domingo, 3 de novembro de 2013

Artigo de novembro de 2013 - Pe.Luís Gonzaga Bolinelli


Será que vale a pena?      


 

Ao realizarmos um trabalho evangelizador, catequético ou pastoral temos sempre que ter como principal motivação e objetivo a mesma missão de Jesus que é o da construção do Reino de Deus. É por isso que nosso esforço deve estar direcionado a levar as pessoas a acolherem Jesus com seus ensinamentos e estilo de vida até se tornarem fiéis seguidoras dele a ponto de também querer anunciá-lo aos outros. Enfim, há evangelização, catequese ou ação pastoral quando ajudamos todos os batizados a serem verdadeiros discípulos missionários de Jesus Cristo, pessoas que vivem neste mundo de uma forma nova, deixando-o melhor.

Com a aproximação do fim de ano é natural que seja feito um balanço dos trabalhos evangelizadores, catequéticos e pastorais que realizamos. Afinal, muitos desses trabalhos ou já estão sendo concluídos, ou estão numa fase de mudança de etapa onde é sempre necessário fazer a devida avaliação para continuá-los de forma eficaz.

É muito importante que nessa hora a gente não confunda as coisas. Pode acontecer que ao invés de avaliarmos o trabalho realizado, a partir dos princípios motivadores lembrados acima, a gente queira simplesmente saber se a empreitada foi um sucesso. Neste caso acabamos utilizando os critérios da sociedade de hoje que valoriza somente o que está no auge, o que dá lucro, o que aparece, o que está por cima, o que foi curtido por mais pessoas...

Às vezes dá a impressão que estamos participando de uma competição e por isso precisamos mostrar números altos na quantidade de trabalhos feitos e nos seus resultados. Será que tem que ser assim mesmo? Precisamos ter claro que não importa quantos bebês foram batizados, quantas crianças fizeram a primeira comunhão, quantos jovens foram crismados, quantas pessoas vão à missa todo domingo... Temos que nos interessar em saber se, depois de todo nosso trabalho, tem mais gente que assumiu pra valer o seu compromisso de ser discípulo missionário de Jesus e por isso está vivendo de um modo novo seu relacionamento com as demais pessoas, sendo acolhedor e promovendo vida. Mas esse tipo de resultado “não dá ibope”...

Entre o ter a certeza que o Reino de Deus é uma realidade que se vai construindo lentamente, a partir da vivência comprometida com as propostas de Jesus, e o querer ter grandiosos resultados de “fazer inveja à concorrência”, vale a pena lembrar de Jesus pregado na cruz: incompreendido, condenado injustamente, abandonado por todos..., talvez até com a sensação de que todo o trabalho foi em vão..., mas confiante que tinha realizado direitinho tudo o que o Pai esperava dele: deu início a um Reino que tem sua plenitude no Paraíso.

 

Aprofundamento a partir da Palavra de Deus: Na Festa de Cristo Rei deste ano o evangelho será: Lc 23,33-43. Convido você a lê-lo com calma, prestar atenção e responder: Jesus é Rei? Por quê? Qual o seu trono? Qual critério você usa na hora da avaliação das atividades: aquele do objetivo inicial, onde tudo deve ser feito a partir da concretização do Reino de Deus, ou aquele da quantidade e da fama? Diante de um aparente fracasso da missão, você sabe continuar fiel ao seu compromisso de doação e serviço, simplesmente por acreditar que a vida nova proposta por Jesus vale mais do que prestígios e vanglórias?

 

AGENDA
Ø  Semana de Formação de Evangelizadores 2014: já está na hora de agendar em sua Comunidade, para a segunda quinzena de fevereiro ou para março, os dias para os 4 Encontros com cerca de 2 horas cada um.
Ø  Mídias de nossa Comissão: visite e entre em contato!

 

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Assistente Eclesiástico da Comissão AB-C

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