quarta-feira, 30 de abril de 2014

Papa nomeia bispos auxiliares para arquidiocese de São Paulo.


O papa Francisco nomeou hoje, 30, dois novos bispos auxiliares para a arquidiocese de São Paulo (SP), sendo eles, padre Carlos Lema Garcia e padre José Roberto Fortes Palau (à direita). Atualmente, padre Carlos exerce a função de diretor espiritual da prelazia do Opus Dei e Santa Cruz. Já padre José Roberto estava como pároco da paróquia Santo Agostinho, em São José dos Campos (SP).

Padre Carlos
É natural de São Paulo, nasceu em 1956. Ingressou na prelazia do Opus Dei aos 18 anos. Foi ordenado presbítero em 02 de junho de 1985, por São João Paulo II, na Basílica de São Pedro, em Roma, juntamente com um grupo de diáconos. É graduado em Direito Civil pela Universidade de São Paulo e doutor em Teologia Dogmática, pelo Centro Acadêmico Romano da Santa Cruz. Durante sua caminhada presbiteral atuou em atividades pastorais voltadas à juventude e à família. Atualmente exerce a função de capelão do Centro Cultural Aclimação, em São Paulo. De 2004 a 2010 foi secretário da delegação da prelazia do Opus Dei.


Padre José Roberto Fortes Palau
Nascido em Jacareí (SP), em 09 de abril de 1965, padre José Roberto Fortes Palau recebeu a ordenação presbiteral 06 fevereiro de 1993. É mestre em Teologia da Espiritualidade pela Pontifícia Universidade de Teresianum, em Roma e doutorado também em Teologia pela PUC-Rio. Foi reitor do Seminário de Teologia da diocese de São José dos Campos de 2000 a 2009 e professor do Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté. Já exerceu cargos como coordenador da pastoral presbiteral, vigário geral da diocese de São José dos Campos (2005 a 2013) e pároco das paróquias Santo Agostinho e São José. Também foi diretor da Escola Diaconal no período de 2005 a 2011 e diretor e professor da Faculdade Católica de São José dos Campos de 2008 até o momento.

 

Fonte: CNBB

domingo, 27 de abril de 2014

S. João XXIII, "Papa da docilidade ao Espírito" e S. João Paulo II, "Papa da família" - Papa Francisco, na homilia das canonizações



Uma incontável multidão participa, na Praça de São Pedro e imediações, assim como nos variados locais de Roma através de ecrans gigante, na Missa de canonização de João XXIII e de João Paulo II. Sobressaem os polacos e, entre os italianos, especialmente os fiéis da diocese de Bérgamo, terra natal do Papa Roncalli. Presente, concelebrando a Missa, o papa emérito, Bento XVI.
Como prevê o ritual, a celebração começou com o pedido, apresentado pelo cardeal Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. No momento da proclamação solene, intensos os aplausos da imensa assembleia.

Na homilia, Papa Francisco começou por comentar o Evangelho do dia, em que – observou – “encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado”. Tomé, que não se encontrava presente na primeira manifestação do Senhor, disse que “se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria”. Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no Cenáculo e, dirigindo-Se a ele, convidou-o a tocar as suas chagas. E então aquele homem sincero, habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20, 28).

Se as chagas de Jesus podem ser de escândalo para a fé (fez notar o Papa Francisco), são também a verificação da fé.

“É por isso que no corpo de Cristo ressuscitado as chagas não desaparecem, continuam, porque aquelas chagas são o sinal permanente do amor de Deus por nós, sendo indispensáveis para crer em Deus: não para crer que Deus existe, mas sim que Deus é amor, misericórdia, fidelidade.”

Citando Isaías, São Pedro escreve aos cristãos: «pelas suas chagas, fostes curados».
“S. João XXIII e S. João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus.
Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo.”
Por outro lado - prosseguiu Papa Francisco – ambos eles foram sacerdotes, bispos e papas do século XX.
“Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.”
Nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava «uma esperança viva», juntamente com «uma alegria indescritível e irradiante» (1 Ped 1, 3.8).

“A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e de que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão.”
“Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade dos crentes, em Jerusalém, de que nos falam os Actos dos Apóstolos na primeira leitura. É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade.
E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si.”

“João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e actualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos” – prosseguiu Papa Francisco, sublinhando que “são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja.” A docilidade ao Espírito foi “o grande serviço” do Papa João XXIII à Igreja
“Na convocação do Concílio, João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito.
Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito Santo.”
 

