pedro, com o Papa, no meio de uma assembleia com
largas dezenas de milhares de peregrinos, provenientes de muitas partes do
mundo.
Na homilia,
improvisada, o Papa, evocando os diversos personagens que interferem na Paixão
do Senhor, questionou os fiéis sobre a sua atitude perante Jesus.
“É bom que nos
façamos uma pergunta: quem sou eu, quem sou eu diante do meu Senhor, quem sou
eu diante de Jesus que entra em festa em Jerusalém? Sou capaz de exprimir a
minha alegria, de o louvar, ou ponho-me à distância? Quem sou eu diante de
Jesus que sofre?”
O Papa Francisco
evocou os “muitos nomes” presentes no relato da entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém. O Papa recordou em particular a figura de Judas, o “traidor”, que
vendeu Jesus por 30 moedas e “finge” amá-lo para o entregar.
“Sou eu?”, perguntou
Francisco, ao longo da homilia, num apelo ao exame de consciência enquanto
lembrava os discípulos que “não entendiam nada” do que se estava a passar ou
aqueles que aguardavam uma oportunidade para prender Jesus.
A intervenção
referiu-se ainda a Pilatos, que “lava as mãos” para não assumir a sua
responsabilidade, ou a multidão que “não sabia se estava numa reunião
religiosa, num julgamento ou num circo” e para quem era “mais divertido”
humilhar Jesus, como também fizerem os soldados.
O Papa elogiou as
“mulheres corajosas”, que acompanharam sempre Cristo, e José (de Arimateia), o
“discípulo escondido” que levou o seu corpo para a sepultura.
“Onde está o meu
coração? A qual destas pessoas me pareço? Que esta pergunta nos acompanhe
durante toda a semana”, concluiu o Papa a sua intervenção, integralmente
improvisada.
No final da Missa, o
Santo Padre dirigiu uma especial saudação às delegações brasileira e polaca
presentes. Recordando que neste domingo se celebra, em todo o mundo, a nível
diocesano, a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco referiu a entrega
que ia ter lugar, da parte dos jovens brasileiros, a um grupo de jovens de
Cracóvia, da Cruz que há 30 anos João Paulo II confiou à juventude “para que a
levasse por todo o mundo como sinal do amor de Cristo pela humanidade”.
“No próximo dia 27 de
abril teremos todos a alegria de celebrar a canonização deste Papa, juntamente
com João XXIII. João Paulo II, que foi o iniciador das Jornadas Mundiais da
Juventude, passará a ser o seu grande patrono: na comunhão dos santos, ele
continuará a ser para os jovens do mundo, um pai e um amigo”
Saudando de modo
particular as delegações do Rio de Janeiro e de Cracóvia, lideradas pelos
respectivos arcebispos, o Santo Padre anunciou (oficialmente) que, “se Deus
quiser, a 15 de agosto próximo, em Daejeon, na República da Coreia, se
encontrará com os jovens da Ásia, no seu grande Encontro continental…
Fonte: Radio Vaticano
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