domingo, 24 de novembro de 2013

I Nordestão de Catequese: Os Desafios para a Transmissão da Fé


Os Desafios para a Transmissão da Fé: Iniciação à Vida Cristã, a Palavra de Deus e a Liturgia foram trabalhados durante este Nordestão. Com a presença de 230 catequistas dos regionais: NE1 (Ceará), NE 2 (Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba), NE 3 (Bahia e Sergipe), NE 4 (Piaui) e NE 5 (Maranhão).

Pe Elison Coordenador do Regional Nordeste 2 deu as boas vindas. Convidou para compor a mesa Pe Décio Walker, assessor nacional da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico Catequética, as coordenadoras dos regionais NE 1 Maria Erivan, NE 3 Ir Luciene, NE 4 Ir Maria, NE 5 Joana, Pe Márcio Roberto, coordenador da Comissão Arquidiocesana de Catequese de Maceió, Pe Jânison Sá, assessor do encontro e os padrinhos do sulão Pe Paulo Gil e Regina Mantovani.

Pe Décio batizou o Nordestão em seguida Pe Paulo Gil, Regional Sul 1 e Regina Mantovani, Regional Sul 2 contou as experiências de como realizaram o 1º Sulão com o respaldo do Bispo Murilo. Foi feito o pacto de não deixar nenhum encontro sem a colaboração um dos outros nos seu regionais deixado um abraço de todos os catequistas do Paraná-PR e de São Paulo.

No segundo dia do Nordestão de Catequese Pe. Luiz Alves de Lima foi convidado a iniciar a primeira palestra com o tema INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ, que (manifestou sua alegria em estar no Nordestão.

Pe Lima iniciou os trabalhos afirmando que a Iniciação à vida Cristã é feita pela palavra e sobretudo na liturgia. Proposto pelo Diretório Nacional de Catequese em Aparecida, foi tema geral da Assembléia da CNBB em 2009 e 2011, tornou-se "Estudo da CNBB - nº 97 - e integra as Diretrizes Gerais da ação Evangelizadora - DGE e foi também discutido no Sínodo dos Bispos de 2012.

O Documento DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA: 2011-2015 apresenta as cinco URGÊNCIAS EVANGELIZADORAS que devem estar em todos os processos de planejamento e planos:


1. Igreja: em estado permanente de missão

2. Igreja: casa da Iniciação Cristã

3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida

4. Igreja: comunidade de comunidades.

5. Igreja: a serviço da vida plena para todos



A tarefa da Iniciação Cristã, dentro de nosso esquema eclesial de hoje, é confiada, em geral, à catequese, conduzida por pessoas de boa vontade, nem sempre com preparação suficiente.

Essa catequese, por sua vez, é vista tradicionalmente como preparação de crianças e adolescente para receberem os Sacramentos... ditos “da Iniciação Cristã”.

A Catequese pertence ao ministério da palavra. É um ministério importante na igreja: pertence a seu DNA!

I Iniciação à Vida Cristã:

A expressão procura traduzir a comunicação de uma fé que não se reduz à intimidade com Jesus Cristo, mas que tenha reflexos e influências vitais na própria existência, levando à participação da comunidade, que no seu conjunto, deve dar Testemunho do Evangelho.
Apesar de todo esforço, o modelo atual de transmissão da fé é precário! A Iniciação Cristã é pobre e fragmentada (DAp 287).

Temos uma multidão de iniciados ontologicamente na fé, mas não existencialmente! (falsa compreensão do princípio: “ex opere operato”)

A catequese, como a temos hoje, é fruto de uma longa história. Ela nasceu dentro da estrutura do CATECUMENATO, ou seja, do processo de iniciação cristã, como o longo momento do ensino, da instrução, do aprofundamento doutrinal…

Mas tudo isso estava rodeado de muitas outras práticas, que ao longo dos séculos desapareceram restou só esse grande momento do ensino, chamado “catequese”…Vivia-se a época da cristandade! Na verdade, quem iniciava mesmo na fé, era esse ambiente e ar cristão que se respirava por todo lado!

Num clima de cristandade tudo já leva à prática cristã. O grande esforço da Pastoral era alimentar e fortificar a fé. Hoje: Igreja Missionária.

Era (é) uma pastoral mais de conservação ou manutenção, do que propriamente de avanços e conquistas.

A catequese, em geral para crianças, se dedicava mais à doutrina... A primeira adesão a Jesus Cristo já era suposta, como fruto da família.

Diz o nº 38 das Diretrizes Gerais: “Em outras épocas a apresentação de Jesus se dava através de um mundo que se concebia cristão. Família, sociedade e escola em geral, ao mesmo tempo em que ajudavam a inserir na cultura, apresentavam também a pessoa e a mensagem de Jesus”.

Portanto, propomos que o tradicional processo de iniciação cristã, que tem se tornado frequentemente em simples preparação próxima aos Sacramentos, seja considerada em todos os lugares com uma inspiração catecumenal, dando maior relevância à permanente mistagogia e, deste modo, tornando-se verdadeira iniciação à vida cristã através dos Sacramentos (cf. DGC 91).

Nesta perspectiva, a situação atual no que diz respeito aos três Sacramentos da iniciação cristã, não deixa de ter consequências: apesar da sua unidade teológica, são pastoralmente diversos.
Nas comunidades eclesiais essas diferenças não são de caráter doutrinal, mas de critério pastoral. Contudo, o Sínodo pede que se torne um estímulo para as Dioceses e Conferências Episcopais aquilo que o Santo Padre afirmou na Sacramentum Caritatis 18, para que sejam revistas as próprias práticas sobre a iniciação cristã:

“Em concreto, é necessário verificar qual seja a prática que melhor pode, efetivamente, ajudar os fiéis a colocarem no centro o Sacramento da Eucaristia, como realidade para qual tende toda a iniciação” (Sacramentum Caritatis 18)”. (Proposição 38)

Ou seja: há uma tímida sugestão que se mude a ordem desses 3 sacramentos: Batismo, Crisma, Eucaristia. Leia mais no Blog CatequeseeBiblia.

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