Por sua vez, neste serviço ao Povo de Deus, João Paulo II foi o Papa da família.

“João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu”


E o Papa Francisco concluiu a homilia fazendo votos de “que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama.”

A concluir a celebração, “esta festa da fé” (disse), antes da recitação da antífona mariana do Tempo Pascal, o Papa Francisco saudou e agradeceu todos os “irmãos Cardeais e os numerosíssimos Bispos e padres de todas as partes do mundo”. Um reconhecimento especial dedicou-o às Delegações oficiais de tantos países, vindas a Roma “para prestar homenagem (afirmou o Papa) a dois Pontífices que contribuíram de maneira indelével para a causa do desenvolvimento dos povos e da paz”.
Saudados também expressamente os peregrinos das dioceses de Bérgamo e de Cracóvia, terras de origem dos dois novos santos.
Agradecimentos foram expressos às autoridades italianas e da cidade de Roma, pela “preciosa colaboração” prestada à organização deste evento que terá trazido à Cidade Eterna umas 800 mil pessoas, assim como a tantas organizações e associações que deram o próprio contributo e os tantos voluntários.


sábado, 26 de abril de 2014

João XXIII e João Paulo II – dois santos para a humanidade



Por estes dias Roma está em festa para celebrar as canonizações de dois Papas que estiveram na Cadeira de Pedro na segunda metade do século XX e que, com os seus testemunhos de fé inspiraram milhões de pessoas em todo o mundo.
 
João XXIII, o impulsionador do Concílio Vaticano II e João Paulo II o Papa peregrino, vão atrair à Cidade Eterna e em especial à Praça de S. Pedro largas centenas de milhares de peregrinos. Espaço na nossa rubrica “Sal da Terra, Luz do Mundo” de hoje para estes novos santos da Igreja e para os preparativos destas canonizações absolutamente únicas.
Os beatos João XXIII e João Paulo II serão, a partir de domingo 27 de abril, santos da Igreja Católica, elevados assim à veneração dos fieis. Um momento, desde logo, muito importante para a diocese de Roma como declarou o Cardeal Agostino Vallini na conferência de imprensa de apresentação desta celebração:

"É essencialmente uma mensagem espiritual, porque é a festa da santidade. A relação que João XXIII e João Paulo II tiveram com a Igreja de Roma, da qual eram bispos, é uma relação muito profunda, começando pelo estilo com o qual eles exerceram seu ministério, um estilo de proximidade, acolhimento e atenção para com as pessoas, para com os homens enquanto tal."
"A canonização é uma graça de Deus, que o Senhor nos faz mostrando-nos como modelos de vida cristã dois homens de fé. Vamos percorrer este caminho, caminho de uma espiritualidade mais intensa. Este é o sentido com o qual nos preparamos para este evento."

Várias são as atividades e formas de comunicação que estão muito ativas na difusão deste acontecimento: O portal está disponível em várias línguas e há uma conta no twitter @2popesaints. A canonização dos dois beatos também conta com uma presença no YouTube e no Facebook. Existe também a aplicação "Santo já!", dedicada a Karol Wojtyla. Entretanto, na noite de sábado dia 26 que antecede as canonizações, realizar-se-á uma vigília de oração nas paróquias de Roma.
No dia 27, domingo, com o Papa Francisco serão cerca de mil os concelebrantes entre cardeais e bispos, e pelo menos 700 os sacerdotes que distribuirão a Comunhão na Praça São Pedro. Depois da Eucaristia, será possível venerar os túmulos dos dois novos santos.
Angelo Roncalli e Karol Wojtyla – João XXIII e João Paulo II, dois santos do nosso tempo que comungaram e partilharam a vida de muitos de nós e de alguns presencialmente na proximidade. Apresentamos aqui a agora dois testemunhos:
 
O Cardeal Loris Capovilla, secretário particular do Papa João XXIII afirmou recentemente em entrevista à Rádio Vaticano que o Papa Roncalli deu-lhe sempre uma grande lição de humildade e afirmou mesmo que este novo santo era a imagem da bondade:
“A minha impressão é esta: vi a imagem da bondade. Tive esta convicção quando o vi pela primeira vez, quando o vi em fotografia. Quando o vi pessoalmente em 1950 na minha Veneza, quando fui a Paris – a 2 de fevereiro de 1953 – quando me convidou para ser seu “companheiro de armas”. Eu nunca me chamei secretário do Papa João, porque o secretário do Papa é o secretário de Estado. Eu fui um pequeno servidor. Com o Papa João eu rezei, sofri, mesmo depois da sua morte sofri muito. Depois o Senhor dispôs através dos seus servos, que esta figura voltasse a aparecer no horizonte. Hoje quem o chama “ao vivo” é o Papa Francisco. Uma das primeiras coisas que me disse foi: ‘Loris, recorda-te, se não metes o teu “eu” debaixo dos teus pés, nunca serás livre e não entrarás no território da paz’. E as mesmas palavras que disse depois no dia mais solene da sua vida, com o mundo inteiro perante si, disse aquelas palavras sublimes: ‘A minha pessoa não conta nada’. Foi uma grande lição de humildade, de doçura, de amor e de esperança. O Papa João ensinou-nos e agora repete-o em quase todos os encontros o Papa Francisco: ‘Cada um de nós retos ou não retos, crentes ou não crentes, cada criatura humana trás consigo o sêlo de Deus’. Esta é a primeira lição que eu recebi e na qual fico. Professo desde este momento a minha veneração a S. João XXIII e a S. João Paulo II e agradeço ao Papa Francisco.”

Entre as muitas testemunhas da vida e da fé do Papa João Paulo II esteve sempre muito próximo do Papa Wojtyla o arcebispo Piero Marini que foi mestre das celebrações litúrgicas durante o pontificado do Papa polaco. A Rádio Vaticano ouviu o seu depoimento: 

“O primeiro encontro que eu tive com Karol Wojtyla foi em Cracovia em 1973 durante uma viagem do cardeal prefeito da Congregação para o Culto Divino, que eu acompanhava, em quase todas as dioceses da Polónia. Ali pela primeira vez, vi este arcebispo de Cracóvia, muito gentil... Recordo sobretudo a sua proximidade com o povo. Na celebração das duas missas que eu recordo ainda bem, que tivemos com ele – primeiro a Missa em público de S. Estanislao com uma grande procissão, interminável; e a Missa depois numa paróquia em Nowa Huta, que ele próprio tinha mandado construir – recordo esta proximidade com a gente e sobretudo via nele o pastor como tinha sido delineado pelo Concílio Vaticano II. Recordo que depois destes momentos, havia sempre um encontro com a assembleia, com a gente que parava para estar com ele. Recordo estes camponeses que vinham provavelmente de Zakopane, com os seus trajes... Deu-me esta bela impressão de um pastor próximo, como diz o Papa Francisco: um pastor que tinha o odor das ovelhas, verdadeiramente.”
“Acreditava naquilo que fazia! Quando rezava, rezava porque acreditava na sua oração. Não tinha temor de rezar em público, de fazer gestos que, talvez, outros teriam um pouco de dificuldade. Era um homem autêntico, que tinha os seus momentos de intimidade, de encontro com Deus. Esta era a sensação que me dava que ainda hoje me edifica pensando nestes momentos de oração que começavam já na sacristia. Uma oração que era pessoal, mas também simples e próxima de cada um de nós, como por vezes a oração do terço, ou durante uma viagem mandava parar o automóvel para celebrar a liturgia das horas... Era um homem que verdadeiramente dava à oração o primeiro lugar!”
Domingo, dia 27 de Abril, o Papa Francisco em nome da Igreja dará dois santos para a humanidade. Dois Papas que na sua vida e nas suas obras testemunharam o amor de Deus e a presença viva de Jesus no meio de nós... (RS)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Bispos da CNBB celebram São José de Anchieta, em Roma.


Cardeais e bispos brasileiros participaram de uma missa de ação de graças pela canonização do padre José de Anchieta. A cerimônia foi presidida pelo papa Francisco, na quinta-feira, 24, na igreja Santo Inácio de Loyola, em Roma, e concelebrada pelo arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, e pelo arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer. A assinatura do decreto da santidade do Apóstolo do Brasil ocorreu no dia 3 de abril.
Féis do Brasil, peregrinos, autoridades civis e religiosas compareceram à celebração para homenagear São José de Anchieta. Membros da CNBB também marcaram presença como o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal dom Cláudio Hummes, o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, o bispo de Limeira, dom Vilson de Oliveira. O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal dom João Braz de Aviz,  estava entre os membros da Cúria Romana.

Agradecimento

Ao final da cerimônia, o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno, agradeceu ao papa Francisco por decretar santo o missionário brasileiro, padre Anchieta. Na mensagem, o cardeal recordou a trajetória do santo que dedicou-se à catequese e viveu a pobreza e a simplicidade.



Abaixo, a íntegra do discurso:
"Santidade, A Igreja no Brasil e o povo brasileiro agradecem a Deus por lhes permitir realizar um sonho que durou mais de 400 anos: ver o Apóstolo do Brasil apresentado à Igreja Universal como testemunha de Jesus Cristo.
Estou certo, Santo Padre, de trazer à sua presença centenas de jesuítas que, ao longo de muitos anos, trabalharam para este momento. Não só dou voz aos filhos de Santo Inácio, mas também a milhares de fiéis leigos envolvidos pela santidade e carisma do Padre Anchieta. Eles deram o melhor de si para que esta celebração acontecesse. Assim, em nome de todos eles, vivos ou já na visão beatífica, quero, do fundo do coração, dizer-lhe: muito obrigado, Santidade! José de Anchieta chegou jovem ao Brasil, com 19 anos de idade, pouco depois de ter emitido os votos religiosos de pobreza, castidade e obediência. Com um coração juvenil, amou, desde o primeiro contato, o povo brasileiro. A ele, dedicou sua grande inteligência, cultura e erudição, a capacidade de amar e de sofrer por amor. A ele, consagrou suas qualidades humanas, a capacidade de lutar, de ser aguerrido e a sua espiritualidade.
Como um São Francisco do Novo Mundo, revelando notável capacidade de observação da natureza, escreveu a chamada Carta de São Vicente. Nela, com grande erudição, e de modo muito completo e preciso, fez a primeira descrição detalhada da Mata Atlântica, importante bioma brasileiro. Anchieta, também como o santo de Assis, viveu a pobreza e a simplicidade. Em carta, descreveu como as vivia com os indígenas, chegando ao ponto de relatar que, como toalha de mesa, usavam folha de bananeira, para, em seguida, completar que dela não tinham necessidade, pois qual a razão da toalha se lhes faltava a comida? Como o pobrezinho de Assis, no espírito da perfeita alegria, asseverou que estavam tão felizes naquela situação – ele e os demais jesuítas –, que, ao pensarem no tipo de vida levada nos colégios da Europa, nenhum tipo de saudade lhes vinha ao coração.
Santo Padre, contemplando no Padre Anchieta a simplicidade de vida, o serviço prestado aos marginalizados, o seu modo de vida, encontramos o Senhor da Vida. Nosso Apóstolo se fez santo servindo aos indígenas, aos negros e a todos os pequenos do Brasil. Queremos seguir seus passos. Ele foi o nosso grande e incansável evangelizador. Seu exemplo motiva-nos a irmos destemidamente ao encontro de Jesus Cristo e dos irmãos. O Padre Anchieta deixou-nos também o exemplo do grande amor que dedicava a Nossa Senhora, a quem sempre pedia socorro.
Ela foi sua força e apoio nos momentos cruciais de sua vida: no ambiente conturbado de Coimbra, quando percebeu que sua vida cristã poderia arruinar-se, ou na Aldeia de Iperoig, na costa brasileira, onde, sem nenhum apoio visível - a não ser a oração -, por vários meses permaneceu refém dos índios tamoios. Nesse trágico momento, mais uma vez recorreu a Maria e, certo de sua ajuda, começou a escrever o Poema da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, expressão de sua extraordinária devoção e amor à Santíssima Virgem.
Santo Padre, muito obrigado por nos permitir partilhar com os cristãos do mundo todo o belo testemunho que foi a vida de São José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil".
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
                            Arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB

 

 

Como funciona um processo de canonização?



Canonização é um processo de tempo indeterminado que deve ser cumprido para que um beato seja proclamado santo da Igreja católica.

Canonização é o termo usado pela Igreja católica para o processo em que se proclama um beato como santo. Trata-se de um processo que inclui diversas fases, que vão desde a investigação da vida do candidato a santo até a constatação de milagres realizados por sua intercessão.

Doutor em Direito Canônico, padre Cristiano de Souza e Silva, concedeu entrevista ao noticias.cancaonova.com em que explicou como funciona um processo canônico.

Basicamente, é preciso solicitar a abertura da causa, nomear um responsável para acompanhar o processo, investigar a fama de santidade do candidato, comprovar um milagre realizado após a morte do candidato a santo, beatificar o candidato, comprovar um segundo milagre, desta vez realizado após a beatificação, para enfim proclamar o candidato santo, que é a canonização propriamente dita.
Jéssica Marçal
Da Redação



Confira no infográfico abaixo o passo-a-passo para que uma pessoa seja proclamada santa.




Fonte: cancaonova